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REPERCUSSÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA - Inspiração espontânea: Negativação da pressão pleural (contração da mm inspiratória) Distensão alveolar e troca gasosa Aumento da pressão intratorácica (Pit) e abdominal (Pab) *Obs: o aumento da Pab é maior que Pit, o que favorece o deslocamento do sangue das veias cavas, principalmente inferior, a desembocar no átrio direito (AD). Lembre-se: o sangue desloca-se das áreas de MAIOR para MENOR pressão! Aumento do retorno venoso (RV) *RV = PMES – PAD PMES: pressão média de enchimento sistêmico PAD: pressão do AD Aumento do volume sistólico final (maior pré-carga de VD) - Inspiração com pressão positiva (AVM): Menor negativação da pressão pleural (maior abertura e insuflação alveolar) Compressão pulmonar (aumento da Pit) Diminuição do RV, diminuição DC Aumento do volume sistólico (menor pós-carga de VE) Aumento da expansão alveolar e maior compressão dos vasos perialveolares/capilares (aumento da pós-carga de VD por aumento da resistência vascular PULMONAR) Diminuição da pré-carga e pós-carga de VE (pós-carga é alterada devido diminuição da pressão transmural [aorta interna - pleural], o que facilita a ejeção de sangue e aumenta o volume sistólico final) Compressão do VE – risco de evento coronariano por diminuição da perfusão do miocárdio na diástole cardíaca; diminuição do raio cardíaco gerando aumento da performance muscular por menor necessidade de força de contração Zonas de West: I – Ventilação > perfusão II – Ventilação = perfusão (indicativo de ventilar paciente na zona II ou zona III na nova classificação das Zonas de West) III – Ventilação < perfusão Pressão positiva: 1. Fase inspiratória: PP inspiratória na via aérea (∆P, OS, IPAP) 2. Fase expiratória: PP no final da expiração (PEEP, EPAP) Pré-carga: Volume diastólico final nos ventrículos Pós-carga: Pressão das artérias que saem dos ventrículos Repercussões positivas da PP: Congestão pulmonar - diminuição da pré-carga VD + PP mantendo alvéolos abertos ICC – melhora da performance de coração esquerdo + diminuição do encharque pulmonar Repercussões negativas da PP: Choque séptico - diminuição do débito cardíaco Hipovolemia - diminuição do débito cardíaco Hiperinsuflação dinâmica – PEEP elevada, aumento de volume pulmonar, compressão capilar alveolar A otimização da PEEP gera melhora da troca gasosa, revertendo a vasoconstrição hipóxica (aumento da resistência vascular pulmonar), que por fim diminuirá a força necessária do VD para ejetar o sangue para as artérias pulmonares (diminuição da pré-carga de VD) Altos volumes pulmonares ocasionam a compressão dos vasos alveolares, causando o aumento da resistência vascular pulmonar, consequentemente a força necessária do VD para ejetar sangue para artérias pulmonares é aumentada (aumento da pré-carga e pós-carga de VD – acúmulo de sangue na cavidade direita, podendo ocasionar desvio de septo interventricular com diminuição da câmara esquerda) COMPRESSÃO JUSTACARDÍACA! *OBS: o aumento do volume diastólico final de ventrículo direito (VDFVD) se dá devido aumento da resistência vascular pulmonar, o que dificulta a ejeção para pulmão e acumula sangue no VD. *OBS: ocorre diminuição do volume diastólico final de ventrículo esquerdo (VDFVE) devido a diminuição sanguínea proveniente do pulmão (menor pré-carga) e maior facilidade de ejeção (menor pós-carga) - COMPLIÇAÇÕES RENAIS: Distúrbios ácido-básicos Hipofosfatemia Retenção hídrica Aumento da secreção de vasopressina com diminuição do débito urinário (DU) Resposta endócrina ao estresse durante desmame ventilatório - COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS: Hipoperfusão esplênica Hipomotilidade gastrointestinal Diarreia Lesão aguda da mucosa gastrointestinal Hemorragia digestiva alta Efeitos na hemodinâmica gastrointestinal - COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS: Aumento da pressão intracraniana (diminuição do retorno venoso) Isquemia cerebral (hiperventilação causa vasoconstrição cerebral) SNC: Pressão de perfusão cerebral (PPC) = PAM – PIC PAM = (PAS + 2PAD)/3 (~100mmHg) PIC = limite superior ao aceitável de 20 mmHg PPPC média = 80 mmHg PA = DC – RVP - COMPLICAÇÕES MUSCULARES: Polineuropatia do doente crítico Diminuição da força de contração diafragmática Atrofia muscular - PROBLEMAS MECÂNICOS: Fonte de gás Ventiladores Conexões - COMPLICAÇÕES DA INTUBAÇÃO: Lesões ocorridas durante a introdução da cânula de intubação (laceração em lábios, gengivas, úvula, palato, amígdalas, faringe, epiglote, pregas vocais, esôfago e traqueia; hematomas e avulsão de pregas vocais – disfagia) Lesões secundárias ao contato da cânula ou de seu balonete sobre as estruturas das vias aéreas (laceração de mucosa traqueal, perfuração de esôfago, estenose traqueal (monitorar cuff 25-30 cm H2O)) Lesões decorrentes do prejuízo ao condicionamento do ar inalado (edema de mucosa, discinesia ciliar, estase de secreções) - COMPLICAÇÕES DA TRAQUEOSTOMIA: Precoces (durante o procedimento) Tardias (dificuldade de deglutição e fala, além das complicações associadas às estruturas) - COMPLICAÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO: Infecciosas: sinusites, traqueobronquites, pneumonia nasocomial (48hs ou mais após hospitalização e não esteve em período de incubação à admissão hospitalar), PAV Não infecciosas: lesão pulmonar induzida pela VM (LPIV), lesão pulmonar associada à VM (LPAV) o Fisiopatologia LPIV e LAPV: - Barotrauma - Volutrauma - Broncotrauma - Biotrauma - Atelectrauma (abertura e fechamento cíclico) Edema pulmonar, alteração no surfactante pulmonar (exarcebamento de lesões induzidas pelo VM), infiltrado eosinófilo e grande quantidade de proteínas. A LPIV também compromete a habilidade pulmonar e reabsorver o edema Alteração na permeabilidade da barreira alvéolo-capilar Hiperdistensão alveolar – altos VC e Pinso -> edema pulmonar Abertura e fechamento cíclicos do alvéolo – liberação de mediadores inflamatórios (macrófagos e neutrófilos) -> translocação bacteriana -> disfunção múltipla de órgãos - COMPLICAÇÕES DA OXIGENOTERAPIA: Toxidade do O2 (altas concentrações [acima de 40%] causam lesão endotelial por liberação de radicais livres, gerando edema intersticial e espessamento da membrana alvéolo-capilar e consequentemente hipoxemia, criando um ciclo vicioso -> piora o LPIV e LPAV - MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA: PAS e FC Pressão venosa central (PVC) – pressão de enchimento atrial direita ou pressão venosa central, obtida através de acesso venoso central; valores normais entre 0 – 6 mmHg; reflete a volemia do paciente Pressão arterial média invasiva Cateter da artéria pulmonar
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