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1. Qual a definição de lumpectomia, mastectomia simples, mastectomia regional, mastectomia unilateral e mastectomia bilateral? Lumpectomia: É a remoção do tumor preservando o tecido mamário ao redor. Normalmente usa a nodulectomia quando o tumor é pequeno, encapsulado e não invasivo, o qual necessita um mínimo de dissecação cirúrgica para a sua remoção; Mastectomia simples: É a remoção da glândula mamária inteira que contém o tumor; Mastectomia parcial: É a remoção do tumor junto com uma porção de tecido mamário, que normalmente está indicada para os tumores de tamanho pequeno a moderado (ao redor de dois centímetros de diâmetro), e que ocupe somente parte de uma única glândula; Mastectomia regional: É a remoção de um grupo de glândulas mamárias dependendo de quais glândulas apresentam os tumores; Mastectomia unilateral completa (mastectomia radical): Remoção de todas as glândulas mamárias ipsilaterais (cadeia mamária), inclusive com os tecidos conectivos e linfonodos regionais; Mastectomia bilateral completa simultânea (mastectomia radical bilateral): É a remoção completa de ambas cadeias mamárias, dos tecidos conectivo s e linfonodos regionais. Normalmente utilizada em cães que apresentam grande quantidade de pele. ex.: Fila Brasileiro, Chow-Chow, Cocker, etc. 2. Qual a porcentagem dos tumores que são malignos em cães? E em gatos? As neoplasias mamárias correspondem a cerca de 50% dos tumores em cadelas e é o terceiro tipo de tumor encontrado em gatas. Nos cães, cerca de 50% dos tumores mamários são malignos e desses, ao redor de 90% são carcinomas. Nos gatos, prevalece também o carcinoma, mas em uma taxa muito superior, acima de 80%. 3. Quais os locais de metástase mais comuns que os tumores mamários malignos causam? Recidivas e metástases são esperadas na maioria das neoplasmas mamárias malignos. Metástases são mais frequentemente observadas em linfonodos regionais (axilares e inguinais) e em localizações distantes como outros linfonodos, pulmões, coração, baço, adrenais e encéfalo. A metástase torácica ocorre em 25% a 50% dos cães com tumores mamários malignos no momento do diagnóstico. 4. Como as neoplasias mamárias podem ser evitadas? A ovariohisterectomia é o melhor meio para a prevenção da patologia, pode diminuir muito a possibilidade do desenvolvimento da doença, principalmente quando realizada antes do primeiro cio (diminui em até 99%). O risco de desenvolvimento de neoplasia mamária é muito maior em cadelas não castradas. A incidência de tumores mamários em animais castrados antes do primeiro cio é de 0,5%. Já em cadelas castradas após o primeiro cio, o índice aumenta para 8%. E após dois ou mais ciclos, chega a 26%. Gatas ovariectomizadas antes dos seis meses de idade apresentam um risco de 91%, e aquelas ovariectomizadas entre seis e 12 meses apresentam um risco de desenvolvimento de carcinomas mamários de 86% quando comparadas com gatas inteiras. No geral, os cães e gatos sexualmente intactos têm sete vezes mais chances de desenvolver tumores mamários se comparados com os animais castrados. 5. Quais tipos de tumores mamários são mais encontrados? A maioria dos tumores mamários caninos malignos é de carcinomas; entretanto, sarcomas (menos que 5%) e carcinossarcomas (tumores malignos mistos) também ocorrem. Os sarcomas formam metástases mais prontamente do que os carcinomas. A maioria dos tumores mamários felinos é de adenocarcinomas (aproximadamente 90%); entretanto, outros tipos de carcinomas e sarcomas ocorrem ocasionalmente. 6. Qual tipo de tumor não pode ser tratado com a extirpação cirúrgica? A excisão é o tratamento de escolha para todos os tumores mamários, exceto para os carcinomas inflamatórios. Os carcinomas inflamatórios são extremamente agressivos e a cirurgia não tem valor no controle ou paliação da doença. 7. Quais exames de imagem podem ser pedidos e para que eles são pedidos? Radiografias torácicas: (três posições) devem ser avaliadas para metástase pulmonar. A metástase torácica ocorre em 25% a 50% dos cães com tumores mamários malignos no momento do diagnóstico. Fluido pleural pode estar presente em gatos com doença metastática pulmonar. Radiografias abdominais: devem ser avaliadas para o aumento do linfonodo ilíaco em tumores caudais. Ultrassonografia abdominal: pode detectar a metástase abdominal. TC e RM podem facilitar a avaliação de tumores invasivos e metástases. 8. Quais são os diagnósticos diferenciais do tumor de mama? Deve-se realizar o diagnóstico diferencial para hipertrofia mamária, mastite, granuloma, ectasia de ductos, tumores de pele ou corpos estranhos (p. ex., projéteis de chumbinho). A hipertrofia mamária a partir da estimulação de progesterona endógena ou exógena comumente ocorre em gatas fêmeas inteiras e jovens, duas a quatro semanas após o estro (quando os níveis de progesterona estão elevados). A hipertrofia geralmente pode ser excluída com base no histórico e nos achados citológicos. A mastite ocorre após o estro, parto ou gestação falsa; geralmente o edema é mais localizado do que no carcinoma inflamatório. 9. Quais são as possíveis complicações pós-cirurgicas? As complicações incluem dores, inflamação, hemorragia, formação de seroma, infecção, isquemia, necrose, automutilação, deiscência, edema dos membros traseiros e reincidência do tumor. Em cães, a reincidência local ocorre em dois anos e varia de 20% a 73%. 10. Quais são os fatores prognóstico significativo para o tumor de mama? Fatores prognósticos significativos em cães: • Tipo histológico e características imuno-histoquímicas • Grau de invasão • Grau de diferenciação nuclear e ploidia de DNA • Evidência de reatividade celular linfoide • Tamanho do tumor • Acometimento do linfonodo • Atividade de receptores hormonais • Presença de ulceração • Fixação • Taxa de Fase S DNA, Ácido desoxirribonucleico. Os fatores prognóstico significativos em gatos: são o tamanho do tumor, a extensão da cirurgia e a graduação histológica. O risco de doença metastática aumenta e o tempo de sobrevida diminui com o aumento do tumor primário.
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