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UNIVERSIDADE PAULISTA FACULDADE DE PSICOLOGIA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO ANÁLISE DO COMPORTAMENTO, DADOS E RESULTADOS OBTIDOS EM SESSÕES DE LABORATÓRIO COM SNIFFY PRO CAMILA ALVES DE OLIVEIRA E SILVA RA: N4121A8 ISABELA OLIVEIRA PERES RA: F0342E4 Goiânia Maio de 2020 2 UNIVERSIDADE PAULISTA FACULDADE DE PSICOLOGIA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO ANÁLISE DO COMPORTAMENTO, DADOS E RESULTADOS OBTIDOS EM SESSÕES DE LABORATÓRIO COM SNIFFY PRO CAMILA ALVES DE OLIVEIRA E SILVA RA: N4121A8 ISABELA OLIVEIRA PERES RA: F0342E4 Trabalho avaliativo referente a disciplina de Análise Experimental do Comportamento apresentado ao curso de Psicologia, da Universidade Paulista. Orientador: Prof. Leonardo Conceição Guimarães Goiânia Maio de 2020 3 RESUMO A Análise Experimental do Comportamento busca, diariamente, ampliar a visão do que se conhece por Behaviorismo Radical, uma teoria proposta por B. F. Skinner para estudo e compreensão do comportamento nos mais variáveis locais e das mais variadas formas. Assim, o presente estudo tem o objetivo de analisar, testar e comprovar dados acerca de tal disciplina, utilizando-se de sessões em laboratório, programas, softwares e registros referenciais para alcançar as finalidades propostas. Foram aplicados treinos virtuais através do programa Sniffy Pro 2.0, sob a supervisão de um professor responsável, onde coletaram-se dados para analisar comportamentos específicos dentro dos conceitos de Nível Operante, Reforçamento Contínuo, Extinção, Treino Discriminativo e Razão e Intervalo. Após a análise dos dados, foram apresentados os resultados de cada sessão e suas implicações dentro da disciplina e discutiram-se todas as resoluções em gráficos e tabelas. Por fim, foram contextualizados os elementos da disciplina de Análise Experimental do Comportamento com todas as sessões de laboratório realizadas e discutiu-se novas contribuições para possíveis replicações do trabalho. Conclui-se assim o objetivo do trabalho de ressaltar a importância do estudo e compreensão da disciplina de Análise Experimental do Comportamento dentro da graduação em Psicologia. Palavras-chave: Análise Experimental do Comportamento; Behaviorismo Radical; Comportamento; Psicologia. 4 SUMÁRIO Resumo ..................................................................................................................................... 3 Sumário .................................................................................................................................... 4 Introdução ................................................................................................................................ 5 Método ..................................................................................................................................... 9 Resultados .............................................................................................................................. 11 Discussão ............................................................................................................................... 18 Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 19 5 A Análise Experimental do Comportamento é um ramo da Psicologia que tem como objetivo o estudo e aplicabilidade do que é conhecido como Behaviorismo Radical, uma filosofia fundada por Burrhus Frederic Skinner, filósofo e psicólogo americano do século XX, que foi o grande responsável pelo avanço das teorias e estudos sobre o comportamento e suas ocorrências no âmbito da abordagem psicológica. Para Schultz e Schultz (2009), o behaviorismo de Skinner dedicava-se ao estudo das respostas. Ele se preocupava em descrever e não em explicar o comportamento. Quando Skinner busca diferenciar seu behaviorismo dos outros modelos defendidos na época, o que se mostra centralmente em jogo é a concepção de ciência e suas implicações para uma ciência psicológica. Ou seja, Skinner buscou conciliar uma rigorosa investigação científica nos moldes das ciências naturais, além de reservar lugar aos eventos ditos “subjetivos” (assim chamados por serem exclusivos do sujeito). Assim, ao conceber uma forma muito particular de operacionismo, Skinner e seu Behaviorismo Radical acabam podendo incorporar os fenômenos subjetivos sem precisar adotar as explicações tradicionais, mentalistas, para eles. Com isso, o Behaviorismo Radical de Skinner ganha uma perspectiva mais ampla de possibilidades (TOURINHO, 1999, apud NETO, 2002). Para Neto (2002), a Análise Experimental do Comportamento pode ser compreendida como o braço empírico do Behaviorismo Radical, uma vez que seu objetivo, baseando-se na teoria de B. F. Skinner, seria comprovar cientificamente (através da experimentação) as colocações e métodos utilizados pelo Behaviorismo para tentar explicar o que de fato é o comportamento e todas as atribuições que essa filosofia traz como colaboração ao projeto psicológico. Dentro da perspectiva apresentada, cabe entrar em debate sobre o conceito de comportamento. Partindo da abordagem behaviorista de Skinner, pode-se entender o comportamento como uma interação entre organismo e ambiente, podendo ser o ambiente interno ou externo ao organismo. Para Lopes (2008), o comportamento é formado acerca de quatro pressupostos - relação organismo-ambiente, coordenação sensório-motora, fluxo comportamental e relação entre eventos, estados e processos. “Comportamento é, portanto, relação organismo-ambiente, que pode ser entendida do ponto de vista de sua dinâmica como uma coordenação sensório-motora, e do ponto de vista da 6 análise do comportamento como uma relação de interdependência entre eventos ambientais, eventos comportamentais, estados comportamentais e processos comportamentais" (LOPES, 2008, pág. 8). Entende-se o conceito de comportamento operante como um comportamento que pode ser controlado por suas consequências, ou seja, quando um comportamento é emitido (evocado) por um estímulo ou evento antecedente. Sendo constituído por estímulos (mudanças no ambiente) e respostas (mudanças no organismo), o comportamento operante é emitido pelo indivíduo em situações precedentes específicas, porque foi reforçado em situações iguais ou semelhantes. De acordo com Miltenberger (2018), o condicionamento operante ocorre quando uma resposta específica em uma determinada situação de estímulo é seguida de modo confiável por uma consequência reforçadora. Ou seja, o condicionamento operante envolve uma contingência entre uma resposta e um reforçador em circunstâncias específicas. Dito isso, pode-se inferir que reforço é um tipo de consequência do comportamento que objetiva aumentar a probabilidade desse mesmo comportamento voltar a ocorrer. ParaMoreira e Medeiros (2007), quando as alterações no ambiente aumentam a probabilidade de o comportamento que as produziu voltar a ocorrer, chamamos tal relação entre o organismo e o ambiente de contingência de reforço. Portanto, para determinar se um estímulo é um reforçador, ou se uma consequência é um reforço, deve-se considerar a relação entre o comportamento e sua consequência. Ainda falando de reforço pode-se destacar a presença de outros tipos de reforçadores importantes no processo de ocorrência do comportamento. No reforço positivo, o estímulo que é apresentado ou que aparece após o comportamento é chamado reforçador positivo. No reforço negativo, o estímulo que é removido ou evitado após o comportamento é chamado estímulo aversivo. De acordo com Miltenberger (2018), a diferença essencial, portanto, é que no reforço positivo uma resposta produz um estímulo, enquanto no reforço negativo, uma resposta remove ou evita a ocorrência de um estímulo. Em ambos os casos, é mais provável que o comportamento ocorra no futuro. 7 Cabe também ressaltar, ainda dentro do contexto de reforçamento, o que são os chamados esquemas de reforço. O esquema de reforço para determinado comportamento especifica se toda resposta é seguida por um reforçador ou se apenas algumas respostas são seguidas por um reforçador. Citando Miltenberger (2018), um esquema de reforço contínuo (ERC) é aquele em que cada ocorrência de uma resposta é reforçada. Em um esquema de reforço intermitente, pelo contrário, nem todas as ocorrências da resposta são reforçadas. Assim, as respostas são reforçadas ocasionalmente ou intermitentemente. “Segundo Nevin (1973), ‘comportamento reforçado intermitentemente é muito mais resistente à extinção do que o comportamento reforçado continuamente’ (Nevin, 1973, p. 177, apud Tomanari, 2000). Não seria estranho, portanto, que o comportamento mantido intermitentemente por reforçador condicionado seja igualmente mais resistente à extinção do que o comportamento reforçado continuamente” (TOMANARI, 2000, pág. 63). Tratando-se do conceito de extinção, pode-se dizer que quando o reforço já não estiver sendo dado, a resposta torna-se menos frequente. Ou seja, quando um estímulo é apresentado sem seu reforçador, o comportamento, gradativamente, deixa de ocorrer. Dessa forma, ocorre a quebra da contingência (o comportamento deixa de produzir a consequência que produzia). É comum que algumas consequências produzidas por alguns comportamentos deixem de ocorrer quando um determinado comportamento é emitido. Quando isso acontece, observamos, no comportamento que produzia tais consequências, efeitos exatamente contrários aos produzidos pelo reforço. Quando suspendemos o reforço de um comportamento, verificamos que a probabilidade desse comportamento ocorrer diminui. Esse procedimento e o processo dele decorrente são conhecidos como extinção operante (MOREIRA e MEDEIROS, 2007). Tratando-se agora de modelagem, pode-se entendê-la como um reforço diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento-alvo até que o organismo exiba tal comportamento. A modelagem é utilizada para desenvolver um comportamento-alvo que uma pessoa não exibe no momento presente. De acordo com Miltenberger (2018), o reforço 8 diferencial envolve os princípios básicos de reforço e extinção, e ocorre quando um comportamento específico é reforçado enquanto todos os outros comportamentos não são reforçados em uma determinada situação. Portanto, como definido anteriormente, comportamento operante é um tipo de comportamento que produz mudanças no ambiente e é afetado por elas, de maneira simultânea. Nesse caso, não é levado em consideração o contexto em que tais comportamentos operantes ocorrem. Quando se insere uma nova variável (o contexto), passa-se a falar sobre os comportamentos operantes discriminados, ou seja, aqueles que, se emitidos em um determinado contexto, produzirão consequências reforçadoras. A esses estímulos que são apresentados antes do comportamento e controlam sua ocorrência pode-se chamar de estímulos discriminativos (MOREIRA E MEDEIROS, 2007). Ao inserir este novo termo na contingência (R - C) - sendo R a resposta e C o comportamento - passa-se, então, a conhecer a unidade básica de análise do comportamento: a contingência de três termos (ou contingência tríplice). A maior parte dos comportamentos dos organismos só pode ser compreendida corretamente se for feita referência ao contexto, à resposta do organismo e à consequência. De acordo com Moreira e Medeiros (2007), é por isso que pode-se dizer que a contingência de três termos é a unidade básica de análise do comportamento operante. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo a compreensão da aplicação prática das teorias sobre o comportamento dos organismos em laboratório, de maneira a entender cientificamente os processos comportamentais de acordo com a aplicação dos princípios básicos de Análise do Comportamento, nos procedimentos de Nível Operante, Treino ao Comedouro, Modelagem Reforçamento Contínuo e Extinção. 9 MÉTODO Sujeito Para realização do procedimento foi utilizado um rato virtual, proveniente do programa Sniffy, the Virtual Rat 2.0 by Alloway. Ambiente, materiais e instrumentos As sessões experimentais foram realizadas, inicialmente, em uma sala de laboratório medindo aproximadamente 12m². Distribuídas pelo ambiente haviam cerca de 20 mesas individuais, com duas cadeiras em cada e um computador, onde foram realizados os experimentos com o rato Sniffy. A coleta de dados foi feita através de anotações em folhas de registro previamente impressas, com os dados necessários para a análise do experimento. Foram utilizados cronômetros para marcar o tempo de cada sessão e pen-drives para armazenar os avanços em cada experimento. Após algumas sessões, houve mudança no ambiente e passou-se a realizar os experimentos através do software Sniffy Pro em aulas on-line, ministradas pelo aplicativo Zoom, com supervisão do professor responsável. Os materiais e instrumentos permaneceram os mesmos. Procedimento Todos os procedimentos foram realizados utilizando a própria interface do programa Sniffy Pro. Cada fase teve seu respectivo tempo para realização, variando entre 15 e 30 minutos. Os procedimentos tiveram início em uma sessão de Nível Operante (NO), no dia 04/03/2020. O treino foi composto por 2 tentativas e teve como critério de encerramento o período de 15 minutos, totalizando 30 minutos completos. Foram observados nessa sessão os comportamentos apresentados pelo rato virtual de pressionar a barra, farejar, levantar e limpar-se, onde eram anotados os dados correspondentes a cada comportamento na folha de registro durante 15 minutos. Esse procedimento ocorreu duas vezes, totalizando 30 minutos de realização da observação. No dia 08/04/2020, foi realizada a sessão de observação ao Reforçamento Contínuo (CRF), composta por 1 tentativa, tendo como critério de encerramento operíodo de 15 minutos completos. A sessão foi realizada pelo aplicativo Zoom e pelo programa Sniffy Pro. 10 Nessa sessão foram novamente observados os comportamentos do rato virtual, enfatizando principalmente quantas pressões à barra eram feitas para obter o reforçador (alimento), dentro de cada minuto do treino. Os dados correspondentes aos 15 minutos da observação foram anotados na folha de registro. No dia 15/04/2020, foi realizada a sessão de Registro de Extinção de Reforçamento Contínuo (CRF) pelo aplicativo Zoom e programa Sniffy Pro. A sessão foi composta por 1 tentativa, tendo como critério de encerramento o período de 15 minutos completos. Nessa sessão, além dos comportamentos normais do rato virtual de levantar, farejar e limpar-se, também foi observado como reagiria o sujeito ao pressionar a barra sem a presença do reforçador (alimento). Todos os dados da observação foram anotados na folha de registro. No dia 22/04/2020, realizou-se a sessão de Treino Discriminativo, composta por 1 tentativa, tendo como critério de encerramento o período de 15 minutos completos. A sessão foi realizada pelo aplicativo Zoom e programa Sniffy Pro. Nessa sessão observou-se o rato virtual em comportamentos específicos de pressão à barra em SD/S+ (com a presença do estímulo sonoro que liberava o alimento) e SDelta/S- (sem a presença do estímulo sonoro que liberava o alimento) em cada minuto do treino. Os dados coletados da observação foram anotados na folha de registro. Por fim, no dia 29/04/2020 foi realizada uma sessão de Razão e Intervalo Fixos e Variáveis pelo aplicativo Zoom e programa Sniffy Pro. A sessão foi composta por 1 tentativa, tendo como critério de encerramento o período de 15 reforçamentos consecutivos feitos pelo rato virtual. Nessa sessão foram observados os comportamentos de pressionar a barra, farejar, levantar e limpar-se, dentro do período de cada reforçamento realizado. Todos os dados da observação foram anotados na folha de registro. 11 RESULTADOS A seguir serão mostrados os resultados obtidos com a coleta e análise de dados durante as sessões de observação já descritas. Gráfico 1 - Frequência de comportamentos na sessão de Nível Operante Tabela 1 - Distribuição da frequência de cada comportamento durante sessão de 15 minutos. 12 Nos dados mostrados pelo Gráfico 1 observam-se os comportamentos de “pressionar a barra” com 5 ocorrências, “farejar” com 95 ocorrências, “levantar” com 50 ocorrências e, por fim, “limpar-se” com 103 ocorrências, sendo o comportamento com maior frequência na sessão. O Nível Operante é uma sessão de observação que analisa os comportamentos antes da manipulação experimental. Consequentemente, não apresenta histórico de reforçamento. Gráfico 2 - Frequência de comportamentos na sessão de Reforçamento Contínuo Tabela 2 - Distribuição da frequência de cada comportamento durante sessão de 15 minutos. 13 Nos dados mostrados pelo Gráfico 2 observam-se os comportamentos de “pressionar a barra” com 216 ocorrências, sendo o comportamento com maior frequência na sessão, “farejar” com 19 ocorrências, “levantar” com 12 ocorrências e, por fim, “limpar-se” com 31 ocorrências. Na sessão de Reforçamento Contínuo são apresentados estímulos reforçadores (alimento) ao sujeito sempre que a barra é pressionada, aumentando, dessa forma, a frequência do comportamento “pressionar”. Gráfico 3 - Frequência de comportamentos na sessão de Extinção de Reforçamento Contínuo Tabela 3 - Distribuição da frequência de cada comportamento durante sessão de 15 minutos. 14 Nos dados mostrados pelo Gráfico 3 observam-se os comportamentos de “pressionar a barra” com 82 ocorrências, sendo o comportamento com maior frequência na sessão, “farejar” com 74 ocorrências, “levantar” com 43 ocorrências e, por fim, “limpar-se” com 66 ocorrências. Na sessão de Extinção de Reforçamento Contínuo, os estímulos (alimento) deixam de ser apresentados na presença do comportamento de pressionar a barra, fazendo com que haja a diminuição em sua frequência ao comparar-se com o nível de Reforçamento Contínuo. Gráfico 4 - Frequência de comportamentos na sessão de Treino Discriminativo Tabela 4 - Distribuição da frequência do comportamento durante sessão de 15 minutos. 15 Nos dados mostrados pelo Gráfico 4 observa-se o comportamento de “pressionar a barra” com 121 ocorrências em SD/S+ e 112 ocorrências em SDelta/S-. Observa-se que o objetivo do Treino Discriminativo é permitir a liberação de reforçadores (alimento) somente quando o estímulo sonoro estiver presente. Dessa forma, busca-se aumentar a frequência de pressões à barra em SD/S+ e reduzir a frequência de pressões à barra em SDelta/S-. Gráfico 5 - Frequência de comportamentos na sessão de Razão e Intervalo Fixos e Variáveis Tabela 5 - Distribuição da frequência de cada comportamento durante sessão de 15 reforçamentos consecutivos. 16 Nos dados mostrados pelo Gráfico 5 observam-se os comportamentos de “pressionar a barra” com 414 ocorrências, sendo o comportamento com maior frequência na sessão, “farejar” com 16 ocorrências, “levantar” com 4 ocorrências e, por fim, “limpar-se” com 15 ocorrências. A sessão de Razão e Intervalo busca mostrar a ocorrência do comportamento de pressionar a barra dentro do período de 15 reforçamentos. Nesse caso temos, em média, 27,6 pressões à barra para cada reforçamento. Gráfico 6 - Frequência de pressões à barra nas sessões de NO, CRF e Extinção de CRF Nos dados mostrados pelo Gráfico 6 observa-se o comportamento de “pressionar a barra” nas sessões de Nível Operante, Reforçamento Contínuo e Extinção. No Nível Operante, a frequência do comportamento manteve-se baixa pela ausência do reforçador (alimento). No Reforçamento Contínuo, a frequência do comportamento aumentou e se manteve estável durante a sessão pela presença constante do reforçador durante os 15 minutos. Por fim, na Extinção, com a retirada do reforçador, o comportamento teve sua frequência reduzida até deixar de ocorrer. 17 Gráfico 7 - Frequências de comportamentos em todas as sessões de laboratório realizadas Tabela 6 - Distribuição da frequência de cada comportamento durante todas as sessões realizadas. Nos dados mostrados pelo Gráfico 7 observam-se todos os comportamentos analisados durante as sessões de laboratório. Pode se observar que os comportamentos de “pressionar a barra”, “farejar”, “levantar” e “limpar-se” tiveram sua respectiva frequência variando de acordo com cada sessão em que se encontram. De modo geral, foi possível visualizar de maneira efetiva a aplicação dos comportamentos em cada uma das sessões. 18 DISCUSSÃO O presente trabalho teve como objetivo aliar teoria e prática na disciplina de Análise Experimental do Comportamento, para buscar compreender os conceitos que tal disciplina apresenta. Através de sessões de laboratório, utilizando dados e pesquisas da área do Behaviorismo Radical de B. F. Skinner, foi possível visualizar como os conceitosde Comportamento, Reforço, Modelagem, Extinção e Treino Discriminativo são passíveis de análise e reprodução, colaborando, assim, para uma melhor compreensão de sua funcionalidade dentro da Análise Experimental do Comportamento. Os resultados obtidos mostram que o procedimento utilizado neste trabalho pôde produzir dados concretos sobre a relação do sujeito (organismo) e ambiente, dentro das condições de testagem laboratorial, coleta de dados e análise funcional das respostas alcançadas. Dessa forma, as sessões nas quais o sujeito foi submetido a procedimentos de testagem tiveram seus objetivos iniciais concluídos e suas questões respondidas. A despeito das possíveis contribuições deste trabalho para a compreensão da disciplina de Análise Experimental do Comportamento e suas atribuições, podem-se destacar algumas modificações que devem ser feitas em futuras replicações, visando a melhora dos resultados apresentados. A primeira delas seria a utilização de mais sessões, onde pudessem ser testados estímulos diferentes em cada um delas, dentro do mesmo conceito. Além disso, o tempo de cada sessão poderia ser ampliado, buscando sempre alcançar a maior clareza entre dados e hipóteses possível, dentro da proposta da Análise Experimental do Comportamento. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Lopes, C. E. (2008). Uma proposta de definição de comportamento no behaviorismo radical. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 10. 1-10. Miltenberger, R. G. (2018). Modificação do comportamento: teoria e prática. São Paulo: Cengage Learning. Moreira, M. B. e Medeiros C. A. de. (2007). Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed. Neto, M. B. de C. (2002). Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do comportamento. Interação em Psicologia, 6. 13-18. Schultz, D. P. e Schultz S. E. (2009). História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cengage Learning. Tomanari, G. Y. (2000). Reforçamento condicionado. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva. [On-line]. Disponível: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452000000100006&ln g=pt&tlng=pt. Recuperado em 19 de maio de 2020. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452000000100006&lng=pt&tlng=pt http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452000000100006&lng=pt&tlng=pt
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