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PLANEJAMENTO E 
CONTROLE DE OBRA 
 
CCE0285 
PROF. HILIS LEONARDO BARROS 
CONTEÚDO 
 
1 Aprovações de projetos, Contratos e sub-empreitada 
2 Legislação social e trabalhista 
3 Conceitos do orçamento de obras 
4 Previsão de custos de elementos de uma obra 
5 Praticar as técnicas de orçamentação 
6 Planejamento e controle PMI e PMBOK 
7 Processo de definição das atividades inter-relacionadas 
8 Planejamento (prazo, custo, qualidade e risco) 
9 Planejamento (Gantt e PERT) 
10 Instrumentos de controle de prazos 
11 Instrumentos de controle de custos em obras 
12 Instrumentos de controle de qualidade 
BIBLIOGRAFIA 
 
BERNARDES, Maurício Moreira e Silva. Planejamento e controle da 
produção para empresas de construção civil. Rio de Janeiro: LTC, 
2003. 
GOLDMAN, Pedrinho. Introdução ao planejamento e controle de 
custos na construção civil brasileira. São Paulo: PINI, 1997. 
POLITO, G. Gerenciamento de obras.. São Paulo: PINI, 2015. 
CHOMA, André Augusto. Como gerenciar contatos com 
empreiteiros: manual de gestão de empreiteiros na construção 
civil. 2. ed. São Paulo: Pini, 2007. 
GUERRA, M. A., MITIDIERI FILHO, C. V. Sistema de gestão 
integrada em construtoras de edifícios. São Paulo: PINI, 2015. 
SOUZA, R., TAMAKI M. R. Gestão de Materiais de Construção. São 
Paulo: O Nome da Rosa, 2005. 
THOMAS, E. Tecnologia. Gerenciamento e Qualidade na 
Construção. São Paulo: PINI, 2001. 
TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, 
projeto e execução. 
São Paulo: PINI, 2007. 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 A criatividade para superar dificuldades técnicas e 
administrativas que se nos apresentam no trabalho diário é um 
desafio a ser vencido. A administração dos grupos de trabalho e 
a convivência com operários mal remunerados e 
deficientemente capacitados são tarefas que exigem muito mais 
que uma mera formação técnica. 
 Àqueles que esperam passivamente viver dias melhores, 
dizem os sábios desde a antiguidade, que dias melhores têm 
que ser conquistados, construídos e isto só se consegue com 
seriedade, senso de responsabilidade, muito empenho e esforço 
de cada um. 
1.1. RESPONSABILIDADE TÉCNICA, APROVAÇÃO DE 
PROJETOS, LICENÇAS E REGULAMENTAÇÕES 
 
 A construção de uma obra requer não somente “botar a mão 
na massa”, mas envolve também, o procedimento legal de permissão 
para construir e morar. Ao construir um imóvel ou realizar uma 
obra é imprescindível garantir junto à prefeitura o 
licenciamento de obras. Pois, se a fiscalização do governo 
identificar uma obra não regularizada, ela pode ser barrada, o dono do 
imóvel pode levar multa e, em alguns casos, a construção pode até 
ser demolida. 
 
a) ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DE OBRAS E 
SERVIÇOS - ART 
 A ART é um instrumento indispensável para identificar a 
responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por 
profissionais ou empresas. A ART assegura à sociedade que essas 
atividades técnicas são realizadas por um profissional habilitado. 
Neste sentido, a ART tem uma nítida função de defesa da sociedade, 
proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem 
contrata e para quem é contratado. 
 
b) ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO 
 
 É o documento emitido pela Administração Regional 
que autoriza o início de uma obra particular ou pública de 
acordo com os parâmetros estabelecidos na Lei 2.105/98 e no 
Decreto 19.915/98. 
 Uma obra que se inicia antes da obtenção do alvará de 
construção corre diversos riscos, podendo, o responsável, 
sofrer multas e embargos, além de assumir a 
responsabilidade civil e criminal, em caso de danos ou 
prejuízos às construções vizinhas ou qualquer ocorrência 
desagradável envolvendo riscos à saúde e à vida das pessoas. 
 O alvará de construção tem validade de oito anos, 
contados a partir da data de sua expedição, podendo ser 
renovado por igual período, após a conclusão das fundações o 
alvará de construção tem validade imprescritível. 
 
C) LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
 
 É o procedimento administrativo obrigatório pelo qual o órgão 
ambiental competente – no caso do DF, o IBRAM (Instituto do Meio 
Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal) – licencia a 
localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e 
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva 
ou potencialmente poluidores ou daquelas que, sob qualquer forma, 
possam causar degradação ambiental, considerando as disposições 
legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
 
Licença de Instalação (L.I.):Esta Licença autoriza o início da obra 
ou serviço no local do empreendimento, porém, não autoriza seu 
funcionamento. 
Licença de Operação (L.O.): Autoriza o funcionamento da atividade 
ou empreendimento, após a verificação do cumprimento das 
exigências que constam nas licenças anteriores. 
 
 
 
 
 
APROVAÇÃO DE PROJETOS 
 
a) Agência de Fiscalização do Distrito Federal – AGEFIS, 
criada para garantir a promoção, a proteção e a preservação da 
qualidade de vida da população do Distrito Federal, atuando como 
agente transformador, mediante ações de educação e fiscalização de 
atividades urbanas. Com esta missão surgia em 2008, no dia 5 de 
junho, por meio da Lei nº 4.150/08. 
b) Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), é 
uma Corporação cuja principal missão consiste na execução de 
atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, 
salvamentos e socorros públicos no âmbito do Distrito Federal. 
c) Companhia de Eletricidade de Brasília - CEB, originária do 
Departamento de Força e Luz da Novacap, foi criada em 16 de 
dezembro de 1968 como Companhia Elétrica de Brasília. Empresa 
de economia mista, em 1993 alterou o nome "elétrica" para 
"energética", passou também a distribuir gáscanalizado e outras 
fontes de energia. Atualmente é uma holding composta por dez 
empresas. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa_civil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa_civil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa_civil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Novacap
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_dezembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/1968
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/1993
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Holding
d) Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil 
(NOVACAP) foi criada, em 19 de setembro de 1956, o objetivo era 
coordenar as obras da construção de Brasília, e, com a inauguração, a 
empresa seria fechada. Porém, em 1960, nem tudo estava pronto, e 
ela continuou os serviços. Há 60 anos, a Novacap cuida dos jardins, da 
manutenção de vias (recapeamento, pavimentação, limpeza de bocas 
de lobo), das calçadas e da poda de árvores. A companhia teve na 
folha de ponto funcionários célebres na história candanga: Israel 
Pinheiro, Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Athos Bulcão, Burle Marx. 
e) Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – 
CAESB, é uma sociedade de economia mista, que pode desenvolver 
atividades nos diferentes campos do saneamento e em quaisquer de 
seus processos, com vistas à exploração econômica, planejando, 
projetando, executando, ampliando, remodelando, administrando, 
operando e mantendo os sistemasde abastecimento de água; de 
coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários. 
f) Telecomunicações de Brasília S.A. – TELEBRASÍLIA, foi a 
empresa operadora de telefonia do grupo Telebras em Brasília e 
no Distrito Federal antes da privatização em 1998. Sucedeu a antiga 
Companhia de Telefones de Brasília - COTELB, criada em 1960 
como autarquia quando da criação da nova capital, HOJE OI. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Telecomunica%C3%A7%C3%B5es_Brasileiras_S.A.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autarquia
REGULAMENTAÇÕES 
 
_Código de Obras e Edificações - COE é o instrumento 
fundamental e básico que regula obras e edificações públicas 
e particulares em todo o território do Distrito Federal e 
disciplina procedimentos de controle urbano, licenciamento e 
fiscalização. 
_Comissão Permanente de Monitoramento do Código 
de Obras e Edificações - CPCOE. orientar e deliberar 
sobre a interpretação de normas edilícias referentes ao 
licenciamento. 
_Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do 
Distrito Federal – CONPLAN, com função consultiva e 
deliberativa de promover o controle social e participação 
democrática no planejamento territorial e urbano, auxiliar a 
Administração na formulação, análise, acompanhamento e 
atualização das diretrizes e dos instrumentos de 
implementação da política territorial e urbana. 
 
Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF – PDOT, 
onde seriam definidas as regras básicas de uso e ocupação do 
solo, por categoria de uso, (urbano, rural e de preservação 
ambiental) bem como critérios de controle do uso e da 
ocupação territoriais, de forma sistêmica, mediante 
estruturação das instituições governamentais em um Sistema 
de Planejamento Territorial e Urbano do DF – SISPLAN, nele 
incluída a participação popular. 
 
A Companhia Imobiliária de Brasília (TERRACAP), criada 
pela Lei nº 5.861, de 12 de dezembro de 1972, empresa 
pública, integrante do Complexo Administrativo do Distrito 
Federal, tem como finalidade gerir o patrimônio imobiliário do 
Distrito Federal, mediante utilização, aquisição, administração, 
disposição, incorporação, oneração ou alienação de bens, 
assim como realizar, direta ou indiretamente obras e serviços 
de infraestrutura e obras viárias no Distrito Federal. 
 
 
FINAL DA OBRA 
 
HABITE-SE E AVERABAÇÃO 
 
 Quando a construção é concluída, o interessado pode 
solicitar a Carta de Habite-se; O proprietário do imóvel faz a 
requisição junto à AGEFIS/DF, que providenciará uma vistoria 
ao imóvel para atestar que a construção foi feita de acordo 
com o projeto aprovado. 
 Após a emissão do Laudo de Vistoria à AGEFIS/DF, e 
caso a edificação atenda aos parâmetros exigidos pelo Decreto 
19.915/98, a Administração emite a Carta de Habite-se. 
 Após a liberação do Habite-se é preciso aguardar a 
publicação deste em Diário Oficial. Em seguida, é requerido, 
junto ao INSS, a CND da construção. A CND (Certidão 
Negativa de Débito) e o Habite-se são levados a registro no 
Cartório de Registros de Imóveis para regularizar a 
construção. 
2 A INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
ATUAL (CONSTRUÇÃO TRADICIONAL) 
 
_Indústria conservadora – inovação lenta; 
_Empresas economicamente fracas – empresas pequenas e sem 
força política, de baixa tecnologia e pequena inteligência 
competitiva, com baixo lucro (5%) e pequena tempo de atuação 
(<20 anos); 
_Fábrica móvel – depende do local e é temporária (não justifica a 
mecanização); 
_Baixa precisão / alto nível de perdas (recursos humanos, materiais, 
financeiros); 
_Mão de obra pouco qualificada (ambiente sujo e perigoso, trabalho 
cansativo e temporário); 
_Projeto complexo, fragmentado, confuso, sem memória – difusão 
de responsabilidades, improvisação em obra; 
_Usuário não participa do projeto, no caso de incorporação; 
_Projeto não considera ciclo de vida da edificação – custos e 
recursos (materiais, energia, água) para uso, manutenção e 
demolição representam mais do que na construção; 
 
 
 
2 A INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
FUTURO (CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL) 
 
_Indústria inovadora, flexível, baseada em conhecimento - aberta a 
novas tecnologias e novos modelos de negócio – economicamente 
sustentável; 
_Construção sustentável – redução de perdas, reciclagem, 
reaproveitamento 
_Industrialização e automação – mecanização/ produção em 
fábrica/uso de TIC: 
- componentes leves 2d e 3d vem prontos e são montados no local 
com equipamentos adequados - construção mais previsível diminui 
riscos 
- a diminuição de perdas diminui os custos e permite melhores 
salários 
_Sustentabilidade econômica, boas condições de trabalho e 
continuidade do trabalho: atração de pessoas mais competentes e 
preparadas; 
_Projeto baseado em conhecimento – integrado e colaborativo, parte 
da informação disponível, usa TIC (BIM, simulação) 
 
 
 
2 A INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
FUTURO (CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL) 
 
_Projeto tem foco no usuário: edificação acessível, adequada às 
necessidades, flexível (adaptável ao longo do CV – Open Buildings), 
saudável, segura, confortável; 
_Projeto considera o CV – materiais de menor 
manutenção/adaptáveis ao ambiente, reaproveitamento de água, 
redução do consumo e geração de energia (Protocolo de Kyoto), 
pensa na demolição/desconstrução; 
_Construção sustentável: 
- renovação predial preserva a memória urbana e otimiza 
ambiente construído; 
- revitalização urbana recupera áreas degradadas - aumento 
de densidade em áreas já urbanizadas preserva áreas 
verdes/rurais; 
- oferece soluções para todos. 
 
 
2.1 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE 
 
2.1.1 PLANEJAMENTO 
 
 Ocupa-se inicialmente do plano geral do projeto, em 
nível de macro-visão, sem detalhamentos que levem a se perder 
a visão global. Elabora-se, nessa fase, um plano inicial, 
chamado Plano Mestre da obra, lógico e racional, com base nos 
dados relativos ao projeto, cuja consolidação se dá 
aproximadamente aos 30% do projeto executado, e que contém 
em seu escopo elementos tais como: 
 
• Dimensões globais do projeto; 
• Sistema construtivo e as necessidades envolvidas; 
• Dimensionamento geral dos insumos; 
• Prazo e valor globais estimados e outros elementos. 
 
 Assim, o planejamento somente se encerra com o final 
do empreendimento, pois até a última tarefa deve ser 
planejada. 
2.1.2 PROGRAMAÇÃO 
 
 Define basicamente como, quando e com que recursos 
qualitativos e quantitativos a construção será executada. É o 
planejamento em nível de micro-visão, necessário para que os 
possíveis lapsos ou desvios de prazos e custos provoquem 
menor impacto sobre o Projeto, pois, os intervalos de tempo e 
os recursos financeiros em questão são bastante menores. 
- Previsão de prazos, custos e distribuição de recursos; 
- Preparação de contratos e especificações técnicas; 
- Preparação de programas de suprimentos e desembolsos; 
- O acompanhamento da evolução da obra; 
- Análise dos progressos alcançados; 
- Comparação dos resultados obtidos em relação às metas 
iniciais; 
- Análise dos resultados das comparações; 
- Sugestões de medidas corretivas, quando necessárias; 
- Realimentação do sistema com os resultados coletados; 
- Auxílio nas reprogramações ou nos replanejamentos. 
2.1.3 CONTROLE 
 
 O sistema Planejamento/Controle pode ser representado 
de maneira resumida pelo ciclo de cinco etapas que se repetem: 
 
• Medições periódicas, baseadas nas previsões originais; 
• Comparações entre previsto e medido; 
• Análise das variações entre o previsto e o efetivo; 
• Conclusões e medidas corretivas. 
 
OBJETIVOS DEFINIDOS DO CONTROLE 
 
1. O acompanhamento diário da execução dos serviços visando 
produtividade e custos; 
2. Apuração de prazos e custos reais, comparando-os com os 
previstos; 
3. Tomada de decisões em caso de haver desvios de prazos e 
custos;4. Realimentar o sistema com os novos dados obtidos de custo, 
prazo e produtividade. 
 
 Importante observar que planejamento, programação e 
controle são atividades interligadas e interdependentes e não se 
desenvolvem sequencialmente, mas se sobrepõem, numa 
complementação que se opera em todas as direções. Não há, 
portanto, sentido em se pensar em desenvolver uma das três 
atividades sem o desenvolvimento das 
outras. 
 
2.2 AS OBRAS E OS REGIMES DE CONTRATAÇÕES 
 
2.2.1 PROJETO 
 
 Projeto é a concretização de uma idéia concebida e 
organizada segundo planos e passos concretos e racionalizados, 
que concorrem para a realização daquele objetivo original. Esse 
objetivo pode ser tanto a implantação de uma indústria, de um 
conjunto habitacional, de uma via de transporte quanto um 
plano a se concretizar, como a obtenção do título de mestre em 
uma determinada especialidade. 
2.2.1 PROJETO 
 
 Projeto (grafado com inicial maiúscula) é sinônimo de 
empreendimento. Na engenharia, o empreendimento tem a 
sua concepção descrita e ordenada em desenhos, plantas, 
memoriais descritivos, especificações técnicas, orçamentos, 
cronogramas, maquetes ou modelos reduzidos e outros 
elementos e detalhes complementares (que usaremos a grafia 
projeto, com inicial minúscula, para diferenciação). 
 
 
• Estudos de viabilidade técnico-econômica 
• Estudos preliminares ou projeto preliminar 
• Desenvolvimento do projeto-base 
• Desenvolvimento do projeto definitivo 
• Desenvolvimento do projeto executivo 
2.2.2 OBRA 
 
 A fase que se segue logo que se tem o desenvolvimento 
do projeto executivo é a da construção, cuja atividade principal 
é a de tornar concretos os planos pré-estabelecidos constantes 
dos desenhos e plantas, obedecendo-se as normas técnicas 
aplicáveis, especificações, detalhes, memoriais, cronogramas, 
previsões de prazos e de custos e buscando-se um bom padrão 
de qualidade nos resultados finais do produto. 
 Obra é, portanto, o conjunto de atividades de construção, 
com emprego de materiais, mão-de-obra especializada, 
ferramentas e equipamentos específicos, desenvolvido no 
espaço físico denominado canteiro de obras, planejado 
racionalmente para a fase de construção daquele projeto 
específico. 
2.2.3 SERVIÇOS 
 
 São as tarefas ou atividades mínimas e isoladas nas 
quais se pode dividir a execução global de uma obra. Citam-se, 
como exemplos: 
- a execução de contra-piso para receber a pavimentação final 
de acabamento; 
- a desforma de estrutura de concreto; 
- o preparo das argamassas, etc. 
 
2.2.4 ETAPAS CONSTRUTIVAS 
 
 São os conjuntos de serviços de obra, interdependentes e 
que se complementam dando características mais definidoras e 
representativas ao Projeto, os quais, após concluídos, permitem 
o início de uma nova etapa construtiva, processo este que vai 
definindo cada vez mais a obra até sua conclusão. 
 
 
2.2.4 ETAPAS CONSTRUTIVAS 
 
1. SERVIÇOS PRELIMINARES 
2. INSTALAÇÃO E LOCAÇÃO DA OBRA 
3. INFRAESTRUTURA - FUNDAÇÕES 
4. SUPERESTRUTURA, SUPRA ESTRUTURA - ESTRUTURA 
5. ALVENARIA 
6. TRATAMENTOS – TÉRMICOS.,ACÚSTICOS. E IMPERMEABILIZAÇÕES. 
7. COBERTURA 
8. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DE TELEFONE 
9. INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 
10. APARELHOS E METAIS SANITÁRIOS 
11. ESQUADRIAS 
12. REVESTIMENTOS DE PAREDES 
13. REVESTIMENTOS DE PISOS ou PAVIMENTAÇÕES 
14. FERRAGENS 
15. VIDROS 
16. PINTURA 
17. PAISAGISMO 
18. INSTALAÇÕES MECÂNICAS 
19. TESTES 
20. DIVERSOS 
21. LIMPEZAS 
2.2.4 ETAPAS CONSTRUTIVAS 
2.3 CONTRATAÇÕES 
 
 Contrato é o documento escrito, de valor legal, cujo 
conteúdo visa estabelecer as condições gerais e específicas 
resultantes da vontade das partes envolvidas para, no caso da 
área de engenharia, prestações de serviços diversos como 
construções, administrações de serviços técnicos, acessorias, 
consultorias, elaborações de projetos, orçamentos, 
fiscalizações, etc. Não são de interesse para nossos estudos os 
outros tantos tipos de contratos que se situam fora do 
interesse das atividades comuns da engenharia. 
 Contratos podem ser facilmente adaptados, em alguns 
de seus pontos, através dos chamados Aditivos Contratuais ou 
Termos Aditivos Contratuais. São eles termos que se redigem 
ao final dos Contratos, alterando-se a(s) condição(ões) 
acordadas, os quais deverão ser numerados na ordem de 
surgimento, datados e assinados pelas partes. 
 
 
2.3 CONTRATAÇÕES 
 Com relação à documentação da empresa, o 
responsável pela contratação deve ficar atento aos seguintes 
documentos: 
• Alvará de Funcionamento. 
• Cópia do Cartão do CNPJ. 
• Contrato Social. 
• Certidão Simplificada da Junta Comercial. 
 
Além dos documentos que comprovam a constituição e a 
regularidade da empresa, é importante que o responsável 
pela contratação também exija as seguintes certidões 
negativas: 
• Certidão Negativa da Justiça do Trabalho. 
• Certidão Negativa de Débito do Sintracon (Sindicato dos 
Trabalhadores da Construção). 
• Certidão Negativa de Débito do Sinduscon (Sindicato da 
Indústria da Construção Civil). 
• CRF do FGTS (Caixa Econômica Federal). 
2.3 CONTRATAÇÕES 
 É comum, pela diminuição nos preços unitários dos 
serviços, que empreiteiros trabalhem com funcionários sem 
registro em carteira. O gerente da obra deve ficar atento a 
esse ponto, pois os maiores problemas costumam resultar 
dessa falta de registro de funcionários. 
 
 Portanto, é importante que o gerente da obra solicite 
ao empreiteiro os seguintes documentos de todos os 
funcionários: 
 
• Cópia da Carteira de Trabalho Assinada. 
• Cópia da Ficha de Registro do Funcionário, com foto. 
• Cópia do ASO - Atestado de Saúde Ocupacional. 
2.3 CONTRATAÇÕES 
A NATUREZA DO CONTRATANTE 
 
 Dependendo da natureza do contratante, as obras se 
classificam em particulares (iniciativa privada) e públicas, as 
quais se distinguem segundo o procedimento de seleção do 
contratado e o processo de contratação. 
 No primeiro caso o contratante é pessoa física ou jurídica 
independente do poder público, e as obras públicas são aquelas 
cujo contratante é um órgão do poder público, seja em nível 
federal, estadual, municipal ou no âmbito do distrito federal. 
 
2.3.1 OBRAS PARTICULARES 
 
 Nesta natureza de obra as contratações são feitas 
livremente, conforme os interesses, conveniências e/ou 
necessidades do contratante e do contratado, não havendo 
qualquer dispositivo legal que obrigue a se adotar determinados 
procedimentos nas contratações, ressalvando-se uma rara 
exceção. 
2.3.1 OBRAS PARTICULARES 
 
a) Contratação por Preços Unitários 
 
No mercado, tem-se o costume de trabalhar por preços 
unitários, onde o empreiteiro é remunerado pelo serviço 
executado, medido segundo preços unitários predefinidos. Esse 
costume muitas vezes é responsável por vários problemas, 
porque não compromete o empreiteiro no cumprimento dos 
serviços dentro do que necessita a construtora. 
 
b) Contratação por Valor Fixo Global 
 
 Nessa modalidade de contratação, acerta-se um valor 
global com o empreiteiro para todos os serviços incluídos, e o 
pagamento é realizado de uma só vez (ao término dos 
trabalhos), ou com parcelamentos predefinidos (se o serviço não 
for de curta duração). 
 
 
2.3.1 OBRAS PARTICULARES 
 
c) Contratação por Administração ou por Homens-Hora , 
 
 A modalidade de contratação por homem-hora se torna 
bastante comum em obras onde o escopo dos serviços não está 
bem definido, ou onde é muito difícil determinar e medir as 
quantidades exatas dos serviços que serão realizados, ou ainda 
onde os serviços são muito demorados e o pagamento por 
etapas ou por preços unitários resultaria em um valor muito 
pequeno. 
 
• Colocação de Contramarcos. 
• Execução de Caixas de Rassagem da Rede de Águas Pluviais e 
de Esgoto. 
• Pequenos Serviços de Demolição/Limpeza do Canteiro. 
• Auxiliares de Almoxarifado, de Topografia. 
 
 
2.3.1 OBRAS PARTICULARES 
 
Custo mais percentual do custo (contrato de 
administração de obras): nessa modalidade, oexecutor é 
reembolsado pelos custos do trabalho e recebe, como 
remuneração, um percentual sobre os custos. Essa modalidade é 
muito comum na remuneração de engenheiros e arquitetos na 
construção, reforma e ampliação de imóveis. Rara a contratante, 
esse tipo de contrato é arriscado, principalmente se o escopo 
não estiver bem definido, pois não há nenhum incentivo (pelo 
contrário) para que o contratado busque uma redução de 
custos. 
Custo mais remuneração fixa: o contratado é reembolsado 
pelos custos e recebe, como remuneração, uma taxa fixa pelo 
trabalho. Se os custos forem maiores ou menores que o 
orçamento inicial (se não forem feitas modificações no projeto), 
a remuneração para o empreiteiro é a mesma. 
2.3.1 OBRAS PARTICULARES 
A Importância do Contrato 
 O contrato proporciona à construtora uma segurança 
maior em relação ao que foi contratado, possibilitando, muitas 
vezes, que o pagamento do empreiteiro seja suspenso se ele 
não comprovar o pagamento de impostos e de encargos 
trabalhistas de seus funcionários, ou se a obra estiver 
atrasada. Mas, para isso, é indispensável que a construtora 
também cumpra com o que foi acordado. 
 O contrato firmado entre as partes deve ser o mais 
completo possível, deixando bem claros o escopo dos 
serviços, as condições de prazo, a forma de pagamento, as 
obrigações das partes, a documentação necessária, enfim, 
todos os aspectos da prestação dos serviços contratados. 
2.3.1 OBRAS PARTICULARES 
A Importância do Contrato 
 A estrutura básica de um contrato envolve: 
 
• Identificação das Partes. 
• Objeto do Contrato. 
• Especificações do Objeto do Contrato. 
• Obrigações Gerais da Contratada. 
• Obrigações Gerais da Contratante. 
• Preços, Quantidade e Forma de Pagamento. 
• Condições de Aceitação dos Serviços. 
• Encargos Sociais. 
• Retenções de Garantia. 
• Condições para Rescisão do Contrato. 
• Diário de Obra. 
• Aceites e Disposições Gerais. 
• Foro. 
• Anexos. 
2.3.2 OBRAS PÚBLICAS 
 
LICITAÇÕES 
 
 Chamam-se obras públicas aquelas cujo contratante é 
um órgão do poder público, em níveis federal, estadual, 
municipal e do distrito federal. Como se trata de ação de 
interesse da população, de onde são provenientes os recursos 
financeiros a serem empregados, as contratações somente 
podem ser feitas através do processo de Licitação. 
 Licitação é, portanto, o procedimento ao qual a 
Administração Pública é obrigada a submeter todo ato de 
contratação de serviços de naturezas diversas, aquisição de 
bens e/ou materiais e alienação de bens e/ou materiais. 
 A contratação das obras públicas está logicamente sujeita 
a esse processo, que é regulamentado pela Lei no 8.666/93 – 
de 21 de junho de 1993 - Lei de Licitações. 
 
 
LICITAÇÕES 
 
a) Modalidades de Licitações: 
 
1) Concorrência 
2) Tomadas de Preço (exclusivas para compras/serviços/obras) 
3) Convite 
 
4) Concurso (exclusivo para serviços técnicos especializados) 
5) Leilão ( exclusiva para alienações) 
6) Pregão (criado no ano de 2000 por MP e regulamentado por 
lei em 2002, constitui uma alternativa às três primeiras para 
contratação/aquisição de bens e serviços comuns, não aplicável 
a obras de engenharia). 
 
 
LICITAÇÕES 
 
b) Tipos de Licitação: 
 
1) Menor preço: usado para compras, serviços e obras de modo 
geral. 
 
2) Melhor técnica: considera fatores de ordem técnica. Aplicada 
a serviços de natureza intelectual, artística, etc, tais como 
projetos, cálculos, supervisões, fiscalização, gerenciamento e 
consultorias em geral, estudos técnicos, entre outros. 
 
3) Técnica e Preço: considera como mais vantajosa a proposta 
que obtiver melhor nota em média ponderada de preço e 
técnica. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Uma das dificuldades dos empreendedores da construção 
civil é avaliar do ponto de vista legal qual a contratação indicada 
para determinado projeto. Não faltam opções disponíveis na CLT 
(Consolidação das Leis do Trabalho) e fora dela. 
 A escolha assertiva já começa entre optar pelo registro 
em carteira ou não do trabalhador. Caso o empregador escolha 
assinar a carteira de trabalho, o empregado terá acesso a todos 
os direitos previstos pela CLT, estando sujeito também aos 
deveres para com o empregado, o que inclui se preocupar com 
sua própria segurança no ambiente de trabalho. Só que essa 
escolha entre registrar o trabalhador ou contratá-lo como PJ ou 
autônomo não depende somente da vontade do empreendedor, 
estando sujeita a aspectos ligados ao dia a dia da função 
previstos na lei. 
 
 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 Para evitar problemas com relação à aplicação das Normas 
de Segurança impostas pelo Ministério do Trabalho (Lei n" 
6.514/1977) e pela empresa Contratante. 
• Contratação de funcionários registrados e com os exames 
obrigatórios em dia. 
• NR-4 - SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do 
Trabalho). 
• NR-5 - CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).' 
• NR-6 - Entrega Obrigatório de EPI's (Equipamentos de Proteção 
Individual). 
• NR-9 - Elaboração do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais) e cumprimento do Cronograma. 
• NR-7 - Elaboração e cumprimento do disposto no PCMSO 
(Programa Médico e Saúde Ocupacional). 
• NR-18 - Elaboração (se necessário) do PCMAT (Programa de 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho da Indústria da 
Construção). 
• CAT - Comunicação de Acidentes de Trabalho. 
• Treinamentos. 
• Fiscalização. 
 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
Obrigações do Empregador com relação aos EPI's 
 
• Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado. 
• Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério 
do Trabalho. 
• Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado, guarda e 
conservação. 
• Tornar obrigatório o seu uso. 
• Substituí-lo, imediatamente, estando danificado ou extraviado. 
• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
 Serviço Especializado em Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT) 
 Conforme a Norma Regulamentadora do Ministério do 
Trabalho - NR-4 (item 4.1), toda empresa pública ou privada 
que tiver empregados regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho em seu estabelecimento, com a finalidade de promover 
a Saúde e Integridade Física de seus funcionários, terá a 
obrigatoriedade de manter o SESMT (Serviço Especializado em 
Segurança e Medicina do Trabalho), sendo o seu 
dimensionamento vinculado à gradação do risco da atividade 
principal e ao número total de empregados do estabelecimento 
constantes nos Quadros I e II da NR-4. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA) 
 
 A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), 
conforme estabelecido pela NR-5 (item 5.1), tem como objetivo 
a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de 
modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a 
prevenção da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A 
CIPA tem como objetivo observar e relatar condições de risco 
nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir ou 
eliminar os riscos existentes e/ou neutralizá-los, discutir os 
acidentes ocorridos, encaminhando aos Serviços Especializados 
em Segurança e Medicina do Trabalho e ao Empregador o 
resultado da discussão, solicitando medidas que previnam 
acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais 
trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
(PPRA) 
 Conforme a NR-9 (item 9.1), o PPRA - Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais - é um requisito legal, sendo 
constituído de um relatório formulado pela Segurança do 
Trabalho dentro da empresa construtora/empreiteira, que auxilia 
na antecipação e reconhecimento dos riscos, na avaliação da 
exposição dos trabalhadores através do levantamento de dados, 
visando estabelecer posteriormente metas e prioridades de 
controle, implantando medidas e avaliando sua eficácia, 
monitorando constantementeos riscos e divulgando esses dados 
para a CIPA e para a Gerência. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
 Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO) Conforme a NR-7 (item 7.2.3) 
 
 O PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional - é um requisito legal e tem como objetivo o 
diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao 
trabalho, além da constatação da existência de casos de 
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde. A sua 
elaboração e a implementação são obrigatórias para todas as 
empresas que tenham empregados independentemente do 
número e da atividade. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 Programa de Condições e Meio Ambiente de 
Trabalho (PCMAT) 
 Conforme previsto pela NR-18, o PCMAT estabelece 
diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização, que objetivam a implementação de medidas de 
controle e ambiente de trabalho na Indústria da Construção. 
a)memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas 
atividades e operações, levando-se em consideração riscos de 
acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas 
preventivas; 
b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade 
com as etapas de execução da obra; 
c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a 
serem utilizadas; 
d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas 
no PCMAT; 
e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, até mesmo, 
previsão de dimensionamento das áreas de vivência; 
f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
 "A construtora também poderá sofrer uma ação 
regressiva pelo INSS. No caso de morte de algum funcionário, o 
INSS arca com as despesas, indenizações e investiga a falha e, 
em caso de negligência por parte da empresa, cobra a culpa da 
construtora e o custo da falha, além de todo o valor do INSS de 
uma só vez que o funcionário arrecadaria até a sua 
aposentadoria." Revista CONSTRUÇÃO MERCADO (PINI, 2002, 
n" 9, p. 33). 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.1 VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
_Existe exigência de horário ou horário fixo de entrada e de 
saída? 
_Existe subordinação do colaborador para comigo ou com a 
terceirizada? 
_Existe salário na condição de pessoa física? 
 Resposta afirmativa a todas as questões, saiba que a 
relação de emprego se configura, conforme dispõe o artigo 3º 
da CLT, exigindo assim registro da Carteira de Trabalho e 
Previdência Social (CTPS) do trabalhador. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.1 VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
 A empresa não pode terceirizar sua principal atividade, 
aquela para a qual foi constituída, sob pena de reconhecimento 
do vínculo empregatício. Para a prestação de serviços habituais, 
uma escola não pode contratar professores autônomos. Assim 
como um lava-jato de veículos está proibido de contratar 
lavadores autônomos. 
 
3.2 CONTRATOS DE TRABALHO PREVISTOS PELA CLT 
 
a) Por tempo indeterminado : o modelo de contrato de 
trabalho mais utilizado em todos os setores que estabelece data 
de início das atividades sem definição do dia de término. 
 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
 
3.2 CONTRATOS DE TRABALHO PREVISTOS PELA CLT 
 
b) Por prazo determinado: sua duração máxima é de dois 
anos, o que significa que o contrato inicial pode ser prorrogado 
apenas uma vez dentro desse período, caso sofra mais de uma 
prorrogação, passa a ser indeterminado, ainda que o tempo 
limite não tenha sido atingido. 
c) Por obra certa: o contrato somente se justifica em 
situações consideradas excepcionais uma vez que sua vigência 
depende do tempo de execução dos serviços especificados, que 
devem ter a característica de transitórios (breves ou rápidos) ou 
serem resultantes de atividade empresarial transitória. 
d) Trabalho temporário: a legislação define que o trabalho 
temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa 
com o objetivo de atender à necessidade transitória de 
substituição do seu pessoal regular e permanente ou ao 
acréscimo extraordinário de serviços. 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
 
3.3 RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 
 
 Em caso de descumprimento das obrigações trabalhistas 
por parte da terceirizada e da impossibilidade de arcar com as 
dívidas resultantes, a empresa contratante possa ser acionada 
pelo trabalhador que recorre à Justiça. 
 
1. ERRO NA ESCOLHA_ o tomador de serviços ter escolhido mal 
o prestador, cuja evidência é não ter cumprido suas 
obrigações perante os empregados. No Direito, essa falta é 
chamada de culpa in eligendo. 
2. FALTA DE FISCALIZAÇÃO _à fiscalização deficiente da 
tomadora, que permitiu a prática de irregularidades 
trabalhistas por parte da prestadora, implicando assim em 
sua responsabilidade subsidiária. A denominação usada é 
culpa in vigilando. 
 
 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
3.4 LEIS TRABALHISTAS 
3.5 LEIS SOCIAIS 
4 ORÇAMENTO 
DEFINIÇÃO 
 
 É a soma de todos os custos diretos e indiretos de 
uma construção ou obra. Este somatório determina o 
quanto deve custar uma obra. Os custos são compostos 
basicamente de Materiais, Mão de Obra, Verbas, Leis 
Sociais e BDI, os quais serão definidos posteriormente. 
 
“Documento onde se registram as operações de cálculo 
de custo da construção, somando todas as despesas 
correspondentes à execução de todos os serviços 
previstos nas especificações técnicas e constantes da 
discriminação orçamentária apresentada no anexo D.” 
(NBR 12721/2000, p. 24, item 4.5.2.1). 
4 ORÇAMENTO 
Ferramentas 
 
– Projetos 
– Memorial Descritivo / Caderno de Encargos 
– Especificações Complementares 
– Planilhas e Uso de Informática 
 
Etapas de Trabalho 
 
– Integração dos Projetos 
– Estudo das Especificações e Memorial Descritivo 
– Conciliação Projeto x Especificações 
– Levantamento de Quantitativos 
– Planilha Orçamentária 
– Coleta de Preços 
– Escolha das Composições de Custo 
– Orçamento Propriamente Dito 
4 ORÇAMENTO 
DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
4.1 PROJETOS 
 
Projeto Executivo 
 É o projeto de arquitetura (projeto legal) mais o 
projeto de detalhamento construtivo, onde se encontram a 
concepção do produto, as marcações de alvenaria, 
paginações de pisos e paredes, bancadas, alturas de peitoris, 
enfim, todas as informações arquitetônicas e detalhes 
necessários à perfeita execução da obra. 
 
Projetos Complementares 
 São os demais projetos de uma obra, executados a 
partir do projeto de arquitetura, ou seja: Sondagens, 
Fundações, Estrutura, Elétrico Telefônico, Hidro- Sanitário, 
Incêndio, Impermeabilização, Paisagismo, etc. 
4 ORÇAMENTO 
DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
4.2 MEMORIAL DESCRITIVO 
 
 No memorial são definidos e descritos os métodos a 
serem usados na execução dos serviços, assim como as 
características dos materiais a serem empregados para tanto. 
O memorial especifica os métodos de construção. 
 
“...é feito o memorial descritivo da edificação objeto da 
incorporação e dos seus acabamentos de forma sucinta e com 
emprego de terminologia adequada a sua apreciação pelos 
futuros adquirentes de unidades autônomas, em estreita 
vinculação com desenhos do projeto. O memorial descritivo 
dos acabamentos é, portanto, um resumo das especificações 
técnicas, obedecendo aos limites impostos pelos quadros que 
devem ser preenchidos.” (NBR-12721/2000, p. 22, item 
4.4.1) 
4 ORÇAMENTO 
DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
4.3 ESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES 
 
 Define o tipo, marca, modelo e quantidade dos 
materiaisa serem empregados na construção. Especifica com 
o que será construída a obra. Alguns dados da especificação 
podem ser complementados no projeto de arquitetura, neste 
caso são chamadas especificações complementares. 
 Em caso de dúvidas, ou de sobreposição de 
informações, prevalecem as informações das especificações. 
 Este documento deve fazer parte da pasta do cliente, 
no ato da compra, e qualquer modificação, por falta do 
produto no mercado ou por opção da empresa, deve ser 
negociada. 
4 ORÇAMENTO 
DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
4.4 INTEGRAÇÃO E CONCILIAÇÃO DE PROJETOS 
 
 Permite a visualização da interdependência de um 
projeto para com os demais. Este estudo cria soluções 
preventivas às etapas de serviço, propiciando a programação 
das mesmas, obedecendo uma seqüência lógica de execução 
das obras, de modo que os serviços atuais não inviabilizem as 
futuras frentes de trabalho. Como por exemplo: 
- Passagens nas lajes em locais pré-determinados às locações 
de prumadas elétricas ou hidro-sanitárias, na época da 
estrutura. 
- Definição de linhas de eixos para locação da estrutura e 
alvenaria, etc. 
- Descontos, vãos e aberturas, interferência da estrutura nas 
alvenarias, etc. 
4 ORÇAMENTO 
DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
4.5 ESTUDO DAS ESPECIFICAÇÕES E MEMORIAL DESCRITIVO 
 
 Permitem a definição dos materiais a serem aplicados, 
nos processos construtivos, assim com os processos e as 
normas de execução, auxiliando na elaboração da planilha 
orçamentária e na escolha das composições de custo. 
 
4.6 ESTUDO DAS ESPECIFICAÇÕES E MEMORIAL DESCRITIVO 
 
 Esta etapa se faz necessária, para se dirimirem as 
divergências que porventura possam existir entre os mesmos. 
4 ORÇAMENTO 
DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
4.6 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS 
 
 É a quantificação de um determinado serviço dentro 
da obra a ser executada. Para o seu levantamento se faz 
necessária a aplicação de planilhas próprias, que têm por 
objetivo simplificar os cálculos, facilitarem as totalizações e a 
organização dos dados, que são de suma importância à 
elaboração do orçamento. 
 
4.7 PLANILHA ORÇAMENTARIA 
 
 É a relação detalhada de todos os serviços a serem 
executados em uma obra. A cada serviço, correspondem uma 
unidade de medida, o consumo unitário, a quantidade e o 
preço total parcial do mesmo. 
4 ORÇAMENTO 
DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS E ETAPAS DE TRABALHO 
 
4.8 COLETA DE PREÇOS 
 
 Visa determinar o custo de cada insumo necessário 
para o cálculo do preço dos serviços em questão. O critério de 
coleta de preços pode optar entre duas formas de 
pagamentos, ou seja, a vista ou a prazo. Esta definição parte 
do critério empresarial, tendo como variantes os juros de 
mercado, prazo da obra, critérios de pagamentos, dentre 
outros. 
 
4.9 ORÇAMENTO PROPRIAMENTE DITO 
 
 Já definido anteriormente, acrescenta-se que sua 
elaboração é precedida das etapas já expostas e que sua 
execução através de software específico, confere à mesma, 
maiores exatidão de cálculo e flexibilidade de alterações. 
4.10 NRB 72721 – INCORPORAÇÃO 
Esta norma trata, basicamente, de três grandes áreas: 
 
-Avaliação de custos unitários de construção 
-Orçamento de construção 
-Incorporação de edifícios 
 
_Quadro I – Cálculo das áreas nos pavimentos e das áreas 
globais 
_Quadro II – Cálculo das áreas da unidade autônomas 
_Quadro III – Avaliação do custo global e do preço por m² da 
construção 
_Quadro IV – Avaliação do custo da construção de cada 
unidade autônoma 
_Quadro V – Informações gerais 
_Quadro VI – Memorial descritivo dos equipamentos 
_Quadro VII – Memorial descritivo dos acabamentos das 
dependências de uso privativo 
_Quadro VIII – Memorial descritivo dos acabamentos das 
dependências de uso comum 
4 ORÇAMENTO 
4.11 C.U.B – Custo Unitário Básico 
 
Nestes custos não são considerados os seguintes itens: 
 
_Fundações especiais; 
_Elevadores; 
_Instalações especiais; 
_Terraplenagem, urbanização, recreação, jardins, etc; 
_Despesas com instalação, funcionamento e 
regulamentação de condomínios; 
_Impostos e taxas; 
-Projetos; 
_Remuneração da construtora; 
_Remuneração do incorporador; 
_Outras despesas indiretas. 
O CUB-DF/m² (R8-N) apresentou o valor de R$ 1.251,18 em março. O 
número representa uma variação positiva de 0,32% em relação ao mês 
de fevereiro, que registrou o valor de R$ 1.247,24. 
4 ORÇAMENTO 
4.11 ÁREAS DA EDIFICAÇÃO 
 
As áreas da edificação recebem, segundo a NBR – 12721, as 
seguintes denominações: 
 
_Área de Divisão Proporcional; 
_Área de Divisão não Proporcional; 
_Área de Uso Comum; 
_Área de Uso Privativo; 
_Área Coberta Padrão (de construção); 
_Área Coberta Padrão Diferente (equivalente); 
_Área Descoberta (equivalente). 
4.11 ÁREAS DA EDIFICAÇÃO 
4 ORÇAMENTO 
4.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS 
 
 A quantificação, assim como o orçamento, deve seguir 
os princípios de execução da obra, ou seja: “Quantificar e orçar 
como se executa no canteiro de obras”. 
 A quantificação, como uma das ferramentas mais 
importantes para o planejamento e controle, deve obedecer a 
alguns preceitos, como por exemplo: 
 
_O detalhamento das quantidades de um serviço deve ser feito 
de acordo com a sequencia de execução do serviço. 
_ O nível de detalhamento dos quantitativos tem influência 
decisiva sobre os resultados obtidos. 
_ Os quantitativos devem servir de base para o planejamento 
de compra de insumos. 
4.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS 
4.12 LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS - PRÁTICA 
ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO – PRÁTICA 
DETERMINAR 
 
_QUANTIDADE DE FORMA (m²) 
_QUANTIDADE DE CONCRETO (m³) 
_DURAÇÃO DA ATIVIDADE (dia) 
_CUSTO DA ATIVIDADE MO (R$/m²) 
_CUSTO DO MATERIAL MA (R$/m²) 
 
DADOS PARA CÁLCULO 
 
Trabalhar com 04 carpinteiros 
Produção da carpintaria de 10m²/dia 
Salário: pedreiro R$1584,00 – servente R$ 1.027,4 
Encargos Sociais 97,75% 
Horas mensais trabalhadas 220h 
 
ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO – PRÁTICA 
PREPARO DE ARGAMASSA MISTA DE CIMENTO, CAL HIDRATADA E AREIA 
SEM PENEIRAR (1:2:8) 
UNIDADE DE USO = m3 
DESCRIÇÃO UN 
CONS
UMO 
PREÇO 
UNIT. 
CUSTO 
MATERIAL 
CUSTO 
MDO 
CUSTO 
TOTAL 
Cimento kg 182,00 0,39 70,98 70,98 
Cal hidratada kg 182,00 0,38 69,16 69,16 
Areia úmida m3 1,22 66,45 80,80 80,80 
Servente h 10,00 3,39 33,90 
Leis Sociais % 122,00 41,36 75,26 
B.D.I. % 28,00 82,94 
Preço total do item R$ 379,14 
4 ORÇAMENTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
 
 Numa composição é que encontramos os insumos necessários 
à execução de um determinado serviço, com seus respectivos 
consumos por unidade produzida. 
 Após a coleta dos preços destes insumos, aplicamos os 
mesmos à composição em questão, obtendo o preço unitário deste 
serviço. 
 A composição nos permite avaliar, primeiramente, o gasto de 
um determinado material ou mão de obra, para uma quantidade 
específica de serviço. 
 O confronto entre os consumos propostos por uma 
composição e os índices coletados no canteiro de obras, provoca a 
reavaliação dos orçamentos e de nossas composições, propiciando 
sempre uma aproximação cada vez mais fiel entre o orçado e o 
realizado em uma obra. 
 Nos softwares existentes no mercado, não encontramos todas 
as composições que necessitamos, devendo em alguns casos serem 
criadas novas composições que atendam as particularidades de cada 
orçamento. 
4 ORÇAMENTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4 ORÇAMENTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4 ORÇAMENTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4 ORÇAMENTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4 ORÇAMENTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4.13 COMPOSIÇÕES DE CUSTO 
4 ORÇAMENTO 
MARGEM DE ERRO 
4 ORÇAMENTO 
MARGEM DE LUCRO 
4 ORÇAMENTO 
 
4.14 CURVA ABC 
 
 As Curvas ABC são relações cujos dados são dispostos 
do maior para o de menor valor, e que destacam, desta forma,os itens mais significativos e permitem ao orçamentista, entre 
outras melhorias em seu orçamento, refinar apenas alguns 
poucos itens principais para alterar significativamente o valor 
final. 
 Estudos desenvolvidos por Joseph Moses Juran, um dos 
papas na área da qualidade, identificaram que 80% dos 
problemas são geralmente causados por 20% dos fatores. 
 Regra de Pareto: o nome “Pareto” foi uma homenagem 
ao economista italiano Vilfredo Pareto, cujos estudos 
apontaram que 80% da riqueza da Itália estava na mão de 
20% da população. 
 
4 ORÇAMENTO 
 
4.14 CURVA ABC 
4 ORÇAMENTO 
 
4.14 CURVA ABC 
4.14 CURVA ABC 
 Utilidades da curva ABC 
1. Hierarquia de insumos e serviços _Nas faixas A e B, 
enquadram-se os insumos e serviços economicamente mais 
importantes. 
2. Prioridade na negociação _As negociações e cotações 
devem focar nos insumos ou serviços da faixa A. Um 
desconto pequeno nestes itens pode representar uma 
economia mais importante do que um desconto grande nos 
da faixa C. 
3. Atribuição de responsabilidades_A compra dos 
principais insumos e a contratação dos principais serviços 
deve ter participação ativa do gerente da obra, já que existe 
um grande potencial de barateamento do custo total da obra. 
Já o que gera menos gatos pode ser delegado a outras 
pessoas. 
4. Avaliação de impactos_Quanto mais para cima o item 
estiver na tabela, maior será o impacto de variações de 
preços (positivas ou negativas) no orçamento. 
4.14 CURVA ABC 
 
4.14 CURVA ABC 
 
4 ORÇAMENTO 
 
4.15 CUSTOS 
 
 Os custos podem ser divididos ainda em diretos e 
indiretos, sendo, de acordo com Avila, Librelotto e Lopes 
(2003) 
 
Custo direto: são os custos diretamente apropriados ao 
produto, os quais permitem perfeita caracterização e 
quantificação dentro de um serviço, são os materiais, 
equipamentos e a mão de obra direta. 
 
Custo indireto: são custos não perfeitamente quantificáveis, 
é necessário estabelecer um fator de rateio para sua 
apropriação nos serviços. São vinculados à administração do 
canteiro de obras e às despesas da administração da própria 
empresa. 
 
4 ORÇAMENTO 
4.16 BDI 
 
 Dias (2004) define BDI como um percentual que incide 
sobre os custos diretos da obra, que se refere às despesas 
indiretas da mesma, lembrando que essa porcentagem pode 
variar de acordo com a localização do empreendimento, com o 
tipo de administração adotado, com os impostos e com a 
margem de lucro esperado pelo empreendedor que também o 
compõem. Por sua vez, González (2008) complementa essa 
definição explicando que a função do BDI é completar o 
orçamento, incluindo nele alguns itens que são de difícil 
mensuração, sendo para os mesmos atribuídos valores 
estimados. 
 Taxa de administração central 
 Taxa de risco do empreendimento 
 Taxa de custo financeiro 
 Taxa de tributos federais 
 Taxa de tributos 
 Taxa de despesas de comercialização 
 Lucro ou remuneração líquida da empresa 
4 ORÇAMENTO 
4.16 BDI 
 
4.16 BDI 
 
 
 
5 PRÁTICA - PLANEJAMENTO E OÇAMENTO 
 
01 – Elaborar o cronograma físico-financeiro da obra em estudo 
02 – Elaborar a composição unitária de cerâmica e reboco 
interno para a obra em estudo. 
03 – Elaborar o histograma de mão de obra (diário). 
 
CUSTO DE INSUMO 
MATERIAL 
_ CERÂMICA - R$25,00/m2 
_REBOCO INTERNO - R$250,00/m³ 
_ ARGAMASSA ACI - R$0,50/Kg – 0,250Kg/m² 
MÃO DE OBRA 
_ CERÂMICA - 20m²/dia 
_REBOCO INTERNO - 20m²/dia 
 
Profissional R$1584,00 – servente R$ 1.027,4 
Encargos Sociais 97,75% 
Horas mensais trabalhadas 220h 
 
 
 
 
 
6 – APLICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE TEMPO - PMBOK 
 
 O Project Management Institute (PMI) é a maior 
associação sem fins lucrativos do mundo para profissionais de 
Gerenciamento de Projetos. 
 Dentre as principais linhas de serviço do PMI, destaca-se 
um conjunto de práticas altamente aplicadas, testadas, e 
atualizadas por profissionais experientes e praticantes da disciplina 
no dia a dia. Boa prática significa que na maioria dos casos 
testados, as chances de sucesso aumentaram com a utilização 
destas práticas. 
 Um das publicações mais populares do PMI é o guia 
PMBOK (Project Management Body of Knowledge), 
atualmente na sua 5ª edição, com mais de dois milhões de cópias 
distribuídas. 
 O PMBOK é considerado a „bíblia‟ de boas práticas para o 
gerenciamento de projetos, sendo o seu uso um senso comum 
para a maior parte da comunidade de profissionais da área. 
 
 
6 – APLICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE TEMPO - PMBOK 
 
6.1 GERENCIAMENTO DE PROJETO 
 
 
 O Gerenciamento de Projetos é definido como a 
aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas para 
projetar atividades a fim de cumprir com os requerimentos do 
projeto. Trata-se de uma competência estratégica para 
organizações, permitindo que elas unam os resultados dos 
projetos com os objetivos do negócio – e, assim, possam 
competir melhor em seus mercados. 
 Existem cinco grupos de processos do gerenciamento 
de projetos: 
 
• Início 
• Planejamento 
• Execução 
• Monitoramento e Controle 
• Encerramento 
 
6.1.1 GRUPO DE PROCESSOS 
 
 
 
6.1.1 GRUPO DE PROCESSOS 
 
• Iniciação do projeto (Iniciar) - Define e autoriza o projeto 
ou uma fase do projeto. 
• Planejamento do projeto (Planejar) - Define e refina os 
objetivos e planeja a ação necessária para alcançar os 
objetivos e o escopo para os quais o projeto foi realizado. 
• Execução do projeto (Fazer) - Integra pessoas e outros 
recursos para realizar o plano de gerenciamento do projeto 
para o projeto. 
• Monitoramento e controle do projeto (Verificar e agir) 
- Mede e monitora regularmente o progresso para identificar 
variações em relação ao plano de gerenciamento do projeto, de 
forma que possam ser tomadas ações corretivas quando 
necessário para atender aos objetivos do projeto. 
• Encerramento do projeto (Terminar) - Formaliza a 
aceitação do produto, serviço ou resultado e conduz o projeto 
ou uma fase do projeto a um final ordenado. 
 
6.1.1 GRUPO DE PROCESSOS 
 
 
6 – APLICAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE TEMPO - PMBOK 
 
6.1 GERENCIAMENTO DE PROJETO 
 
 
 
 O conhecimento em gerenciamento de projetos é 
composto por nove áreas: 
 
• Gerenciamento da Integração 
• Gerenciamento de Escopo 
• Gerenciamento de Custos 
• Gerenciamento de Qualidade 
• Gerenciamento das Aquisições 
• Gerenciamento de Recursos Humanos 
• Gerenciamento das Comunicações 
• Gerenciamento de Risco 
• Gerenciamento de Tempo 
 
6.1.2 ÁREAS DO GERENCIAMENTO 
 
 
ESCOPO: garantir que todo o trabalho necessário e somente o 
trabalho necessário será realizado. 
RISCOS: minimizar as Ameaças e Maximizar as Oportunidades. 
TEMPO: sequência de Atividades e Estimativa de Duração - C R O N O 
G R A M A. 
RECURSOS HUMANOS: papéis e Responsabilidades Formação da 
Equipe Desenvolvimento da Equipe. 
COMUNICAÇÕES : identificar as Partes Interessadas e manter as 
Partes Interessadas Informadas. 
CUSTOS: identificar/estimar os Recursos Definir e Controlar o 
Orçamento. 
QUALIDADE: garantir o atendimento das Necessidades para as quais 
o projeto foi criado. 
AQUISIÇÕES: gerenciar a Contratação de Bens e Serviços de 
Terceiros. 
NTEGRAÇÃO: Coordenar todas as áreas para garantir as entregas. 
 
 
 
6.1.2 ÁREAS DO GERENCIAMENTO 
 
 
 
6.2 INTRODUÇÃO 
 
 
 Devido à expansão do mercado, várias empresas 
surgiram nos últimos anos, levando a uma acirrada 
concorrência no setor. Segundo Santos e Santos (2009), a 
competitividade faz com que as empresas invistam em 
metodologia eficiente de planejamento e controle de obras, 
permitindo domínio pleno do projeto. Para atender às 
exigências do mercado e garantir atuação competitiva em um 
setor econômico forte, como é o caso da construção civil, as 
empresas procuram adotar práticas mais maduras no 
planejamento, na programação e no controle de seus 
projetos, tornando-se mais capacitadas ao sucesso na corrida 
pelomercado do que aquelas que continuam presas às velhas 
práticas (KERZNER, 2006). 
 
6.3 OBJETIVO 
 
 
 
 Aplicação do Gerenciamento de Tempo conforme o 
Guia PMBOK em empreendimento habitacional em 
Brasília 
 
O presente trabalho procura descrever o modo como uma 
empresa construtora desenvolve um projeto de 
empreendimento habitacional, analisando os processos de 
Gerenciamento de Projetos envolvidos em cada fase. Além 
disso, busca correlacionar esses processos com as boas 
práticas de gestão definidas pelo Project Management Body of 
Knowledge (PMBOK®) 4ª Edição, com enfoque no 
gerenciamento de tempo do projeto em questão. 
 
 
 Michele Tereza Marques Carvalho, DSc (UnB – DF/Brasil) 
 Matheus Barbosa Azevedo (UnB – DF/Brasil) 
 
6.4 GERENCIAMENTO DE TEMPO 
 
 
 O Gerenciamento de Tempo reúne os processos 
necessários para assegurar que o projeto seja implantado no 
prazo previsto. Então são definidas as atividades para a 
realização dos subprodutos do projeto, de forma a serem 
realizadas em uma sequência lógica e interdependentemente 
das demais atividades previstas, estimando-se o tempo e os 
recursos disponibilizados para a sua execução. A partir daí, 
constrói-se um cronograma físico-financeiro, que permitirá um 
controle das tarefas e possíveis mudanças no projeto (HOZUMI, 
2006). 
 O monitoramento e controle são processos que visam 
observar e acompanhar a execução do projeto, permitindo que 
potenciais problemas possam ser antecipadamente 
identificados para que ações corretivas sejam tomadas antes 
de os problemas tomarem proporções incontroláveis. Dessa 
forma, todo o planejamento do empreendimento é 
acompanhado continuamente junto à sua execução, a fim de 
que os recursos e os custos utilizados estejam dentro dos 
números pré-estabelecidos. 
 
6.5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) 
 
 
1. Planejamento de Longo Prazo: A programação de longo prazo 
serve basicamente para a visualização geral das etapas da obra, 
explicitação das datas-marco mais importantes e identificação 
preliminar de recursos (MATTOS, 2010). 
2. Planejamento de Médio Prazo: Sua função básica é possibilitar a 
elaboração de um plano de compra de materiais e equipamentos, 
identificar a necessidade de novos recursos e antever interferências. 
Possui um nível de detalhamento maior do que o plano de longo prazo 
e com isso, essa programação serve bem aos gerentes de obra 
(MATTOS, 2010). 
3. Planejamento de Curto Prazo: Ele é a programação em nível 
operacional, feita por engenheiros de campo, mestres e encarregados. 
O grau de detalhamento da programação aumenta à medida que se 
aproxima o início da atividade. O planejamento de curto prazo é ideal 
para identificar as causas pelas quais as tarefas da semana se 
atrasaram ou não iniciaram conforme o planejado. Esse tipo de 
programação é a melhor ferramenta para monitoramento da obra. 
 
6.6 PESQUISA - FASE DE EXPLORAÇÃO 
 
 
 Nesta pesquisa, a Fase Exploratória foi composta por 
uma análise e um diagnóstico da atual situação da obra, 
tentando entender o motivo dos atrasos de execução das 
atividades e de cumprimento dos prazos estabelecidos. 
 Foram realizadas entrevistas informais com pessoas-
chave que participam do Departamento de Engenharia da 
empresa com a finalidade de obter uma visão geral dos 
processos necessários para início do projeto do 
empreendimento. O objetivo dessa etapa foi realizar um 
levantamento das principais dificuldades da obra. Além dos 
engenheiros responsáveis, participaram dessas entrevistas 
pessoas que acompanham o dia-a-dia da obra, como o 
estagiário de engenharia, o técnico de edificações e o auxiliar 
de almoxarifado. 
 Após o levantamento das dificuldades da obra, 
enquadrou-se cada uma delas em uma área de conhecimento 
do PMBOK, de forma a identificar quais áreas seria o foco da 
pesquisa. 
 
6.6 FASE PRINCIPAL 
 
 
 Dando continuidade à pesquisa, com base nos 
resultados da fase exploratória, o objetivo dessa etapa foi, a 
partir da identificação, escolher as principais ferramentas de 
monitoramento e controle da obra. Para isso, foram 
necessários debates com a equipe envolvida diretamente com 
o projeto a fim de verificar qual seria a melhor alternativa a 
ser implementada para que a obra fosse entregue no prazo 
estipulado. 
 
6.7 ANALISE DE RESULTADOS 
 
 Detectou-se o Gerenciamento de Tempo como a área 
crítica para se atuar no sentido de propor melhorias e 
implantar ferramentas de monitoramento e controle. Na 
sequência, foi proposta uma melhoria no processo de 
Planejamento e Controle da Produção (PCP) da obra, modelo 
de planejamento de curto prazo. 
 
 
 
6.9 OBRA 
 
 
 
 A empresa tem como principal atividade a construção 
de obras de edificação na região do Distrito Federal e a sua 
gestão é planejada mediante um Sistema de Gestão da 
Qualidade (SGQ), em conformidade com a Norma Internacional 
ISO 9001 (ABNT, 2008) e com os requisitos do Programa 
Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). A 
empresa é certificada pela empresa Bureau Veritas Certification 
nas normas ISO 9001 e PBQP-H, Nível “A”, desde 2005. 
O empreendimento engloba três lotes - C, D e E – situados no 
Setor Noroeste, em Brasília, Distrito Federal. Esse 
empreendimento possui as seguintes características: 
 
6.8 OBRA 
 
 
 
6.9 DIAGNÓSTICO 
 
 
1. Definição da nova cota de soleira: Um dos procedimentos 
inicias da obra é a definição de uma cota de soleira ao 
empreendimento por parte da Administração Regional. A cota 
de soleira é definida como a distância medida na vertical entre 
a face superior da laje do piso que contém o acesso principal 
do edifício e a via que o serve. 
2. Entrega dos projetos de estruturas: Devido à demora no 
processo de mudança e à aprovação de uma nova cota de 
soleira, o projeto estrutural apresentou atraso de entrega e 
com isso, está sendo entregue por etapas. 
3. Planejamento de compra de materiais: O prazo de entrega 
das distribuidoras é prolongado, assim, para se evitar mais 
atrasos, necessita-se comprar material no mercado local com 
alto custo. 
4. Cronograma do projeto: Observaram-se dificuldades de 
executar atividades previstas para um determinado período por 
questões adversas, principalmente ocorrência de chuvas e falta 
de recursos, como mão de obra, por exemplo. 
 
6.9 DIAGNÓSTICO 
 
 
 
6.9 DIAGNÓSTICO 
 
 
 
6.10 RESULTADO DO DIAGNÓSTICO 
 
 
 
6.10 RESULTADO DO DIAGNÓSTICO 
 
 
 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO 
 
 
 Observou-se que os valores do PPC estavam muito baixos 
em relação ao patamar de 75% - 85%, considerado como bom 
desempenho das equipes executoras das atividades, segundo 
Mattos (2010). Isso refletia a dificuldade que a empresa 
enfrentava em relação ao cumprimento dos planos de curto prazo, 
em função da má definição dos pacotes de trabalho e mau 
fornecimento de materiais. Este último deve-se, principalmente, à 
falta de realização de um planejamento de médio prazo, pois a 
programação de recursos acaba ocorrendo de maneira informal e, 
em alguns momentos, em caráter emergencial. 
 Muitos pacotes de trabalho não eram definidos 
corretamente, apresentando apenas o serviço, sem ser 
especificado o quanto seria executado dentro daquele horizonte 
semanal de planejamento. Ainda em relação ao planejamento 
semanal, os executores dos planos não analisavam as possíveis 
dificuldades da não conclusão de alguns serviços. Essa deficiência 
tinha como consequência direta a ocorrência dos mesmos tipos de 
problemas nos planos seguintes, demonstrando a ineficácia do 
controle. 
 
 
 
 
 
 Nota-se que 86% das ocorrências dos problemas são 
referentes à falta de definição no planejamento. 
 Pode ser observado que nesse período grande parte dos 
pacotes de trabalho era mal definido, no sentido de que não 
era especificado o quantitativo do serviço que deveria ser 
entregue ao final da semana. 
 Seguido a essa causa, o atraso de tarefasantecedentes corresponde a 5% das causas da não 
conclusão do Plano de Curto Prazo. Logo, a vulnerabilidade da 
produção pode ser explicada pelo efeito das duas causas 
mencionadas. Para que se garanta a proteção da produção, no 
momento da elaboração dos planos semanais, devem ser 
incluídas tarefas que tenham suas restrições removidas e a 
conclusão de atividades antecedentes. 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 
 As principais medidas tomadas na Fase de Ação foram 
a instituição de reuniões semanais de planejamento e o 
aperfeiçoamento do Plano de Curto Prazo. 
 Durante as reuniões, eram discutidos os pacotes de 
trabalho que deveriam ser executados na semana, definidos 
os sequenciamento de atividades que deveriam ser concluídas 
para que outras pudessem iniciar e os empreiteiros 
levantavam as principais dificuldades que enfrentavam no 
canteiro, como atraso no fornecimento de materiais e falta de 
frentes de serviços. Já na elaboração dos planos semanais, o 
planejador passou a definir melhor as atividades, procurando 
instituir metas para os empreiteiros concluírem determinados 
serviços ao fim da semana. 
 Na Figura a seguir demonstra-se a melhoria dos 
valores de PPC durante a fase de aperfeiçoamento em relação 
às semanas anteriores a essa fase. 
 
 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 
 É evidente que os valores nas 4 últimas semanas do 
estudo evoluíram em relação às 10 primeiras semanas. Pode 
ser notado que o valor médio de PPC do período de 
aperfeiçoamento de controle da obra (63%) é maior que a do 
período anterior à implantação (39%). Da mesma forma, mas 
com melhoria mais significativa em relação ao período anterior, 
o coeficiente de variação diminuiu de 33% para 14%. 
 Na Figura a seguir demonstra-se o gráfico que 
representa as causas registradas da não conclusão do Plano de 
Curto Prazo, no período das quatro últimas semanas do estudo. 
 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 
 Comparativamente ao período anterior, nota-se a 
diminuição considerável da ocorrência da falta de definição no 
planejamento. Com um maior controle sobre o planejamento, 
os pacotes de trabalho ficaram mais bem definidos, permitindo 
que as equipes responsáveis se comprometessem a realizá-los. 
 Devido à melhor identificação e aos registros das 
causas, a ocorrência ficou distribuída para um número maior de 
causas, contudo, com porcentagens não muito defasadas uma 
das outras. 
 Ainda nessa etapa do estudo, observa-se que a 
programação de mão de obra superestimada foi a causa mais 
agravante (30% das ocorrências) para a não conclusão dos 
pacotes de trabalho definidos para a semana. Isso porque a 
previsão de execução de alguns serviços era feita sem se 
conhecer, ao certo, a produtividade da mão de obra. 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 
 Em seguida, registraram-se problemas na execução de 
serviços como a segunda causa de maior ocorrência (15%). 
 Dentre os problemas mais observados que 
impossibilitaram a execução de algumas atividades ao longo da 
semana estão: 
_Falta de energia (o que dificultava o uso do elevador de 
carga), falta de água (dificultando o processo de preparo das 
argamassas para assentamento e revestimento). 
_Equipamentos danificados (como os geradores e bombas 
das máquinas utilizadas na projeção de reboco). 
 
 Após vários ciclos de planejamento semanal, foi gerado 
um Diagrama de Pareto que representa as causas que 
originaram as dificuldades de controle dos planos e sua 
frequência (o número de vezes que ocorreu), como indicado na 
Figura a seguir. 
 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 
 Através do Diagrama de Pareto, podem ser detectadas 
quais as fontes de erro mais comuns e quais medidas podem 
ser tomadas para reduzi-las ou eliminá-las. Nesse diagrama é 
verificado na prática que cerca de 20% das causas são 
responsáveis por 80% dos efeitos, no caso, não cumprimento 
das atividades dos planos semanais. No caso em estudo, as 
três principais causas para o descumprimento dos planos 
semanais do empreendimento são: falta de definição do 
planejamento, atraso de tarefas antecedentes e programação 
de mão de obra superestimada. Logo, 25% das causas (3 
causas de um total de 12) são responsáveis por 84% dos 
efeitos. 
6.11 RESULTADO FASE DE AVALIAÇÃO - PCP 
• Criar um departamento de planejamento e controle de obras, 
com o intuito elaborar o cronograma da obra e realizar o seu 
monitoramento e controle periódicos, através dos relatórios 
gerenciais; 
• Sistematizar um processo de planejamento e controle que 
possa ser seguido em todos os empreendimentos da empresa; 
• Implantar o Planejamento de Médio Prazo, com atualizações 
periódicas de acordo com a necessidade do projeto; 
• Estudar alternativas para minimizar as resistências 
demonstradas pelos funcionários das empresas durante o 
processo de implementação dos sistemas de PCP; 
• Estudar a integração dos contratos das construtoras com 
fornecedores e o processo de PCP; 
• Instituir reuniões periódicas entre a construtora e os 
fornecedores dos principais insumos da obra, a fim de 
aumentar a integração e comunicação entras as partes 
envolvidas e evitar atrasos nos fornecimentos dos produtos; 
• Avaliar o impacto da eficácia do planejamento quando 
comparado ao custo, ao prazo e à satisfação do cliente; 
1 - CONSTRUIR A REDE PERT, DETERMINAR O CAMINHO CRÍTICO E 
OS TEMPOS: 
INICIO MAIS CEDO (IC)– FINAL MAIS CEDO (FC) 
INICIO MAIS TARDE (IT) – FINAL MAIS TARDE (FT) 
 
1 - REDE PERT 
A (IC)=____ (FC)=_____ 
 (IT)= ____(FT)=_____ 
B (IC)=____ (FC)=_____ 
 (IT)= ____(FT)=_____ 
EXERCICIOS PROPOSTOS 
 
1- QUAL O PERCENTUAL DE OBRA 4 SEMANA? 
2 - QUAL O CUSTO DA MÃO DE OBRA (%) COM INCIDENCIA 
DE 115% DE ENCARGOS E O VALOR TOTAL DA OBRA COM 
35% DE BDI. 
 
3 - No projeto das instalações elétricas da residência, consta a 
instalação de 20 interruptores de uma tecla. A empreiteira que 
executará o serviço deve recolher 125% de encargos sociais e 
pratica o BDI de 30%. O preço da instalação destes 
interruptores, em reais, é: 
4 - No planejamento e elaboração de orçamento para a 
construção de paredes de alvenaria de blocos de concreto com 
espessura de 19 cm utilizou-se a composição de custos 
unitários abaixo. Qual a produção diária do servente. 
 
5 - No planejamento de uma obra, um engenheiro previu os 
seguintes insumos e respectivos custos para executar o 
orçamento de um serviço de carpintaria: 3 m de tábua de pínus 
com 30 cm de largura a R$ 12,00/m; 8 m de sarrafo de pínus 5 
cm por 5 cm a R$ 6,00/m; 0,5 kg de prego a R$ 8,00/kg; 2 h 
de carpinteiro a R$ 26,00/h e 2 h de ajudante a R$ 10,00/h. O 
custo da mão de obra em relação ao custo do serviço 
representa o percentual de 
6 - A construção de uma obra foi planejada pelo cronograma 
PERT-CPM, composto pelos serviços, cuja duração é dada em 
semanas, como mostrado a seguir. A obra foi entregue em 
quinze semanas, portanto, em relação à duração prevista no 
cronograma, a conclusão da obra atrasou em semanas? 
7 - Considere o cronograma abaixo de uma obra composta de 
seis serviços, prevista para a duração de quatro meses. Como 
no primeiro mês somente os serviços A e B foram concluídos, 
enquanto que os serviços C e D foram parcialmente realizados, 
o pagamento da primeira medição representará o percentual 
total do custo da obra de:

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