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1 Andrea de Fatima Chaves, Ariane Aparecida Silva, Ligiane Mauricio Duarte 2 Luciana Zatta Roling Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (PED 1834) – Prática do Módulo I – 21/11/19 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO E A INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Acadêmicos¹ Tutor Externo² RESUMO Atualmente vivemos em um mundo pós-moderno, em que tudo gira em torno de tecnologias. Em qualquer lugar em que se vá, nos deparamos com informações que por ora são processadas e compartilhadas em tempo real. Devido a essas exigências sociais atuais, buscamos por meio da realização dessa pesquisa bibliográfica, refletir sobre os benefícios dos recursos tecnológicos na Educação de Jovens e Adultos e analisar os parâmetros que necessitam ser solucionados para uma utilização eficaz desses recursos para o processo de ensino e aprendizagem nesta modalidade de ensino. O presente artigo trata de apresentar uma sucinta revisão bibliográfica em que buscamos nos posicionar sobre as questões das tecnologias na Educação de Jovens e Adultos, destacando principalmente sua relação com a formação do sujeito além de uma síntese e contextualização teórica do processo de avaliação nessa modalidade de ensino, em tempos tão atuais e tecnológicos. Apresentamos a partir das análises de alguns artigos, documentos, leis e livros, os problemas, limites, possibilidades e perspectivas sobre essa importante temática e apresentamos brevemente como atualmente está estruturada a Educação de Jovens e Adultos Séries Finais do Ensino Fundamental (ou Fase II do Ensino Fundamental) e Ensino Médio no âmbito estadual. Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; Inclusão Digital; Avaliação; Modalidade de Ensino. 1. INTRODUÇÃO As transformações políticas, econômicas, sociais e culturais da sociedade brasileira nos últimos anos, bem como o perfil dos educandos jovens, adultos ou idosos, assim como os diagnósticos e as considerações das escolas sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA) desencadearam reflexões por parte dos envolvidos com esta modalidade educacional. Em decorrência dessas transformações observou-se a necessidade de rever as políticas educacionais da EJA no âmbito nacional e estadual. Historicamente, a sociedade tem passado por constantes processos de mudanças em todas as esferas: culturais, econômicas, socioambientais e tecnológicas. Em se tratando do mundo produtivo, essas mudanças implicam em novas demandas, que por sua vez, vão requerer dos sujeitos novas habilidades e novas competências para ocuparem os postos formais de trabalho. Independente do cenário econômico, cada vez mais, as tecnologias estarão imersas na realização das tarefas cotidianas, das mais simples as mais complexas. Nosso objetivo neste trabalho foi realizar um sucinto levantamento bibliográfico com um olhar diferente do foco da maioria dos artigos publicados sobre essa modalidade de ensino e propor uma reflexão sobre como a inclusão de novas tecnologias pode contribuir para a aprendizagem dos educandos da EJA, sendo que a inclusão digital integra também a inclusão social do indivíduo que hoje é essencial para o exercício da cidadania. Ao considerar que, ir à escola para um jovem ou adulto que já não frequenta os bancos escolares há anos, é antes de tudo um desafio, um projeto de vida. E ao retornar ele volta à sala de aula revelando uma imagem fragilizada, expressando sentimentos de insegurança. Esse contexto exige novas formas de ensinar e novos métodos de avaliação devido às especificidades da população atendida. Baseado nisso, fizemos um breve estudo de como o processo avaliativo na Educação de Jovens e Adultos está co-relacionado com as novas tecnologias. 2 2. EDUCAR PARA INCLUIR E TRANSFORMAR JOVENS E ADULTOS A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional que atende à educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual. (BRASIL, 2000) O papel fundamental da construção curricular para a formação dos educandos desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista esta função, a educação deve voltar-se a uma formação na qual os educandos possam: aprender permanentemente; refletir de modo crítico; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir do uso metodologicamente adequado de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos (KUENZER, 2000, p. 40). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN n. 9394/96), em seu artigo 37, prescreve que ‘’a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria’’. É característica dessa Modalidade de Ensino a diversidade do perfil dos educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização em que se encontram, à situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a escola. (BRASIL, 2000) Desta forma, a Lei n. 9394/96 incorpora uma concepção mais ampla e abre outras perspectivas para a Educação de Jovens e Adultos, desenvolvida na pluralidade de vivências humanas, conforme aponta o artigo 1 o da Lei vigente: A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. 2.1 INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Quando abordamos a temática EJA, precisamos levar em consideração alguns fatores como o público alvo que essa modalidade de ensino abrange, tendo como seus principais usuários jovens e adultos, na sua maioria, de classe popular, que não tiveram a oportunidade de continuar seus estudos no ensino regular em seu devido tempo ou que nem chegaram a tanto. Isso, porque, devido às demandas de sua própria vida, muitos tiveram que escolher entre o trabalho e a escola; entre a sobrevivência e o conhecimento (SANTOS et al., 2012). 3 São alunos que, depois de muito tempo, voltaram a estudar pensando em adquirir o conhecimento que não tiveram ou, em certos casos, somente obter um diploma visando a conseguir um emprego melhor. Atualmente percebemos a continuidade nos estudos como uma exigência das instituições de trabalho com as quais estes alunos estão vinculados, o certificado de conclusão do Ensino Fundamental ou Médio para que possam ser promovidos ou valorizados profissionalmente, e em muitos casos, conhecimento na área de informática e mídias sociais (MIRANDA; MACHADO, 2010). A sociedade em que vivemos é marcada pelas múltiplas linguagens. Assim, o ser humano dispõe de várias formas de linguagens para comunicação. Entre essas linguagens, ressaltamos a computacional e a digital. Mas parece que a palavra tem sido o instrumento preferido para objetivar seu pensamento, interagir com o outro e se fazer compreender. Com isso, a maior parte das escolas, não abre espaços para as múltiplas formas da linguagem (SILVA et al., 2010). No que concerne à Educação de Jovens e Adultos, cabe reforçar a relevância do uso desses instrumentos tecnológicos enquanto prática pedagógica. Eles auxiliam o professor no decorrer de suas aulas e possibilitam um estímulo a mais aos estudantes para que queiram “buscar” o conhecimento.Sua função ainda tem um fator primordial na atualidade, que diz respeito à formação política dos jovens e adultos que estão no processo de aprendizagem, bem como, para sua atuação no mercado de trabalho (BRASIL, 2000). Nesta sociedade, onde a caneta e o papel estão visivelmente sendo substituídos pelas facilidades da informação e dos conhecimentos oferecidos pela informática, torna-se audacioso dotar o homem de capacidades para competir com os avanços tecnológicos, transformando esse desenvolvimento às nossas necessidades e não vice e versa, lembrando que o centro do processo é o indivíduo e não a máquina. (LARA, 2010), A presença de tecnologias mais simples, como os livros impressos, ou de outras mais avançadas, como os computadores em rede, produzindo novas realidades, exige o estabelecimento de novas conexões que as situem diante dos complexos problemas enfrentados pela educação, sob o risco de que os investimentos não se traduzam em alterações significativas das questões estruturais da educação (PRETO, 2008, p. 81). Atualmente fala-se muito em inclusão digital, caracterizada como a democratização do acesso às tecnologias da informação. Conforme demonstra Lara (2010), os pilares da inclusão digital são o computador, o acesso à rede e o domínio das ferramentas utilizadas na rede mundial de computadores. Ressaltamos que tais ferramentas nem sempre estão disponíveis para os sujeitos da EJA. Uma das dificuldades que a integração de recursos tecnológicos ou inclusão digital na sala de educação de jovens e adultos, enfrenta, é o olhar tradicional e compensatório que ela possui. Muitos pensam que só porque essa modalidade de Ensino envolve um público de alunos adultos, ou 4 pessoas da terceira idade, não há necessidade de utilizar-se de recursos tecnológicos em sala de aula, pois o foco da educação é alfabetizar ou ensinar o básico para conseguir o diploma. Com isso, pouco se faz em relação a investimentos, incorporação de recursos e novas metodologias. (TEDESCO, 2004) Sobre essa questão, Acker (2009, p. 23) observa que “a inclusão é um ato que afirma e deseja o convívio universal. É um ato que não nega conflitos, mas amplia o universo de negociação de identidades diferentes”. São por esses motivos que devemos ver a inclusão digital como o ensino pela informação, valorizando a formação de indivíduos culturalmente capazes de transformar as informações dos meios multimídias em conhecimento (SANTOS etal., 2010). Os recursos tecnológicos estão presentes no dia-a-dia, por meio dos códigos de barras, celulares, computadores, entre outros. Não permitir o conhecimento do uso desses recursos faz com que uma parcela da sociedade esteja alienada com relação ao acesso do Direito à Cidadania. O papel da escola é preparar para a vida e isso envolve mais do que ensinar conteúdos e habilidades estabelecidas no currículo, envolve preparar o indivíduo para saber lidar com os problemas pessoais e sociais, saber seus direitos e seus deveres e ter um bom relacionamento com outros em diferentes ambientes e ter sua autonomia. (BRASIL, 2000) Essa autonomia que os alunos da Educação de Jovens e Adultos precisam aprender dentro da escola e é o professor como mediador e transformador que deve favorecer essa mediação, buscando novas formas de ensinar e principalmente novas formas de avaliar, repensando os instrumentos avaliativos e ressignificá-los para que de fato, possam atingir seus objetivos, ou seja, tenha verdadeiro significado para o aluno de EJA e que não exijam que os conteúdos sejam apenas memorizados, mas que sejam reflexivos, relacionais e compreensíveis. (VASCONCELOS, 1994) O professor que quer superar o problema da avaliação precisa, a partir de uma auto-crítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta, lhe autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação; alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos alunos e aos colegas educadores. (VASCONCELOS, 1994, p.54). 3. REFLEXÕES SOBE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A avaliação é uma tarefa necessária e permanente no trabalho docente que deve acompanhar todos os processos de ensino e aprendizagem. Por meio dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e reorientar o trabalho para as correções necessárias. (BORDIM, 2014) Na educação de jovens e adultos percebe-se que a avaliação ainda revela um caráter excludente na medida em que o conhecimento de mundo e a diversidade cultural dos alunos não são 5 levados em consideração, aplicando um tipo de avaliação meramente classificatório. (BORDIM, 2014) Para um curso de jovens e adultos, onde se está trabalhando com princípios claros, a avaliação deve estar a serviço da construção do conhecimento, por meio do confronto dos saberes diferentes, e o “erro” deve ser analisado a partir de um contexto. Para Hoffmann (1993), p. 65: Sem tomar a tarefa como um momento terminal e, sim, como um elo de uma grande corrente, tanto os erros dos alunos como as dúvidas dos professores em interpretá-los, retornarão à sala de aula para serem discutidos por todos, como elementos importantes e positivos na continuidade das ações desenvolvidas, de outras tarefas propostas. O papel do avaliador, nessa perspectiva de trabalho, é papel de todos. É necessário construir espaços de valorização da diversidade cultural, para os quais a visão de avaliação numa perspectiva diagnóstica representa uma contribuição relevante, auxiliando o avanço e o crescimento da educação. (BORDIM, 2014) Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná (2010) propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos. (PARANÁ, 2010) 3.1 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO ESTADO DO PARANÁ Como alternativa à educação regular, o sistema educacional brasileiro oferece a modalidade da Educação de Jovens e Adultos na qual, para o ingresso nessa modalidade, a idade mínima é de 17 anos, em casos de não haver vagas em escolas com ensino regular no turno da noite. No estado do Paraná, os estudantes podem cursar o ensino fundamental em dois anos (cada ano escolar por semestre), e o ensino médio, em um ano e meio, tendo a possibilidade de cursar na modalidade presencial ou à distância. Vale lembrar que a Educação à Distância (EAD) é uma modalidade educacional que vem a cada dia que passa crescendo em nosso País e que tem sido pensada como uma boa alternativa para a EJA (COURA; DE ARAÚJO, 2010, p. 1). O Sistema Estadual de Ensino do Paraná deverá assegurar oportunidades educacionais apropriadas, prioritariamente aos jovens e adultos que não puderam efetuar os estudos na idade regular. Será ofertada mediante cursos e exame da EJA na Educação Básica. (PARANÁ, 2010) 6 Considera-se como idade para matrícula: no ensino fundamental séries finais (ou fase II) a idade mínima de 15 (quinze) anos completos; no ensino médio a idade mínima de 18 (dezoito) anos completos. (PARANÁ, 2010) As Instituições de Ensino que ofertam a Educação de Jovens e Adultos, são denominadas Centro de Educação Básica de Jovens e Adultos (CEBJA)que são os estabelecimentos de ensino que oferta exclusivamente o Ensino Fundamental e Médio ou Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEBJA) que são os estabelecimentos de ensino que oferte cursos para jovens e adultos organizados de forma conjugada com o ensino regular de línguas ou com a educação profissional, como por exemplo, os Colégios Estaduais. (PARANÁ, 2010) A Deliberação no 05/10 aprovada em 03/12/2010 em seu art. 4º autoriza o funcionamento de exames on line para Jovens e Adultos com idade nos limites estabelecidos para cursar essa modalidade. Os exames são gratuitos e são organizados pela Secretaria Estadual de Educação e tem o objetivo de oportunizar ao educando a rapidez na conclusão dos estudos e oportunizar ao cidadão que por ventura, não tem como frequentar um curso presencial, a chance de concluir seus estudos. (PARANÁ, 2010) 3. MATERIAIS E MÉTODOS Para esta pesquisa, foram realizados estudos bibliográficos de artigos científicos, de natureza bibliográfica e qualitativa encontrados nas bases de dados Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Google acadêmico, organizando-os em ordem cronológica de acontecimentos e interpretando-os de acordo os objetivos da investigação proposta. Para Manzo (1971): A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma fonte, quer publicadas, quer gravadas. Também utilizamos pesquisa e estudos documental, publicados em sites oficiais do Governo Federal e Estadual. Para Gil (2002), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. 7 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Diante dos estudos e pesquisas referentes ao tema proposto, pudemos observar que as práticas avaliativas precisa ser algo constante e inerente ao trabalho de todo o professor com o ensino e a aprendizagem. A busca de novas e diversificadas metodologias, está diretamente ligada à inclusão digital e de novas tecnologias na Educação de Jovens e Adultos e consequentemente com novas formas de avaliação. Deve-se haver um olhar voltado para a especificidade desses alunos, para suas dificuldades frente aos novos desafios e oportunizar que esses alunos possam aplicar os conhecimentos conquistados de diferentes formas. O uso de recursos tecnológicos e a inclusão digital são importantes no processo de ensino e aprendizagem em todas as modalidades de ensino da Educação Básica, incluindo a Educação de Jovens e Adultos. 5. CONCLUSÃO Quando se fala do uso das tecnologias na EJA, percebemos que os desafios ainda são grandes e muito difíceis. Num país, em que a erradicação do analfabetismo ainda não é visível, o alfabetismo digital e o uso das tecnologias nas práticas de ensino ainda são distantes. É importante que a escola e o currículo considerem os da EJA como sujeitos trabalhadores que estudam, havendo uma necessidade imperiosa de sua inclusão digital, para que possam exercer plenamente o direito à cidadania. É justamente nas tecnologias, por intermédio de sua utilização pelos professores, que pode estar um dos subsídios para o combate do analfabetismo, tanto escrito quanto digital, em nosso País. A utilização de ferramentas como a televisão, o computador, a internet e o celular, pode trazer mudanças significativas nos processos de ensino e aprendizagem. São recursos que podem auxiliar os jovens e adultos a saírem das condições de “analfabetos” nos pontos de vista de escrita, de leitura e digital. A escola não pode continuar estagnada a uma única concepção de ensino, o tempo muda, a sociedade se modifica e ela deve acompanhar essas mudanças para que continue exercendo sua finalidade social educativa. As novas tecnologias precisam estar de acordo com o projeto de trabalho da escola, pois mesmo que o futuro cada vez mais caminhe para a era virtual ou digital, o papel social da escola e a função do professor de mediador entre o conhecimento e o aluno continuará em consonância com as exigências da sociedade no futuro. 8 REFERÊNCIAS ACKER, T. V.; RABIA, S.; PASSARELLI, B. Inclusão digital e empregabilidade. São Paulo: Editora Senac, 2009. BRASIL. Senado Federal. 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