Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CAMPUS BAIXADA SANTISTA Funções Várias Variáveis FVV II Aula 5 2018 Profa. Adriana Cálculo Vetorial Campos Vetoriais Os vetores da Figura 1 representam os vetores velocidade do ar e indicam a velocidade escalar, a direção e o sentido do vento em pontos a 10 m da superfície. Associado a cada ponto do ar, podemos imaginar um vetor velocidade do vento. Este é um exemplo de campo vetorial de velocidade. Cálculo Vetorial Outro tipo de campo vetorial, chamado campo de força, associa um vetor força a cada ponto da região. Um exemplo é o campo de força gravitacional. Campos Vetoriais A melhor maneira de enxergar um campo vetorial é desenhar a seta representando o vetor F (x, y) começando no ponto (x, y). Podemos visualizar F fazendo isso para alguns pontos representativos em D, como na Figura. Cálculo Vetorial Uma vez que F (x, y) é um vetor bidimensional, podemos escrevê-lo em termos de suas funções componentes P e Q da seguinte forma: F (x, y) = P (x, y) i + Q (x, y) j = P (x, y), Q (x, y) ou, de forma mais compacta, F = P i + Q j Observe que P e Q são funções escalares de duas variáveis e são chamadas, algumas vezes, campos escalares para distingui-los dos campos vetoriais. Campos Vetoriais Exemplo 1 Um campo vetorial em é definido por F (x, y) = –y i + x j. Descreva F esboçando alguns dos vetores F (x, y). Cálculo Vetorial Campos Vetoriais Suponha que uma carga elétrica Q esteja localizada na origem. Pela Lei de Coulomb, a força elétrica F(x) exercida por essa carga sobre uma carga q localizada no ponto (x, y, z) com vetor posição x = x, y, z é onde ε é uma constante (que depende da unidade usada). Para cargas de mesmo sinal, temos qQ > 0 e a força é repulsiva; para cargas opostas temos qQ < 0 e a força é atrativa. Considerando a força por unidade de carga: Então E é um campo vetorial em chamado campo elétrico de Q. x = x i + y j + z k e | x | = : Cálculo Vetorial Uma classe importante dos vetores de campo surgem do processo de se encontrar gradientes. Se f é uma função escalar de duas variáveis, o seu gradiente f (ou grad f ) é definido por f (x, y) = fx (x, y) i + fy (x, y) j Portanto, f é realmente um campo vetorial em e é denominado campo vetorial gradiente. Da mesma forma, se f é uma função escalar de três variáveis, seu gradiente é um campo vetorial em ℝ3 dado por f (x, y, z) = fx (x, y, z) i + fy (x, y, z) j + fz (x, y, z) k Campos Gradiente Cálculo Vetorial Campos Gradiente Exemplo 2 Determine o campo vetorial gradiente de f (x, y) = x2y – y3. Exemplo 3 Cálculo Vetorial Divergente e Rotacional Vamos definir duas operações importantes para o estudo de vetores de campo no espaço. O divergente e o rotacional. A origem deles vem do estudo do movimento dos fluidos, onde o divergente está relacionado ao fluxo do fluido na direção ou se afastando de um ponto e o rotacional se relaciona com as propriedades do fluido naquele ponto. Cálculo Vetorial Integral de Linha Nesta seção, definiremos uma integral que é semelhante à integral unidimensional, exceto que, ao invés de integrarmos sobre um intervalo [a, b], integraremos sobre uma curva C. Tais integrais são chamadas integrais de linha. Elas foram inventadas no começo do século XIX para resolver problemas que envolviam escoamento de fluidos, forças, eletricidade e magnetismo. Exemplo 4 Cálculo Vetorial Integral de Linha Começamos com uma curva plana C dada pelas equações paramétricas x = x(t) y = y(t) a t b Se dividirmos o intervalo do parâmetro [a, b] em n subintervalos [ti – 1, ti] de igual tamanho e se fizermos xi = x(ti) e yi = y(ti), então os pontos correspondentes Pi(xi, yi) dividem C em n subarcos de comprimentos s1, s2, . . . , sn. (veja a Figura ) Cálculo Vetorial Fazemos a seguinte definição, por analogia com a integral unidimensional: Integral de Linha Verificamos que o comprimento da curva C é: Se f é uma função contínua, então o limite na Definição 2 sempre existe e a fórmula seguinte pode ser empregada para calcular a integral de linha: Cálculo Vetorial Integral de Linha O valor da integral de linha não depende da parametrização da curva, desde que a curva seja percorrida uma única vez quando t cresce de a para b. Se s(t) é o comprimento de C entre r(a) e r(t), então Um modo de memorizar a Fórmula 3 é escrever tudo em termos do parâmetro t: Use a parametrização para exprimir x e y em termos de t e escreva ds como: Calcule C (2 + x 2y) ds, onde C é a metade superior do círculo unitário x2 + y2 = 1. Exemplo 5 Cálculo Vetorial Integral de Linha Cálculo Vetorial Integral de Linha Exemplo 6 Cálculo Vetorial Integral de Linha Exemplo 7 Cálculo Vetorial Integral de Linha Cálculo Vetorial Integral de Linha Exemplo 8 Cálculo Vetorial Integral de Linha As respostas em (a) e (b) no exercício anterior foram diferentes, apesar de as curvas terem as mesmas extremidades. O valor de uma integral de linha, geralmente, depende das extremidades e também da própria trajetória. (Já veremos um caso em que a integral independe do caminho). As respostas também dependem da orientação ou sentido ao percorrer a curva. Se invertermos o caminho na parte 1 temos –C1 e o segmento vai de (0,2) para (-5,-3). Refaçam e verifiquem o valor. Em geral, dada a parametrização x = x(t), y = y(t), a t b, esta determina-se uma orientação da curva C, com a orientação positiva correspondendo aos valores crescentes do parâmetro t (veja a Figura, onde o ponto inicial A corresponde ao valor do parâmetro a e o ponto terminal B corresponde a t = b.) Cálculo Vetorial Integral de Linha Cálculo Vetorial Integral de Linha Se –C denota a curva constituída pelos mesmos pontos que C, mas com orientação contrária (do ponto inicial B para o ponto terminal A na Figura 8), então temos –C f (x, y) dx = – C f (x, y) dx –C f (x, y) dy = – C f (x, y) dy Mas, se integrarmos em relação ao comprimento de arco, o valor da integral de linha não se altera ao revertermos a orientação da curva: –C f (x, y) ds = C f (x, y) ds Isso ocorre porque si é sempre positivo, enquanto xi e yi mudam de sinal quando invertemos a orientação de C. Cálculo Vetorial Integral de Linha no espaço Suponhamos agora que C seja uma curva espacial suave dada pelas equações paramétricas x = x(t) y = y(t) z = z(t) a t b ou por uma equação vetorial r(t) = x(t) i + y(t) j + z(t) k. Se f é uma função de três variáveis que é contínua em alguma região contendo C, então definimos a integral de linha de f ao longo de C (com relação ao comprimento de arco) de modo semelhante ao feito nas curvas planas: Cálculo Vetorial Integral de Linha no espaço Calculamos essa integral utilizando uma fórmula análoga à anterior: Observe que as integrais das Equações podem ser escritas de modo mais compacto pela notação vetorial Para o caso especial em que f (x, y, z) = 1, obtemos onde L é o comprimento da curva C. Cálculo Vetorial Integral de Linha no espaço Exemplo 9 Calcule C y sen z ds, onde C é a hélice circular dada pelas equações x = cos t, y = sen t, z = t, 0 t 2. Exemplo 10
Compartilhar