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Inflamação e Estresse Oxidativo: a fisiopatologia das doenças crônicas Nutrição Clínica e Social III Doença aguda/ crônica: inflamação “ Um pequeno corte que cura com o tempo é completamente diferente de um estado de inflamação crônica” O estresse agudo e a ativação do sistema imunológico: eixo hipotálamo-hipófise-adrenal Trauma Hemorragia Infecção Dor, Frio Hipoglicemia Exercício Emoções Epinefrina e Norepinefrina 1. Modulação indireta do sistema imune mediada pelo sistema endócrino Os leucócitos possuem receptores que podem ser regulados pelos hormônios relacionados ao status nutricional. Dirigem o mb. dos combustíveis no sentido da mobilização de reservas: CATABOLISMO ADRENALINA - medula adrenal GLUCAGON - cels. alfa do pâncreas CORTISOL - córtex adrenal 2. Um círculo vicioso: efeitos metabólicos das citocinas pró-inflamatórias FNT, IL-1, IL6 e IF-gama Proteólise Gliconeogênese acentuada Lipólise Proteínas de fase aguda Liberação de radicais livres Diminuição da síntese de glicogênio e lipogênese Anorexia Perda de peso Alterações metabólicas ( resistência à insulina, aumento da lipólise com perda de gordura corporal e massa muscular) Estado inflamatório sistêmico “Auto-canibalismo”: balanço nitrogenado negativo Os efeitos decorrentes da inflamação no estresse agudo dependem da intensidade da lesão As funções efetoras dos linfócitos T citotóxicos, células natural killer, macrófagos e neutrófilos resulta na produção de várias moléculas destrutivas para o hospedeiro, como espécies reativas de oxigênio (ROS) e peroxinitrito (NOO) . O2 85 - 90 % 10 - 15 % Mitocôndrias Oxidases e oxigenases Cadeia respiratória Citocromo P450 D-amino acido oxidase Xantina oxidase Tirosina hidroxilase Utilização do oxigênio em condições fisiológicas Radical hidroxil Óxido nítrico NO Peroxinitrito ONOO Espécies Ativas do Nitrogênio ESTRESSE OXIDATIVO Radicais Livres Antioxidantes Distúrbio do equilíbrio pró-oxidante / antioxidante em favor dos pró-oxidantes, levando ao dano. Externo OH• 10-18 M Peroxidação lipídica Nucleo Dano ao DNA Dano nas Proteínas Aumento da permeabilidade • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Dano sobre membranas Interno Na+ H2O Dano em mitocôndrias Onde os RLs produzem dano? Dano Celular x Proteção Qualquer substância que, quando presente em baixas concentrações, comparadas às de um substrato oxidável, retarda ou inibe significativamente a oxidação deste substrato - enzimático ou não enzimático. ANTIOXIDANTES Halliwell & Gutteridge, 1989. Defesas Enzimáticas Superóxido Dismutase (SOD) Catalase (CAT) Glutationa Peroxidase (GPX) Defesas Não-Enzimáticas Antioxidantes Lipofílicos Antioxidantes Hidrofílicos Alvos potenciais para imunonutrição Barreira intestinal Defesa celular Inflamação local ou sistêmica Nutrientes que influenciam o sistema mune Ácidos Graxos ômega-3: ação anti-inflamatória, downregulation da produção de eicosanóides (mediadores lipídicos); promovem mudanças no produção de citocinas; reduzem a responsividade às citocinas pró-inflamatórias. Aminoácidos sulfurados (cisteína): mantêm a concentração de glutationa, aumentando o estado antioxidante celular. Micronutrientes antioxidantes: Combatem os radicais livres; regulam estado redox celular. Robert F. Grimble, Basics in clinical nutrition: Immunonutrition e Nutrients which influence immunity: Effect and mechanism of action, e-SPEN, the European e-Journal of Clinical Nutrition and Metabolism (2008), doi:10.1016/ j.eclnm.2008.07.015 Antioxidantes Vitamina C: Manutenção da integridade redox/ regeneração da vitamina E Vitamina E: Mais importante antioxidante lipossolúvel. Proteção das membranas lipídicas do dano oxidativo Vitamina A: Diferenciação do tecido epitelial. Envolvido na expressão gênica Zn: Essencial em células de alta proliferação. Cofator da SOD citossólica - Cu/Zn-SOD: enzima-chave antioxidantes Se: Co-fator da glutationa peroxidase (GPX) Envolvido na regulação da síntese de DNA Cisteína/ glutationa: precursora da glutationa Nutrientes que influenciam o sistema imune Arginina: estimula a síntese de óxido nítrico e síntese de hormônio do crescimento (efeito anabólico. Aumenta o número de cél. T auxiliares. Glutamina: importante para as células de divisão rápida, como os imunócitos e a as céls do trato intestinal. Também aumenta a produção de glutationa, melhorando o estado antioxidante Nucleotídeos: ainda com papel menos definido, mas está relacionado a efeitos importantes sobre a função dos linfócitos T. Robert F. Grimble, Basics in clinical nutrition: Immunonutrition e Nutrients which influence immunity: Effect and mechanism of action, e-SPEN, the European e-Journal of Clinical Nutrition and Metabolism (2008), doi:10.1016/ j.eclnm.2008.07.015 Ácidos graxos n-3 Inflamação crônica ou de baixo grau/ sistêmica: quando a inflamação como resposta imunológica não é "desligada" nunca, com constante produção de células do sistema imunológico. Silenciosa e constante, levando a danos teciduais permanentes O que pode causar este estado inflamatório crônico? Excesso de peso Estresse Poluição Tabagismo Sedentarismo Disbiose... Alimentos pró-inflamatórios Cereais refinados (pão francês, massas, arroz polido, bolachas de água e sal ou maisena, bolos simpes) Açúcar Carnes suínas e bovinas gordas Embutidos (salsicha, linguiça e salame) Trigo branco Refrigerantes Bebidas alcoólicas Frituras Produtos industrializados Aditivos químicos Alimentos anti-inflamatórios Ômega 3 (encontrado em peixes de água fria como sardinha, atum, arenque, cavalinha e salmão e na semente da linhaça moída) Legumes e verduras Oleaginosas (castanhas e amêndoas) Leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico e soja) Chás de ervas (principalmente chá verde e alecrim) Clara de ovo Frutas amarelo-alaranjadas (betacaroteno) e vermelhas (antocianinas) Azeite de oliva extra virgem e óleo de canola. Gengibre Alho e cebola (alicina); Manjericão; Cúrcuma (açafrão da terra); Crucíferas (brócolis, couve, couve-flor, nabo, rabanete e repolho) Vitamina C (frutas cítricas) Tomate, pimentão ( licopeno) Probióticos (bactérias que tem ação anti-inflamatória no intestino) Probióticas em produtos alimentícios Bifidobacteriumanimalis DN 173 010 Bifidobacterium Shirota: Lactobacillus johnsonii Activia Yakult LC1 – Nestlé Preconiza-se ingestão semanal mínima de 300 a 500 g de produtos lácteos fermentados contendo entre 106 a 107 UFC/mL Combinação de quatro dos mais importantes micro-organismos probióticos: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium bifidum e Bifidobacterium lactis Formulação ▪ Lactobacillus acidophilus.....1,25 bilhões de UFCs ▪ Lactobacillus rhamnosus.... 1,25 bilhões de UFCs ▪ Bifidobacterium bifidum......1,25 bilhões de UFCs ▪ Bifidobacterium lactis.........1,25 bilhões de UFCs Total...............................5,00 bilhões de UFCs Quantidade em 1 (uma) cápsula É necessário mais pesquisas para compreender verdadeiramente a relação entre dieta e inflamação