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CASO CONCRETO 12 - PRÁTICA SIMULADA II

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AO DOUTO JUÍZO DA 99ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE TERESINA/PI 
Processo nº 
RESTAURANTE AMARGO Ltda., já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com RENATO, também qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado adiante assinado, com fulcro no art. 900 da CLT, oferecer: 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO
para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região. 
Diante do exposto, requer o recebimento das contrarrazões apresentadas e sua posterior remessa ao E. Tribunal Regional do Trabalho. 
Nestes termos, pede deferimento.
Teresina, 03 de junho de 2020.
Advogado
OAB/UF nº
AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 22ª REGIÃO 
Processo nº: 
Recorrente: Renato 
Recorrido(a): Restaurante Amargo Ltda. 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO
Em que pese os fundamentos apresentados nas razões do recurso apresentado, o mesmo não deve ser provido e a sentença deve ser mantida conforme os fundamentos abaixo. 
I - DA PRELIMINAR DE MÉRITO 
I.I – DA INTEMPESTIVIDADE E DESERÇÃO 
Somente 15 dias após haver sido notificado da decisão de improcedência dos pedidos, o recorrente interpôs o presente recurso e o fez sem juntar o comprovante de recolhimento das custas processuais, fixadas em R$ 500,00 (quinhentos reais). O prazo para interposição do recurso ordinário no Processo do trabalho é de 8 dias, nos termos do art. 895, I, da CLT. Uma vez que o recurso foi interposto apenas no 15º dia após a notificação da decisão é intempestivo, razão pela qual não merece ser conhecido. 
Outrossim, o art. 789, II e § 1º, da CLT estabelece que no caso de total improcedência dos pedidos, o recorrente deve recolher 2% sobre o valor da causa, o que nesse caso corresponde a R$ 500,00 (quinhentos reais), no prazo do recurso. Como o mesmo não juntou qualquer documento, nota-se que não houve recolhimento de custas processuais, sendo, portanto, o recurso deserto. 
Diante do exposto, requer o não recebimento do presente recurso por ausência dos pressupostos de admissibilidade, tempestividade e/ou deserção. 
I.II – DO CERCEAMENTO DE DEFESA 
Na audiência, o recorrido requereu a oitiva de uma testemunha, a qual foi indeferida pelo juiz, gerando o inconformismo da parte ré, registrado em ata de audiência. 
O indeferimento injustificado da oitiva da testemunha do recorrido cerceou o seu direito de defesa e, portanto, violou o art. 5º, LV, da CF: 
“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;” 
Diante o exposto, caso ocorra o acolhimento do recurso, requer que seja declarada a sua nulidade e o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem para que seja reaberta a instrução e ouvida a testemunha. 
II - DO MÉRITO 
II.I – DAS DIFERENÇAS SALARIAIS – PISO SALARIAL 
O recorrente postula a reforma da sentença de improcedência quanto ao pedido de diferenças salariais decorrentes da aplicação do piso salarial estipulado para os funcionários em bares e restaurantes, conforme a convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e restaurantes com o sindicato dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes, ambos do estado do Piauí. 
A sentença deve ser mantida, pois o autor, como motorista, é de categoria diferenciada, logo não é aplicável a ele a convenção coletiva firmada pelo sindicato dos bares e restaurantes com o sindicado dos garçons e ajudantes em bares e restaurantes. Nos moldes do art. 511, § 3º, da CLT, categoria profissional diferenciada é a composta por empregados que exerça profissões ou funções diferenciadas, por força do estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singular, como é o caso do recorrente, sendo indevido o pleito de diferenças salariais baseado na norma coletiva mencionada. 
Diante o exposto, requer que seja mantida a sentença quanto ao pedido em questão. 
II.II – DAS HORAS IN ITINERE 
O recorrente postula a reforma da sentença de improcedência quanto ao pedido de pagamento extraordinário pelo tempo de duração da viagem de ida e volta a o trabalho, pois ficava com o carro da empresa que dirigia e que ficava sob sua guarda. Alegou que de sua residência para a localidade de trabalho havia apenas três linhas diretas de ônibus com tarifa modal em cada horário, sendo o transporte insuficiente. 
A sentença merece ser mantida, com fulcro no art. 458, § 2°, CLT, pois o tempo despendido pelo empregado para ir e voltar da sua residência ao trabalho não será computado como hora de trabalho. 
Diante do exposto, requer que seja mantida a sentença de improcedência do pedido pois não há mais do que se falar de horas in itinere atualmente. 
II.III – DO SALÁRIO IN NATURA 
O recorrente postula a reforma da sentença de improcedência quanto ao pedido de salário in natura pelo uso de veículo do empregador, o qual ficava com ele ao longo da semana útil, devendo deixá-lo na garagem do empregador durante o fim de semana de folga, bem como nas férias. 
A sentença merece ser mantida, pois, conforme o art. 458, caput e inciso III, da CLT, assim como súmula 367 do TST, o autor não usa o veículo para fins privados, mas apenas para o trabalho, não tendo, portanto, caráter contraprestacional. 
Diante do exposto, requer que a sentença de improcedência seja mantida quanto ao pedido de salário in natura. 
II.IV – DAS DIÁRIAS DE VIAGEM 
O recorrente postula a reforma da sentença de improcedência quanto ao pleito de integração de diárias para viagem, recebidas no valor de R$ 400,00 (quatrocentos reais) por cada viagem ocorrida, relatando que ao longo do contrato viajou a servido por três ocasiões, em três diferentes meses. 
A sentença merece ser mantida, pois, nos termos do art. 457, § 2º, da CLT, a verba não tem mais natureza salarial, segundo o novo entendimento da redação do artigo, somente para fins de reembolso de despesas. 
Diante do exposto, requer que seja mantida a sentença de improcedência do pedido de integração das diárias de viagem. 
II.V – DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
O recorrente postula a reforma da sentença que julgou improcedente o pleito de diferenças salariais de correntes de equiparação salarial com outro motorista, o qual inicialmente trabalhava como maitre, mas por fora de decisão do INSS, por limitação física, teve sua função alterada, quando percebia R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais. 
A sentença merece ser mantida, pois, à luz do art. 461, § 4º, da CLT, empregado readaptado não pode ser paradigma para fins de equiparação salarial. 
Diante do exposto, requer que a sentença de improcedência do pleito de diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial seja mantida. 
III - REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante do exposto, requer o acolhimento das preliminares, de modo: 
a) a não ser recebido o recurso do autor por deserção e intempestividade; 
b) caso seja dado provimento ao recurso, que seja declarada a nulidade da sentença e o retorno dos autos ao juízo “a quo”, em razão do cerceamento de defesa, uma vez não acolhidas as preliminares; 
c) requer, no mérito, que seja negado provimento ao recurso, sendo mantida a sentença. 
Nestes termos, pede deferimento.
Teresina, 03 de junho de 2020.
Advogado
OAB/UF nº