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Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy Resumo do Livro: PINHEIRO-SANT'ANA, H. M. Planejamento físico-funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2012. 288p. O planejamento físico-funcional das UAN não envolve apenas a construção de uma edificação e suas instalações, mas também deve ser voltado para os processos de trabalho a serem desenvolvidos e para os fluxos de manipulação dos alimentos, funcionários e clientes, caracterizando uma preocupação com o arranjo físico-funcional. Dentro do contexto da qualidade total, um layout funcional proporciona: Aos funcionários: conforto, bem-estar, satisfação e segurança no trabalho. Aos clientes: melhores produtos e serviços, um ambiente saudável, aconchegante e confortável. Às operações: fluxo de trabalho mais racional, menor tempo de produção, diminuição dos custos com recursos materiais e humanos, aumento dos níveis de eficiência administrativa e operacional. Ao espaço físico: flexibilidade na disposição dos equipamentos, móveis e áreas físicas, além da possibilidade de ampliação dessas áreas e aproveitamento do espaço da melhor maneira possível. À empresa: integração dos processos e elementos envolvidos em sua execução, com resultados no aumento dos níveis de qualidade, produtividade e eliminação dos desperdícios. O planejamento físico-funcional das UAN envolve: Dimensionamento e planejamento dos diferentes setores; Planejamento da ambiência e das instalações hidráulicas e de energia; A seleção, dimensionamento e aquisição de equipamentos, móveis e utensílios; A elaboração do projeto arquitetônico, além de outras atividades; Deve ser feito por equipe multidisciplinar como nutricionista e outros profissionais da área de alimentação e nutrição, engenheiro civil, arquiteto, engenheiro eletricista, dentre outros. A participação do nutricionista está prevista na Lei 8.234/91 e resolução CFN 380/2005 com as seguintes atividades: participar do planejamento, implantação e execução da adequação de instalações físicas, equipamentos e utensílios de acordo com as inovações tecnológicas e planejar e supervisionar o dimensionamento, a seleção, a compra e a manutenção de equipamentos e utensílios. Tipo e Porte das UAN (macrossegmentos) 1. Alimentação em empresas: indústria, comércio e serviço. 2. Alimentação em serviços de saúde ou refeições dietoterápicas: hospitais e spas. 3. Catering de bordo: refeições servidas em aviões, navios, trens, plataformas marítimas, e outros. 4. Alimentação em instituições de educação ou alimentação escolar: creches, ensino infantil e até universidades. 5. Alimentação das Forças Armadas: Exército, Marinha, Aeronáutica e polícias militares. 6. Alimentação Comercial: restaurantes, bares, fast- foods, hotéis, buffets, resorts. Classificação do porte das UAN 1. Pequeno Porte: até 500 refeições por dia. 2. Médio Porte: de 501 a 2.000 refeições por dia. 3. Grande Porte: 2.001 a 10.000 refeições por dia. 4. Extraporte: acima de 10.000 refeições por dia. Importância do planejamento físico adequado A qualidade das refeições visa à manutenção da saúde, segurança e satisfação dos clientes, devendo englobar as mais diferentes dimensões, como a qualidade higiênico-sanitária, a sensorial, a nutricional, a simbólica, a de serviço e a regulamentar. Essas dimensões devem ser previstas durante o planejamento físico, de maneira que a estrutura resultante facilite o trabalho sob essa perspectiva em vez de dificultá-lo. Uma estrutura física adequada contribui para atingir diversos objetivos, tais quais: Garantir a execução dos cardápios diversificados e voltados para as necessidades dos clientes. Cardápios monótonos nem sempre são reflexo da falta de criatividade do profissional envolvido na gestão do estabelecimento. Estruturas físicas inadequadas limitam a variedade das preparações, pela falta de espaço, equipamentos e utensílios. Garantir a produção de refeições dentro de padrões de qualidade desejados por profissionais e clientes e previstos pela legislação sanitária. Permitir a implementação e utilização das boas práticas. Garantir conforto, redução de agravos à saúde e satisfação dos clientes e funcionários (iluminação, ventilação, cores, revestimento adequado). Deve evitar fatores negativos na operacionalização como: Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy Limitação no planejamento e execução dos cardápios por falta de equipamentos apropriados; equipamentos ociosos, utilizados de forma inadequada ou mal localizados, em razão da aquisição não planejada e desnecessária e da falta de planejamento para sua localização. Interrupções e cruzamentos no fluxo de operações, podendo causar atrasos nas atividades, contaminação cruzada e acidentes de trabalho. Fatores de ambiência inadequados (excesso de ruídos, iluminação insuficiente, cores inadequadas que podem dar cansaço físico e mental e causar acidentes). Ocorrência de longas filas por falta de preparações, falhas no dimensionamento e na localização dos sistemas de distribuição, falta de utensílios necessários à distribuição, número inadequado de mesas e assentos, dentre outros fatores. Redução da produtividade, relacionada aos fatores de ambiência inadequados e à falta de equipamentos necessários. Aumento de custos como perdas de alimentos, prejuízo na qualidade por condições inadequadas de armazenamento e preparo, acidentes de trabalho por condições inseguras, presença insuficiente de janelas, levando à necessidade de maior utilização de iluminação artificial, são alguns exemplos que podem aumentar desnecessariamente os custos. A legislação brasileira como suporte para o planejamento físico-funcional das UAN Portaria SVS/MS 1.428 de 26/11/93 – primeiro documento legal na área que estabelece diretrizes para boas práticas. Em relação às condições físicas faz referência: as condições ambientais (internas e externas); instalações e saneamento (planta baixa, revestimento, instalações elétricas e hidráulicas, serviços básicos de saneamento e respectivos controles sanitários; equipamentos e utensílios. Portaria SVS/MS 326 de 30/7/97 - Localização (características da área onde a UAN está construída); Vias de acesso interno (recomendações sobre a área utilizada para circulação pelo estabelecimento – tipo de pavimentação, escoamento de água adequado e controle de meios de limpeza); Edifícios e instalações ( recomendações sobre o material de construção, fluxo, layout, revestimento, portas e janelas, iluminação, ventilação e abastecimento de água); equipamentos e utensílios. Portaria CVS-6/1999 de 10/3/99 - o livro cita esta portaria mas ela foi revogada e substituída pela CVS-5. Resolução RDC 216 de 15/9/2004 – edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios ( fluxo, acesso, revestimento, pisos, portas, janelas, iluminação, instalações elétricas, ventilação, instalações sanitárias e vestiários, equipamentos, móveis e utensílios); controle integrado de vetores e pragas urbanas – ações para prevenção; Abastecimento de água; manejo de resíduos; preparação do alimento ( quantitativo de equipamentos e utensílios, lavatórios, climatização de áreas); exposição ao consumo e armazenamento de transporte do alimento preparado. Desenho arquitetônico É uma especialização do desenho técnico normatizado que tem por finalidade a representação da forma, dimensão e posição dos objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas. É utilizado por um conjunto de linhas, números, símbolos e indicações escritas normatizadas internacionalmente, ou seja, é uma linguagem gráfica universal para a representação de projetos arquitetônicos. Estabelecem uma linguagem para o emissor (o desenhista e projetista) e o receptor ( o leitor do projeto). São compostos por informações gráficas, representadas por desenhos arquitetônicos (plantas, cortes, elevações e perspectivas) e por informações escritas (memorial descritivo e especificações técnicas de materiais e sistemasconstrutivos). É executado por papel, réguas, esquadros, lápis, compasso, gabaritos, entre outros. Informações fundamentais para o planejamento físico- funcional de UAN Estudo do Mercado: avaliar a necessidade de implantação da UAN sendo essencial para restaurantes comerciais. Análise da legislação brasileira: portaria 326/97, CVS 6/99 (substituída pela CVS 5), resolução 275/02 e resolução 216/04. Análise das necessidades e caracterização da UAN: Tipo de estabelecimento (trabalho, saúde, forças armadas, comercial ou serviço de bordo) e a atividade específica. Ex: UAN para indústria de eletrodomésticos, UAN hospitalar, restaurante universitário; Porte do estabelecimento (pequeno, médio ou grande); Tipo de clientela (faixa etária, gênero, gasto energético no trabalho, hábitos e preferências alimentares); Tipo de refeição (desjejum, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia, lanche noturno e outros); Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy Número de refeições diária; padrão e estilo geral do cardápio; Per capita geral previsto; períodos previstos para distribuição; Política de compras (região e suas facilidades); Fontes de energia disponíveis (gás ou energia elétrica); Disponibilidade financeira (estima-se a estimativa de R$2.500 a R$ 3.000 por metro /quadrado para a construção e instalação de equipamentos de uma UAN); Infraestrutura existente: área externa da UAN (livres de focos insalubres, objetos estranhos, roedores, insetos); localização da UAN (zona isenta de odores indesejáveis, fumaça, pó e outros contaminantes) Facilidade de iluminação natural: janelas devem receber luz suficiente para usar o mínimo de luzes acessas evitando calor e aumento de custos. Facilidade de ventilação natural cruzada: janelas localizadas em paralelo ou perpendicular. Facilidade de comunicação com o exterior: permitir facilidade de acesso. Facilidade de reparos, reformas e ampliações na edificação e instalações. Eliminação de monta-cargas e elevadores: ideal que a UAN seja no pavimento térreo, construção horizontal e em bloco isolado (facilita futuros reparos, como inclusão de novas portas e janelas, reformas e ampliação); calçadas contornando a edificação com pelo menos 1 metro de largura e com declive suficiente para escoamento da água. Localização voltada para o nascente para favorecer o conforto térmico. Deve ser estudada a posição geográfica da área para verificar a orientação mais conveniente para a edificação. Vias de Acesso e saída: portas de entrada e de saídas para evitar cruzamentos indesejáveis e uso de certas vias com finalidade inadequada. UAN de grande e extraporte devem ter acesso para matérias-primas, fornecedores, pessoal administrativo e visitantes, funcionários (porta única para entrada e saída), clientes e lixo. Caso não seja possível todas as vias, estabelecer horários diferentes. Fluxos de atividades x Localização dos setores da UAN – evitar cruzamentos indesejáveis, contaminação de alimentos, desordem e prejuízos na racionalização dos processos de trabalho, redução da qualidade e produtividade, acidentes de trabalho e aumento de custos. A edificação deve ser projetada de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e desinfecção. Dessa forma, a concepção dessa UAN deve prever locais específicos para cada operação, sendo que a localização dos setores deve seguir um fluxo de atividades que priorize especialmente a manipulação segura dos alimentos e fluxo linear. Fluxo compatível com o layout para a manipulação segura dos alimentos. Fonte Sant’Ana, 2012. Configuração geométrica ou Formato da UAN Retangular: a mais indicada para a UAN desde que o comprimento não exceda demasiadamente a largura. Esse formato permite boa localização dos setores, possibilitando alocação da maioria deles próximos a paredes externas, facilitando a instalação de janelas e proporciona boa iluminação e ventilação natural, boa disposição de equipamentos e minimiza caminhadas supérfluas. Configuração em H: excelente indicação, facilitando a localização de diferentes setores e boa disposição de equipamentos. Para construção há necessidade de um lote mais amplo sendo os espaços não utilizados para construção (próximos às extremidades do H) usados para jardins, área de lazer ou estacionamento. Configuração em L: uma boa indicação, especialmente para UAN grande ou exporte. Apresenta as vantagens indicadas para o formato regular. Configuração em U: pode ser utilizada no caso de planejamento de UAN extraporte, aumentando ainda mais a possibilidade de alocar os setores próximos a paredes externas favorecendo iluminação e ventilação natural. Deve-se tomar cuidado de não distanciar os setores afins e prejudicar o fluxo. Formato Quadrado: menos indicada para UAN. Os setores da UAN ficam em paredes opostas aos equipamentos levando caminhadas desnecessárias, Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy dificultar a localização dos setores e levar à necessidade de alocar alguns deles na parte central, impossibilitando iluminação e ventilação natural. Formatos Circular e Hexagonal: não indicados para UAN. Dificultam instalações de equipamentos; impedem a localização adequada dos setores e também levam à necessidade de alocar alguns deles na parte central, impossibilitando a ventilação e iluminação natural; dificultam instalações de janelas, impedindo circulação de ar e aumentando a temperatura interna da edificação; concentram o som e aumentam a sensação de ruídos; custo mais elevado, aumenta o desconforto e favorece acidentes de trabalho. Espaços para circulação: Pequenas circulações (utilizadas pelas pessoas) com no mínimo 0,8m para salões de refeições e entre 1 e 1,5 m para circulação nos setores de trabalho e corredores. Grandes circulações (utilizadas pelas pessoas e carros de transporte) deve ser 1,8 e 2,1m para circulação nos setores de trabalho e corredores. Espaços de circulação no setor de cocção de diferentes UAN (valores médios) UAN Setor de Cocção Espaços para circulação (cm) A Bancada/Fogão Bancada/Fritadeiras Bancada/Panelões Bancadas/Fornos 121 96 180 96 B Fogão/Fritadeira Forno/Fritadeira Bancada/Fogão Geladeira/Fogão Fritadeira/Fritadeira Geladeira/Pia Fogão/Pia 56 97 78 103 26,5 69 76 C Bancada/bancada Bancada/panelões Panelão/Panelão Panelões/Fogão 107,5 128 58 86 Fonte: Pinheiro-Sant’Ana e cols. (1994) Instalações e estimativa do consumo de água e de energia: Água: uso para higienização e preparo dos alimentos, higienização do ambiente, equipamentos e utensílios, abastecimento dos sanitários para clientes e dos vestiários e sanitários para funcionários. A tubulação deve ser ampla para se reduzir ao mínimo a rede de tubos, os depósitos de água devem situar-se próximos da UAN, pelo uso de água quente e frita simultaneamente, as tubulações devem ser bem isoladas para evitar a transmissão de calor entre os tubos. Obrigatório uso de água potável, sistema de abastecimento ligado a rede pública, obrigatório reservatórios de água com volume de pressão e temperatura adequados, identificação de pontos de água quente e fria para evitar acidentes. Estimativa média de 28 litros de água por refeição (20 L de água fria e 8 L de água quente). Instalações elétricas e consumo de energia: planejar diferentes fontes de energia como eletricidade, gás e vapor de caldeira. Equipamentos para UAN e fontes de energia. Equipamentos Fontes de energia Refrigeração (câmaras frigoríficas, balcões refrigerados, freezers, geladeiras, mesas frias, fabricadores de gelo) Energia elétrica Cocção em água (panelões, fogões) Vapor, gás, energia elétrica Cocção em óleo (fritadeiras, frigideiras, bifeteiras) Gás, energia elétrica Cocção seca (fornos convencionais, fornos de convecção, fornos combinados) Gás, energia elétrica Equipamentos de pré-preparo (fatiadores e picadores de carne, fatiadores de vegetais, descascadoresde tubérculos, batedeiras etc.) Energia elétrica Distribuição (balcões térmicos e refrigerados, pass through) Vapor, gás, energia elétrica Higienização (lavadora de louças) Vapor, energia elétrica Fonte: Pinheiro-Sant’Ana e cols. (2012) Energia Elétrica: depende das necessidades de iluminação artificial em períodos diurnos e noturnos, da variedade e quantidade de equipamentos necessários e número de refeições do maior turno. O levantamento de do consumo deve ser acrescido de uma margem de segurança para atender a futuras instalações. As tubulações devem ser embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma que permitam a higienização dos ambientes. A proteção e manutenção são fundamentais para evitar curto- circuito. Os plugues e tomadas devem ser identificados com a voltagem (110 e 220V), protegidas. Gás: Abastecimento convencional, utilizando cilindros com capacidade de 45 e 90kg, ou a granel, dispensando a utilização e movimentação de cilindros e usando tanques de grande capacidade. O consumo depende do número de turnos, total de refeições e tipos de equipamentos a gás. AMBIÊNCIA Conjunto de elementos que condicionam as atividades administrativas e operacionais e determinam, em grande parte, a qualidade e quantidade do trabalho produzido. Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy Principais fatores: iluminação, cores, ventilação, temperatura, umidade relativa, acústica, ruídos e odores, relacionados diretamente à edificação e instalação da UAN. Fatores secundários: relações humanas, remuneração, estabilidade e apoio social. 1. Iluminação: garantir a higienização adequada do ambiente, equipamentos e utensílios; garantir que as matérias-primas sejam inspecionadas, tanto na recepção, quando durante a produção de refeições; evitar distorção de cores nos alimentos; garantir conforto físico e mental dos operadores; reduzir erros e acidentes de trabalho; reduzir a fadiga física e visual; aumentar a percepção e atenção, melhorando o desempenho intelectual; garantir conforto visual pela eliminação de reflexos e ofuscamentos; garantir o desenvolvimento do interesse pelas tarefas que são realizadas, criando elementos motivacionais; possibilitar que indivíduos portadores de deficiências visuais possam realizar um trabalho mais seguro. Iluminação Natural: apresenta vantagens em relação ao uso de luz artificial por motivos econômicos, climáticos e de sáude; a luz natural proporciona mais conforto ao olho humano, é gratuita e não tem custo de manutenção, não produz tanto calor como a luz artificial . Janelas com área suficiente com a 10 a 15% da área do setor, uso de claraboias no teto, facilitando também a ventilação natural, como a abertura em dente de serra. Iluminação Artificial: luminárias protegidas contra queda e explosão com superfície lisa para facilitar limpeza. Projeto luminotécnico: Iluminação geral: distribuição equitativa das luminárias. Para setores de pré-preparo e cocção da UAN. Iluminação Localizada: concentração das luminárias em locais de principal interesse. Útil para o setor de seleção e higienização de grãos. Iluminação de tarefa: posicionamento das luminárias perto da tarefa visual e do plano de trabalho, iluminando uma área reduzida. Pode ser utilizada em balcões de distribuição de alimentos. Níveis de iluminação recomendados para diferentes setores de uma UAN Setores Lux/m2 Inspeção de matérias- primas 540 Setores de estocagem 200 Setores de pré-preparo e preparo 400 Setor de cocção 400 Setores de higienização 400 Setores de distribuição 400 Salão de refeições 200 Setores administrativos (planejamento, supervisão técnica, chefia, secretaria, contabilidade e outros). 400 Sanitários e vestiários 100 Circulação 100 Fonte: Adaptado de Silva Filho (1996). CORES Em uma UAN, o uso adequado das cores melhora o conforto, quando aliado à temperatura, iluminação e ventilação adequadas, e representa uma contribuição importante na segurança e bem-estar dos funcionários e clientes. Promover a sensação de conforto; Reduzir a fadiga visual; Melhorar a qualidade do trabalho e a produtividade; Reduzir o índice de acidentes. Cores são indicadas para locais de trabalho para prevenir acidentes: Vermelho: distinguir e identificar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio, estando também atuante na área de alarme, hidrantes, extintores de incêndio e portas de saída de emergência. Amarelo: indicar cuidado e atenção sendo comum em parapeitos, corrimões e portas baixas das escadas. Verde: indica segurança, sendo usada em caixas de equipamentos de socorro de urgência, quadro de avisos e exposição de cartazes. Branco: empregada me bebedouros, áreas de armazenagem e zonas de segurança. Fonte: Pinheiro Sant’Ana (2012) Índice de Reflexão Cores mais claras tem mais capacidade de refletir a luz e as mais escuras diminuem a reflexão, portanto, a escolha pode modificar a intensidade de iluminação dos ambientes. Devem ser avaliados efeito psicológico, decorativo e as propriedades de reflexão luminosa das cores. Cores com índice de reflexão da luz elevado possibilitam obter até o dobro do nível de Local de trabalho UAN Cores recomendadas Canalizações a vapor Branco Canalização água fria Verde Canalização água quente Laranja Canalização de gás alumínico Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy iluminação, sem aumentar a potência das lâmpadas ou o tamanho das janelas. Cores com maior intensidade de luz como o branco, podem provocar sensação de ofuscamento e maior cansaço ao longo do dia e dos anos de atividade. As cores quentes, neutras e frias interferem diretamente na ambientação e no estímulo das atividades humanas. Para atividades laborativas, as cores neutras e frias são as mais recomendadas. Para atividades não laborativas, as quentes são mais acolhedoras e levam ao relaxamento, intimidade e descanso. Fonte: Pinheiro Sant’Ana (2012) VENTILAÇÃO Deve ser adequada para proporcionar a renovação do ar, remover o ar viciado, garantir o conforto térmico e manter o ambiente livre de fungos, gases, gordura e condensação de vapores. De preferência natural por meio de aberturas nas paredes e na cobertura. As aberturas devem ser de 10 a 15% da área do setor sendo que para o salão de refeições devem ser maiores. A ventilação artificial pode ser feita por condicionadores de ar, exaustores, circuladores de ar e ventiladores. Na áreas de preparo deve ser ar insuflado e controlado por meio de filtros ou de exaustão com equipamentos devidamente dimensionados. Ventiladores e circuladores não são permitidos em áreas de manipulação ou sobre os alimentos. TEMPERATURA Temperaturas elevadas podem causar sensação de confinamento, prostração, dor de cabeça, mal- estar, tontura, vômitos, náuseas, redução da produtividade e qualidade do trabalho. Temperaturas baixas podem ocasionar redução da capacidade motora, movimentos lerdos, redução da sensibilidade tátil, alucinações e inconsistência. Limite máximo de 26,7°C. O conforto térmico pode ser alcançado por aberturas nas paredes que permitam a circulação natural do ar com área em torno de 10 a 15% da do setor. Faixa compatível com as atividades da UAN entre 22°C a 26°C. Umidade relativa do ar de 50 a 60%. Pé direito elevado ajuda a diminuir o calor (4 a 5 metros – mínimo de 3,5m). EXAUSTÃO A segurança, o conforto e a higiene em uma UAN dependem de um bom sistema de exaustão, visto que a gordura oxidada e materiais condensados, especialmente no setor de cocção dos alimentos, impregnam pisos, paredes, tetos e equipamentos. Um bom sistema de exaustão auxilia na extração da gordura (principal agente poluidor do ambiente, levando ao risco de incêndio e foco de multiplicação de bactérias e fungos), vapor, gases, fumaça, calor e odores. Elementos do sistema de exaustão: Coifa ou Captador (capta os elementos poluentes gerados pelos equipamentos, devendo ser instalados acima da fonte poluidora, entre1,8 e 2 m do piso. Podem ser dotados ou não de filtros e/ou luminárias. Filtros: instalados dentro da coifa. Podem ser de tela expandida (placas modulares e com várias telas. O ar impregnado de gordura é comprimido ao passar pelas aberturas), inercial (placas modulares montadas dentro da coifa, onde o ar é comprimido pelas estreitas aberturas, aumentando sua velocidade e criando uma força centrífuga), carvão ativado (filtros próprios para eliminação de odores, exigindo uma filtração preliminar). Damper corta-fogo: elemento que por meio de paletas reguláveis, controla a vazão de ar na saída das coifas e pode ser fechado para extinguir o fogo por abafamento em caso de incêndio. Dutos: elementos condutores dos poluentes do ambiente interno para o externo. Feito em módulos devendo possuir aberturas para limpeza e manutenção. Pode ser individual ou centralizado e deve ter a renovação do ar em aproximadamente 20 vezes por hora. O sistema pode ser convencional (sem tratamento dos poluentes) e com tratamento de poluentes. O mais usado em UAN é o convencional. Todos os equipamentos deverão ter coifas com comprimento e largura suficiente para cobrir os equipamentos, além de 15 cm aproximadamente Ambiente Reflexão da luz Tetos 85 a 100% Paredes 50 a 60% Pisos 30 a 45% Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy nos lados livres e altura do 1,8m do piso, quando for coifa de teto. Proibida a instalação de tomadas elétricas de fritadeiras e similares nas proximidades do fluxo de ar (espaço entre a fritadeira e a coifa). RUÍDOS E ACÚSTICA Nas UAN há uma grande produção de ruídos em razão da variedade e quantidade de equipamentos e sistemas de exaustão em funcionamento, manipulação de utensílios, processos de higienização e ressonâncias nas superfícies metálicas. Um ambiente de trabalho com excesso de ruídos e sons discordantes e irritantes causa fadiga e irritação nos funcionários, levando à interferência na execução das atividades, redução da produtividade e da equidade do trabalho. Ruído ideal deve ficar entre 45 a 55 dB não ultrapassando os 70 dB. Medidas para controle de ruídos: construções de setores de higienização com paredes integrais e portas que mantenham-se fechadas. Sistemas de exaustão com controle de ruídos. Rodízios de borracha para os carros. Não utilizar formatos circulares na configuração da cozinha. PÉ DIRETO Deve ser entre 4 e 5 metros, sendo aceitável, no mínimo 3,5 m. PORTAS E JANELAS Material de aço inox para câmaras frigoríficas e esquadrias de alumínio e vidro liso e transparente pra os demais setores. TETOS, PAREDES E PISOS Evitar o uso de forro falso para que não se proliferem insetos e outros animais. Para o teto sugere-se a utilização de areia lavada e de cal para o reboco; para a base selador acrílico pigmentado com acabamento em tinta acrílica. Para os demais setores, o teto poderá ser pintado com tinta acrílica superlavável. Paredes com revestimento mínimo de 2 metros de altura mas se possível, revestimento integral. DIMENSIONAMENTO DOS SETORES A separação física dos setores por meio de parede integral, meia parede ou divisórias é necessária para delimitar as áreas dentro de um mesmo setor. Divisão das áreas (segundo Silva Filho) – 40% da área para produção, 20% para armazenamento e 40% para atendimento ao cliente. Passos – hospitais com até 60 leitos deve usar o índice de 1m2 por leito para a área total. De 61 a 150 leitos deve usar de 0,75 a 0,90m2. Acima de 150 leitos deve-se ter um estudo especial. RDC 50/2002 Até 200 refeições por turno deve ser 0,45m2 por refeição. De 201 a 400 refeições por turno deve ser 0,3m2 por refeição. De 401 a 800 refeições por turno deve ser 0,18m2 por refeição. Acima de 800 refeições por turno deve ser 0,16m2 por refeição. Área de recepção e guarda de carros no mínimo de 3 m2 mas pode ser alocada dentro de outro setor. Distribuição centralizada – um balcão de distribuição no mínimo. Distribuição descentralizada – deve ter uma copa para cada 30 leitos. Copas para distribuição de fórmulas e dietas enterais com 2,6m2 e dimensão mínima de 1,15m em número suficiente para atender cada setor. Salão de refeições – 1m2 por cliente. INDICES PARA CÁLCULO POR SETOR Se aplicam à UAN com total de refeições (TR) diárias ou capacidade máxima de atendimento (CMA) entre 2.000 e 5.000 refeições. Para redução de 200 refeições em relação a 2.000 no TR ou na CMA, deve-se aumentar o índice em 10% ou acrescentar 10% na área calculada. UAN com cardápio popular: Setor: pré-preparo de frutas e hortaliças (índice 0,015 a 0,02 m2 x CMA) CMA: 1.500 refeições Área calculada: 0,015 x 1.500 = 22,5m2 Se para redução de 200 refeições acrescentam-se 10% na área calculada, para redução de 500 refeições acrescentam-se 25%. Área final calculada: 22,5 + 25% = 28,12m2 Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy Para cada aumento de 500 refeições acima de 2.500 no TR ou na CMA, deve-se reduzir o índice de 2% na área calculada ou reduzir 2% na área calculada, sendo que a redução máxima deve ser de 30%, independentemente do número de refeições. SETORES DE RECEPÇÃO, ESTOCAGEM E APOIO/EXPEDIÇÃO DE REFEIÇÕES TRANSPORTADAS E LIXO Plataforma de recepção de matérias-primas: 0,0045 a 0,005 x TR. Largura mínima da plataforma deve ser de 3 metros. Se houver necessidade de plataforma de recebimento, área mínima de 9m2. Plataforma de recepção de matérias-primas; expedição de refeições transportadas e expedição de lixo: 0,0055 a 0,006m2 x TR. Área mínima de 9m2. Setor de inspeção: 0,01 a 0,015 m2 x TR. Higienização de recipientes e estrados: 0,004 a 0,006 m2 x TR. Armazenamento de recipientes e estrados: 0,008 a 0,01 m2 x TR. Pré-higienização de vegetais: 0,005 a 0,008 m2 x TR. Armazenagem seca (alimentos pouco perecíveis): 0,04 a 0,06 m2 x TR (no caso de abastecimento mensal). Abastecimento quinzenal, deve-se considerar 60 a 65% da área obtida no cálculo. Entrega semanal considerar 35 a 40%. Depósito diário: 0,005 m2 x CMA. Material de limpeza: 0,005 a 0,006 m2 x TR (entrega de compra mensal); 60% da área obtida (entrega quinzenal); 35% a 40% da área obtida (entrega semanal). Armazenamento de materiais de limpeza em uso: 3 a 6 m2. Material descartável: 0,006 a 0,008m2 x TR (entrega de compra mensal); 60% a 65% da área obtida (entrega quinzenal); 35 a 40% da área obtida (entrega semanal). Armazenamento de materiais para eventos: 9 a 20 m2. Armazenamento de utensílios de reserva: 6 a 20m2. Lixo seco: 0,005m2 x TR. Câmaras frias (área total): 0,04 a 0,06m2 x TR. Deve ser feita a distribuição de acordo com o tipo de alimento. Câmaras para vegetais (hortaliças e frutas): 25% da área calculada com o índice da armazenagem fria. Câmaras para carnes (carnes resfriadas, descongelamento de carnes e carnes pré- preparadas): 20 a 30% da área calculada para armazenagem fria. Câmara de laticínios e ovos: 15% da área calculada para armazenagem fria. Câmara para alimentos pré-preparados e preparados: 15% da área calculada para armazenagem fria. Câmara pra congelados: 10 a 15% da área calculada para armazenagem fria. Antecâmara: 8 a 12% da área calculada para armazenagem fria. Área para compressores e condensadores: prever 3m2 para cada câmara fria ou antecâmara. Câmara fria para lixo: 0,005m2 x CMA. Geladeiras e freezers: 0,015 a 0,02 m2 x TR. SETORES DE PRÉ-PREPARO Calculado com base na CMA apenas quando houver coincidência de preparações de mais de um tipo de refeição, sendo preparadas em um mesmo turno no setor a ser dimensionado. Caso contrário, deve-se utilizar o tipo de refeição de maior demanda, que gere o maior número da ser servido (Ref>nº) e que tenha previsão de utilização no setor (almoço, jantar ou ceia). Pré-preparo de carnes: 0,01 a 0,015 m2 x Ref>nº x CMA. Pré-preparo de vegetais (frutas e hortaliças): 0,015 a 0,02 m2 x CMA ou Ref>nº. Pré-preparo e preparo de massas e guarnições:0,015 a 0,02 m2 x CMA ou Ref>nº. Pré-preparo de grãos (arroz e feijão): 0,008 a 0,010 m2 x CMA ou Ref>nº. Preparo de sobremesas e lanches: 0,008 a 0,010 m2 x CMA ou Ref>nº. Preparo de lanches (quando separado): 0,035 m2 (UAN pequeno ou médio porte) e 0,015 (UAN UAN com cardápio médio: Setor: pré-preparo de frutas e hortaliças (índice 0,015 a 0,02 m2 x CMA) CMA: 3.500 refeições Área calculada: 0,017 x 3.500 = 59,5m2 Para cada aumento de 500 refeições acima de 2.500 por dia, propõe-se uma redução de 2% na área calculada. Portanto, neste exemplo, para um aumento de 1.000 refeições reduzir-se-ão 4% na área calculada. Área final calculada: 59,5 - 4% = 57,12m2 Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy de grande ou extraporte) x maior número de lanches. SETORES DE COCÇÃO Cocção geral de coletividades sadias: 0,06 a 0,08 m2 x CMA ou Ref>nº. Cocção geral de hospitais: 0,04 x 0,06 m2 a CMA ou Ref>nº. Cocção dietética ou de dietas (hospitais): 0,03 a 0,04 m2 x CMA ou Ref>nº. Cozinha Experimental: cerca de 20 a 40 m2. Área de armazenamento de gás: 0,005 a 0,006 m2 x TR SETORES DE DISTRIBUIÇÃO Considera-se o tipo de sistema de distribuição, as dimensões dos equipamentos necessários, o horário disponível para distribuição e o tipo de fluxo da clientela (homogêneo ou heterogêneo) A indicação das áreas depende de cada conjunto de sistemas de distribuição. Balcão de distribuição em linha: 32 a 48m2 para cada conjunto de balcões Balcão completo: alimentos quentes, frios, bebidas, utensílios, retaguarda de apoio, com comprimento de 8 a 12 metros e largura de 4 metros. Autosserviço: 48 a 56m2 para cada conjunto de balcão. Distribuição em “ilhas”: 60 a 80 m2 para cada ilha completa (preparações quentes, frias e apoio à distribuição). Esteira rolante: cerca de 30 a 40 m2 por esteira com 6 a 8 metros e 5m de largura. SALÃO DE REFEIÇÕES Considera-se análise cuidadosa do horário disponível para a distribuição e do tipo de fluxo da clientela (homogêneo ou heterogêneo); área ocupada pelos móveis (mesas e cadeiras) somada à área de circulação. Indice de Rotatividade – número de vezes que um mesmo assento é usado por diferentes clientes durante o período de distribuição de uma mesma refeição. IR = período disponível para distribuição / tempo médio gasto pelo cliente para fazer sua refeição (min). Número de assentos necessários: número de refeições (horário de maior demanda), calcular o IR e dividir o número de refeições (maior demanda de clientes / minuto) pelo IR). Área do salão: Por meio de fórmula geral com número de assentos e a área ocupada por cada assento ou por meio da área ocupada por mesas e cadeiras. Fonte: Pinheiro Sant’Ana (2012). SETORES DE HIGIENIZAÇÃO Higienização de utensílios: 0,007 m2 x CMA ou Ref>nº. Copa de lavagem: 0,0245 (bandeja estampada) a 0,035m2 (bandeja lisa) x Ref>nº. Se houver pratos e travessinhas será 0,05 a 0,06m2 x CMA ou Ref>nº. Lavanderia: 15 a 50 m2. Higienização de recipientes de lixo: 0,003 a 0,05m2 x CMA. SETOR DE PESSOAL Portaria: 5 a 9 m2. Chefia da UAN: 12 a 20 m2. Planejamento e supervisão técnica (nutricionistas): 7 a 12 m2 por pessoa. SETOR DE RECEPÇÃO, ESTOCAGEM E PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES Armazenamento: suporte de inox com perfurações, com elevação de 10 a 20 cm do piso. Canaletas com escoamento e desnível de 3% no piso em relação às mesmas e pontos de água quente e fria. Categoria da UAN Área por assento Regular 1,5m2 Médio 1,8 m2 Luxo 2,5 m2 Exemplo: UAN com 2.000 ref/dia e 1 hora para distribuir. Qual IR? 2.000/ 60 min = 33 minutos IR = 120 min / 33 min = 3,63 ~= 4 Exemplo: UAN com 3.000 IR = 4 IR = 3.000 / 4 = 750 assentos. Área do salão = número de assentos necessários x área ocupada por assento (incluindo espaços de circulação) Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy Estocagem seca: temperatura não superior a 26ºC. Estantes: afastadas da parede em torno de 10 cm, a 25 cm do piso e profundidade não superiores a 45 cm. Estrados para sacarias: 10 a 12 cm do piso. Estocagem fria: antecâmara; câmara para carnes resfriadas e descongelamento e carnes pré- preparadas; câmaras para hortaliças e frutas; laticínios e ovos; alimentos preparados e pré- preparados e congelados. Estrados a 25 cm do piso e 60 cm do teto. Alimentos Temperatura requerida Carnes resfriadas, descongelamento de carnes e carnes pré- preparadas -2°C a 2°C Laticínios e ovos 4°C a 6°C Frutas e hortaliças 6°C a 8°C Alimentos preparados e pré-preparados 2°C a 4°C Congelados -18°C ou temperatura inferior Fonte: Adaptado de Teixeira e cols.(2004) Pré-preparo de carnes, aves e pescados: climatizados entre 12°C e 18°C. Bancadas de 85 a 90 cm de altura. Paredes de alvenaria até 1 a 1,2 metros e o restante de vidro. FORÇAS ARMADAS – DISTRIBUIÇÃO Módulo de alimentação a pontos remotos (MAPRE): aprovado pela portaria normativa 219 do ministério da defesa de 12/2/10 menciona o fluxo de produção, questões nutricionais e o planejamento de cardápios. LACTÁRIO Importante considerar o número de crianças ou leitos, o número e volume de mamadas, os tipos de fórmulas lácteas e complementos hídricos e o tipo de esterilização a ser utilizada (manual ou por autoclavagem). Recomendações (RDC 50/2002) Importante a existência de área limpa e suja. Hospitais com até 15 leitos pediátricos: área mínima de 15m2 com distinção de área limpa e suja e acesso independente à área limpa feito por meio de vestiário de barreira. Hospitais com mais de 15 leitos: sala com área de recepção e lavagem de mamadeiras com no mínimo 8m2 e área de desinfecção de 4m2. Sala com área de preparo e envase de fórmulas de no mínimo 7m2 e área de estocagem e distribuição de no mínimo 5m2. Área para esterilização terminal com mínimo de 1m2. Pode ser contemplada na área de preparo. Obrigatória área de apoio ao lactário como depósito de material de limpeza e vestiário. Material de limpeza deve ficar fora do lactário podendo ser compartilhado com outra área. Comunicação entre sala de vestiário e sala de preparo deve ser o vestiário de barreira. Ligação da sala de limpeza com preparo somente através de guichê ou auto-clave dupla porta. Materiais de acabemento que deixem as superfícies monolíticas com menor número de frestas. Não possuir índice de absorção de água superior a 4%, bem como, o rejunte. A sala de preparo não deve conter ralos. Na sala de limpeza e vestiário ralos devem ser sifonados. Sala de preparo deve ser climatizada. Montagem da sala de recepção, lavagem e desinfecção de mamadeiras deve prever a instalação de bancadas em inox de comprimento 0,7m de largura e 0,9 m de altura com cubas de 0,6x 0,6x 0,45m, para lavagem das mamadeiras. Lavatório para as mãos exclusivo. Sala de preparo, esterilização e distribuição bancada em inox com comprimento variável, de 0,7m de largura e 0,9 m de altura. Outras recomendações (Gobbo & Maculevicius): Até 200 fórmulas: as atividades podem ser efetuadas numa área comum, desde que as atividades de higienização e preparo sejam realizadas em diferentes horários. De 200 a 600 fórmulas: Antessala (vestiário, escritório, armazenamento de gêneros). Preparo (preparação, armazenamento, aquecimento e distribuição). Recepção e higienização. Acima de 600 fórmulas: vestiário e higienização pessoal. Escritório, armazenamento de matéria- prima, recepção e higienização, preparo, armazenamento, aquecimento e distribuição. Dimensionamento: 0,07 a 0,09m2 x nº de fórmulas diárias. Segundo Mezomo: Antessala: 20% Preparo: 50% Limpeza: 30% Localização: maior afastamento das áreas infectocontagiosas (centro cirúrgico, isolamento e lavanderias) e das áreas de circulação; proximidade da pediatria e proximidade da área de armazenamento da UAN. Administração de Serviços de Alimentação Por Tânia Muzy BANCO DE LEITE HUMANO Sala para recepção, registro e triagem das doadoras, com área mínima de 7,5m2. Área deestocagem do leite cru coletado, com área mínima de 4,0m2 (me BLH com produção de até 60L/mês). Estocagem na sala de processamento se houver geladeira ou freezer específicos. Área de recepção de coleta externa com área mínima de 4m2 (opcional). Área de arquivo para doadoras. Vestiário de barreira: 3m2. Sala pra ordenha: 1,5m2 por cadeira de coleta. Sala de processamento, com área mínima de 15 m2, onde são realizadas as atividades de degelo, seleção, classificação, reenvase, pasteurização, estocagem e distribuição. Laboratório de controle microbiológico com área mínima de 6m2, podendo estar nas dependências do BLH ou em outro setor. Sala de porcionamento, com área mínima de 4m2. Sala para lactentes e acompanhantes, com área mínima de 4,4m2 (opcional). Sanitários com área mínima de 3,2m2 e dimensão mínima de 1,6m; sanitário para deficientes, depósito de material de limpeza (DML) com área mínima de 2 m2 e dimensão mínima de 1 metro equipado com tanque. O DML pode ser substituído por um carrinho de limpeza desde que haja uma área específica.
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