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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Resenha Crítica de Caso ISABELLE GOMES DE BARROS LIMA Trabalho da disciplina Teoria do desenvolvimento organizacional Tutor: Prof. Cesar Augusto Lessa Pinheiro Fortaleza 2020 http://portal.estacio.br/ CIRQUE DU SOLEIL Referências: DELONG, Thomas J.; VIJAYARAGHAVAN, Vineeta. História da Organização do Cirque Du Soleil. Harvard Business School, 405 P01 abril 06, 2006. a) Introdução O caso em questão trata do Cirque Du Soleil, uma companhia circense, com base em Montreal, fundada em 1984 por uma trupe de artistas de rua conhecida como "Le Club des Talons Hauts", e que em seu início já haviam criado o primeiro festival para artistas de rua em uma pequena cidade próxima a Quebec. Alguns membros do primeiro grupo se mantiveram ativos no Cirque Du Soleil, Guy Laliberté é um deles, ex-músico e engolidor de fogo que assumiu os postos de presidente e CEO. Em 1984 o Cirque contava com 73 pessoas trabalhando, no final de 2001 a organização já possuía mais de 2100 funcionários no mundo todo, incluindo mais de 500 artistas. De início, o Cirque Du Soleil viajava apenas com um espetáculo por vez, fazendo com que de 1984 até 1989 as apresentações alcançassem uma média de 270.000 pessoas por ano. Em 2001 o número subiu para 6 milhões de espectadores, e em 2002 já circulavam oito produções do Cirque em cartaz em quatro continentes. Guy Laliberté é uma figura importante e relevante deste caso, pois durante a maior parte da existência do Cirque dividiu igualmente a sua propriedade e administração com Daniel Gautier. Laliberté era responsável pela maior parte da produção criativa, ao passo que Gautier se responsabilizava pela administração, especialmente em relação a parcerias externas e financiamento. Em 1998 Laliberté comprou a metade de Gautier, na época a companhia foi avaliada em US$ 800 milhões. b) Desenvolvimento Um dos fatores que contribuíram para o crescimento do Cirque Du Soleil foi sua proposta circense diferente do comum, um circo sem animais, repleto de artistas de rua, palhaços, acrobatas e ginastas produzindo espetáculos teatrais e de dança, cantando músicas em uma linguagem semelhante ao Latim, feita para transcender fronteiras culturais e demonstrar uma companhia atenta à globalização desde a escolha de funcionários até a produção dos espetáculos. O Cirque Du Soleil sob a gestão de Laliberté conseguiu empréstimo do governo federal para realizar a sua primeira turnê, um risco grande, no entanto a companhia conseguiu atrair o público, a expansão do Cirque Du Soleil continua, viajando para outras cidades, produzindo para Europa, Ásia, América do Norte. Toda essa experiência deu ao Cirque sua característica mais importante, produzir uma marca, apresentar uma mística e transmitir uma mensagem intercultural. A diretora de elenco, Murielle Cantin, do Cirque afirma que é um processo muito difícil encontrar novos artistas para a companhia, ela viaja a diversos países buscando artistas locais e fazendo testes. Os artistas eram contratados para explorar a criatividade em meio a constantes mudanças e novos desafios a cada apresentação. Transcendia fronteiras e costumes. Esperava-se que tais variáveis implicassem diretamente no modelo de gestão a ser adotado para consolidar a médio e longo prazo os resultados que Cirque Du Soleil buscava, um modelo de gestão capaz de conta de maneira qualificada de toda essa gama de artistas e funcionários em diversos lugares do mundo. O cirque tentou descentralizar a administração em três divisões regionais para dar melhor suporte as turnês em outros continentes, mas a tentativa não funcionou, a administração voltou a ser centralizada em Montreal.. Alguns funcionários apontavam que o Cirque não era tão original se comparado aos espetáculos que estavam em cartaz na Europa. Estes funcionários esperavam obter maior parte de seu faturamento nos Estados Unidos, uma vez que houve menor sucesso em turnês pela Ásia, e os custos aumentavam na medida em que as turnês estavam se desenvolvendo. O planejamento estratégico para lidar com as preocupações da companhia deveria levar em consideração questões organizacionais como a diversificação de outros tipos de produtos, complexos com arenas, spas e assim por diante; mais executivos nos altos escalões da companhia, o fórum executivo assumia um caráter empresarial; mais concorrentes, o rival Cirque Oz da Austrália tentou impedir o Cirque Du Soleil de obter autorização para se apresentar; os preços dos ingressos também afastava muitas possíveis plateias e causava a ideia de que o circo era um bem de luxo para ricos; tornou-se necessidade reinventar o circo de maneira que funcionasse para os clientes e que também mantivesse os funcionários empolgados, cuidando para não perder a graça para eles. c) Conclusão Laliberté esteve presente em todos os momentos do Cirque Du Soleil desde os impasses mais complicados aos melhores momentos. Sua administração conseguiu educar o crescimento econômico e midiático da companhia e demonstrou capacidade de gerir o conhecimento disponível na equipe do Cirque Du Soleil, mesmo na alta rotatividade dos funcionários. Aprendeu através da experiência dos clientes, dos funcionários e dos artistas a considerar pontos relevantes para um melhor funcionamento da companhia. Articulando esse conhecimento de modo a trabalhá-lo na mesma medida em que busca resultados econômicos e de crescimento financeiro. As platéias tornaram-se grandes indicadores e agregadores de resultados. A relação estabelecida com o público mobilizando emoção, agradecimento e expectativa de um próximo show deu ao Cirque Du Soleil uma garantia de crescimento contínuo e um cenário baseado em qualidade sólida e cativante, tornando o Cirque Du Soleil um exemplo memorável em sua atuação. O caso demonstra habilidade de Laliberté em lidar com os impasses que surgiram na equipe e ao mesmo tempo com as mutabilidades do mercado. Demonstra também habilidade em lidar com equipes bastante diversas e flexibilidade em relação ao acolhimento de diferentes situações, buscando transformar dificuldades em oportunidades.
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