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Astragalus membranaceus


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Revista Brasileira de
Brazilian Journal of Functional Nutrition
NUTRIÇÃO
FUNCIONAL
ano 17. edição 71
www.vponline.com.br
ISSN 2176-4522
Interpretando a
dosagem da vitamina B12
Nitrato: suplementação, 
fontes dietéticas e efeitos na performance
Série Agroecologia: Parte II 
A importância das abelhas para a agroecologia
RECEITA
Tortinha de Legumes com 
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Editorial
Nesta nova edição, importantes atualizações científicas nas áreas de Nutrição Clínica, 
Nutrição Esportiva e Fitoterapia contribuirão para a prática clínica de nossos 
leitores.
Em Nutrição Esportiva, uma esclarecedora revisão acerca do papel do nitrato 
na performance esportiva, proveniente de fontes alimentares ou suplementares, 
mostrará ao profissional dessa área que a ação desse componente pode ir além 
da vasodilatação: se bem aplicado, pode potencializar o desempenho em exer-
cícios de alta intensidade e curta duração. Ainda sobre nutrição e esporte, uma 
atualização sobre o papel da vitamina D no esporte abre evidências de sua atuação 
como importante estratégia para o processo de hipertrofia muscular. 
Em Nutrição Clínica, uma revisão sobre a interpretação da dosagem da vitamina 
B12 incita discussões importantes para a prática clínica. A adequada interpretação 
das dosagens de vitamina B12 é essencial para os âmbito preventivos e terapêuticos 
das doenças correlacionadas à deficiência dessa vitamina, prevalente especialmente em alguns grupos 
de risco, como crianças, idosos, gestantes e veganos. 
Em Fitoterapia, trazemos um estudo de caso com a aplicação clíni-
ca de Astragalus membranaceus, com resultados iniciais interessantes 
sobre a modulação do sistema imune. 
Na sessão de Gastronomia, uma receita nutritiva, prática e saborosa 
que valoriza nossa biodiversidade: tortinha de legumes com taioba. 
Dando continuidade à séria sobre Agroecologia, a matéria desta 
edição mostra um tema preocupante e de grande relevância, acerca 
do risco de extinção das abelhas, que tem como uma das causas o uso 
excessivo de agrotóxicos. 
Excelente leitura!
Dra. Valéria Paschoal
Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional
Dra. Paula Gandin
Presidente do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional
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Expediente
Conselho Editorial
Ana Cláudia Poletto 
Nutricionista pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2002) e mestre em Ciências, com ênfase em 
Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo (2006). Pesquisadora (doutoranda, desde 2007) do 
programa de Fisiologia Humana da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Fisiologia 
Endócrina, atuando nos temas: mecanismos transcricionais envolvidos na regulação da expressão do gene 
SLC2A4, sensibilidade à insulina, metabolismo lipídico, obesidade e diabetes mellitus. 
Ana Vládia Bandeira Moreira 
Nutricionista graduada pela Universidade Estadual do Ceará (1996), mestre em Ciências dos Alimentos pela 
Universidade de São Paulo (1999) e doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (2003). 
Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Viçosa (MG). Coordenadora do Laboratório 
de Análise de alimentos e coordenadora do Projeto de extensão pró-celíaco. Ministra as disciplinas de 
Técnica Dietética na Graduação e Dietética Aplicada no Mestrado e Doutorado e Gastronomia Funcional na 
especialização na UFV. 
Andréia Naves 
Nutricionista e Educadora Física. Diplomada pelo The Institute for Functional Medicine (USA) em 2007. Editora 
Científica da Revista Brasileira de Nutrição Funcional. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Docente 
convidada dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP 
Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Autora dos Livros “Nutrição 
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Nutrição Clínica Funcional: Obesidade”, “Nutrição Clínica 
Funcional: Modulação Hormonal” e “Tratado de Nutrição Esportiva Funcional”. Colaboradora do livro 
“Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos Compostos Bioativos”. Membro do The Institute 
for Functional Medicine – USA. Coordenadora científica dos cursos de pós-graduação em Nutrição Esportiva 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. 
Revista Brasileira de Nutrição Funcional - 2017 - edição 71
Indexação: Sumários (www.sumarios.org) e ESALQ (http://dibd.esalq.usp.br)
Diretoras Responsáveis
Valéria Paschoal e Andréia Naves
Coordenação Científica
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consultoriacientifica@vponline.com.br
Neiva dos Santos Souza
neiva.souza@vponline.com.br
Jornalista Responsável
José Maria M. Filho
MTB – 19.852 - josemaria@vponline.com.br
Revisão Ortográfica
Lemuel Cintra
lcintra@gmail.com
Capa, Ilustrações e Editoração
Bárbara Feracin Meira
Ctp e Impressão
A.R. Fernandez Pré-Impressão e Gráfica
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Redação, Publicidade e Administração
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Atendimento ao Associado
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As condutas nutricionais preconizadas na
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devem ser supervisionadas exclusivamente
por nutricionistas ou médicos especializados.
Os editores não se responsabilizam pelo
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autorização prévia.
VP Centro de Nutrição Funcional
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Coordenação e Autores
Anna Cecília Queiroz de Medeiros
Nutricionista pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestre em Ciências da Saúde pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Docente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição e metabolismo de nutrientes nos diversos estados 
fisiológicos. 
Fátima Aparecida Arantes Sardinha 
Nutricionista. Doutora em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas/USP. Mestre em 
Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP/EPM. Especialista em Nutrição e Saúde Pública pela UNIFESP/
EPM. Docente convidada do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição 
Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. 
Fernanda Serpa 
Diretora e Docente da Empresa Nutconsult. Nutricionista pela Universidade do Estado do RJ/UERJ. Título de 
residência em Clínica Médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Pós-graduada em Nutrição Clínica 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Docente 
convidada dos cursosde pós-graduação e extensão da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com 
a Universidade Cruzeiro do Sul. Mestre em Clínica Médica - IPPMG/UFRJ. Nutricionista Militar do Corpo de 
Bombeiros do RJ. Nutricionista Municipal do Hospital Souza Aguiar. 
Gilberti Hübscher 
Nutricionista. Mestre e Doutora em Fisiologia Cardiovascular pela UFRGS. Especialista em Gestão e Saúde 
pela PUC-RS, Gestão em UAN pela UNISINOS e em Saúde da Família pela ULBRA (RS). Docente convidada 
dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria 
com a Universidade Cruzeiro do Sul e dos cursos de graduação em Nutrição e pós-graduação em Saúde e 
Trabalho da Feevale (RS). Membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). 
Márcia Cristina Paiva
Nutricionista, graduada na Universidade de Passo Fundo - RS. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e 
pós-graduanda em Fitoterapia Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade 
Cruzeiro do Sul. Educadora em diabetes certificada pela empresa Medtronic Brasil de equipamentos médicos 
(Bombas de infusão de insulina). Atua em atendimento clínico em clínica de gastroenterologia em São José 
dos Campos - SP.
Rosangela Passos de Jesus 
Professora Adjunta da Escola de Nutrição da UFBA (ENUFBA). Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade 
de Medicina da USP. Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Nutrição 
Clínica Funcional, coordenadora do Ambulatório de Nutrição e Hepatologia do Hospital Universitário Prof 
Edgard Santos. 
Sandra Matsudo 
Médica Especializada em Medicina Esportiva pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Doutorado e pós-
doutorado em Ciências pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Diretora Geral do Centro de Estudos do 
Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul - CELAFISCS. Coordenadora geral do Projeto Longitudinal 
de Envelhecimento e Aptidão Física de São Caetano do Sul. Coordenadora pela IUHPE dos Cursos de Atividade 
Física e Saúde Pública - Agita Mundo. Professora Titular do Curso de Educação Física do Centro Universitário 
FMU. Editora Executiva da Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Autora dos Livros: “Avaliação do Idoso 
- Física e Funcional”, “Envelhecimento e Atividade Física” e “Obesidade e Atividade Física”. 
Valéria Paschoal 
Nutricionista. Mestre na área de Nutrição e Pediatria pela UNIFESP – EPM. Editora Científica da Revista 
Brasileira de Nutrição Funcional. Coordenadora científica e docente convidada dos cursos de Nutrição 
Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a 
Universidade Cruzeiro do Sul. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Autora dos Livros “Nutrição 
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos 
Compostos Bioativos”, “Nutrição Clínica Funcional: câncer” e “Tratado de Nutrição Esportiva Funcional”. 
Coordenadora da Comissão Científica do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). Membro do The 
Institute for Functional Medicine – USA. Nutricionista do CSA Brasil (Community Supported Agriculture - 
Agricultura Sustentada pela Comunidade). Membro do conselho consultivo da CNTU (Confederação Nacional 
dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados).
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Coordenação e Autores
Lista de Autores
Cristiane de Oliveira Cravo
Nutricionista Clínica Funcional. Mestre em Fisiopatologia Clínica Experimental pela UERJ. Pós-graduada 
em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul em parceria com a VP Centro de Nutrição 
Funcional. Docente de graduação da Universidade Castelo Branco. Docente convidada dos cursos de pós-
graduação Universidade Cruzeiro do Sul em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional. Docente de 
pós-graduação pela UERJ.
Débora Kelly Oliveira das Neves 
Graduada em Nutrição pelo Instituto Metodista Bennett (2010). Pós-graduada em Fitoterapia Funcional pela 
Universidade Cruzeiro do Sul (2016). Nutricionista no Núcleo de Saúde do Trabalhador da Fundação Oswaldo 
Cruz, onde trabalha no campo da saúde, trabalho e ambiente. Atua em atendimento clínico nutricional em 
consultório.
Gabriela Pimentel
Nutricionista graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pós-graduada em Nutrição nas doenças 
crônico não transmissíveis pelo Albert Einstein. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade 
Cruzeiro do Sul. Pós-graduada em Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul. Docente dos 
cursos de pós-graduação em Fitoterapia Funcional Universidade Cruzeiro do Sul. Atua em atendimento 
clínico nutricional em consultório.
Gustavo Barbosa dos Santos 
Bacharel em Treinamento Desportivo pela UNICAMP. Especialista em Treinamento e Nutrição Esportiva, 
LABEX-UNICAMP. Mestre e Doutor em Biologia Funcional e Molecular – UNICAMP.
Hugo Comparotto 
Graduado em Nutrição e Metabolismo pela FMRP-USP (SP, 2011). Especialista em Obesidade e Emagrecimento 
pela Universidade Gama Filho (SP, 2013). Especialista em Nutrição Esportiva Funcional pela Universidade 
Cruzeiro do Sul (SP, 2013). Consultor científico e desenvolvimento de novos produtos na Atlhetica Nutrition, 
First e Cuida Bem. Responsável pela Equipe Hábitos Nutrição Clinica e Esportiva – Cia Athletica Ribeirão 
Preto – Ribeirão Preto - SP e Academia Acqua – Araraquara – SP. Palestrante e professor de pós-graduação 
em nutrição esportiva
Isabela Pereira Gouveia
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Estagiária em Nutrição no departamento 
científico da VP Centro de Nutrição Funcional.
Luiz Lannes Loureiro 
Nutricionista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011), Mestre em Nutrição Humana 
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014) e Especialização em Nutrição Esportiva Funcional pela VP 
Centro de Nutrição Funcional/UNICSUL. Atua com pesquisas voltadas para Nutrição Esportiva, Metabolismo 
Basal, Bioquímica Nutricional, Fisiologia Esportiva e Desenvolvimento de alimentos e suplementos para fins 
especiais.
Rodrigo Minoru Manda
Biomédico com graduação pela UNESP/Botucatu (2008). Aprimoramento Profissional em Laboratório e 
Metabolismo Nutricional Desportivo pela Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP (2010). Especialização 
em Atuação Multiprofissional em Medicina do Exercício Físico e do Esporte pela Faculdade de Medicina de 
Botucatu/UNESP (2011). Mestrado em Patologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP (2012). 
Doutorado em Patologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP (defesa em 2017). Professor 
colaborador do Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição (CeMENutri) da Faculdade de Medicina de 
Botucatu/UNESP. Palestrante na área de metabolismo, exercício físico e nutrição esportiva. 
Wagner Alessandro dos Reis
Nutricionista formado pelo Centro Universitário Newton Paiva/BH. Especialista em Formação Pedagógica 
para Profissionais de Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
Pós-graduado em Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul. 
Pós-graduando em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul. Docente convidado do curso 
de pós-graduação da Universidade Cruzeiro do Sul. Docente da Escola Técnica Profissional de Nível Médio 
do SITIPAN – MG. Nutricionista e diretor do Espaço Wagner dos Reis. Personal Nutrition Funcional. Realiza 
palestras em empresas, escolas e academias.
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Índice
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Nitrato: suplementação, fontes dietéticas e efeitos na performance
Receita: Tortinha de Legumes com Taioba 
Interpretando a dosagem da vitamina B12
Série Agroecologia: Parte II - A importância das abelhas para a agroecologia
Astragalus membranaceus e os seus benefícios para a saúde: um estudo de caso 
Os efeitos da vitamina D na hipertrofia muscular17
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Débora Kelly Oliveira das Neves e Gabriela Pimentel
Astragalus membranaceus e os seus 
benefícios para a saúde: um estudo de caso 
Astragalus membranaceus and its health benefits: A case study
Resumo
Astragalus membranaceus é uma planta muito utilizada como um adaptógeno, e suas atividades se concentram principalmente nas 
ações imunomoduladora, antioxidante e anti-inflamatória. Seus principais componentes são os polissacarídeos, flavonoides e saponinas, 
aminoácidos e oligoelementos. Este estudo de caso, conforme os critérios de Roma III, apresentava o diagnóstico de Síndrome do 
Intestino Irritável (SII), com sinais e sintomas de flatulência, distensão abdominal, queixas em relação ao sistema imune como herpes 
labial recorrentes. A prescrição nutricional contou com uma dieta com baixo teor de oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e 
polialcoois fermentáveis (FODMAPs). Alimentos com glúten foram excluídos, pois o seu consumo por pacientes com SII pode desencadear 
sintomas intestinais e sistêmicos. Foi sugerida a utilização de probióticos, por contribuírem para uma regulação do processo inflamatório, 
equilibrando as citocinas inflamatórias pró e anti, e por melhorarem a barreira intestinal, favorecendo a diminuição dos sintomas. O uso 
de ômega 3 foi mantido por seu papel anti-inflamatório e por ser imunomodulador. O tratamento nutricional e fitoterápico teve como 
objetivo reduzir a inflamação, sinais e sintomas gastrointestinais e melhorar a imunidade. O uso de Astragalus membranaceus se torna 
interessante por suas funções já conhecidas como anti-inflamatório, antioxidante, imunoprotetor. Foi realizada uma revisão bibliográfica 
através das bases de dados BIREME - Medline, LILACS, SciELO e PubMed, nos idiomas português e inglês, entre os anos de 1990 e 
2016, sendo esses artigos originais. Concluiu-se que a conduta nutricional utilizada levou a um resultado positivo, com a melhora da 
maioria dos sinais e sintomas apresentados pela paciente. Porém é necessário um maior acompanhamento com o uso dos mesmos para 
afirmar a melhora a partir do uso do fitoterápico. 
Palavras-chave: Fitoterapia, Astragalus membranaceus, Síndrome do Intestino Irritável
Abstract
Astragalus membranaceus is a plant widely used as an adaptogen, and its activities are mainly concentrated in the immunomodulatory, 
antioxidant and anti-inflammatory actions². Its main components are polysaccharides, flavonoids, and saponins, amino acids and trace 
elements². This case study, according to the criteria of Rome III, presented the diagnosis of Irritable Bowel Syndrome (IBS), with signs 
and symptoms of flatulence, abdominal distension, complaints regarding the immune system as recurrent cold sores. The nutritional 
prescription had a low content of oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides and fermentable polyalcohols (FODMAPs) 7. 
Foods with gluten have been excluded because their consumption by patients with IBS could trigger intestinal and systemic symptoms. 
The use of probiotics has been suggested to contribute to a regulation of the inflammatory process, balancing pro and anti-inflammatory 
cytokines by improving the intestinal barrier, thereby favoring the reduction of symptoms. The use of omega 3 has been maintained 
due to its anti-inflammatory role and for being an immunomodulator. The nutritional and phytotherapeutic treatment aimed to reduce 
inflammation, gastrointestinal signs and symptoms and improve immunity. The use of Astragalus membranaceus becomes interesting, 
due to its functions already known as anti-inflammatory, antioxidant, immunoprotective². A bibliographic review was performed through 
BIREME databases - Medline, LILACS, SciELO and PubMed, in Portuguese and English, between the years of 1990 and 2016, being 
such articles originals. It was concluded that the nutritional management led to a positive result, with the improvement of most of the 
signs and symptoms presented by the patient. However, a broader follow-up is necessary to affirm the improvement from the use of the 
phytotherapic.
Keywords: Phytotherapy, Astragalus membranaceus, Irritable Bowel Syndrome
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Débora Kelly Oliveira das Neves e Gabriela Pimentel
A
Introdução
Astragalus membranaceus (AM) é uma planta 
nativa do norte e leste da China. É conhecida como 
HuangQi na China e na Coreia, sendo uma das 
ervas medicinais mais utilizadas e prescritas em 
muitas fórmulas chinesas para reforçar “Qi” (a 
energia vital). Sua raiz é a parte medicinal da 
planta¹. 
Muito utilizada como um adaptógeno, foi em-
pregada na medicina chinesa durante séculos para 
a debilitação geral e crônica. Suas atividades se 
concentram principalmente em suas ações imu-
nomoduladora, antioxidante e anti-inflamatória, 
além de auxiliar no tratamento de insuficiência 
cardíaca².
Seus principais componentes são os 
polissacarídeos, flavonoides, e saponinas, ami-
noácidos e oligoelementos². Os polissacarídeos 
(APS) constituintes do AM são conhecidos por 
suas propriedades anti-inflamatórias e funções 
imunomoduladoras. Sobre o efeito dos APS sobre 
a resposta inflamatória e as mudanças estruturais 
no lipopolissacarídeo (LPS), sugere-se ação anti-
-inflamatória e de estrutura de proteção contra LPS 
(resultado obtido em cultura de células Caco-2 
infectadas), resultado preliminar que indica um 
possível efeito do AM no tratamento preventivo 
para as células do intestino³. 
A ação anti-inflamatória também pode ser 
associada à presença dos compostos astraga-
losídeos V e IV, constituintes das saponinas 
no AM, que podem inibir a produção de óxido 
nítrico induzida in vitro por LPS em macrófagos 
RAW264, sem citotoxicidade, explicando, em 
parte, o potencial uso desta planta no tratamento 
de doenças inflamatórias¹.
Denzler et al.4 sugeriram que o AM pode ter 
um efeito clínico sobre a proliferação celular 
e a cicatrização de feridas. Além disso, pode 
apresentar propriedades antivirais, efeito que 
ocorre indiretamente por meio da modulação 
de citocinas pró-inflamatórias, induzindo a 
mobilização de leucócitos e plaquetas.
O efeito anti-fadiga do AM pode ser explicado 
pela diminuição dos níveis séricos de lactato e 
amônia e aumento da deposição de glicogênio no 
músculo e fígado, promovendo, assim, o melhor 
desempenho no exercício, sugerindo-se o AM 
como agente ergogênico e antifadiga5. 
Sun et al.6, em seus estudos acerca da doença 
de Alzheimer, relatam que a ação antioxidante 
pode ser explicada pela ação do astragalosídeo 
IV, por inibir a abertura do poro de transição 
de permeabilidade mitocondrial (PTPm). Esta 
abertura é um evento chave na neurotoxicidade, 
que pode ocorrer pela disfunção mitocondrial 
que ocorre em resposta ao Ca2+ por sobrecarga 
ou acumulação de espécies reativas de oxigênio 
(EROS). Estes dados obtidos sugerem que o 
astragalosídeo IV pode proteger as mitocôndrias 
por meio da inibição induzida por abertura PTPm 
causada pelas proteínas Aβ1-42, e que, em última 
análise, ainda pode proteger as células SK-N-SH 
contra Aβ1-42. 
O presente estudo de caso, conforme os 
critérios de Roma III, apresenta o diagnóstico de 
Síndrome do Intestino Irritável (SII), com sinais 
e sintomas de flatulência e distensão abdominal. 
Além disso, houve o relato de queixas em relação 
ao sistema imune, como herpes labial recorrente, 
e que tais sinais e sintomas interferiam de modo 
significativo na qualidade de vida, seja no trabalho 
ou em sua vida pessoal.
Mudanças no plano alimentar foram propostas, 
como a suspensão de xenobióticos, incluindo os 
suplementos alimentares e medicamentos tomados 
por conta própria. A prescrição nutricional 
contou com uma dieta com baixo teor de 
oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos 
e polialcoois fermentáveis (FODMAPs) por 
auxiliar a modificar favoravelmente a microbiota 
intestinal e restaurar as anormalidades nas células 
endócrinas gastrointestinais7.Alimentos com 
glúten foram excluídos, pois o seu consumo por 
pacientes com SII pode desencadear sintomas 
intestinais e sistêmicos, provavelmente pelo fato 
de o glúten estar relacionado com a capacidade 
de alterar negativamente as funções da barreira 
intestinal8. Foi orientada a utilização de 
probióticos, por contribuírem para uma regulação 
do processo inflamatório, equilibrando as citocinas 
inflamatórias pró e anti, e por melhorarem a 
barreira intestinal, com isso favorecendo a 
diminuição dos sintomas9. O uso de ômega 3 foi 
mantido por seu papel anti-inflamatório e ainda 
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Astragalus membranaceus e os seus benefícios para a saúde: Um estudo de caso 
por ser imunomodulador10. Além das medidas 
nutricionais mencionadas, uma dieta variada, 
rica em vitaminas e minerais, foi prescrita 
à paciente, juntamente ao uso de alimentos 
prebióticos. Como tratamento fitoterápico 
associado às condutas nutricionais foi prescrito 
o AM, devido às suas conhecidas funções como 
anti-inflamatório, antioxidante e imunoprotetor². 
O tratamento nutricional e fitoterápico teve como 
objetivo reduzir a inflamação, sinais e sintomas 
gastrointestinais e melhorar a imunidade.
Metodologia
O presente trabalho corresponde a um estudo 
de caso. Foram realizados 3 atendimentos 
clínicos nutricionais no ano de 2016. No primeiro 
atendimento, por meio de um questionário de 
anamnese funcional padrão e um questionário 
de sinais e sintomas, foram coletados todos os 
dados referentes ao histórico pregresso e estado 
atual, sendo os sinais e sintomas correlacionados 
na Teia de Inter-relações Funcionais, instrumento 
usado na nutrição funcional para identificar os 
possíveis gatilhos, antecedentes e mediadores 
do caso em questão. Foi proposto um tratamento 
nutricional e fitoterápico, com a elaboração de 
um plano personalizado e prescrição fitoterápica. 
Dentre as plantas usadas na prescrição fitoterápica, 
a escolhida para realização do levantamento 
bibliográfico foi o Astragalus membranaceus. 
A metodologia empregada na revisão 
bibliográfica11 para embasamento das condutas 
envolveu o levantamento de artigos indexados 
nas bases de dados BIREME - Medline, LILACS, 
SciELO e PubMed, publicados entre 1990 e 
2016. Para a busca nas bases de dados foram 
utilizados os seguintes descritores: Phytotherapy, 
fitoterapia, Astragalus membranaceus, e Síndrome 
do Intestino Irritável. 
Detalhamento do caso estudado 
MMC, gênero feminino, 32 anos, solteira, 
contadora. Avaliação antropométrica indicou 
eutrofia (IMC 20,22 Kg/m²), perímetros dentro da 
normalidade e sem apresentar risco cardiovascular 
conforme o perímetro de cintura. Procurou 
atendimento nutricional por demanda espontânea 
com o objetivo de melhorar os sintomas 
gastrointestinais e ganho de massa muscular. 
Apresenta talassemia desde a infância. Na vida 
adulta teve gastrite por presença de H. pilory, 
apresenta endometriose, intolerância a lactose e 
SII. Apresenta, ainda, queixas de enxaqueca e 
episódios recorrentes de herpes labial. 
O ciclo menstrual e a endometriose são 
regulados com o uso de anticoncepcional há 15 
anos. Refere fazer uso de alguns medicamentos 
e suplementos por conta própria, incluindo 
polivitamínico e Leucogen para melhora da 
imunidade; whey protein, Tribulus terrestris 
e DHEA com o objetivo de ganho de massa 
muscular; Lipo-6 e Anarchy para aumento 
de disposição para realizar a atividade física; 
probiótico para tratamento de disbiose; Lactosil 
quando realiza a ingestão de produtos lácteos, 
devido a sua intolerância; Neosaldina para 
episódios de dor de cabeça, em uma frequência 
próxima de 4 vezes por semana. 
Em seu histórico familiar, a mãe é falecida por 
câncer de fígado e apresentava hepatite C. 
Em relação aos sinais e sintomas da paciente, 
refere ter frequentemente desconforto e dor 
abdominal, acompanhados de azia, vômito, 
flatulência, distensão abdominal e ansiedade. A 
função intestinal oscilava entre constipação e 
diarreia, e conforme a Escala de Bristol, suas fezes 
se encontravam entre os números 1 e 7. 
Sobre seu consumo alimentar, ingeria em 
demasia alimentos industrializados e com perfil 
alergênico ao longo do dia. Antes de realizar a 
atividade física, no início da noite, consome batata 
doce e suplementos como Tribulus terrestris e 
ômega-3. Após a atividade física consume whey 
protein e realiza o jantar. Dorme por volta das 23h. 
Em relação à teia alimentar das interconexões 
metabólicas, apresenta gatilhos como disbiose 
intestinal, endometriose, consumo de xenobióticos, 
padrão alimentar com excesso de suplementação 
sem orientação profissional e endotoxinas 
intestinais, apresentando radicais livres, citocinas 
inflamatórias e Tensão Pré-Menstrual (TPM) como 
mediadores, influenciando nos sinais e sintomas 
da paciente. 
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Detalhamento da conduta nutricional
Em relação à conduta dietoterápica, foi realizada 
a suspensão dos suplementos utilizados sem 
orientação profissional (exceto ômega-3), produtos 
lácteos e com glúten e oleaginosas. Com o objetivo 
de melhorar a mucosa e a função intestinal, foram 
realizadas prescrições de glutamina, prebióticos 
(como biomassa de banana verde e aveia sem 
glúten) e probióticos, que também foram incluídos 
para auxiliar na melhora da imunidade, queda 
de cabelo e as hipersensibilidades relatadas. As 
condutas foram orientadas por um período de 30 
dias, com posterior reavaliação. Foi orientada a 
consumir produtos orgânicos a fim de minimizar 
os xenobióticos no organismo.
A conduta fitoterápica incluiu o tratamento 
com uma tintura vegetal constituída de Casearia 
sylvestris, Boswellia serrata, Baccharis trimera, 
Angelica archangelica e Uncaria tomentosa, com 
o objetivo de melhorar a digestão, imunidade 
e disposição. Ainda em relação à conduta 
fitoterápica, foi prescrita uma fórmula de extrato 
seco de Astragalus membranaceus (raiz; 400 mg) e 
Allium cepa (bulbo; 100 mg), 2 doses ao dia, uma 
pela manhã e outra 30 minutos após a atividade 
física, com objetivo de melhorar a imunidade. 
A paciente conseguiu seguir o plano alimentar, 
porém referiu que, por estar se sentindo melhor, 
eventualmente fez o uso de lactose e glúten. 
Conduta mantida com exceção do fitoterápico 
na forma de extrato seco. Foi prescrito 20 g de 
Waxy Maize, uma dose diária antes da atividade 
física, a fim de melhorar a disposição e força. Foi 
prescrita proteína vegetal, uma medida de 36 g, 
após a atividade física. Ambas as prescrições sem 
corantes, sem lactose, sem glúten. 
Resultados e discussão
No decorrer do acompanhamento nutricional, a 
paciente teve uma boa adesão à conduta sugerida. 
Obteve melhora significativa da maioria dos 
sintomas apresentados, como herpes labial, 
sintomas gástricos e função intestinal. Porém, 
apresentou insatisfação com a perda de peso 
que manteve ao longo do tratamento, muito 
possivelmente devido à retirada dos excessos de 
suplementos alimentares de que fazia uso ao longo 
do dia. No intervalo da primeira para a segunda 
consulta, a paciente relatou conseguir seguir o 
plano alimentar, referindo perda de peso, o que 
levou à insatisfação, pois tinha como objetivo o 
ganho de massa muscular. Relatou dificuldade para 
encontrar a tintura vegetal, por isso não iniciou o 
uso logo no início, e foi repetida a prescrição. 
Ainda referia um episódio de herpes labial neste 
período. Foram mantidas as prescrições de ômega 
3, glutamina e probiótico. A suspensão dos 
produtos lácteos, com glúten e oleaginosas foi 
mantida. Na terceira consulta, a paciente relatou 
melhora significativa nos sintomas digestivos, 
função intestinal mais controlada, e segundo a 
escala de Bristol as fezes estão no tipo 3 e 4. Negou 
episódios de herpes labial nesse período. Ainda 
referia falta de disposição mesmo com o uso do 
fitoterápico proposto. Com o uso dos probióticos 
e daglutamina, além da suspensão de alimentos 
com glúten, lácteos e pró-alergênicos, em geral, a 
paciente obteve melhora nos sintomas intestinais.
Ao longo do acompanhamento nutricional a 
paciente apresentou melhoras nos sintomas de 
dor de cabeça, sintomas gastrointestinais de uma 
maneira geral, função intestinal mais controlada 
(fezes no tipo 3 na escala de Bristol). A partir do 
questionário de sinais e sintomas, no primeiro 
atendimento preencheu com 36 pontos; já no 
segundo e terceiro atendimentos pontuou menos, 
com 16 e 13 pontos, respectivamente. 
Comparando os resultados obtidos com a 
literatura, podemos observar que a melhora dos 
sintomas gastrointestinais pode estar relacionada 
ao uso do probiótico¹¹. Associado a isto, a melhora 
possivelmente se deve à ação anti-inflamatória 
da combinação dos fitoterápicos Astragalus 
membranaceus, Allium cepa e Uncaria tomentosa 
e, ainda, à ação digestiva do AM¹². 
Denzler et al.4, em seu estudo, referiram 
modulação do sistema imunológico após a 
administração de extrato de AM via sublingual 
em 2 homens e 2 mulheres, em doses que 
variaram de 0,25, 0,75 e 1,5 ml/kg. Apesar de o 
estudo apresentar limitação pelo baixo número 
amostral, indica possível ação imunomoduladora 
do AM, que, no presente estudo de caso, pode ter 
contribuído para o não aparecimento/recorrência 
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de herpes labial no período de acompanhamento. 
A melhora da função imunológica pelo AM 
pode ser explicada pela modulação de citocinas 
inflamatórias, conforme encontrado no estudo 
de Mao, Cheng e Zhou¹³, que avaliou os efeitos 
de AM sobre os níveis de interleucinas 2 e 10 e 
interferon-γ em 106 pacientes com herpes simples. 
O grupo de pacientes que recebeu AM apresentou 
melhora em todos os parâmetros avaliados, 
indicando que o AM pode modular a função 
imunológica em pacientes com herpes. Contudo, 
mais estudos são necessários para a confirmação 
desses resultados.
Em relação à disposição e à fadiga, a paciente, 
mesmo em uso do Astragalus membranaceus, 
relatou que não houve melhora, resultado diferente 
quando comparado ao estudo de Yeh et al.5. O 
tempo de uso da paciente foi menor que o do 
estudo em questão, motivo que pode justificar a 
diferença de resultado. Outra possível razão é que 
o estudo avaliado foi realizado em animais. 
Conclusão
Conclui-se que a conduta nutricional utilizada 
levou a um resultado positivo, com a melhora 
da maioria dos sinais e sintomas apresentados 
pela paciente. Porém, é necessário um maior 
acompanhamento com o uso dos mesmos para 
afirmar a melhora a partir do uso do fitoterápico. 
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Referências
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15015443

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