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APOL II PRIMEIRA TENTATIVA

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APOL II – PRIMEIRA TENTATIVA
Questão 1/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“Para Lijphart (1971), o método comparativo então se trataria do mais adequado no auxílio do avanço da capacidade de reflexão dos cientistas políticos, já que esses se colocariam em uma posição intermediária entre os dois objetos analisados. A justificativa do porquê comparar pode ser encontrada em diversos elementos da pesquisa e da dinâmica internacional. Lipset (1994, apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 154), por exemplo, trata sobre como conhecer somente o próprio país de origem, pode ser compreendido como conhecer país algum. A comparação serviria não somente como ferramenta de auxílio para essa problemática, mas também se apresentaria como um método adequado para as análises de políticas públicas”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O papel do modelo Análise Comparada.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações sobre a aplicação da análise comparada ao estudo da política externa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
 I. Um dos problemas do uso do método comparativo na Análise da Política Externa diz respeito ao número elevado de casos que precisam sem analisados, de modo que os processos de descrição e de sintetização da pesquisa acabam sendo prejudicados. 
II. A análise comparada fornece ferramentas para a observação de diferenças e comparações de sistemas, colaborando com a conformação de uma visão mais ampla sobre os processos da política externa.
III. Lijphart aponta dois aspectos que precisam ser melhorados dentro do método comparado: o alto número de variáveis e a pequena quantidade de casos.
IV. Em uma análise comparada não é possível estabelecer parâmetros de comparação entre qualquer tipo de caso, sendo assim, não há a necessidade de se estabelecer padrões comparativos. 
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
B	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
C	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
D	Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
Você acertou!
A resposta correta é aquela que indica que apenas as afirmações II e III estão corretas. A afirmação I está incorreta porque o método comparativo pode ser utilizado como uma forma de melhoria nos aspectos de descrição e sintetização do pesquisador sobre sua análise. Há também características estruturalistas nesse método, sendo que ele leva em consideração “particularidades e diferenças que muitas vezes são explicativas dos fenômenos que condicionam a gestão pública” (Pliscoff, Monje, 2003, p. 5). A afirmação II está correta porque o modelo de análise comparada cria caminho para a observação de diferenças e comparações de sistemas, auxiliando na criação de uma visão mais ampla sobre os processos semelhantes da política externa. O método comparativo então contribuiria para a produção de conhecimento ao ser uma ferramenta de auxílio na análise de futuras decisões a serem tomadas. A afirmação III está correta porque Lijphart (1971, p. 685-687) estabelece dois pontos centrais como sendo necessários de melhora: o alto número de variáveis e a pequena quantidade de casos. A afirmação IV está incorreta porque o pesquisador precisa prestar atenção em utilizar somente casos que podem ser analisados um a luz do outro, sem decidir por dois casos totalmente contrários e sem semelhanças visíveis. Em relação as variáveis, em caso de não ser possível avançar no número de casos comparados, deve se considerar a possibilidade de combinar mais variáveis para o auxílio da pesquisa.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O papel do modelo Análise Comparada.
E	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
Questão 2/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Um dos autores que trata dessas relações é Risse-Kappen (1995) que levanta algumas questões sobre como as comunidades epistêmicas e até mesmo Organizações Internacionais executam sua influência sobre os governos”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Papel das estruturas domésticas na Política Externa; 4.1: O processo de influência doméstica na definição da política externa.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, qual é a principal contribuição de Risse-Kappen para a Análise de Política Externa:
Nota: 10.0
A	Para Risse-Kappen, as relações internacionais devem ser analisadas como uma esfera de relacionamentos interestatais.
B	Para Risse-Kappen, as relações internacionais devem ser consideradas como o resultado das decisões tomadas pelas Organizações Internacionais.
C	Para Risse-Kappen, as relações interestatais devem ser consideradas como a soma das decisões individuais dos presidentes dos Estados.
D	Para Risse-Kappen, as relações interestatais devem ser analisadas como a soma das interações entre unidades políticas e territoriais.
E	Para Risse-Kappen, as relações interestatais devem ser analisadas como um conjunto de relações transnacionais.
Você acertou!
Indo contra uma visão totalmente estadocêntrica ou socialmente dominada (Risse-Kappen, 1995, p. 6), o autor sugere uma abordagem na qual as relações interestatais seriam analisadas em conjunto com as relações transnacionais. De acordo com Risse-Kappen, o grau de impacto dos atores transnacionais e coalizões sobre as políticas variam de acordo com dois pontos: as dicotomias nas estruturas domésticas e os graus de institucionalização internacional. A introdução de um ator transnacional dentro do campo doméstico dependeria do próprio Estado que decidiria se atores internacionais teriam, ou não, espaço dentro de seu país. A decisão estatal não estaria somente nesse trecho da discussão de Risse-Kappen.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Papel das estruturas domésticas na Política Externa; 4.1: O processo de influência doméstica na definição da política externa.
 
Questão 3/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“A aproximação entre Brasil e China começou a dar seus primeiros passos ainda na década de1960, período em que a China caminhava em rumo contrário às forças hegemônicas. O Brasil defendia sua aproximação da nação chinesa com a ideia de que “desacordos ideológicos não deveriam impedir que o país mantivesse relações com todos os povos” (Becard, 2011, p. 32). O governo Castello Branco decidiu por abortar essa tática e aproximar a política externa brasileira com as potências ocidentais, atrasando a aliança entre Brasil e China”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 6. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: Política Externa Chinesa para o Brasil.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações que versam sobre o histórico das relações entre Brasil e China, e depois assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. Em 1974, estabeleceu-se a aliança Brasil-China, apoiada em similaridades e princípios de política externa, respeito à autonomia e o interesse de cooperação Sul-Sul.
II. O início das relações entre os países apresentou um ritmo acelerado em decorrência da importância estratégica das importações chinesas para o mercado brasileiro.
III. A partir dos anos 2000 é possível observar que há um impulso nas relações China-Brasil, decorrente sobretudo da estratégia brasileira de expansão internacional política e econômica.
IV. Nos anos 2000 foi criada a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação como forma de regular as relações entre ambos os países.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
B	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.C	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
Você acertou!
A afirmação I está correta porque, em agosto de 1974, foi estabelecida a aliança Brasil-China, apoiada, de acordo com Oliveira(2004, p. 90), em similaridades e princípios de política externa, respeito à autonomia e o interesse de cooperação Sul-Sul. A afirmação II está incorreta porque o início da relação entre os países ainda foi lento, como mostra Becard (2011), tanto na questão de recursos para dar impulso à relação Sul-Sul quanto na questão de conhecimento mútuo entre ambos os países, e sua habilidade de sobre passar as barreiras físicas e culturais. Com o primeiro acordo comercial assinado em 1978, têm-se um impulso maior na relação entre ambos os países. Ainda assim, a década de 1970 ainda não foi tão marcante para os países, servindo como forma de dar um pontapé inicial. A afirmação III está correta porque a relação Brasil-China foi fortalecida no início dos anos 2000 com o novo governo, vendo por meio dessa parceria diversas oportunidades econômicas para o Brasil. A relação com a China também representaria parte da estratégia brasileira de se expandir internacionalmente tanto no campo político quanto econômico (2004, p.90). A afirmação IV está correta porque ainda no mesmo período, organismos bilaterais como a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação foram criados como forma de regular as relações entre ambos os países e evitar quaisquer tipos de mal-entendido que poderiam vir do avanço do desenvolvimento chinês.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 6. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: Política Externa Chinesa para o Brasil.
D	Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
E	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
Questão 4/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“Nesta altura da história, no declínio do século XX e limiar do XXI, as ciências sociais se defrontam com um desafio epistemológico novo. O seu objeto transforma-se de modo visível, em amplas proporções e, sob certos aspectos, espetacularmente. Pela primeira vez, são desafiadas a pensar o mundo como uma sociedade global. As relações, os processos e as estruturas econômicas, políticas, demográficas, geográficas, históricas, culturais e sociais, que se desenvolvem em escala mundial, adquirem preeminência sobre as relações, processos e estruturas que se desenvolvem em escala nacional”
Fonte: IANNI, Octavio. Globalização: Novo paradigma das ciências sociais. Estudos Avançados. vol.8 no.21 São Paulo May/Aug. 1994, p. 147. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/ea/v8n21/09.pdf>.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Análise de Política Externa, análise as assertivas abaixo, que abordam os efeitos do processo de globalização para as políticas dos Estados:
I. O avanço do processo de globalização e o consequente aumento da interdependência entre os Estados estabeleceu novas dinâmicas interacionais entre os Estados, tornando a adesão ao comércio internacional um aspecto essencial da política internacional
PORQUE
II. com o aprofundamento da globalização, a participação dos Estados no comércio internacional e em organizações internacionais, concentradas nos assuntos econômicos, converteu-se em um ótimo mecanismo político para a garantia dos seus interesses e necessidades.
Avalie as assertivas acima e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 10.0
A	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A assertiva I está correta porque, como foi possível observar no decorrer da disciplina, o avanço da globalização e da interdependência em cenário internacional criou uma nova dinâmica para os Estados. Assim, fazer parte do mercado internacional não era mais uma questão de escolha, mas sim de necessidade. A assertiva II está correta porque a adesão ao comércio internacional, de organizações internacionais entre diversos grupos sobre o tema econômico passou também a ser uma forma do Estado garantir seus interesses. Por fim, a assertiva II é uma justificativa da primeira, uma vez que ao dizer que a participação dos Estados no comércio internacional e nas suas instituições é um mecanismo para a garantia dos seus interesses e necessidades ela está justificando de o porquê, com o avanço da globalização, os Estados terem que aderir ao comércio internacional.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 6. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Política Externa Chinesa após a Reforma Econômica de 1978.
B	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
C	A asserção II é uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
D	As asserções I e II são proposições falsas
E	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
Questão 5/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
A atual discussão sobre as vantagens e desvantagens dos diversos métodos de pesquisa social desenvolvidos na área da saúde requer um exame muito atento acerca de alguns problemas relacionados à integração entre as perspectivas qualitativa e quantitativa. O debate e a contraposição frequentemente registrada entre as duas abordagens não são novos, nem exclusivos do campo das ciências sociais aplicadas à saúde. A discussão vem se desenvolvendo desde a fundação das ciências sociais, e precisamente desde a análise durkheimiana do suicídio. As correntes positivistas e neopositivistas definem como científicas somente as pesquisas baseadas na observação de dados da experiência e que utilizam instrumentos de mensuração sofisticados. Por isso, afirmam que os métodos qualitativos não originam resultados confiáveis. Por outra parte, os teóricos qualitativistas sustentam que os quantitativistas, na medida que não se colocam no lugar do sujeito, não realizam investigações válidas.
Fonte: SERAPIONI, Mauro. Métodos qualitativos e quantitativos na pesquisa social em saúde: algumas estratégias para a integração. Ciênc. saúde coletiva vol.5 no.1 Rio de Janeiro 2000. p. 188. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/csc/v5n1/7089.pdf>
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina Análise de Política Externa, análise as assertivas abaixo, que tratam as diferenças entre métodos qualitativos e quantitativos nas análises comparadas:
I. Em uma análise comparada é muito importante que se leve em conta quais são as variáveis da pesquisa no momento de escolha do método a ser utilizado – qualitativo ou quantitativo
PORQUE
II. em uma pesquisa existem variáveis independentes, responsáveis por exercer influência nas demais variáveis da pesquisa, e as dependentes, que sofrem a influência dessas variáveis independentes.
Avalie as assertivas acima e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
Nota: 10.0
A	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
B	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
C	A asserção II é uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
D	As asserções I e II são proposições falsas
E	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
Você acertou!
A resposta correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, mas que a II não é uma justificativa da I. Como vimos no decorrer da disciplina, a afirmação I está correta porque o processo de escolha da ferramenta de pesquisa (quali ou quanti) no método comparativo deve considerar as variáveis que serão analisadas. A afirmação II está correta, porque temos as variáveis independentes e dependentes. As varáveis independentes são aquelas que de alguma forma influenciam outras variáveis, enquanto as variáveis dependentes são as que sofrem influência. Todavia,a afirmação II não é uma justifica da I, uma vez que ela não explica por que se deve levar em conta as variáveis no momento da seleção da técnica de pesquisa. Ela apenas apresenta quais são os tipos de variáveis que fazem parte da pesquisa científica.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: O método quantitativo e qualitativo na análise comparada.
Questão 6/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Hill (2003, p. 86) destaca que a teoria da política burocrática traz duas consequências para a compreensão da política externa: (1) reforça a relevância das variáveis domésticas, oferecendo novas alternativas teóricas às correntes realista e neorrealista das RI e; (2) retrata os tomadores de decisão não como atores que agem em nome do interesse público, mas, sim, como agentes que possuem agendas específicas. Hill (2003, p. 86) destaca, entretanto, que, não obstante a teoria da política burocrática ressaltar variáveis relevantes para a compreensão da política externa, ela traz, também, complicadores para a análise”.
Fonte: KEMER, Thaíse. A Análise de Política Externa no caso da atuação do Brasil para a construção da paz na Guiné-Bissau (2003-2016). Trabalho apresentado no Workshop do NEPRI – UFPR. Curitiba. Pág. da citação 8. 2018. Disponível em: <http://www.humanas.ufpr.br/portal/nepri/files/2012/04/A-An%C3%A1lise-de-Pol%C3%ADtica-Externa-no-caso-da-atua%C3%A7%C3%A3o-do-Brasil-para-a-promo%C3%A7%C3%A3o-da-Paz-na-Guin%C3%A9-Bissau_2003-2016.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como Hill compreendia a relação entre o nível internacional e doméstico dentro das Análises de Política Externa: 
Nota: 10.0
A	A Análise de Política Externa deve considerar os aspectos de nível doméstico em conjunto com os de nível internacional, de modo que possam também ser percebidos como os interesses de agentes domésticos podem impactar nas decisões na esfera internacional.
Hill (2003, p. 37) defende a política externa como sendo uma análise que não deve negligenciar a estrutura doméstica, sendo necessária a análise desse nível em conjunto com o nível internacional já que, para Hill, sem a política doméstica não existiria a política externa. A política externa não poderia ser observada e analisada como um jogo de xadrez, onde as regras já teriam sido determinadas antes mesmo do início do jogo com somente um decisor. Ou seja, não seria adequado interpretar a política externa como um aparato tão inflexível, mas sim considerar também as influências que ocorrem e partem de fora do âmbito internacional. A relação de um nível com o outro seria como uma linha contínua, e não paralela de divisão, não havendo necessariamente um posicionamento individual de cada uma delas. A análise conjunta de ambos os níveis auxiliaria não somente na verificação de até que ponto a sociedade interfere nas decisões externas, mas também na compreensão das decisões que estão sendo tomadas para o cumprimento dos anseios dos grupos presentes no campo doméstico.
Você acertou!
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Papel das estruturas domésticas na Política Externa; 4.1: O processo de influência doméstica na definição da política externa.
B	A Análise de Política Externa deve considerar os elementos presentes no nível do doméstico como variáveis decisórias anteriores ao processo de tomada de decisão no nível internacional, já que envolvem leis.
C	A Análise de Política Externa deve considerar os aspectos do nível internacional como sendo elementos anteriores e hierarquicamente mais importantes que os do nível doméstico, uma vez que envolvem atores mais poderosos.
D	A Análise de Política Externa deve considerar os aspectos do nível doméstico e internacional como duas linhas de análise paralelas que, por mais que não se encontrem, apresentam elementos de estudo importantes.
E	A Análise de Política Externa deve considerar os elementos domésticos apenas quando há um número significativo de atores da sociedade civil participando do processo decisório sobre a política externa.  
Questão 7/10 - Análise de Política Externa
Leio o texto a seguir:
Em The essence of decision: explaining the Cuban missile crisis Allison (1999) relata o estudo de caso sobre as decisões tomadas pelos governos norte-americano e soviético, durante a famosa Crise dos Mísseis de 1962, provocada pela instalação de mísseis soviéticos de ataque em território cubano. Nesse estudo, o processo decisório é analisado sob três diferentes perspectivas.
Fonte: BIN, Daniel; CASTOR, Belmiro Valverde Jobim. Racionalidade e Política no Processo Decisório: Estudo sobre Orçamento em uma Organização Estatal. Rev. adm. contemp. vol.11 no.3 Curitiba, p. 39. 2007. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rac/v11n3/a03v11n3.pdf>.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações sobre os modelos propostos por Allison e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. O modelo racional-legal volta-se à análise dos procedimentos burocráticos e jurídicos de um Estado vinculados à tomada de decisão. Assim, compreende o processo decisório como reflexo dos entraves legais e incentivos burocráticos.
II. O modelo do comportamento organizacional direciona-se a evidenciar como a atuação das empresas transnacionais e das grandes corporações domésticas, em processos decisórios estatais, têm influência no posicionamento de um país no cenário internacional.
III. O modelo do ator racional se concentra em observar como se dá o processo de tomada de decisão a partir dos atores, considerando a atuação dos indivíduos diante dos cálculos estratégicos necessários para a obtenção de um resultado ótimo.
IV. A visão do comportamento organizacional delineia três fatores que devem ser observados, como a relação entre capacidade organizacional e escolhas; a prioridade organizacional; e as implementações como reflexos de procedimentos que já são padrões.
Nota:10.0
A	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
B	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
C	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
D	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
E	Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
A alternativa correta é aquela que indica que apenas as afirmativas III e IV estão corretas. A afirmação I está incorreta porque Allison não formula um modelo burocrático-legal para compreender e explicar o processo de tomada de decisão. A afirmação II está incorreta porque o modelo comportamento organizacional observa o Estado a partir das lentes de que ele não é individual, mas sim um conjunto de diversas outras instituições. Por essa visão, o governo, em determinado momento, seria a representação de um conjunto específico de instituições, e suas ações nesse período irão ocorrer de acordo as escolhas dessas instituições. A afirmação III está correta porque o modelo de ator racional observa as decisões tomadas como sendo as mais otimizadas para a situação presenciada (Bignetti, 2009, p. 72). Na visão racional (ou tradicional), se obtêm a concepção de escolha por parte do decisor público. A escolha da ação a ser tomada ocorreria a partir de um grupo de variáveis a serem calculadas, como objetivos e valores. A afirmação IV está correta porque utilizando a visão de comportamento organizacional, Allison apresentaria três fatores a serem compreendidos: a relação entre capacidade organizacional e escolhas; prioridade organizacional como definidoras da implementação organizacional; implementações como reflexos de rotinas e procedimentos operacionais que já são padrões (Bignetti, 2009, p. 73). Nessa visão, a política é um resultado organizacional (Nanci, Pinheiro, 2019, p. 75).
Você acertou!
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª BrunaLeal Barcellos. Tema 1: Modelos de Allison.
Questão 8/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
Alguns autores adicionam grande importância ao método de process tracing, como é o caso de Collier (2011, p. 823), observando-o como ferramenta fundamental para o processo de análise qualitativa. Vennesson (2008) também faz o mesmo, mas correlacionando a importância desse método com os casos empíricos, já que, segundo o autor, o process tracing conseguiria auxiliar o pesquisador na compreensão das “preferências e percepções dos atores”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Process Tracing.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações sobre o método process tracing e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. O process tracing é um método que auxilia na compreensão de uma linha histórica, como um evento, uma decisão ou cenário.
II. Em decorrência do caráter sistemático do método process tracing, a partir dele é possível realizar um diagnóstico das evidências, analisando-as sob o prisma da hipótese de pesquisa escolhida.
III. O método process tracing acaba sendo restringido pelo número limitado das fontes de pesquisa que podem ser utilizadas, uma vez que somente entrevistas são admitidas.
IV. O process tracing é comumente empregado em teses e dissertações por pesquisadores, em decorrência da agilidade oferecida por esse método, que tende a não tomar muito tempo em análise de fontes.
Nota: 10.0
A	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Você acertou!
A alternativa correta é aquela que indica que apenas as afirmações I e II estão corretas. A afirmação I está correta porque o process tracing pode ser observado, de forma resumida, como um método de auxílio no processo de compreensão de uma linha histórica, como um evento, decisão ou cenário. A afirmação II está correta porque o process tracing pode ser observado como um exame sistemático, pois faria o “diagnóstico” das evidências, analisando-as sob a ótica da hipótese do autor (Collier, 2011; Bennet, 2010). A afirmação III está incorreta porque no processo de análise dos eventos históricos de determinado objeto, o process tracing pode recorrer a uma variedade de fontes, sendo elas documentos, entrevistas, surveys, entre outros formatos. E, por fim, a afirmação IV está incorreta porque, muitas vezes, essa vastidão de fontes de informação também pode representar um ponto negativo do método de process tracing, já que requer muito tempo do pesquisador
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 5. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Process Tracing.
B	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
C	Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
D	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
E	Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
Questão 9/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“Considere-se o seguinte cenário estilizado que pode ser aplicado a qualquer jogo de dois níveis. Negociadores que representam duas organizações encontram-se para buscar um acordo entre si, sujeitos à limitação de que qualquer acordo provisório precisa ser ratificado pelas respectivas organizações. Os negociadores podem ser, por exemplo, chefes de governo, representantes dos trabalhadores e dos empresários, líderes partidários de uma coalizão política, um ministro das finanças negociando com uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI), líderes de um comitê misto da Câmara dos Deputados-Senado ou líderes de grupos étnicos de uma democracia consociativista. Por enquanto, devemos presumir que cada lado é representado por um único líder ou “negociador-chefe” e que esse indivíduo não tem preferências políticas independentes, mas que busca simplesmente encontrar um entendimento que será atrativo para suas bases”.
Fonte: PUTNAM, Robert D. Diplomacia e política doméstica: a lógica dos jogos de dois níveis. Revista Sociologia e Política. 2010, vol.18, n.36, pp. 147-174, p. 153. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/10.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que analisa, corretamente, a teoria dos jogos de dois níveis elaborada por Robert Putnam:
Nota: 10.0
A	Para Putnam, a análise da tomada de decisão em política externa se volta, primeiramente, ao âmbito interno e, posteriormente, se direciona ao cenário internacional. Essa ordem é necessária para compreender o processo de aprovação das decisões pela sociedade civil.
B	Para Putnam, o processo decisório dos Estados nas relações internacionais pode ser apreendido a partir da observação das decisões, ações e interações entre diferentes atores tanto no nível doméstico, como no nível internacional.
Você acertou!
Putnam (1988 apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 78) estabelece uma outra visão sobre o processo de decisão externa dos Estados. Segundo o autor, as decisões de relações internacionais dos Estados poderiam ser observadas a partir da ótica de jogos de dois níveis. No nível doméstico existiriam grupos de pressão, incluindo os stakeholders e grupos sociais, por exemplo, que executariam influência sobre o governo. As ações governamentais em ambiente internacional seguiriam a intenção de alcançar a demanda desses grupos. A imagem sobre esses níveis poderia ser a mesma de um tabuleiro, onde ocorreria alteração das peças em cada nível. Ou seja, existiria o primeiro estágio, no qual os líderes agiriam no cenário externo de forma a alcançar a acordos não permanentes. No segundo estágio a dinâmica se daria no cenário doméstico, onde o governo iria atrás de apoio dos grupos internos para alcançar a ratificação de suas ações. A ordem dos grupos não se daria sempre dessa forma, sendo usual observar o nível dois ocorrendo antes do nível um. No entanto, é importante notar que Putnam defende uma visão sobre os jogos de dois níveis que nega a existência de qualquer hierarquia entre esses níveis. Ou seja, no ambiente externo os grupos exerceriam sua influência e opinião sobre os processos de decisão externa estatais, mas o próprio nível internacional também acabaria influenciando o nível doméstico, o que Putnam chamou de “linkage cinérgeticos” (Figueira, 2009, p. 32).
 
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: Jogos de Dois Níveis.
C	Para Putnam, a política externa de um país pode ser compreendida a partir da política supranacional e nacional. Isto é, por meio da análise das suas interações com as Organizações Internacionais e, posteriormente, pela observação das suas relações com outros Estados.
D	Para Putnam, o processo decisório de um Estado pode ser analisado tendo em conta as suas interações com o meio externo e com o ambiente político regional, de modo que se considere como as características de uma determinada região influi no ambiente internacional.
E	Para Putnam, a análise da tomada de decisão em política externa deve começar obrigatoriamente no âmbito externo e, somente após observar a ratificação da decisão em tratados internacionais, deve-se proceder a observação do ambiente doméstico.
Questão 10/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“Todas essas alterações internas chinesas também causaram dúvidas em relação a ideologia do país. Precisou-se encontrar uma forma adequada de identificar o modelo econômico chinês, compreendendo que, ainda que tenha aberto suas portas à economia mundial, o governo ainda assim mantinha seu controle sobre as empresas que fariam parte de seu país, entre diversos outros aspectos ligados a essa nova dinâmica. Assim, a China, ainda que passando a ser mais ativa no processo internacional, não poderia ser comparada com outros países que também faziam parte desse processo”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 6. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos.Tema 1: Política Externa Chinesa após a Reforma Econômica de 1978.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual é o termo utilizado para se referir à postura chinesa na economia a partir das reformas: 
Nota: 10.0
A	Autoritarismo Chinês.
B	Modo de Produção Asiático.
C	Estrutura Econômica Sino-Asiática.
D	Socialismo Sino-Contemporâneo.
E	Pragmatismo Chinês.
Você acertou!
O termo utilizado para abordar o novo modelo econômico chinês e a sua nova postura na economia internacional é o pragmatismo econômico (Xuetong, 2018, p. 7). Nesse momento de pragmatismo econômico chinês, novas forças internas passaram a executar seus interesses. Como visto nas aulas anteriores, não se pode perceber a criação de políticas públicas – essas incluindo também políticas externas – como sendo somente um fruto do raciocínio governamental. A influência de diferentes grupos de pressão, stakeholders, entre outros atores, também deve ser adicionada a essa análise.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 6. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Política Externa Chinesa após a Reforma Econômica de 1978.

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