Relatorio de estagio

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EDUCAÇÃO FÍSICA
DANIELE CAROLINA BOLOGNA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO FISICA BACHAREL
	
Londrina 
2020
 DANIELE CAROLINA BOLOGNA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Educação Física da IES Universidade pítagoras Unopar, para a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório em iniciação e treinamento desportivo.
Coordenador de Curso: Fernanda Kelly Seresniki Beraldo.
Londrina 
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO:	3
2 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DE ESTÁGIO:	4
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:	5
4 DISCUSSÕES	9
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
REFERÊNCIAS:	12
1 INTRODUÇÃO:
O estágio curricular obrigatório em iniciação e treinamento desportivo foi voltado para a área de treinamento resistido em atletas de fisiculturismo dando maior ênfase na categoria men´s physique, categoria masculina onde é levada em consideração a musculatura, definição do corpo e beleza facial, e wellness fitness categoria feminina, levando em consideração a simetria corporal, condições do corpo e da pele, e também inclusive sua simpatia para com o público.
Antes restrito a pratica masculina, atualmente também abrange as mulheres. ”tal pratica assemelha-se a um concurso de beleza já que, tal como as misses, as atletas são julgadas pela sua beleza corporal especifica.” (SABINO, LUZ, 2006 apoud BOTELHO, 2009, p.2.) 
Sendo realizado o estágio na academia Melburn fitness, localizada na cidade de Londrina-PR, a qual incluindo outras modalidades como lutas, danças, Crossfit, treinamento funcional, além do treinamento de força resistido, tendo ótimas referências em treinamento desportivo na área de fisiculturismo, na qual os atletas tem o acompanhamento do profissional, treinador, e proprietário da academia, que também acompanhou o estágio, regendo o seguinte cronograma; avaliação física, para objetivar os parâmetros a ser alcançados, e monitorar o desempenho do atleta, estruturação de treinos femininos e masculinos, para a evolução e/ou estabilização do físico, acompanhamento do desenvolvimento do atleta, sempre impondo objetivos e metas a serem alcançados, e controle de treinamento, com as variações de treinos. 
Durante o estágio foi desenvolvidos variações de treinos com quatro atletas do grupo men´s physique, e três atletas do grupo welness fitness, objetivando estímulos diferenciados na musculatura, também houve observações com outras categorias, porém o foco maior foi às categorias a cima citadas. 
2 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE DE ESTÁGIO:
A empresa Melburn fitness é uma academia londrinense onde o foco maior é o treinamento resistido, apesar de apresentar outras modalidades como danças fitness, lutas, e Crossfit, tendo uma ampla abordagem de tais modalidades, que por conta da pandemia estava com funcionamento reduzido, em modalidades coletivas, e tomando rigorosamente as devidas precauções, priorizando sempre a saúde dos funcionários e também clientes, já que educadores físicos promovem a saúde. 
O foco maior da empresa é realmente a promoção da saúde, tendo acompanhamento de seus alunos com exames médicos periódicos, e fornecendo todo auxilio necessário para a perfeita execução de movimentos, para prevenir futuras lesões, consequentemente preservar a boa postura, e também a saúde das articulações, adquirindo o excelente desempenho físico, motor de seus alunos.
Durante o período de estagio pude observar detalhadamente a execução de treino de atletas de alto rendimento, e acompanhar a sua rotina de treinos, exames médicos, avaliações físicas, e a sua evolução (por meio de fotos e antigas avaliações realizadas no inicio de sua carreira). 
	 A academia possui dois sócios proprietários, tendo uma matriz e uma filial localizada ainda na cidade de londrina, porem vamos detalhar apenas a filial da empresa localizada no jardim Agari, possui cerca de sete funcionários e um estagiário, entre eles sendo dois instrutores de musculação, um professor de lutas, dois professores de dança, um funcionário para serviços gerais, um fisioterapeuta. A academia possui estacionamento, climatizador de ambientes e som ambiente, e excelentes aparelhos, para melhor execução e conforto de seus alunos/clientes. 
	Enfim uma frase motivacional redigida pelo Moacir (dono/proprietário): “dieta é difícil, treinar é difícil, mas, estar obeso é difícil, estar doente é difícil, qual dificuldade você prefere?”. Essa frase esta sempre motivando alunos a perseverar, a ir em busca de seus objetivos e não desistir nunca.
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
Avaliações físicas:
No primeiro dia de estagio (21/09/2020) fui apresentada aos atletas pelo Moacir sócio/proprietário, o qual explicou que estaria acompanhando os treinos por cinco dias. Primeiramente foi feito avaliações físicas para comparações de desempenho, o próximo treino somente poderá ser desenvolvido após serem feitas as avaliações.
Por meio da avaliação, são colhidas informações das aptidões cardiorrespiratórias, neuromuscular, composição corporal e flexibilidade que serão utilizados como parâmetros para identificar o estado de saúde e/ou performance do individuo. (PATE et al., 1995; PRESTES; MOURA; HOPF, 2002; GUEDES; GUEDES, 2006).
A avaliação cardiorrespiratória foi feita na esteira, com o teste de esforço submáximo, já que para o teste de esforço máximo se faz necessário a presencia de um medico. A partir deste teste é possível obter os principais índices de limitação funcional, cardiorrespiratória, o VO2max ( consumo máximo de oxigênio), FCmáxima ( frequência cardíaca máxima), e os lineares fisiológicos do atleta. 
Para a avaliação neuromuscular, foi feito o teste de 1RM, já que a prescrição de treino para força é baseada na porcentagem de carga máxima encontrada no teste de 1RM. O teste de 1RM é o mais utilizado, e normalmente é realizado em um exercício previamente estabelecido, no caso foi o supino reto para homens, e leg press 45° para mulheres, sua determinação começa quando o individuo realiza apenas uma repetição do exercício, sendo estabelecida aquela carga como sendo máxima. (GUEDES; GUEDES, 2006; ACMS, 2014).
A avaliação de composição corporal foi realizada através da bioimpedância, dobras cutâneas e circunferência, esses métodos indica o percentual de gordura, massa muscular, e óssea, auxiliando no comparativo de desempenho, mediante tais informações podemos ver o quanto o atleta evoluiu, e quanto pode melhorar.
O teste de flexibilidade apresenta importante fator na capacidade funcional do individuo realizar atividades diárias sem dores na região lombar e cervical, logo informando se há alguma musculatura encurtada, que precisar ser trabalhada no alongamento. O teste utilizado foi o “sentar e alcançar”, teste muito utilizado por apresentar baixo custo e fácil aplicação.
As avaliações foram feitas em homens e mulheres porem os parâmetros de desempenhos é diferente, por conta do sexo, idade, utilizam-se tabelas cientificas para obtenção de resultados, para cada uma das avaliações acima feitas.
Treinos de força e hipertrofia femininos:
No segundo dia de estagio foram analisados os testes de avaliação física para então montar os respectivos treinos, focando a melhora do desempenho do atleta, havia uma atleta com biótipo ectomorfo, a qual devia tomar maior cuidado para que as sessões de treino não fossem prolongadas, pois a atleta possuía maior facilidade em perda de massa, perante tal situação o treino foi montado dando ênfase em estímulos diferenciados, com maior segmentação, porem para as demais atletas a segmentação de treino foi um pouco reduzido, concluindo que havia cinco treinos, cada um dando ênfase em um grupo muscular especifico, como por exemplo:
Treino A: com maior ênfase em quadríceps, e adutor de coxa.
Treino B; com maior ênfase em peitoral, e tríceps.
Treino C: com maior ênfase em posterior de coxa e panturrilha.
Treino D: com maior ênfase em costas e bíceps.
Treino E: com maior ênfaseem glúteo e ombro.
Observação: abdômen era feito todos os dias, porem era trabalhado em partes segmentadas.
	Esses estímulos diferenciados estão relacionados a carga e também a princípios metodológicos. 
	“Em um programa de treinamento avançados cada musculo é treinado ate o esgotamento total de cada fibra muscular. Para isso princípios de repetição forcada, serie negativa, e “drop set” são utilizados muito frequentemente”. (GUIMARÃES NETO, 2009, p.33).
	As técnicas avançadas de sobrecarga utilizadas com as atletas foram pirâmides, superseries, repetições forçadas e negativas.
Após os treinos era feito o treinamento aeróbico, alternando corrida em esteira, bicicleta, e circuito funcional, a cada dia era feito um desses treinamentos. Os atletas passavam quinzenalmente pelo fisioterapeuta, e praticavam diariamente a pratica de ginastica compressiva, tanto homens quanto mulheres. 
Treinos de força e hipertrofia masculino:
Embora os treinos masculinos não seje tão complexo quanto os treinos femininos, por razão hormonal, devemos nos atentar a utilização indevida de asteroides, o nosso principio é chegar na melhor performance de forma natural, sempre orientando os atletas, que muitas vezes são apressados em ver resultados, então optamos por fazer reposições hormonais com acompanhamento medico.
A alimentação adequada e suplementação alimentar são imprescindíveis para que haja melhoria na performance atlética, também é necessário ajustes de sobre carga (peso) para a evolução do atleta, vale ressaltar que todos os atletas quando feito o ajuste de carga deve estar acompanhado de seu treinador, para que haja perfeita execução do movimento e também evitar possíveis acidentes e lesões. 
No dia 23/09 montamos os treinos de acordo com a necessidade especial de cada atleta, em atletas com maior deficiência em tríceps o treino foi voltado para o corpo todo, porém com ênfase em tríceps.
O treino masculino teve uma segmentação diferente do treino feminino, embora seje segmentado em cinco treinos.
Treino A: com maior ênfase peitoral e abdômen.
Treino B: com maior ênfase ombro e panturrilha.
Treino C: com maior ênfase costas e abdômen.
Treino D: com maior ênfase posterior de coxa e quadríceps.
Treino C: com maior ênfase bíceps e tríceps.
Montamos a rotina de treinamento baseado na seguinte forma; regiões enfraquecidas são treinadas antes, priorizando grupos musculares maiores antes dos menores, primeiramente exercícios multiarticulares para só então depois realizar exercícios isolados, garantindo levantamento de força explosivo, ante dos exercícios de força básica.
Acompanhamento do desenvolvimento do atleta:
O acompanhamento do desempenho do atleta é fundamental para a saúde do mesmo e também possível mudança no planejamento de treino, e alimentação. Esse acompanhamento foi feito através de testes físicos, e também exames médicos, foi estipulado metas logo após fazer a avaliação física, caso o atleta não tenha alcançado essas metas/objetivos, tivemos que rever o seu treinamento, alimentação e suplementação, para que haja a correção, e então obtenha melhores resultado.
Quando esta próximo a data da competição esse acompanhamento fica ainda mais rigoroso, os fisiculturistas se preparam para as competições através da eliminação da cordura corporal não essencial, aprimorada no ultimo estagio por uma combinação de desidratação extracelular e saturação de carboidratos, obtendo assim grande visualização da definição e vascularização muscular.
Controle de treinamento:
No ultimo dia de estagio vimos sobre o controle de treinamento, que seria ter o controle do desempenho do atleta, percentual de carga de cada treino, suas melhorias e/ou falhas, para então obter o controle de treinamento, o treinador do atleta deve acompanhar todos os seus treinos, auxiliando na execução e observando todo o seu desempenho físico, fazendo inclusive anotações, assim como foi observado, para o profissional esse controle é essencial para que possa elaborar o próximo treino, e até mesmo fazer adaptações de exercícios. 
O registro escrito, tanto das vivencias pessoais como das praticas profissionais, é essencial para que cada um adquira uma maior consciência de seu trabalho e da sua identidade como professor. (Nóvoa, 2009, p. 182).
4 DISCUSSÕES:
Observei durante o estagio que o supervisor de campo tinha a preocupação em passar aos atletas exercícios que pudessem fortalecer ainda mais regiões enfraquecidas, ou menos desenvolvidas, sempre priorizando a saúde e conforto do atleta durante a execução do exercício. O Moacir sempre procurava fazer um feedback com os atletas, informando oque havia sido realizado, por que foi realizado de tal maneira, expondo oque poderia ser melhorado no próximo treino, e sempre ouvia a opinião dos atletas, referente ao treino, e também ao desenvolvimento do físico. 
Em nenhum momento observei algum tipo de descontentamento ou recusa dos atletas pra execução da atividade, pelo contrario, todos chegavam muito empolgados para saber como seria o novo treino, oque iria mudar, e após executarem o exercício falavam que foi mais uma superação, por realizar algo diferente ou por ter o aumento de carga (peso). 
As sessões de treino duravam cerca de uma hora, variando ate uma hora e meia, onde estava incluso o aquecimento de 15 minutos antes do treino, o treino, e 10 minutos de alongamento depois do treino, alguns atletas treinavam, e depois voltavam para a academia exclusivamente para fazer a liberação miofascial, realizada pelo fisioterapeuta.
Alguns autores sugerem que alteração da flexibilidade fáscial pode ser uma fonte de desalinhamento corporal, levando a uma fraca biomecânica muscular, alinhamento estrutural irregular, menor força e coordenação motora.c(AJUMSHA et all., 2015). Portanto a liberação miofascial auxilia no desempenho do atleta, na flexibilidade para atividades diárias, e também para ter uma melhor harmonização corporal. 
Desde o primeiro dia, sempre fui bem acolhida por todos, a academia no geral, entre atletas, clientes e iniciantes sempre observei um clima harmonioso entre todos, todas as duvidas que tive foram sanadas, e comprovadas tanto na pratica como na teoria também, o Moacir sempre muito atencioso, tanto comigo, quanto com os demais alunos, sempre incentivando o nosso crescimento, e melhora em todas as áreas. 
Eu já havia tido um pequeno contato com a área da musculação, a qual já vinha com um embasamento, porem obtive a oportunidade de presenciar o dia-a-dia de atletas de alto rendimento o que me forneceu muito conhecimento pratico. O Moacir sempre me mostrava como deveria ser feito, e depois me assistia, não media esforços para me ensinar e sanar todas e qualquer duvida, ate mesmo os próprio atletas me passavam o conhecimento que já possuíam, agregando muito em minha formação acadêmica. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	Durante o estagio supervisionado tive a oportunidade de aprender e aplicar na pratica todo o conhecimento que obtive em diversas matérias da graduação, foi uma experiência incrível, que aguçou ainda mais minha paixão pela Educação Física e suas vertentes, o estagio se apresentou como importante ferramenta para a minha construção de identidade profissional.
	Realmente é uma área que me identifiquei muito e possivelmente irei atuar, pois antes da pratica não tinha a visão que tenho nos dias de hoje, após o estagio, a musculação em si pode mudar a vida de muitas pessoas, promovendo a saúde, auxiliando no fortalecimento principalmente de idosos que já não conseguem realizar com facilidade movimentos e atividades do cotidiano.
	As experiências vivenciadas durante o estagio contribuiu para um olhar mais atento as demandas da profissão, no decorrer das orientações senti a necessidade de ir em busca de materiais, artigos, textos, autores renomados na área, para aprofundar meus conhecimentos, o que considero um ponto positivo, o Moacir sempre me indicou artigos relacionados ao tema debatido durante o dia, para que eu pudesse complementar ainda mais oconhecimento adquirido.
	 O estagio foi voltado especialmente para a área de iniciação e preparação esportiva de atletas, porem por estar dentro da sala de musculação também tive contato com outras pessoas, em especial uma senhora de 64 anos de idade, que relatou como a musculação transformou sua vida, ela tinha problemas musculares, e dependia de uma gaiola que auxiliava na sustentação do tórax, pois não conseguia ficar em pé, após um ano de musculação com orientação profissional, ela já não depende mais da gaiola e consegue realizar todos os movimentos perfeitamente bem, essa historia me motivou muito.
	
REFERÊNCIAS:
SANTOS, R. R. Analise comparativa entre as praticas de treinamento para hipertrofia adotada por fisiculturistas e as evidencias cientificas. Disponível em: https://scholar.google.com.br/ acesso em 02 de nov. 2020.
SCHWARZENEGGER, A. enciclopédia de fisiculturismo e musculação. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. manual pratico para avaliação em educação física. 1 ed. Barueri: Manole, Barueri, 2006.
PRESTES, J.; FOSCHINI, D.; MARCHETTI, P.; CHARRO, M.; TIBANA, R. Prescrição e Periodização do Treinamento de Força em Academias. 2ed. Barueri: Manole, 2015.
AJIMSHA, M.S.; AL-MUDAHKA, NOORA R.; AL-MADZHAR, J.A. Effectiveness of myofascial release: Systematic review of randomized controlled trials. Journal of bodywork & movemet therapies, v.19, n.1, p.102-112, january, 2015.
NÓVOA, A. (Org.). Vida de Professores. Porto: Ed. Porto, 1992.