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questões para a aula 2 estabilidade comentadas

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1) Em uma grande empresa que atua na prestação de serviços de telemarketing e possui 250 funcionários, trabalham as empregadas listadas a seguir:
Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pouco antes do término do seu contrato, candidatou-se e foi eleita dirigente sindical.
Sofia, no curso do aviso prévio registrou sua candidatura e posteriormente foi eleita dirigente sindical;
Larissa, que registrou sua candidatura e foi eleita dirigente sindical, mas só enviou o comunicado da eleição ao empregador 5 dias antes de encerrar o prazo do aviso prévio;
Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de representantes dos empregados, na forma da CLT alterada pela Lei nº 13.467/17 (reforma trabalhista).
Diante das normas vigentes e do entendimento consolidado do TST, assinale a opção que indica as empregadas que terão garantia no emprego.
A) Larissa e Maria Eduarda, somente.
B) Alice e Maria Eduarda, somente.
C) Alice, Sofia e Maria Eduarda, somente.
D) Alice, Sofia, Larissa e Maria Eduarda.
Alice
O trabalhador não tem direito à estabilidade.
O mesmo entendimento é adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho com relação ao registro da candidatura durante o período de experiência ou no contrato determinado, não garantindo a estabilidade ao trabalhador.
Sofia - não tem estabilidade
Assim, se o registro da candidatura ocorrer durante a vigência do aviso prévio, seja ele trabalhado ou indenizado, o trabalhador não tem direito à estabilidade (súmula 369, V do TST).
Larissa
O trabalhador que se candidata ao cargo de Dirigente Sindical deve comunicar por escrito ao seu empregador sobre o registro da sua candidatura, bem como sobre a sua eleição e posse para que a estabilidade seja válida (artigo 543, § 5º da CLT).
Apesar da CLT determinar o prazo de 24hs (vinte e quatro horas) para a comunicação ao empregador, o Tribunal Superior do Trabalho entende que a estabilidade é assegurada mesmo que a comunicação da candidatura ou da eleição seja realizada fora desse prazo, desde que ocorra durante a vigência do contrato de trabalho (súmula 369, I do TST).
Essa comunicação feita ao empregador pode ser realizada por qualquer meio, pelo próprio trabalhador, não sendo obrigatória a comunicação pelo sindicato (súmula 369, I do TST).
Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de representantes dos empregados, na forma da CLT alterada pela Lei nº 13.467/17 (reforma trabalhista).
Tanto a doutrina quanto a jurisprudência já defendiam a estabilidade do empregado eleito para funcionar como porta-voz dos empregados na empresa com mais de 200 trabalhadores. A Lei 13.467/17 vem para regularizar referido dispositivo constitucional.
Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano.
§ 3o Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato,o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
O número de membros depende proporcionalmente à quantidade de empregados. Assim, entre 201 e TRÊS mil, a comissão será de TRÊS membros. Com 3001 e CINCO mil empregados, a comissão terá CINCO membros. Por fim, tendo mais de 5000, a comissão terá no máximo SETE membros.
Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 
§ 1o A comissão será composta:
I - nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros;
II - nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros;
III - nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros. 
§ 2o No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no § 1º deste artigo.
DICA:
O indicado pelo empregador para ser presidente da CIPA não tem estabilidade, somente o empregado que é eleito pelos trabalhadores para ser parte da CIPA tem estabilidade.
Portanto, não esqueçam EMPREGADO:
INDICADO PELO EMPREGADOR = NÃO TEM ESTABILIDADE
PRESIDENTE DA CIPA= NÃO TEM ESTABILIDADE
ELEITO PELOS TRABALHADORES = TEM ESTABILIDADE
2) Jonas é empregado da sociedade empresária Ômega. Entendendo seu empregador por romper seu contrato de trabalho, optou por promover sua imediata demissão, com pagamento do aviso prévio na forma indenizada. Transcorridos 10 dias de pagamento das verbas rescisórias, Jonas se candidatou a dirigente do sindicato da sua categoria e foi eleito presidente na mesma data.
Sobre a hipótese apresentada, de acordo com o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.
A Jonas poderá ser desligado ao término do aviso prévio, pois não possui garantia no emprego.
B Jonas tem garantia no emprego por determinação legal, porque, pelo fato superveniente, o aviso prévio perde seu efeito.
C Jonas passou a ser portador de garantia no emprego, não podendo ter o contrato rompido.
D Jonas somente poderá ser dispensado se houver concordância do sindicato de classe obreiro.
GABARITO: (A) 
O aviso-prévio não poderá ser dado no período de estabilidade, por se tratar de institutos incompatíveis. 
Por outro lado, dado o aviso prévio, a conduta do empregado com a finalidade de possuir a estabilidade não impede a ruptura do contrato de trabalho, já previamente avisado. 
Súmula nº 348 do TST - AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO. INVALIDADE. É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. 
Súmula nº 369 do TST - DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. 
SÚMULA 369
1) É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
2) Fica limitada assim a estabilidade a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
3) O Dirigente Sindical só terá direito a estabilidade provisória se exercer uma atividade pertinente a categoria profissional do sindicato que ele foi eleito.
4) Não havendo mais atividade empresarial no sindicato não há razão para existir estabilidade.
5) O registro de candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical no período de aviso prévio não lhe assegura estabilidade mesmo que indenizado.
3) Paulo e João foram eleitos dirigentes sindicais. Ambos se candidataram na mesma data, sendo que João estava em gozo de aviso prévio. Um mês após a eleição, ambos foram dispensados. 
Com base na hipótese apresentada, responda aos itens a seguir.
A) Paulo e João poderiam ser dispensados? Fundamente. 
Paulo goza de estabilidade, mas João, não, nos termos, respectivamente, do Art. 8º, inciso VIII, da CF/88 OU
do Art. 543, § 3º, da CLT e da Súmula 369, inciso V, do TST.
Art. 8ºÉ livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
VIII - e vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizadoou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 7.543, de 2.10.1986)
SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012 – DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. (ex-OJ nº 145 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998)
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (ex-OJ nº 86 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997)
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. (ex-OJ nº 35 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)
B) Na hipótese de reconhecimento da estabilidade, na qualidade de advogado do empregado, sendo insustentável o convívio entre empregado e empregador, o que você poderá requerer na defesa dos interesses do seu cliente?
 Nos termos do Art. 496 da CLT, poderá ser requerida a convolação da estabilidade em indenização. 
Recisão indireta.
Art. 496- Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.

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