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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRA CCE0285 PROF. HILIS LEONARDO BARROS CONTEÚDO 1 Aprovações de projetos, Contratos e sub-empreitada 2 Legislação social e trabalhista 3 Conceitos do orçamento de obras 4 Previsão de custos de elementos de uma obra 5 Praticar as técnicas de orçamentação 6 Planejamento e controle PMI e PMBOK 7 Processo de definição das atividades inter-relacionadas 8 Planejamento (prazo, custo, qualidade e risco) 9 Planejamento (Gantt e PERT) 10 Instrumentos de controle de prazos 11 Instrumentos de controle de custos em obras 12 Instrumentos de controle de qualidade BIBLIOGRAFIA BERNARDES, Maurício Moreira e Silva. Planejamento e controle da produção para empresas de construção civil. Rio de Janeiro: LTC, 2003. GOLDMAN, Pedrinho. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira. São Paulo: PINI, 1997. POLITO, G. Gerenciamento de obras.. São Paulo: PINI, 2015. CHOMA, André Augusto. Como gerenciar contatos com empreiteiros: manual de gestão de empreiteiros na construção civil. 2. ed. São Paulo: Pini, 2007. GUERRA, M. A., MITIDIERI FILHO, C. V. Sistema de gestão integrada em construtoras de edifícios. São Paulo: PINI, 2015. SOUZA, R., TAMAKI M. R. Gestão de Materiais de Construção. São Paulo: O Nome da Rosa, 2005. THOMAS, E. Tecnologia. Gerenciamento e Qualidade na Construção. São Paulo: PINI, 2001. TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: PINI, 2007. 1 – INTRODUÇÃO A criatividade para superar dificuldades técnicas e administrativas que se nos apresentam no trabalho diário é um desafio a ser vencido. A administração dos grupos de trabalho e a convivência com operários mal remunerados e deficientemente capacitados são tarefas que exigem muito mais que uma mera formação técnica. Àqueles que esperam passivamente viver dias melhores, dizem os sábios desde a antiguidade, que dias melhores têm que ser conquistados, construídos e isto só se consegue com seriedade, senso de responsabilidade, muito empenho e esforço de cada um. 1.1. RESPONSABILIDADE TÉCNICA, APROVAÇÃO DE PROJETOS, LICENÇAS E REGULAMENTAÇÕES A construção de uma obra requer não somente “botar a mão na massa”, mas envolve também, o procedimento legal de permissão para construir e morar. Ao construir um imóvel ou realizar uma obra é imprescindível garantir junto à prefeitura o licenciamento de obras. Pois, se a fiscalização do governo identificar uma obra não regularizada, ela pode ser barrada, o dono do imóvel pode levar multa e, em alguns casos, a construção pode até ser demolida. a) ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DE OBRAS E SERVIÇOS - ART A ART é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas. A ART assegura à sociedade que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional habilitado. Neste sentido, a ART tem uma nítida função de defesa da sociedade, proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é contratado. b) ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO É o documento emitido pela Administração Regional que autoriza o início de uma obra particular ou pública de acordo com os parâmetros estabelecidos na Lei 2.105/98 e no Decreto 19.915/98. Uma obra que se inicia antes da obtenção do alvará de construção corre diversos riscos, podendo, o responsável, sofrer multas e embargos, além de assumir a responsabilidade civil e criminal, em caso de danos ou prejuízos às construções vizinhas ou qualquer ocorrência desagradável envolvendo riscos à saúde e à vida das pessoas. O alvará de construção tem validade de oito anos, contados a partir da data de sua expedição, podendo ser renovado por igual período, após a conclusão das fundações o alvará de construção tem validade imprescritível. C) LICENCIAMENTO AMBIENTAL É o procedimento administrativo obrigatório pelo qual o órgão ambiental competente – no caso do DF, o IBRAM (Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal) – licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. Licença de Instalação (L.I.):Esta Licença autoriza o início da obra ou serviço no local do empreendimento, porém, não autoriza seu funcionamento. Licença de Operação (L.O.): Autoriza o funcionamento da atividade ou empreendimento, após a verificação do cumprimento das exigências que constam nas licenças anteriores. APROVAÇÃO DE PROJETOS a) Agência de Fiscalização do Distrito Federal – AGEFIS, criada para garantir a promoção, a proteção e a preservação da qualidade de vida da população do Distrito Federal, atuando como agente transformador, mediante ações de educação e fiscalização de atividades urbanas. Com esta missão surgia em 2008, no dia 5 de junho, por meio da Lei nº 4.150/08. b) Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), é uma Corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do Distrito Federal. c) Companhia de Eletricidade de Brasília - CEB, originária do Departamento de Força e Luz da Novacap, foi criada em 16 de dezembro de 1968 como Companhia Elétrica de Brasília. Empresa de economia mista, em 1993 alterou o nome "elétrica" para "energética", passou também a distribuir gáscanalizado e outras fontes de energia. Atualmente é uma holding composta por dez empresas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa_civil https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa_civil https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa_civil https://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Novacap https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro https://pt.wikipedia.org/wiki/1968 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/1993 https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia https://pt.wikipedia.org/wiki/Holding d) Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (NOVACAP) foi criada, em 19 de setembro de 1956, o objetivo era coordenar as obras da construção de Brasília, e, com a inauguração, a empresa seria fechada. Porém, em 1960, nem tudo estava pronto, e ela continuou os serviços. Há 60 anos, a Novacap cuida dos jardins, da manutenção de vias (recapeamento, pavimentação, limpeza de bocas de lobo), das calçadas e da poda de árvores. A companhia teve na folha de ponto funcionários célebres na história candanga: Israel Pinheiro, Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Athos Bulcão, Burle Marx. e) Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – CAESB, é uma sociedade de economia mista, que pode desenvolver atividades nos diferentes campos do saneamento e em quaisquer de seus processos, com vistas à exploração econômica, planejando, projetando, executando, ampliando, remodelando, administrando, operando e mantendo os sistemasde abastecimento de água; de coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários. f) Telecomunicações de Brasília S.A. – TELEBRASÍLIA, foi a empresa operadora de telefonia do grupo Telebras em Brasília e no Distrito Federal antes da privatização em 1998. Sucedeu a antiga Companhia de Telefones de Brasília - COTELB, criada em 1960 como autarquia quando da criação da nova capital, HOJE OI. https://pt.wikipedia.org/wiki/Telecomunica%C3%A7%C3%B5es_Brasileiras_S.A. https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia REGULAMENTAÇÕES _Código de Obras e Edificações - COE é o instrumento fundamental e básico que regula obras e edificações públicas e particulares em todo o território do Distrito Federal e disciplina procedimentos de controle urbano, licenciamento e fiscalização. _Comissão Permanente de Monitoramento do Código de Obras e Edificações - CPCOE. orientar e deliberar sobre a interpretação de normas edilícias referentes ao licenciamento. _Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – CONPLAN, com função consultiva e deliberativa de promover o controle social e participação democrática no planejamento territorial e urbano, auxiliar a Administração na formulação, análise, acompanhamento e atualização das diretrizes e dos instrumentos de implementação da política territorial e urbana. Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF – PDOT, onde seriam definidas as regras básicas de uso e ocupação do solo, por categoria de uso, (urbano, rural e de preservação ambiental) bem como critérios de controle do uso e da ocupação territoriais, de forma sistêmica, mediante estruturação das instituições governamentais em um Sistema de Planejamento Territorial e Urbano do DF – SISPLAN, nele incluída a participação popular. A Companhia Imobiliária de Brasília (TERRACAP), criada pela Lei nº 5.861, de 12 de dezembro de 1972, empresa pública, integrante do Complexo Administrativo do Distrito Federal, tem como finalidade gerir o patrimônio imobiliário do Distrito Federal, mediante utilização, aquisição, administração, disposição, incorporação, oneração ou alienação de bens, assim como realizar, direta ou indiretamente obras e serviços de infraestrutura e obras viárias no Distrito Federal. FINAL DA OBRA HABITE-SE E AVERABAÇÃO Quando a construção é concluída, o interessado pode solicitar a Carta de Habite-se; O proprietário do imóvel faz a requisição junto à AGEFIS/DF, que providenciará uma vistoria ao imóvel para atestar que a construção foi feita de acordo com o projeto aprovado. Após a emissão do Laudo de Vistoria à AGEFIS/DF, e caso a edificação atenda aos parâmetros exigidos pelo Decreto 19.915/98, a Administração emite a Carta de Habite-se. Após a liberação do Habite-se é preciso aguardar a publicação deste em Diário Oficial. Em seguida, é requerido, junto ao INSS, a CND da construção. A CND (Certidão Negativa de Débito) e o Habite-se são levados a registro no Cartório de Registros de Imóveis para regularizar a construção. 2 A INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL ATUAL (CONSTRUÇÃO TRADICIONAL) _Indústria conservadora – inovação lenta; _Empresas economicamente fracas – empresas pequenas e sem força política, de baixa tecnologia e pequena inteligência competitiva, com baixo lucro (5%) e pequena tempo de atuação (<20 anos); _Fábrica móvel – depende do local e é temporária (não justifica a mecanização); _Baixa precisão / alto nível de perdas (recursos humanos, materiais, financeiros); _Mão de obra pouco qualificada (ambiente sujo e perigoso, trabalho cansativo e temporário); _Projeto complexo, fragmentado, confuso, sem memória – difusão de responsabilidades, improvisação em obra; _Usuário não participa do projeto, no caso de incorporação; _Projeto não considera ciclo de vida da edificação – custos e recursos (materiais, energia, água) para uso, manutenção e demolição representam mais do que na construção; 2 A INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL FUTURO (CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL) _Indústria inovadora, flexível, baseada em conhecimento - aberta a novas tecnologias e novos modelos de negócio – economicamente sustentável; _Construção sustentável – redução de perdas, reciclagem, reaproveitamento _Industrialização e automação – mecanização/ produção em fábrica/uso de TIC: - componentes leves 2d e 3d vem prontos e são montados no local com equipamentos adequados - construção mais previsível diminui riscos - a diminuição de perdas diminui os custos e permite melhores salários _Sustentabilidade econômica, boas condições de trabalho e continuidade do trabalho: atração de pessoas mais competentes e preparadas; _Projeto baseado em conhecimento – integrado e colaborativo, parte da informação disponível, usa TIC (BIM, simulação) 2 A INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL FUTURO (CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL) _Projeto tem foco no usuário: edificação acessível, adequada às necessidades, flexível (adaptável ao longo do CV – Open Buildings), saudável, segura, confortável; _Projeto considera o CV – materiais de menor manutenção/adaptáveis ao ambiente, reaproveitamento de água, redução do consumo e geração de energia (Protocolo de Kyoto), pensa na demolição/desconstrução; _Construção sustentável: - renovação predial preserva a memória urbana e otimiza ambiente construído; - revitalização urbana recupera áreas degradadas - aumento de densidade em áreas já urbanizadas preserva áreas verdes/rurais; - oferece soluções para todos. 2.1 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE 2.1.1 PLANEJAMENTO Ocupa-se inicialmente do plano geral do projeto, em nível de macro-visão, sem detalhamentos que levem a se perder a visão global. Elabora-se, nessa fase, um plano inicial, chamado Plano Mestre da obra, lógico e racional, com base nos dados relativos ao projeto, cuja consolidação se dá aproximadamente aos 30% do projeto executado, e que contém em seu escopo elementos tais como: • Dimensões globais do projeto; • Sistema construtivo e as necessidades envolvidas; • Dimensionamento geral dos insumos; • Prazo e valor globais estimados e outros elementos. Assim, o planejamento somente se encerra com o final do empreendimento, pois até a última tarefa deve ser planejada. 2.1.2 PROGRAMAÇÃO Define basicamente como, quando e com que recursos qualitativos e quantitativos a construção será executada. É o planejamento em nível de micro-visão, necessário para que os possíveis lapsos ou desvios de prazos e custos provoquem menor impacto sobre o Projeto, pois, os intervalos de tempo e os recursos financeiros em questão são bastante menores. - Previsão de prazos, custos e distribuição de recursos; - Preparação de contratos e especificações técnicas; - Preparação de programas de suprimentos e desembolsos; - O acompanhamento da evolução da obra; - Análise dos progressos alcançados; - Comparação dos resultados obtidos em relação às metas iniciais; - Análise dos resultados das comparações; - Sugestões de medidas corretivas, quando necessárias; - Realimentação do sistema com os resultados coletados; - Auxílio nas reprogramações ou nos replanejamentos. 2.1.3 CONTROLE O sistema Planejamento/Controle pode ser representado de maneira resumida pelo ciclo de cinco etapas que se repetem: • Medições periódicas, baseadas nas previsões originais; • Comparações entre previsto e medido; • Análise das variações entre o previsto e o efetivo; • Conclusões e medidas corretivas. OBJETIVOS DEFINIDOS DO CONTROLE 1. O acompanhamento diário da execução dos serviços visando produtividade e custos; 2. Apuração de prazos e custos reais, comparando-os com os previstos; 3. Tomada de decisões em caso de haver desvios de prazos e custos;4. Realimentar o sistema com os novos dados obtidos de custo, prazo e produtividade. Importante observar que planejamento, programação e controle são atividades interligadas e interdependentes e não se desenvolvem sequencialmente, mas se sobrepõem, numa complementação que se opera em todas as direções. Não há, portanto, sentido em se pensar em desenvolver uma das três atividades sem o desenvolvimento das outras. 2.2 AS OBRAS E OS REGIMES DE CONTRATAÇÕES 2.2.1 PROJETO Projeto é a concretização de uma idéia concebida e organizada segundo planos e passos concretos e racionalizados, que concorrem para a realização daquele objetivo original. Esse objetivo pode ser tanto a implantação de uma indústria, de um conjunto habitacional, de uma via de transporte quanto um plano a se concretizar, como a obtenção do título de mestre em uma determinada especialidade. 2.2.1 PROJETO Projeto (grafado com inicial maiúscula) é sinônimo de empreendimento. Na engenharia, o empreendimento tem a sua concepção descrita e ordenada em desenhos, plantas, memoriais descritivos, especificações técnicas, orçamentos, cronogramas, maquetes ou modelos reduzidos e outros elementos e detalhes complementares (que usaremos a grafia projeto, com inicial minúscula, para diferenciação). • Estudos de viabilidade técnico-econômica • Estudos preliminares ou projeto preliminar • Desenvolvimento do projeto-base • Desenvolvimento do projeto definitivo • Desenvolvimento do projeto executivo 2.2.2 OBRA A fase que se segue logo que se tem o desenvolvimento do projeto executivo é a da construção, cuja atividade principal é a de tornar concretos os planos pré-estabelecidos constantes dos desenhos e plantas, obedecendo-se as normas técnicas aplicáveis, especificações, detalhes, memoriais, cronogramas, previsões de prazos e de custos e buscando-se um bom padrão de qualidade nos resultados finais do produto. Obra é, portanto, o conjunto de atividades de construção, com emprego de materiais, mão-de-obra especializada, ferramentas e equipamentos específicos, desenvolvido no espaço físico denominado canteiro de obras, planejado racionalmente para a fase de construção daquele projeto específico. 2.2.3 SERVIÇOS São as tarefas ou atividades mínimas e isoladas nas quais se pode dividir a execução global de uma obra. Citam-se, como exemplos: - a execução de contra-piso para receber a pavimentação final de acabamento; - a desforma de estrutura de concreto; - o preparo das argamassas, etc. 2.2.4 ETAPAS CONSTRUTIVAS São os conjuntos de serviços de obra, interdependentes e que se complementam dando características mais definidoras e representativas ao Projeto, os quais, após concluídos, permitem o início de uma nova etapa construtiva, processo este que vai definindo cada vez mais a obra até sua conclusão. 2.2.4 ETAPAS CONSTRUTIVAS 1. SERVIÇOS PRELIMINARES 2. INSTALAÇÃO E LOCAÇÃO DA OBRA 3. INFRAESTRUTURA - FUNDAÇÕES 4. SUPERESTRUTURA, SUPRA ESTRUTURA - ESTRUTURA 5. ALVENARIA 6. TRATAMENTOS – TÉRMICOS.,ACÚSTICOS. E IMPERMEABILIZAÇÕES. 7. COBERTURA 8. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE TELEFONE 9. INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 10. APARELHOS E METAIS SANITÁRIOS 11. ESQUADRIAS 12. REVESTIMENTOS DE PAREDES 13. REVESTIMENTOS DE PISOS ou PAVIMENTAÇÕES 14. FERRAGENS 15. VIDROS 16. PINTURA 17. PAISAGISMO 18. INSTALAÇÕES MECÂNICAS 19. TESTES 20. DIVERSOS 21. LIMPEZAS 2.2.4 ETAPAS CONSTRUTIVAS 2.3 CONTRATAÇÕES Contrato é o documento escrito, de valor legal, cujo conteúdo visa estabelecer as condições gerais e específicas resultantes da vontade das partes envolvidas para, no caso da área de engenharia, prestações de serviços diversos como construções, administrações de serviços técnicos, acessorias, consultorias, elaborações de projetos, orçamentos, fiscalizações, etc. Não são de interesse para nossos estudos os outros tantos tipos de contratos que se situam fora do interesse das atividades comuns da engenharia. Contratos podem ser facilmente adaptados, em alguns de seus pontos, através dos chamados Aditivos Contratuais ou Termos Aditivos Contratuais. São eles termos que se redigem ao final dos Contratos, alterando-se a(s) condição(ões) acordadas, os quais deverão ser numerados na ordem de surgimento, datados e assinados pelas partes. 2.3 CONTRATAÇÕES Com relação à documentação da empresa, o responsável pela contratação deve ficar atento aos seguintes documentos: • Alvará de Funcionamento. • Cópia do Cartão do CNPJ. • Contrato Social. • Certidão Simplificada da Junta Comercial. Além dos documentos que comprovam a constituição e a regularidade da empresa, é importante que o responsável pela contratação também exija as seguintes certidões negativas: • Certidão Negativa da Justiça do Trabalho. • Certidão Negativa de Débito do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores da Construção). • Certidão Negativa de Débito do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil). • CRF do FGTS (Caixa Econômica Federal). 2.3 CONTRATAÇÕES É comum, pela diminuição nos preços unitários dos serviços, que empreiteiros trabalhem com funcionários sem registro em carteira. O gerente da obra deve ficar atento a esse ponto, pois os maiores problemas costumam resultar dessa falta de registro de funcionários. Portanto, é importante que o gerente da obra solicite ao empreiteiro os seguintes documentos de todos os funcionários: • Cópia da Carteira de Trabalho Assinada. • Cópia da Ficha de Registro do Funcionário, com foto. • Cópia do ASO - Atestado de Saúde Ocupacional. 2.3 CONTRATAÇÕES A NATUREZA DO CONTRATANTE Dependendo da natureza do contratante, as obras se classificam em particulares (iniciativa privada) e públicas, as quais se distinguem segundo o procedimento de seleção do contratado e o processo de contratação. No primeiro caso o contratante é pessoa física ou jurídica independente do poder público, e as obras públicas são aquelas cujo contratante é um órgão do poder público, seja em nível federal, estadual, municipal ou no âmbito do distrito federal. 2.3.1 OBRAS PARTICULARES Nesta natureza de obra as contratações são feitas livremente, conforme os interesses, conveniências e/ou necessidades do contratante e do contratado, não havendo qualquer dispositivo legal que obrigue a se adotar determinados procedimentos nas contratações, ressalvando-se uma rara exceção. 2.3.1 OBRAS PARTICULARES a) Contratação por Preços Unitários No mercado, tem-se o costume de trabalhar por preços unitários, onde o empreiteiro é remunerado pelo serviço executado, medido segundo preços unitários predefinidos. Esse costume muitas vezes é responsável por vários problemas, porque não compromete o empreiteiro no cumprimento dos serviços dentro do que necessita a construtora. b) Contratação por Valor Fixo Global Nessa modalidade de contratação, acerta-se um valor global com o empreiteiro para todos os serviços incluídos, e o pagamento é realizado de uma só vez (ao término dos trabalhos), ou com parcelamentos predefinidos (se o serviço não for de curta duração). 2.3.1 OBRAS PARTICULARES c) Contratação por Administração ou por Homens-Hora , A modalidade de contratação por homem-hora se torna bastante comum em obras onde o escopo dos serviços não está bem definido, ou onde é muito difícil determinar e medir as quantidades exatas dos serviços que serão realizados, ou ainda onde os serviços são muito demorados e o pagamento por etapas ou por preços unitários resultaria em um valor muito pequeno. • Colocação de Contramarcos. • Execução de Caixas de Rassagem da Rede de Águas Pluviais e de Esgoto. • Pequenos Serviços de Demolição/Limpeza do Canteiro. • Auxiliares de Almoxarifado, de Topografia. 2.3.1 OBRAS PARTICULARES Custo mais percentual do custo (contrato de administração de obras): nessa modalidade, oexecutor é reembolsado pelos custos do trabalho e recebe, como remuneração, um percentual sobre os custos. Essa modalidade é muito comum na remuneração de engenheiros e arquitetos na construção, reforma e ampliação de imóveis. Rara a contratante, esse tipo de contrato é arriscado, principalmente se o escopo não estiver bem definido, pois não há nenhum incentivo (pelo contrário) para que o contratado busque uma redução de custos. Custo mais remuneração fixa: o contratado é reembolsado pelos custos e recebe, como remuneração, uma taxa fixa pelo trabalho. Se os custos forem maiores ou menores que o orçamento inicial (se não forem feitas modificações no projeto), a remuneração para o empreiteiro é a mesma. 2.3.1 OBRAS PARTICULARES A Importância do Contrato O contrato proporciona à construtora uma segurança maior em relação ao que foi contratado, possibilitando, muitas vezes, que o pagamento do empreiteiro seja suspenso se ele não comprovar o pagamento de impostos e de encargos trabalhistas de seus funcionários, ou se a obra estiver atrasada. Mas, para isso, é indispensável que a construtora também cumpra com o que foi acordado. O contrato firmado entre as partes deve ser o mais completo possível, deixando bem claros o escopo dos serviços, as condições de prazo, a forma de pagamento, as obrigações das partes, a documentação necessária, enfim, todos os aspectos da prestação dos serviços contratados. 2.3.1 OBRAS PARTICULARES A Importância do Contrato A estrutura básica de um contrato envolve: • Identificação das Partes. • Objeto do Contrato. • Especificações do Objeto do Contrato. • Obrigações Gerais da Contratada. • Obrigações Gerais da Contratante. • Preços, Quantidade e Forma de Pagamento. • Condições de Aceitação dos Serviços. • Encargos Sociais. • Retenções de Garantia. • Condições para Rescisão do Contrato. • Diário de Obra. • Aceites e Disposições Gerais. • Foro. • Anexos. 2.3.2 OBRAS PÚBLICAS LICITAÇÕES Chamam-se obras públicas aquelas cujo contratante é um órgão do poder público, em níveis federal, estadual, municipal e do distrito federal. Como se trata de ação de interesse da população, de onde são provenientes os recursos financeiros a serem empregados, as contratações somente podem ser feitas através do processo de Licitação. Licitação é, portanto, o procedimento ao qual a Administração Pública é obrigada a submeter todo ato de contratação de serviços de naturezas diversas, aquisição de bens e/ou materiais e alienação de bens e/ou materiais. A contratação das obras públicas está logicamente sujeita a esse processo, que é regulamentado pela Lei no 8.666/93 – de 21 de junho de 1993 - Lei de Licitações. LICITAÇÕES a) Modalidades de Licitações: 1) Concorrência 2) Tomadas de Preço (exclusivas para compras/serviços/obras) 3) Convite 4) Concurso (exclusivo para serviços técnicos especializados) 5) Leilão ( exclusiva para alienações) 6) Pregão (criado no ano de 2000 por MP e regulamentado por lei em 2002, constitui uma alternativa às três primeiras para contratação/aquisição de bens e serviços comuns, não aplicável a obras de engenharia). LICITAÇÕES b) Tipos de Licitação: 1) Menor preço: usado para compras, serviços e obras de modo geral. 2) Melhor técnica: considera fatores de ordem técnica. Aplicada a serviços de natureza intelectual, artística, etc, tais como projetos, cálculos, supervisões, fiscalização, gerenciamento e consultorias em geral, estudos técnicos, entre outros. 3) Técnica e Preço: considera como mais vantajosa a proposta que obtiver melhor nota em média ponderada de preço e técnica. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA INTRODUÇÃO Uma das dificuldades dos empreendedores da construção civil é avaliar do ponto de vista legal qual a contratação indicada para determinado projeto. Não faltam opções disponíveis na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e fora dela. A escolha assertiva já começa entre optar pelo registro em carteira ou não do trabalhador. Caso o empregador escolha assinar a carteira de trabalho, o empregado terá acesso a todos os direitos previstos pela CLT, estando sujeito também aos deveres para com o empregado, o que inclui se preocupar com sua própria segurança no ambiente de trabalho. Só que essa escolha entre registrar o trabalhador ou contratá-lo como PJ ou autônomo não depende somente da vontade do empreendedor, estando sujeita a aspectos ligados ao dia a dia da função previstos na lei. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Para evitar problemas com relação à aplicação das Normas de Segurança impostas pelo Ministério do Trabalho (Lei n" 6.514/1977) e pela empresa Contratante. • Contratação de funcionários registrados e com os exames obrigatórios em dia. • NR-4 - SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho). • NR-5 - CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).' • NR-6 - Entrega Obrigatório de EPI's (Equipamentos de Proteção Individual). • NR-9 - Elaboração do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e cumprimento do Cronograma. • NR-7 - Elaboração e cumprimento do disposto no PCMSO (Programa Médico e Saúde Ocupacional). • NR-18 - Elaboração (se necessário) do PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho da Indústria da Construção). • CAT - Comunicação de Acidentes de Trabalho. • Treinamentos. • Fiscalização. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Obrigações do Empregador com relação aos EPI's • Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado. • Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho. • Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado, guarda e conservação. • Tornar obrigatório o seu uso. • Substituí-lo, imediatamente, estando danificado ou extraviado. • Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) Conforme a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho - NR-4 (item 4.1), toda empresa pública ou privada que tiver empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho em seu estabelecimento, com a finalidade de promover a Saúde e Integridade Física de seus funcionários, terá a obrigatoriedade de manter o SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho), sendo o seu dimensionamento vinculado à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento constantes nos Quadros I e II da NR-4. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), conforme estabelecido pela NR-5 (item 5.1), tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a prevenção da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A CIPA tem como objetivo observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir ou eliminar os riscos existentes e/ou neutralizá-los, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho e ao Empregador o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) Conforme a NR-9 (item 9.1), o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - é um requisito legal, sendo constituído de um relatório formulado pela Segurança do Trabalho dentro da empresa construtora/empreiteira, que auxilia na antecipação e reconhecimento dos riscos, na avaliação da exposição dos trabalhadores através do levantamento de dados, visando estabelecer posteriormente metas e prioridades de controle, implantando medidas e avaliando sua eficácia, monitorando constantementeos riscos e divulgando esses dados para a CIPA e para a Gerência. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) Conforme a NR-7 (item 7.2.3) O PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - é um requisito legal e tem como objetivo o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde. A sua elaboração e a implementação são obrigatórias para todas as empresas que tenham empregados independentemente do número e da atividade. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT) Conforme previsto pela NR-18, o PCMAT estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e ambiente de trabalho na Indústria da Construção. a)memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra; c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, até mesmo, previsão de dimensionamento das áreas de vivência; f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA "A construtora também poderá sofrer uma ação regressiva pelo INSS. No caso de morte de algum funcionário, o INSS arca com as despesas, indenizações e investiga a falha e, em caso de negligência por parte da empresa, cobra a culpa da construtora e o custo da falha, além de todo o valor do INSS de uma só vez que o funcionário arrecadaria até a sua aposentadoria." Revista CONSTRUÇÃO MERCADO (PINI, 2002, n" 9, p. 33). 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.1 VÍNCULO EMPREGATÍCIO _Existe exigência de horário ou horário fixo de entrada e de saída? _Existe subordinação do colaborador para comigo ou com a terceirizada? _Existe salário na condição de pessoa física? Resposta afirmativa a todas as questões, saiba que a relação de emprego se configura, conforme dispõe o artigo 3º da CLT, exigindo assim registro da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do trabalhador. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.1 VÍNCULO EMPREGATÍCIO A empresa não pode terceirizar sua principal atividade, aquela para a qual foi constituída, sob pena de reconhecimento do vínculo empregatício. Para a prestação de serviços habituais, uma escola não pode contratar professores autônomos. Assim como um lava-jato de veículos está proibido de contratar lavadores autônomos. 3.2 CONTRATOS DE TRABALHO PREVISTOS PELA CLT a) Por tempo indeterminado : o modelo de contrato de trabalho mais utilizado em todos os setores que estabelece data de início das atividades sem definição do dia de término. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.2 CONTRATOS DE TRABALHO PREVISTOS PELA CLT b) Por prazo determinado: sua duração máxima é de dois anos, o que significa que o contrato inicial pode ser prorrogado apenas uma vez dentro desse período, caso sofra mais de uma prorrogação, passa a ser indeterminado, ainda que o tempo limite não tenha sido atingido. c) Por obra certa: o contrato somente se justifica em situações consideradas excepcionais uma vez que sua vigência depende do tempo de execução dos serviços especificados, que devem ter a característica de transitórios (breves ou rápidos) ou serem resultantes de atividade empresarial transitória. d) Trabalho temporário: a legislação define que o trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa com o objetivo de atender à necessidade transitória de substituição do seu pessoal regular e permanente ou ao acréscimo extraordinário de serviços. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.3 RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA Em caso de descumprimento das obrigações trabalhistas por parte da terceirizada e da impossibilidade de arcar com as dívidas resultantes, a empresa contratante possa ser acionada pelo trabalhador que recorre à Justiça. 1. ERRO NA ESCOLHA_ o tomador de serviços ter escolhido mal o prestador, cuja evidência é não ter cumprido suas obrigações perante os empregados. No Direito, essa falta é chamada de culpa in eligendo. 2. FALTA DE FISCALIZAÇÃO _à fiscalização deficiente da tomadora, que permitiu a prática de irregularidades trabalhistas por parte da prestadora, implicando assim em sua responsabilidade subsidiária. A denominação usada é culpa in vigilando. 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 3.4 LEIS TRABALHISTAS 3.5 LEIS SOCIAIS 4 ORÇAMENTO DEFINIÇÃO É a soma de todos os custos diretos e indiretos de uma construção ou obra. Este somatório determina o quanto deve custar uma obra. Os custos são compostos basicamente de Materiais, Mão de Obra, Verbas, Leis Sociais e BDI, os quais serão definidos posteriormente. “Documento onde se registram as operações de cálculo de custo da construção, somando todas as despesas correspondentes à execução de todos os serviços previstos nas especificações técnicas e constantes da discriminação orçamentária apresentada no anexo D.” (NBR 12721/2000, p. 24, item 4.5.2.1). 4 ORÇAMENTO Ferramentas – Projetos – Memorial Descritivo / Caderno de Encargos – Especificações Complementares – Planilhas e Uso de Informática Etapas de Trabalho – Integração dos Projetos – Estudo das Especificações e Memorial Descritivo – Conciliação Projeto x Especificações – Levantamento de Quantitativos – Planilha Orçamentária – Coleta de Preços – Escolha das Composições de Custo – Orçamento Propriamente Dito 4 ORÇAMENTO DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 4.1 PROJETOS Projeto Executivo É o projeto de arquitetura (projeto legal) mais o projeto de detalhamento construtivo, onde se encontram a concepção do produto, as marcações de alvenaria, paginações de pisos e paredes, bancadas, alturas de peitoris, enfim, todas as informações arquitetônicas e detalhes necessários à perfeita execução da obra. Projetos Complementares São os demais projetos de uma obra, executados a partir do projeto de arquitetura, ou seja: Sondagens, Fundações, Estrutura, Elétrico Telefônico, Hidro- Sanitário, Incêndio, Impermeabilização, Paisagismo, etc. 4 ORÇAMENTO DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 4.2 MEMORIAL DESCRITIVO No memorial são definidos e descritos os métodos a serem usados na execução dos serviços, assim como as características dos materiais a serem empregados para tanto. O memorial especifica os métodos de construção. “...é feito o memorial descritivo da edificação objeto da incorporação e dos seus acabamentos de forma sucinta e com emprego de terminologia adequada a sua apreciação pelos futuros adquirentes de unidades autônomas, em estreita vinculação com desenhos do projeto. O memorial descritivo dos acabamentos é, portanto, um resumo das especificações técnicas, obedecendo aos limites impostos pelos quadros que devem ser preenchidos.” (NBR-12721/2000, p. 22, item 4.4.1) 4 ORÇAMENTO DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 4.3 ESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES Define o tipo, marca, modelo e quantidade dos materiaisa serem empregados na construção. Especifica com o que será construída a obra. Alguns dados da especificação podem ser complementados no projeto de arquitetura, neste caso são chamadas especificações complementares. Em caso de dúvidas, ou de sobreposição de informações, prevalecem as informações das especificações. Este documento deve fazer parte da pasta do cliente, no ato da compra, e qualquer modificação, por falta do produto no mercado ou por opção da empresa, deve ser negociada. 4 ORÇAMENTO DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 4.4 INTEGRAÇÃO E CONCILIAÇÃO DE PROJETOS Permite a visualização da interdependência de um projeto para com os demais. Este estudo cria soluções preventivas às etapas de serviço, propiciando a programação das mesmas, obedecendo uma seqüência lógica de execução das obras, de modo que os serviços atuais não inviabilizem as futuras frentes de trabalho. Como por exemplo: - Passagens nas lajes em locais pré-determinados às locações de prumadas elétricas ou hidro-sanitárias, na época da estrutura. - Definição de linhas de eixos para locação da estrutura e alvenaria, etc. - Descontos, vãos e aberturas, interferência da estrutura nas alvenarias, etc. 4 ORÇAMENTO DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 4.5 ESTUDO DAS ESPECIFICAÇÕES E MEMORIAL DESCRITIVO Permitem a definição dos materiais a serem aplicados, nos processos construtivos, assim com os processos e as normas de execução, auxiliando na elaboração da planilha orçamentária e na escolha das composições de custo. 4.6 ESTUDO DAS ESPECIFICAÇÕES E MEMORIAL DESCRITIVO Esta etapa se faz necessária, para se dirimirem as divergências que porventura possam existir entre os mesmos. 4 ORÇAMENTO DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 4.6 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS É a quantificação de um determinado serviço dentro da obra a ser executada. Para o seu levantamento se faz necessária a aplicação de planilhas próprias, que têm por objetivo simplificar os cálculos, facilitarem as totalizações e a organização dos dados, que são de suma importância à elaboração do orçamento. 4.7 PLANILHA ORÇAMENTARIA É a relação detalhada de todos os serviços a serem executados em uma obra. A cada serviço, correspondem uma unidade de medida, o consumo unitário, a quantidade e o preço total parcial do mesmo. 4 ORÇAMENTO DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 4.8 COLETA DE PREÇOS Visa determinar o custo de cada insumo necessário para o cálculo do preço dos serviços em questão. O critério de coleta de preços pode optar entre duas formas de pagamentos, ou seja, a vista ou a prazo. Esta definição parte do critério empresarial, tendo como variantes os juros de mercado, prazo da obra, critérios de pagamentos, dentre outros. 4.9 ORÇAMENTO PROPRIAMENTE DITO Já definido anteriormente, acrescenta-se que sua elaboração é precedida das etapas já expostas e que sua execução através de software específico, confere à mesma, maiores exatidão de cálculo e flexibilidade de alterações. 4.10 NRB 72721 – INCORPORAÇÃO Esta norma trata, basicamente, de três grandes áreas: -Avaliação de custos unitários de construção -Orçamento de construção -Incorporação de edifícios _Quadro I – Cálculo das áreas nos pavimentos e das áreas globais _Quadro II – Cálculo das áreas da unidade autônomas _Quadro III – Avaliação do custo global e do preço por m² da construção _Quadro IV – Avaliação do custo da construção de cada unidade autônoma _Quadro V – Informações gerais _Quadro VI – Memorial descritivo dos equipamentos _Quadro VII – Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso privativo _Quadro VIII – Memorial descritivo dos acabamentos das dependências de uso comum 4 ORÇAMENTO 4.11 C.U.B – Custo Unitário Básico Nestes custos não são considerados os seguintes itens: _Fundações especiais; _Elevadores; _Instalações especiais; _Terraplenagem, urbanização, recreação, jardins, etc; _Despesas com instalação, funcionamento e regulamentação de condomínios; _Impostos e taxas; -Projetos; _Remuneração da construtora; _Remuneração do incorporador; _Outras despesas indiretas. O CUB-DF/m² (R8-N) apresentou o valor de R$ 1.251,18 em março. O número representa uma variação positiva de 0,32% em relação ao mês de fevereiro, que registrou o valor de R$ 1.247,24. 4 ORÇAMENTO 4.11 ÁREAS DA EDIFICAÇÃO As áreas da edificação recebem, segundo a NBR – 12721, as seguintes denominações: _Área de Divisão Proporcional; _Área de Divisão não Proporcional; _Área de Uso Comum; _Área de Uso Privativo; _Área Coberta Padrão (de construção); _Área Coberta Padrão Diferente (equivalente); _Área Descoberta (equivalente). 4.11 ÁREAS DA EDIFICAÇÃO 4 ORÇAMENTO 4.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS A quantificação, assim como o orçamento, deve seguir os princípios de execução da obra, ou seja: “Quantificar e orçar como se executa no canteiro de obras”. A quantificação, como uma das ferramentas mais importantes para o planejamento e controle, deve obedecer a alguns preceitos, como por exemplo: _O detalhamento das quantidades de um serviço deve ser feito de acordo com a sequencia de execução do serviço. _ O nível de detalhamento dos quantitativos tem influência decisiva sobre os resultados obtidos. _ Os quantitativos devem servir de base para o planejamento de compra de insumos. 4.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS 4.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS - PRÁTICA ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO – PRÁTICA DETERMINAR _QUANTIDADE DE FORMA (m²) _QUANTIDADE DE CONCRETO (m³) _DURAÇÃO DA ATIVIDADE (dia) _CUSTO DA ATIVIDADE MO (R$/m²) _CUSTO DO MATERIAL MA (R$/m²) DADOS PARA CÁLCULO Trabalhar com 04 carpinteiros Produção da carpintaria de 10m²/dia Salário: pedreiro R$1584,00 – servente R$ 1.027,4 Encargos Sociais 97,75% Horas mensais trabalhadas 220h ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO – PRÁTICA PREPARO DE ARGAMASSA MISTA DE CIMENTO, CAL HIDRATADA E AREIA SEM PENEIRAR (1:2:8) UNIDADE DE USO = m3 DESCRIÇÃO UN CONS UMO PREÇO UNIT. CUSTO MATERIAL CUSTO MDO CUSTO TOTAL Cimento kg 182,00 0,39 70,98 70,98 Cal hidratada kg 182,00 0,38 69,16 69,16 Areia úmida m3 1,22 66,45 80,80 80,80 Servente h 10,00 3,39 33,90 Leis Sociais % 122,00 41,36 75,26 B.D.I. % 28,00 82,94 Preço total do item R$ 379,14 4 ORÇAMENTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO Numa composição é que encontramos os insumos necessários à execução de um determinado serviço, com seus respectivos consumos por unidade produzida. Após a coleta dos preços destes insumos, aplicamos os mesmos à composição em questão, obtendo o preço unitário deste serviço. A composição nos permite avaliar, primeiramente, o gasto de um determinado material ou mão de obra, para uma quantidade específica de serviço. O confronto entre os consumos propostos por uma composição e os índices coletados no canteiro de obras, provoca a reavaliação dos orçamentos e de nossas composições, propiciando sempre uma aproximação cada vez mais fiel entre o orçado e o realizado em uma obra. Nos softwares existentes no mercado, não encontramos todas as composições que necessitamos, devendo em alguns casos serem criadas novas composições que atendam as particularidades de cada orçamento. 4 ORÇAMENTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4 ORÇAMENTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4 ORÇAMENTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4 ORÇAMENTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4 ORÇAMENTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 4 ORÇAMENTO MARGEM DE ERRO 4 ORÇAMENTO MARGEM DE LUCRO 4 ORÇAMENTO 4.14 CURVA ABC As Curvas ABC são relações cujos dados são dispostos do maior para o de menor valor, e que destacam, desta forma,os itens mais significativos e permitem ao orçamentista, entre outras melhorias em seu orçamento, refinar apenas alguns poucos itens principais para alterar significativamente o valor final. Estudos desenvolvidos por Joseph Moses Juran, um dos papas na área da qualidade, identificaram que 80% dos problemas são geralmente causados por 20% dos fatores. Regra de Pareto: o nome “Pareto” foi uma homenagem ao economista italiano Vilfredo Pareto, cujos estudos apontaram que 80% da riqueza da Itália estava na mão de 20% da população. 4 ORÇAMENTO 4.14 CURVA ABC 4 ORÇAMENTO 4.14 CURVA ABC 4.14 CURVA ABC Utilidades da curva ABC 1. Hierarquia de insumos e serviços _Nas faixas A e B, enquadram-se os insumos e serviços economicamente mais importantes. 2. Prioridade na negociação _As negociações e cotações devem focar nos insumos ou serviços da faixa A. Um desconto pequeno nestes itens pode representar uma economia mais importante do que um desconto grande nos da faixa C. 3. Atribuição de responsabilidades_A compra dos principais insumos e a contratação dos principais serviços deve ter participação ativa do gerente da obra, já que existe um grande potencial de barateamento do custo total da obra. Já o que gera menos gatos pode ser delegado a outras pessoas. 4. Avaliação de impactos_Quanto mais para cima o item estiver na tabela, maior será o impacto de variações de preços (positivas ou negativas) no orçamento. 4.14 CURVA ABC 4.14 CURVA ABC 4 ORÇAMENTO 4.15 CUSTOS Os custos podem ser divididos ainda em diretos e indiretos, sendo, de acordo com Avila, Librelotto e Lopes (2003) Custo direto: são os custos diretamente apropriados ao produto, os quais permitem perfeita caracterização e quantificação dentro de um serviço, são os materiais, equipamentos e a mão de obra direta. Custo indireto: são custos não perfeitamente quantificáveis, é necessário estabelecer um fator de rateio para sua apropriação nos serviços. São vinculados à administração do canteiro de obras e às despesas da administração da própria empresa. 4 ORÇAMENTO 4.16 BDI Dias (2004) define BDI como um percentual que incide sobre os custos diretos da obra, que se refere às despesas indiretas da mesma, lembrando que essa porcentagem pode variar de acordo com a localização do empreendimento, com o tipo de administração adotado, com os impostos e com a margem de lucro esperado pelo empreendedor que também o compõem. Por sua vez, González (2008) complementa essa definição explicando que a função do BDI é completar o orçamento, incluindo nele alguns itens que são de difícil mensuração, sendo para os mesmos atribuídos valores estimados. Taxa de administração central Taxa de risco do empreendimento Taxa de custo financeiro Taxa de tributos federais Taxa de tributos Taxa de despesas de comercialização Lucro ou remuneração líquida da empresa 4 ORÇAMENTO 4.16 BDI 4.16 BDI 5 PRÁTICA - PLANEJAMENTO E OÇAMENTO 01 – Elaborar o cronograma físico-financeiro da obra em estudo 02 – Elaborar a composição unitária de cerâmica e reboco interno para a obra em estudo. 03 – Elaborar o histograma de mão de obra (diário). CUSTO DE INSUMO MATERIAL _ CERÂMICA - R$25,00/m2 _REBOCO INTERNO - R$250,00/m³ _ ARGAMASSA ACI - R$0,50/Kg – 0,250Kg/m² MÃO DE OBRA _ CERÂMICA - 20m²/dia _REBOCO INTERNO - 20m²/dia Profissional R$1584,00 – servente R$ 1.027,4 Encargos Sociais 97,75% Horas mensais trabalhadas 220h 6 – APLICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE TEMPO - PMBOK O Project Management Institute (PMI) é a maior associação sem fins lucrativos do mundo para profissionais de Gerenciamento de Projetos. Dentre as principais linhas de serviço do PMI, destaca-se um conjunto de práticas altamente aplicadas, testadas, e atualizadas por profissionais experientes e praticantes da disciplina no dia a dia. Boa prática significa que na maioria dos casos testados, as chances de sucesso aumentaram com a utilização destas práticas. Um das publicações mais populares do PMI é o guia PMBOK (Project Management Body of Knowledge), atualmente na sua 5ª edição, com mais de dois milhões de cópias distribuídas. O PMBOK é considerado a „bíblia‟ de boas práticas para o gerenciamento de projetos, sendo o seu uso um senso comum para a maior parte da comunidade de profissionais da área. 6 – APLICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE TEMPO - PMBOK 6.1 GERENCIAMENTO DE PROJETO O Gerenciamento de Projetos é definido como a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas para projetar atividades a fim de cumprir com os requerimentos do projeto. Trata-se de uma competência estratégica para organizações, permitindo que elas unam os resultados dos projetos com os objetivos do negócio – e, assim, possam competir melhor em seus mercados. Existem cinco grupos de processos do gerenciamento de projetos: • Início • Planejamento • Execução • Monitoramento e Controle • Encerramento 6.1.1 GRUPO DE PROCESSOS 6.1.1 GRUPO DE PROCESSOS • Iniciação do projeto (Iniciar) - Define e autoriza o projeto ou uma fase do projeto. • Planejamento do projeto (Planejar) - Define e refina os objetivos e planeja a ação necessária para alcançar os objetivos e o escopo para os quais o projeto foi realizado. • Execução do projeto (Fazer) - Integra pessoas e outros recursos para realizar o plano de gerenciamento do projeto para o projeto. • Monitoramento e controle do projeto (Verificar e agir) - Mede e monitora regularmente o progresso para identificar variações em relação ao plano de gerenciamento do projeto, de forma que possam ser tomadas ações corretivas quando necessário para atender aos objetivos do projeto. • Encerramento do projeto (Terminar) - Formaliza a aceitação do produto, serviço ou resultado e conduz o projeto ou uma fase do projeto a um final ordenado. 6.1.1 GRUPO DE PROCESSOS 6 – APLICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE TEMPO - PMBOK 6.1 GERENCIAMENTO DE PROJETO O conhecimento em gerenciamento de projetos é composto por nove áreas: • Gerenciamento da Integração • Gerenciamento de Escopo • Gerenciamento de Custos • Gerenciamento de Qualidade • Gerenciamento das Aquisições • Gerenciamento de Recursos Humanos • Gerenciamento das Comunicações • Gerenciamento de Risco • Gerenciamento de Tempo 6.1.2 ÁREAS DO GERENCIAMENTO ESCOPO: garantir que todo o trabalho necessário e somente o trabalho necessário será realizado. RISCOS: minimizar as Ameaças e Maximizar as Oportunidades. TEMPO: sequência de Atividades e Estimativa de Duração - C R O N O G R A M A. RECURSOS HUMANOS: papéis e Responsabilidades Formação da Equipe Desenvolvimento da Equipe. COMUNICAÇÕES : identificar as Partes Interessadas e manter as Partes Interessadas Informadas. CUSTOS: identificar/estimar os Recursos Definir e Controlar o Orçamento. QUALIDADE: garantir o atendimento das Necessidades para as quais o projeto foi criado. AQUISIÇÕES: gerenciar a Contratação de Bens e Serviços de Terceiros. NTEGRAÇÃO: Coordenar todas as áreas para garantir as entregas. 6.1.2 ÁREAS DO GERENCIAMENTO 6.2 INTRODUÇÃO Devido à expansão do mercado, várias empresas surgiram nos últimos anos, levando a uma acirrada concorrência no setor. Segundo Santos e Santos (2009), a competitividade faz com que as empresas invistam em metodologia eficiente de planejamento e controle de obras, permitindo domínio pleno do projeto. Para atender às exigências do mercado e garantir atuação competitiva em um setor econômico forte, como é o caso da construção civil, as empresas procuram adotar práticas mais maduras no planejamento, na programação e no controle de seus projetos, tornando-se mais capacitadas ao sucesso na corrida pelomercado do que aquelas que continuam presas às velhas práticas (KERZNER, 2006). 6.3 OBJETIVO Aplicação do Gerenciamento de Tempo conforme o Guia PMBOK em empreendimento habitacional em Brasília O presente trabalho procura descrever o modo como uma empresa construtora desenvolve um projeto de empreendimento habitacional, analisando os processos de Gerenciamento de Projetos envolvidos em cada fase. Além disso, busca correlacionar esses processos com as boas práticas de gestão definidas pelo Project Management Body of Knowledge (PMBOK®) 4ª Edição, com enfoque no gerenciamento de tempo do projeto em questão. Michele Tereza Marques Carvalho, DSc (UnB – DF/Brasil) Matheus Barbosa Azevedo (UnB – DF/Brasil) 6.4 GERENCIAMENTO DE TEMPO O Gerenciamento de Tempo reúne os processos necessários para assegurar que o projeto seja implantado no prazo previsto. Então são definidas as atividades para a realização dos subprodutos do projeto, de forma a serem realizadas em uma sequência lógica e interdependentemente das demais atividades previstas, estimando-se o tempo e os recursos disponibilizados para a sua execução. A partir daí, constrói-se um cronograma físico-financeiro, que permitirá um controle das tarefas e possíveis mudanças no projeto (HOZUMI, 2006). O monitoramento e controle são processos que visam observar e acompanhar a execução do projeto, permitindo que potenciais problemas possam ser antecipadamente identificados para que ações corretivas sejam tomadas antes de os problemas tomarem proporções incontroláveis. Dessa forma, todo o planejamento do empreendimento é acompanhado continuamente junto à sua execução, a fim de que os recursos e os custos utilizados estejam dentro dos números pré-estabelecidos. 6.5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) 1. Planejamento de Longo Prazo: A programação de longo prazo serve basicamente para a visualização geral das etapas da obra, explicitação das datas-marco mais importantes e identificação preliminar de recursos (MATTOS, 2010). 2. Planejamento de Médio Prazo: Sua função básica é possibilitar a elaboração de um plano de compra de materiais e equipamentos, identificar a necessidade de novos recursos e antever interferências. Possui um nível de detalhamento maior do que o plano de longo prazo e com isso, essa programação serve bem aos gerentes de obra (MATTOS, 2010). 3. Planejamento de Curto Prazo: Ele é a programação em nível operacional, feita por engenheiros de campo, mestres e encarregados. O grau de detalhamento da programação aumenta à medida que se aproxima o início da atividade. O planejamento de curto prazo é ideal para identificar as causas pelas quais as tarefas da semana se atrasaram ou não iniciaram conforme o planejado. Esse tipo de programação é a melhor ferramenta para monitoramento da obra. 6.6 PESQUISA - FASE DE EXPLORAÇÃO Nesta pesquisa, a Fase Exploratória foi composta por uma análise e um diagnóstico da atual situação da obra, tentando entender o motivo dos atrasos de execução das atividades e de cumprimento dos prazos estabelecidos. Foram realizadas entrevistas informais com pessoas- chave que participam do Departamento de Engenharia da empresa com a finalidade de obter uma visão geral dos processos necessários para início do projeto do empreendimento. O objetivo dessa etapa foi realizar um levantamento das principais dificuldades da obra. Além dos engenheiros responsáveis, participaram dessas entrevistas pessoas que acompanham o dia-a-dia da obra, como o estagiário de engenharia, o técnico de edificações e o auxiliar de almoxarifado. Após o levantamento das dificuldades da obra, enquadrou-se cada uma delas em uma área de conhecimento do PMBOK, de forma a identificar quais áreas seria o foco da pesquisa. 6.6 FASE PRINCIPAL Dando continuidade à pesquisa, com base nos resultados da fase exploratória, o objetivo dessa etapa foi, a partir da identificação, escolher as principais ferramentas de monitoramento e controle da obra. Para isso, foram necessários debates com a equipe envolvida diretamente com o projeto a fim de verificar qual seria a melhor alternativa a ser implementada para que a obra fosse entregue no prazo estipulado. 6.7 ANALISE DE RESULTADOS Detectou-se o Gerenciamento de Tempo como a área crítica para se atuar no sentido de propor melhorias e implantar ferramentas de monitoramento e controle. Na sequência, foi proposta uma melhoria no processo de Planejamento e Controle da Produção (PCP) da obra, modelo de planejamento de curto prazo. 6.9 OBRA A empresa tem como principal atividade a construção de obras de edificação na região do Distrito Federal e a sua gestão é planejada mediante um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), em conformidade com a Norma Internacional ISO 9001 (ABNT, 2008) e com os requisitos do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). A empresa é certificada pela empresa Bureau Veritas Certification nas normas ISO 9001 e PBQP-H, Nível “A”, desde 2005. O empreendimento engloba três lotes - C, D e E – situados no Setor Noroeste, em Brasília, Distrito Federal. Esse empreendimento possui as seguintes características: 6.8 OBRA 6.9 DIAGNÓSTICO 1. Definição da nova cota de soleira: Um dos procedimentos inicias da obra é a definição de uma cota de soleira ao empreendimento por parte da Administração Regional. A cota de soleira é definida como a distância medida na vertical entre a face superior da laje do piso que contém o acesso principal do edifício e a via que o serve. 2. Entrega dos projetos de estruturas: Devido à demora no processo de mudança e à aprovação de uma nova cota de soleira, o projeto estrutural apresentou atraso de entrega e com isso, está sendo entregue por etapas. 3. Planejamento de compra de materiais: O prazo de entrega das distribuidoras é prolongado, assim, para se evitar mais atrasos, necessita-se comprar material no mercado local com alto custo. 4. Cronograma do projeto: Observaram-se dificuldades de executar atividades previstas para um determinado período por questões adversas, principalmente ocorrência de chuvas e falta de recursos, como mão de obra, por exemplo. 6.9 DIAGNÓSTICO 6.9 DIAGNÓSTICO 6.10 RESULTADO DO DIAGNÓSTICO 6.10 RESULTADO DO DIAGNÓSTICO 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO Observou-se que os valores do PPC estavam muito baixos em relação ao patamar de 75% - 85%, considerado como bom desempenho das equipes executoras das atividades, segundo Mattos (2010). Isso refletia a dificuldade que a empresa enfrentava em relação ao cumprimento dos planos de curto prazo, em função da má definição dos pacotes de trabalho e mau fornecimento de materiais. Este último deve-se, principalmente, à falta de realização de um planejamento de médio prazo, pois a programação de recursos acaba ocorrendo de maneira informal e, em alguns momentos, em caráter emergencial. Muitos pacotes de trabalho não eram definidos corretamente, apresentando apenas o serviço, sem ser especificado o quanto seria executado dentro daquele horizonte semanal de planejamento. Ainda em relação ao planejamento semanal, os executores dos planos não analisavam as possíveis dificuldades da não conclusão de alguns serviços. Essa deficiência tinha como consequência direta a ocorrência dos mesmos tipos de problemas nos planos seguintes, demonstrando a ineficácia do controle. Nota-se que 86% das ocorrências dos problemas são referentes à falta de definição no planejamento. Pode ser observado que nesse período grande parte dos pacotes de trabalho era mal definido, no sentido de que não era especificado o quantitativo do serviço que deveria ser entregue ao final da semana. Seguido a essa causa, o atraso de tarefasantecedentes corresponde a 5% das causas da não conclusão do Plano de Curto Prazo. Logo, a vulnerabilidade da produção pode ser explicada pelo efeito das duas causas mencionadas. Para que se garanta a proteção da produção, no momento da elaboração dos planos semanais, devem ser incluídas tarefas que tenham suas restrições removidas e a conclusão de atividades antecedentes. 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP As principais medidas tomadas na Fase de Ação foram a instituição de reuniões semanais de planejamento e o aperfeiçoamento do Plano de Curto Prazo. Durante as reuniões, eram discutidos os pacotes de trabalho que deveriam ser executados na semana, definidos os sequenciamento de atividades que deveriam ser concluídas para que outras pudessem iniciar e os empreiteiros levantavam as principais dificuldades que enfrentavam no canteiro, como atraso no fornecimento de materiais e falta de frentes de serviços. Já na elaboração dos planos semanais, o planejador passou a definir melhor as atividades, procurando instituir metas para os empreiteiros concluírem determinados serviços ao fim da semana. Na Figura a seguir demonstra-se a melhoria dos valores de PPC durante a fase de aperfeiçoamento em relação às semanas anteriores a essa fase. 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP É evidente que os valores nas 4 últimas semanas do estudo evoluíram em relação às 10 primeiras semanas. Pode ser notado que o valor médio de PPC do período de aperfeiçoamento de controle da obra (63%) é maior que a do período anterior à implantação (39%). Da mesma forma, mas com melhoria mais significativa em relação ao período anterior, o coeficiente de variação diminuiu de 33% para 14%. Na Figura a seguir demonstra-se o gráfico que representa as causas registradas da não conclusão do Plano de Curto Prazo, no período das quatro últimas semanas do estudo. 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP Comparativamente ao período anterior, nota-se a diminuição considerável da ocorrência da falta de definição no planejamento. Com um maior controle sobre o planejamento, os pacotes de trabalho ficaram mais bem definidos, permitindo que as equipes responsáveis se comprometessem a realizá-los. Devido à melhor identificação e aos registros das causas, a ocorrência ficou distribuída para um número maior de causas, contudo, com porcentagens não muito defasadas uma das outras. Ainda nessa etapa do estudo, observa-se que a programação de mão de obra superestimada foi a causa mais agravante (30% das ocorrências) para a não conclusão dos pacotes de trabalho definidos para a semana. Isso porque a previsão de execução de alguns serviços era feita sem se conhecer, ao certo, a produtividade da mão de obra. 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP Em seguida, registraram-se problemas na execução de serviços como a segunda causa de maior ocorrência (15%). Dentre os problemas mais observados que impossibilitaram a execução de algumas atividades ao longo da semana estão: _Falta de energia (o que dificultava o uso do elevador de carga), falta de água (dificultando o processo de preparo das argamassas para assentamento e revestimento). _Equipamentos danificados (como os geradores e bombas das máquinas utilizadas na projeção de reboco). Após vários ciclos de planejamento semanal, foi gerado um Diagrama de Pareto que representa as causas que originaram as dificuldades de controle dos planos e sua frequência (o número de vezes que ocorreu), como indicado na Figura a seguir. 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP Através do Diagrama de Pareto, podem ser detectadas quais as fontes de erro mais comuns e quais medidas podem ser tomadas para reduzi-las ou eliminá-las. Nesse diagrama é verificado na prática que cerca de 20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos, no caso, não cumprimento das atividades dos planos semanais. No caso em estudo, as três principais causas para o descumprimento dos planos semanais do empreendimento são: falta de definição do planejamento, atraso de tarefas antecedentes e programação de mão de obra superestimada. Logo, 25% das causas (3 causas de um total de 12) são responsáveis por 84% dos efeitos. 6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP • Criar um departamento de planejamento e controle de obras, com o intuito elaborar o cronograma da obra e realizar o seu monitoramento e controle periódicos, através dos relatórios gerenciais; • Sistematizar um processo de planejamento e controle que possa ser seguido em todos os empreendimentos da empresa; • Implantar o Planejamento de Médio Prazo, com atualizações periódicas de acordo com a necessidade do projeto; • Estudar alternativas para minimizar as resistências demonstradas pelos funcionários das empresas durante o processo de implementação dos sistemas de PCP; • Estudar a integração dos contratos das construtoras com fornecedores e o processo de PCP; • Instituir reuniões periódicas entre a construtora e os fornecedores dos principais insumos da obra, a fim de aumentar a integração e comunicação entras as partes envolvidas e evitar atrasos nos fornecimentos dos produtos; • Avaliar o impacto da eficácia do planejamento quando comparado ao custo, ao prazo e à satisfação do cliente; 1 - CONSTRUIR A REDE PERT, DETERMINAR O CAMINHO CRÍTICO E OS TEMPOS: INICIO MAIS CEDO (IC)– FINAL MAIS CEDO (FC) INICIO MAIS TARDE (IT) – FINAL MAIS TARDE (FT) 1 - REDE PERT A (IC)=____ (FC)=_____ (IT)= ____(FT)=_____ B (IC)=____ (FC)=_____ (IT)= ____(FT)=_____ EXERCICIOS PROPOSTOS 1- QUAL O PERCENTUAL DE OBRA 4 SEMANA? 2 - QUAL O CUSTO DA MÃO DE OBRA (%) COM INCIDENCIA DE 115% DE ENCARGOS E O VALOR TOTAL DA OBRA COM 35% DE BDI. 3 - No projeto das instalações elétricas da residência, consta a instalação de 20 interruptores de uma tecla. A empreiteira que executará o serviço deve recolher 125% de encargos sociais e pratica o BDI de 30%. O preço da instalação destes interruptores, em reais, é: 4 - No planejamento e elaboração de orçamento para a construção de paredes de alvenaria de blocos de concreto com espessura de 19 cm utilizou-se a composição de custos unitários abaixo. Qual a produção diária do servente. 5 - No planejamento de uma obra, um engenheiro previu os seguintes insumos e respectivos custos para executar o orçamento de um serviço de carpintaria: 3 m de tábua de pínus com 30 cm de largura a R$ 12,00/m; 8 m de sarrafo de pínus 5 cm por 5 cm a R$ 6,00/m; 0,5 kg de prego a R$ 8,00/kg; 2 h de carpinteiro a R$ 26,00/h e 2 h de ajudante a R$ 10,00/h. O custo da mão de obra em relação ao custo do serviço representa o percentual de 6 - A construção de uma obra foi planejada pelo cronograma PERT-CPM, composto pelos serviços, cuja duração é dada em semanas, como mostrado a seguir. A obra foi entregue em quinze semanas, portanto, em relação à duração prevista no cronograma, a conclusão da obra atrasou em semanas? 7 - Considere o cronograma abaixo de uma obra composta de seis serviços, prevista para a duração de quatro meses. Como no primeiro mês somente os serviços A e B foram concluídos, enquanto que os serviços C e D foram parcialmente realizados, o pagamento da primeira medição representará o percentual total do custo da obra de:
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