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AULA 1
Quem nunca teve que administrar o seu dinheiro para chegar ao fim do mês? Ou economizou algum para um projeto futuro? Não é necessário ser um empresário para perceber a Economia em nossa vida. 
Todos nós temos necessidades de alimentação, de moradia, de estudo, de transporte, de lazer, entre outros; os quais precisamos satisfazer com os recursos disponíveis, sendo estes, fartos ou escassos.
A Macroeconomia estuda o desempenho global, ou seja, a economia como um todo. Produção de bens e serviços, taxas de inflação, taxas de desemprego, poupança, consumo, investimentos e governo. É a economia das cidades, das nações, dos grandes sistemas econômicos. É ela que estuda e propõe soluções, por exemplo, para situações de desemprego em massa, ou grandes crises de um dado mercado.
A Microeconomia é o ramo que estuda o comportamento dos agentes econômicos, as unidades individuais, em relação ao mercado consumidor, empresas, donos dos recursos de produção. A relação entre os produtores e os consumidores, isto é, do mercado, do lugar de encontro destes agentes.
O mercado turístico não é diferente dos demais. Nele  também existem as forças  de mercado, mais conhecidas como: demanda  e oferta.
A oferta turística pode ser entendida como sendo o conjunto de recursos naturais e artificiais de uma cidade, região ou país, assim como os bens de serviços ligados à atividade turística. Engloba o que está presente no local de destino e que pode ser oferecido aos turistas para satisfazerem as suas necessidades. Porém, a oferta turística apresenta algumas particularidades a serem consideradas, tais como:
Impossibilidade de estocagem
quer dizer que a maioria dos serviços turísticos não pode ser guardados para consumo posterior. 
EXEMPLO: assento no avião, ocupação de unidades habitacionais.
Competitividade
por não ser considerado um item de necessidade básica e primária do homem, a oferta turística está fortemente sujeita à concorrência de outros bens e serviços. 
EXEMPLO: viajar de férias ou reformar a casa? Viajar ou pagar um curso?
Extrema rigidez
quer dizer que a oferta turística é pouco flexível, pois é muito difícil transformar as atividades turísticas em outras formas de exploração econômica. 
EXEMPLO: o avião tem a finalidade de transporte, não se prestando à outra atividade como hospedagem, alimentação, lazer etc.
Intangibilidade
quando o consumidor compra um produto que não pode ser tocado, não é concreto, uma vez que a maioria dos serviços turísticos não pode ser estocada. 
EXEMPLO: divertir-se no parque da Disney.
Imobilidade
é impossível transportar a oferta turística de um lugar para o outro. Ao invés de deslocar o produto é o consumidor que precisa ir até o produto. 
EXEMPLO: O Corcovado e a estátua do Cristo Redentor estão localizados no Rio de Janeiro, para conhecê-los é preciso ir até eles. O produto turístico é estático, não vai ao encontro do consumidor; é sazonal, não acontece o ano inteiro, está condicionado ao clima e às férias escolares, por exemplo; e intangível, sujeito à percepção da observação e vivência por parte do turista. Rotas, roteiros e destinos podem se constituir em produtos turísticos, por exemplo.
O mercado turístico está na categoria de “concorrência imperfeita”
Isto se justifica pelo fato dos produtos serem diferenciados e não homogêneos e intercambiáveis...
... ou seja, cada produto turístico é único, dentro do mercado, pois não existem duas destinações oferecendo atrativos, produtos ou serviços idênticos.
A demanda turística pode ser definida como a quantidade de bens e serviços turísticos que os indivíduos desejam e são capazes de consumir, a um dado preço, em determinado período de tempo. 
O principal agente econômico responsável pela demanda é o consumidor de produtos turísticos, também chamado, turista. Diferente do que acontece com a oferta, na demanda, quanto maior o preço de determinado bem ou serviço, menor a procura, ou seja, quanto menor for o preço de dado produto, maior será a motivação de adquiri-lo.
Todas as atividades relacionadas ao planejamento e ao gerenciamento turístico pretendem aumentar ou controlar a demanda.
 
Para constituir a demanda é preciso entender o que é ser turista, pois a demanda turística não é homogênea e sim heterogênea e complexa, onde se encontram presentes conflitos de desejos, necessidade, gostos e preferências.
A oferta turística é formada pelo conjunto de produtos e serviços colocados à disposição do consumidor. Assim, os produtos turísticos ofertados são constituidos pela articulação entre:
Atrativos Turísticos
Os atrativos turísticos são os recursos naturais, recursos histórico-culturais, realizações técnicas e científicas e acontecimentos programados.
Equipamentos e Serviços Turísticos
Os equipamentos e os serviços turísticos correspondem ao conjunto de edificações, instalações e ações indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística; principalmente os meios de hospedagem, alimentação, entretenimento, agenciamento, informação entre outros serviços, visando atender e suprir as necessidades do turista.
Infraestrutura de Apoio ao Turismo
A infraestrutura de apoio ao turismo, chamada de complementar, é a estrutura necessária para viabilizar a atividade turística, em um determinado local, tal como: iluminação, saneamento, serviços de saúde, sistema de transporte, sistema de comunicação, segurança, entre outras.
O grupo de Retirantes Urbanos, propõe um roteiro de turismo com trilhas para grupos que gostam de atividades ao ar livre, com caminhada e contato direto com a natureza, na Serra Negra, no estado de Pernambuco.
De acordo com os seus conhecimentos sobre produto turístico e utilizando o mapa e as legendas referentes a Serra Negra (PE), pode-se dizer que o roteiro da trilha oferecida pelo grupo de caminhada, “Retirantes Urbanos”, consiste em: transporte com ar-condicionado; lanche de bordo; guia local; coordenador especializado em ecoturismo e material didático e o percurso de 8 Km com aclives e declives em um grau de dificuldade médio e, ao término uma visita ao Centro de Artesanato de Pernambuco, pode ser considerado um produto turístico?
Cite e caracterize alguns dos atrativos turísticos apresentados no mapa.
O roteiro da trilha oferecida pelo grupo de caminhadas, “Retirantes Urbanos”, em Serra Negra (PE), possui na sua proposta, elementos que caracterizam um produto turístico, tais como: bens e serviços auxiliares e de apoio ao turista; recursos turísticos; atrativos turísticos e infraestrutura de apoio ao turismo. Como exemplos de atrativos turísticos podemos citar os naturais, como a pedra pintada, o mirante do cruzeiro, a gruta do amor; e os culturais, como a casa de cultura popular, o memorial J. Borges e o centro de artesanato de Pernambuco.
AULA 2
Você saberia definir
o que é Turismo?
Sabia que vários conceitos têm sido criados, com o intuito de atender as necessidades e situações específicas desta área?
Pois bem, vamos iniciar esta aula conceituando Turismo
Existe um certo consenso entre as definições de vários campos de
conhecimento, em diversas épocas do Turismo, como sendo: 
• o deslocamento temporário; 
• a não realização de atividade remunerada no destino;
• a necessidade de afastamento do lugar permanente de residência; 
• a existência de motivações das viagens.
Conforme o deslocamento do viajante, as categorias do Turismo apresentam-se como sendo: receptivo, emissivo e doméstico.
Turismo Receptivo
Por se tratar da localidade receptora e seus respectivos atrativos, bens e serviços o Turismo Receptivo corresponde à oferta turística e refere-se ao conjunto de bens, serviços, infraestrutura e atrativos, prontos para atender as expectativas dos indivíduos que adquiriram o produto turístico.
Turismo Emissor
O Turismo Emissivo é aquele gerado pela viagem de pessoas residentes em um país, para outra localidade, e que permaneça em seu destino por mais de 24 horas e por menos de um ano, não recebendo remuneração no local visitado.
Turismo Doméstico
O Turismo Doméstico se constitui de viagens dentrodo próprio país/região de residência. No Brasil, esse tipo de turismo é muito explorado, principalmente nas épocas de crises e dólar com valor alto, quando viajar para o exterior torna-se bem mais caro. Apesar de haver campanhas no exterior com a finalidade de trazer estrangeiros para visitar o Brasil, os que mais movimentam o turismo brasileiro, atualmente, são os turistas domésticos.
Desde 1994 a Organização Mundial do Turismo (OMT – UNWTO), utiliza como referência a seguinte definição:
“O Turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes de seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios entre outras”
É importante destacar que as definições oficiais estabelecidas pela OMT, são
meramente técnicas e surgem como tentativa de se criar um parâmetro mundial
para chegar a resultados estatísticos padronizados.
Com a globalização, muitas foram as mudanças que afetaram o setor turístico. Elas impulsionaram o crescimento do Turismo mundial devido ao avanço tecnológico, em especial dos transportes e da internet, proporcionando uma maior disponibilidade e acessibilidade de serviços, instalações e produtos
A globalização também interfere na maneira pela qual conduzimos os negócios, principalmente por estar caracterizado pela dinamização dos fluxos de transações comerciais e financeiras, aumento rápido da concorrência, desregulamentação dos mercados, expansão da comunicação e acessão das redes sociais, pela reestruturação econômica, aumento do número de empresas multinacionais, dentre outros fatores.
O surgimento das mega transportadoras aéreas, das cadeias internacionais de hotéis, das facilidades do pagamento em cheques de viagem e em cartões de crédito, das reservas, entre outras, são marcas dos efeitos da globalização no Turismo.
Fluxo Econômico
Existe uma forte correlação entre o ambiente econômico e a expansão da atividade turística.
Quando a economia cresce, o nível da receita disponível aumenta e parte desta receita é gasta com atividades relacionadas ao Turismo.
Por outro lado, a redução do crescimento da economia, frequentemente, resulta na diminuição do gasto turístico.
O Turismo é capaz de dinamizar a economia promovendo o crescimento de diversos setores.
Este efeito multiplicador da renda, a qual serve de indicador acerca dos impactos econômicos do Turismo, é produto da interdependência existente entre os diversos setores econômicos.
Para a OMT, 52 setores da economia inseridos no setor primário, secundário e terciário são diretamente impactados pela atividade turística, ou seja, a renda obtida com o gasto dos turistas transfere-se para outros setores, à medida que relações comerciais se estabelecem.
O Turismo, analisado sob a perspectiva econômica, refere-se ao sistema de produção necessário para realizar viagens, onde uma variedade de produtos e serviços como: alimentação, combustível, decoração, equipamentos dentre outros, estão presentes, com o objetivo de atender ao cliente turista.
Observamos, então, que o Turismo se relaciona com: agricultura e pecuária, cultura, meio ambiente, segurança, comunicação, transporte, indústria, educação e comércio. Desta maneira, o Turismo é visto como uma atividade geradora de emprego e renda e um grande indutor da economia local, regional, nacional e mundial.
Assim, o Turismo, além de gerar emprego e renda, contribui para a arrecadação de impostos, aumenta a formação do produto interno bruto (PIB) e colabora para a redução dos desequilíbrios regionais.
Como categoria de exportação, o Turismo se situa em 4º lugar, atrás apenas dos combustíveis, dos produtos químicos e dos automóveis.
Para muitos países, a atividade turística é uma das principais fontes de receita e é imprescindível para a geração de emprego e renda.
Assim sendo, neste novo cenário do Turismo, o profissional do segmento, deve ser empreendedor, ético, responsável, engajado, e buscar a sustentabilidade nas suas ações. 
Ele ainda deve saber se comunicar bem; ser hábil em articulação; dominar idiomas; conhecer ferramentas de marketing, inclusive o marketing pessoal; compreender estatísticas; conhecer geografia e história; estar aberto a novas situações e opiniões; perceber e respeitar as diferenças culturais e saber trabalhar em redes.
 Para esta atividade, você deverá assistir ao vídeo “Copa 2014: Impacto econômico”, reproduzido em 22/04/2010, no Jornal Nacional.
O Turismo é capaz de dinamizar a economia promovendo o crescimento de diversos setores. Este efeito multiplicador da renda, a qual serve de indicador acerca dos impactos econômicos do Turismo, é produto da interdependência existente entre os diversos setores econômicos.
Impactos econômicos como: a criação de empregos, o investimento em infraestrutura e a modernização da infraestrutura turística afetarão direto e indiretamente a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Por hoje é só, mas não deixe de reforçar os seus estudos.
AULA 3
Conceito
As políticas públicas em Turismo compreendem o conjunto de decisões e ações consideradas prioritárias que se encontram amparadas legalmente nos programas, nos projetos, nos planos, nas metas e nos orçamentos dos poderes públicos, nos níveis federal, estadual ou municipal, referentes à atividade do Turismo
Atualmente, em âmbito nacional, o Brasil é representado pelo Ministério do Turismo, que por meio de um modelo de gestão descentralizado, orientado pelo pensamento estratégico tem como missão: “Desenvolver o Turismo como uma atividade econômica sustentável, tendo um papel relevante na geração de empregos e divisas, proporcionando a inclusão social” (Brasil: Ministério do Turismo).
Divisão Histórica
A história das políticas públicas em Turismo, no Brasil, pode ser dividida em quatro períodos:
O segundo começou em 1966 com o Decreto-Lei nº 55/66, por meio da criação de um sistema de incentivos fiscais e financeiros e do Sistema Nacional de Turismo, constituído pela Confederação Nacional de Turismo (CNTur), pela EMBRATUR e pelo Ministério das Relações Exteriores.
O segundo começou em 1966 com o Decreto-Lei nº 55/66, por meio da criação de um sistema de incentivos fiscais e financeiros e do Sistema Nacional de Turismo, constituído pela Confederação Nacional de Turismo (CNTur), pela EMBRATUR e pelo Ministério das Relações Exteriores.
No terceiro período, entre 1991 e 1999, o Decreto nº 55/66 foi revogado pela Lei nº 8.181/91 que reestruturou a EMBRATUR e apresentou os objetivos e as diretrizes para a formulação de uma Política Nacional de Turismo (PNT), publicada de fato, em 1996. 
A principal mudança no cenário político do Turismo estaria na substituição da ênfase no desenvolvimento, para a valorização e preservação do patrimônio natural e cultural do país e para a valorização do homem
Em 2003, no primeiro governo de Luís Inácio Lula da Silva, foi criado o Ministério do Turismo (MTur), iniciando uma  quarta etapa na história das políticas públicas, por meio da reestruturação das funções da EMBRATUR ― órgão, agora, destinado à promoção e apoio à comercialização turística internacional ― e do MTur, com as Secretarias Nacionais de Políticas e de Programas de Turismo, que centralizam em um mesmo órgão, programas existentes na área e fica responsável pela execução da política de Turismo por meio dos Planos Nacional de Turismo.
Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional é composta por um Ministério, pela Consultoria Jurídica, pelo Gabinete do Ministro, por uma Secretaria Executiva, pela Secretaria Nacional de Políticas do Turismo, pela Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, pela EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo e pelo Conselho Nacional de Turismo.
Secretaria Nacional de Políticas do Turismo:
Tem o papel de executar a política nacional para o setor, orientada pelas diretrizes do Conselho Nacional do Turismo, este formado por representantes governamentais, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada.  A Secretaria é também responsável pela promoçãointerna e zela pela qualidade da prestação do serviço turístico brasileiro.
A Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo:
Tem a atribuição de promover o desenvolvimento da infraestrutura e a melhoria da qualidade dos serviços prestados ao Turismo.
Instituto Brasileiro de Turismo  - EMBRATUR:
Criada em 18 de novembro de 1966, teve como principal objetivo fomentar as atividades turísticas, criando condições para a geração de emprego, renda e desenvolvimento em todo o país. Porém, a partir de 2003, com a criação do Ministério do Turismo, passou a atuar na promoção, no marketing e no apoio à comercialização dos produtos, dos serviços e dos destinos turísticos brasileiros no exterior.
Estados e municípios:
Estabelecem os organismos oficiais de Turismo com bastante autonomia, ou seja, podem se estabelecer por meio de secretarias, diretorias, superintendências ou departamentos e até mesmo por meio de empresas estaduais e/ou municipais, com subsídios de conselhos estaduais ou municipais de Turismo.
Organizações:
Além dos órgãos públicos oficiais, existem organizações que coordenam vários interesses privados e que representam o trade turístico.
Grupos de interesse:
Existem ainda outros grupos de interesse, tais como, a ABEOC - Associação Brasileira de Empresas de Eventos, ABETA - Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, a ABETAR - Associação Brasileira das Empresas de Transportes Aéreo Regional, ABIH - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, entre outros.
A política de Turismo atual, no Brasil, pretende estabelecer as formas e as dimensões que o Turismo adquirirá no país ou em uma das suas regiões, valorizando os recursos naturais e artificiais, e transformando-os em produto turístico de qualidade e ainda possibilitando o desenvolvimento das localidades. 
Assim, é o Estado que determinará as diretrizes para a melhor utilização dos produtos turísticos nacionais, por meio de organismos públicos ou privados, que façam interlocução entre os cidadãos e o empresariado, com vistas a alcançar uma situação favorável a todos os envolvidos.
Plano Nacional do Turismo
O Plano Nacional de Turismo vem consolidando o Ministério do Turismo como grande articulador do processo de integração dos mais diversos segmentos do setor e procura traduzir uma concepção de desenvolvimento que, além do crescimento, busca a desconcentração de renda por meio de estratégias de regionalização, interiorização e segmentação da atividade turística. 
Tal ação foi elaborada após consulta às diversas regiões brasileiras e a todos os setores representativos do Turismo: ao setor produtivo, aos dirigentes públicos de Turismo e à academia, dentro de um processo permanente de discussão e atualização.
Você sabia que o primeiro Plano Nacional do Turismo foi lançado em 2003 (2003-2007) e o segundo, (2007-2010)?
Agora você saberá um pouco mais sobre eles.
A Copa do Mundo e as Olimpíadas têm influenciado bastante no PNT.
Tais eventos, constituem oportunidades para o Turismo nacional e para a imagem do Brasil no exterior.
Serão impostos desafios importantes para que os investimentos públicos e privados consolidem um legado para toda a população.
O PNT 2011/2014 foi criado em consonância com o Plano Plurianual 2012/2015 e traz como premissa: ampliar o diálogo com a sociedade, reduzir desigualdades regionais, promover a sustentabilidade, incentivar a inovação e promover a regionalização do turismo. 
Segundo o site do Ministério do Turismo, o documento estabelece também objetivos a serem alcançados nos próximos anos. Entre eles, preparar o país para os megaeventos, incentivar o brasileiro a viajar pelo país, incrementar a geração de divisas internacionais, aumentar a competitividade do Turismo brasileiro e fortalecer a gestão compartilhada.
AULA 4
Globalização
O processo de globalização que surgiu nas últimas décadas, vem provocando transformações e estimulando um mercado cada dia mais competitivo, que exige das organizações  um comportamento dinâmico, com vista nas oportunidades apresentadas pelo mercado tanto interno quanto externo. Nesse aspecto, o Turismo pode ser considerado um dos símbolos deste mercado global.
A globalização, influenciada pelos benefícios do avanço tecnológico rompeu as fronteiras e impulsionou o crescimento do Turismo mundial. O acesso aos serviços, facilidades de pagamento através de cheques e cartões, reservas e compras de passagens aéreas via internet, dentre outros fatores, são marcas dos efeitos na globalização no Turismo.
A globalização trouxe ainda mais novidades! Novos destinos foram criados, investimentos maciços no desenvolvimento do setor foram aplicados e, consequentemente, houve o surgimento de novos segmentos turísticos, como por exemplo: negócios, terceira idade, saúde, eventos e o ecoturismo etc.
A globalização trouxe consigo benefícios e malefícios, como por exemplo:
Malefícios
Os malefícios para o Turismo foram o incremento do Turismo de Massa, que apesar de ser lucrativo deixa de ser inviável, com o passar do tempo.
Benefício
Como benefício, o Turismo impulsiona fatores relacionados ao desenvolvimento das comunidades, à empregabilidade, à qualidade de vida e à valorização cultural.
Indicadores de competitividade
A competição entre empresas, sistemas e países, se intensificou de tal forma com a globalização...
... que para se manter no mercado é necessário um aperfeiçoamento constante, em todas as áreas, sejam elas produtivas, técnicas, tecnológicas e humanas.
Para incentivar e desenvolver o modelo de gestão do Turismo, praticado no Brasil e no mundo, é necessário estabelecer um diagnóstico preciso que aponte indicadores. 
A geração de indicadores é fundamental, pois esses dados devem se tornar instrumentos de acompanhamento e desempenho quando interpretados como elementos de uma série histórica e integrada à gestão estratégica.
Um importante esforço no desenvolvimento de indicadores de competitividade no Turismo Mundial é o “Índice de Competitividade em Viagens e Turismo” (Travel and Tourism Competitiveness - TTCI), desenvolvido e publicado pela primeira vez, em 2007, pelo Fórum Econômico Mundial (FEM). O primeiro relatório incluiu 124 países; no ano seguinte, 2008, passou para 130 e em 2009, para 133 países. Em 2011, foram pesquisados 139 países.
A criação de indicadores de competitividade melhorará a capacidade de planejamento, pois esses indicadores reunirão informações para subsidiar o planejamento estratégico, reconhecendo assim os pontos fracos, fortes e as potencialidades. Com o passar dos anos, a construção de uma série histórica, trará a possibilidade de se observar as melhoras, as estagnações e as decadências do setor e será possível avaliar a competitividade ao longo do tempo.
Índice de competitividade turística
O índice não é uma medição da atratividade do país como destino turístico, mas avalia em cada nação, a capacidade de estimular o desenvolvimento da indústria do Turismo, criando para isso, um ambiente capaz de atrair novos investimentos para o setor. 
São pontuadas e analisadas 14 variáveis divididas em 3 pilares:
Primeiro Pilar: marco jurídico
O marco jurídico, inclui as variáveis: 
• políticas e regulamentações;
• sustentabilidade ambiental; 
• segurança cidadã;
• saúde e higiene;
• prioridade para o setor viagens e turismo.
Segundo Pilar: ambiente de negócios e infraestrutura
O pilar ambiente de negócios e infraestrutura inclui as variáveis:
• infraestrutura do transporte aéreo;
• infraestrutura do  transporte terrestre;
• infraestrutura do turismo;
• infraestrutura de informática e de comunicações;
• competitividade do preço no setor viagens e turismo
Terceiro Pilar: recursos humanos, culturais e naturais
No pilar, recursos humanos, culturais e naturais estão incluídas as variáveis: 
• afinidade pelo turismo;
• recursos humanos;
• recursos naturais;
• recursos culturais;
Competitividade turística do Turismo Nacional
Posição do Brasil no mundo
O ranking que avaliou 139 países, em todo o mundo, posiciona o Brasilem 45º lugar geral. 
Em 2º lugar na análise de recursos naturais e na 14ª posição no quesito recursos culturais, com muitos patrimônios mundiais, uma grande proporção de terra protegida e a fauna mais diversificada do mundo.
O Brasil se situa também no 33º lugar no quesito sustentabilidade ambiental.  A rede de transportes e segurança são os pontos negativos.  A qualidade das estradas, dos portos e das ferrovias foram classificadas em 110ª, 123ª e 86ª colocações, respectivamente. A segurança continua sendo um problema bastante sério, colocando o país na posição 130, depois de África do Sul e da Rússia.
Segundo a análise, o Brasil sofre imensamente por não ter um preço competitivo ficando na 91ª posição. Isto foi atribuído, em parte, aos impostos altos, destacando as taxas aeroportuárias. O país também não foi bem avaliado sob os aspectos referentes à agilidade burocrática para a abertura de novos negócios, conquistando a 95ª posição neste tema. Conforme a análise dos técnicos do FEM pesaram neste quesito o tempo que se leva para abrir um negócio e as regras que desencorajam o investimento direto estrangeiro.
Clique aqui para ler a matéria do Jornal do Turismo de 01/06/2011 e explique a importância dos indicadores de competitividade para o Turismo no espaço abaixo.
A geração de indicadores é estratégica. Os indicadores de competitividade turística, tal qual o desenvolvido pela FGV/RJ, proporcionam um diagnóstico dos pontos fortes e fracos dos destinos e, assim, esses dados devem se tornar instrumentos de acompanhamento de desempenho. Eles ajudam a ordenar e alocar os recursos, elaborar estratégias para uma atuação viável e diferenciada, baseados em suas competências e suas deficiências.
AULA 5
A Sustentabilidade é então uma mudança do paradigma capitalista tradicional, mas que não exclui o crescimento econômico, entretanto, está orientado por uma nova ética considerando a preservação ambiental, a equidade social, o combate à pobreza e as formas de exclusões sociais, raciais, de gênero, entre outras, para que contribua para manutenção do planeta às gerações que ainda estão por vir.
Portanto, Sustentabilidade tem a ver com sustentável, conservável, durável. Este novo paradigma ganha força a partir da década de 1960, quando um novo conceito de desenvolvimento começou a se consolidar, verificando-se desde então uma maior preocupação da comunidade internacional com os limites do desenvolvimento econômico do planeta.
Turismo como atividade econômica
A Sustentabilidade deve ser entendida como o princípio estruturador de um processo de desenvolvimento centrado na eficiência econômica, na diversidade cultural, na proteção, conservação do meio ambiente e na equidade social. 
O Turismo como uma atividade econômica do capitalismo atual tem
fundamental importância para a sociedade e um fator de
relacionamento humano e de integração política, cultural e econômica
em um mundo cada vez mais globalizado. 
Porém, pode trazer tanto impactos positivos quanto impactos negativos.
Entendemos o impacto como sendo uma ação ou um conjunto de ações
incidentes sobre determinado aspecto no ambiente, natural, social,
cultural, originando uma transformação no seu comportamento.
Turismo Sustentável
De acordo com a definição da Organização Mundial do Turismo (OMT), Turismo Sustentável é aquele que atende não apenas às necessidades dos turistas e das regiões receptoras, mas ao mesmo tempo protege e fomenta as oportunidades para o futuro. O desenvolvimento sustentável do Turismo é fruto de uma gestão a qual utiliza todos os recursos de forma a satisfazer as necessidades econômicas, sociais e estéticas, respeitando, ao mesmo tempo, a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas que sustentam a vida.
Turismo Sustentável
Ainda segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2009), o desenvolvimento sustentável do Turismo é um processo contínuo que requer monitoramento constante dos impactos que a atividade pode causar, de modo que, com ações de manejo, seja possível minimizar os impactos negativos e maximizar os benefícios potenciais, introduzindo medidas preventivas ou de correção de rumos.
Turismo Sustentável
Também conforme a OMT, esse processo requer a participação e o comprometimento de todos os atores envolvidos com o Turismo, principalmente o poder público, o qual deve incentivar e apoiar o processo, estimulando a participação da sociedade por meio da construção de consensos.
Turismo Sustentável
Portanto, os produtos turísticos sustentáveis são desenvolvidos em harmonia com o meio ambiente e culturas locais, de forma que estes se convertam em permanentes beneficiários, e não meros espectadores de todo o processo. O desenvolvimento sustentável parte do pressuposto de que os benefícios devem favorecer a todos os envolvidos no processo. Não se pode entendê-lo somente do ponto de vista do crescimento, compreendido de maneira quantitativa e centrado em variáveis estritamente econômicas.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (1999), a motivação e a conduta dos turistas se caracterizam, cada vez mais intensamente, pelo crescimento da seletividade...
... ao escolher o destino, da sensibilidade pelo meio ambiente e culturas locais e pela exigência de qualidade da experiência.
O conceito de Sustentabilidade deve ser entendido como princípio fundamental na reformulação do planejamento turístico nacional. A partir das premissas de sustentabilidade do Plano Nacional de Turismo (2007-2010) “Uma viagem de Inclusão”, que entende o Turismo não apenas como possibilidade de crescimento econômico, mas também como instrumento de desenvolvimento social através da construção da cidadania e da integração social, o Ministério do Turismo lançou, em 2007, “O caderno: turismo e sustentabilidade”.
Princípios do desenvolvimento sustentável
Os quatro princípios do desenvolvimento sustentável, mantêm uma forte relação entre si e precisam ser planejados conjuntamente, pois essa é a única maneira de se alcançar a sustentabilidade.
Sustentabilidade Sociocultural 
Assegura que o desenvolvimento aumente o controle das pessoas sobre suas vidas, preserve a cultura e os valores morais da população e fortaleça a identidade da comunidade. Tem por objetivo construir uma civilização mais igualitária, ou seja, com mais equidade na distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir o abismo entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres.
Sustentabilidade Ambiental
Assegura a compatibilidade do desenvolvimento com a manutenção dos processos ecológicos essenciais à diversidade dos recursos.
Sustentabilidade Político-institucional 
Assegura a solidez e a continuidade das parcerias e dos compromissos estabelecidos entre os diversos agentes e agências governamentais dos três níveis de governo e nas três esferas de poder, além daqueles atores situados no âmbito da sociedade civil.
Sustentabilidade Econômica 
Assegura que o desenvolvimento seja economicamente eficaz, garanta a equidade na distribuição dos benefícios advindos desse desenvolvimento e gere os recursos de modo que possam suportar as necessidades das gerações futuras.
Embora o aspecto ambiental, por vezes, tenha sido tratado com mais ênfase, vários impactos têm um caráter muito mais sociocultural ou econômico do que exclusivamente ambiental. De modo equivocado, por vezes, sugere-se que o Turismo Sustentável seja simplesmente outro tipo de Turismo, sinônimo de Ecoturismo e antítese do Turismo de Massa. Mas o conceito de desenvolvimento sustentável deve ser aplicado a qualquer segmento do Turismo e em qualquer escala, desde o Turismo de Massa e seus grandes resorts até aquele desenvolvido em pequena escala e em lugares ambientalmente frágeis, de ecossistemas únicos e natureza preservada.
Segundo Programa de Regionalização do Turismo, no Brasil, diversas organizações vêm pesquisando e analisando formas de operacionalizar o desenvolvimento sustentável, na atividade turística, como o Conselho Brasileiro para o Turismo Sustentável, que propõe sete princípiostécnicos.
Esses princípios são:
Respeitar a legislação vigente: o Turismo deve respeitar a legislação vigente no país, em todos os níveis, e as convenções internacionais de que o Brasil é signatário.
Garantir os direitos das populações locais: o Turismo deve buscar promover mecanismos e ações de responsabilidade: social, ambiental e de equidade econômica, inclusive a defesa dos direitos humanos de uso da terra, mantendo ou ampliando, a médio e a longo prazos, a dignidade dos trabalhadores e comunidades envolvidas.
Conservar o meio ambiente natural e sua diversidade: em todas as fases de implementação e operação, o Turismo deve adotar práticas de mínimo impacto sobre o ambiente natural, monitorando e litigando efetivamente os impactos, de forma a contribuir para a manutenção das dinâmicas e os processos naturais e seus aspectos paisagísticos, físicos e biológicos, considerando o contexto social e econômico existente.
Considerar o patrimônio cultural e valores locais: o Turismo deve reconhecer e respeitar o patrimônio histórico e cultural das regiões e localidades receptoras a ser planejado, implementado e gerenciado em harmonia com as tradições e valores culturais, colaborando para o seu desenvolvimento.
Estimular o desenvolvimento social e econômico dos destinos turísticos: o Turismo deve contribuir para o fortalecimento das economias locais, a qualificação das pessoas, a geração crescente de trabalho, emprego e renda e o fomento da capacidade local de desenvolver empreendimentos turísticos.
Garantir a qualidade dos produtos, processos e atitudes: o Turismo deve avaliar a satisfação do turista e verificar a adoção de padrões de higiene, segurança, informação, educação ambiental e atendimento, estabelecidos.
Estabelecer o planejamento e a gestão responsáveis: o Turismo deve estabelecer procedimentos éticos de negócios visando engajar a responsabilidade social, econômica e ambiental, de todos os integrantes da atividade, incrementando o comprometimento do seu pessoal, fornecedores e turistas em assuntos de sustentabilidade, desde a elaboração de sua missão, objetivos, estratégias, metas, planos e processos de gestão.
Verifica-se, portanto, que os produtos turísticos sustentáveis são desenvolvidos em harmonia com o meio ambiente, com as comunidades e culturas locais, de forma que estas se convertam em permanentes beneficiários e deixem de ser espectadoras de todo o processo de desenvolvimento. 
 
Outro ponto fundamental é a garantia de uma boa experiência, trazendo satisfação ao turista, o que facilita o seu envolvimento com a sustentabilidade da região ou produto turístico. Ampliar essa consciência entre os turistas é responsabilidade dos gestores e demais envolvidos na atividade.
Sustentabilidade: variáveis e princípios
A Sustentabilidade requer uma dinâmica complexa combinando cinco variáveis:
O princípio da interdependência diz respeito à rede de relações em que o sucesso de todos depende de cada um, da mesma forma que o sucesso de cada um depende do todo. Essa visão implica transformações profundas nos valores e uma mudança de percepção: é preciso fixar-se mais nas relações do que nos objetos, o que impõe uma visão sistêmica do Turismo.
Como todos os organismos de um ecossistema produzem resíduos, sendo que o resíduo de um pode ser alimento para outro, existe assim a possibilidade de reciclagem.
O princípio da parceria diz respeito ao estabelecimento de ligações e associações que permitam aos parceiros conhecer e compreender melhor as necessidades dos outros. Também aqui é necessária uma transformação social, nas mentalidades, pois o que é valorizado como habilidade no mundo atual, como a competição, a expansão e a dominação, deve dar lugar à cooperação e à tolerância.
A flexibilidade refere-se à capacidade de adaptação a estímulos externos, de maneira que o sistema não entre em colapso. É o difícil equilíbrio entre estabilidade e mudança, entre fidelidade às raízes e a abertura ao novo, entre a preservação da ordem e a liberdade e criatividade dos agentes. Essas diferenças são indicativas de diversidade e de vitalidade de uma comunidade.
O outro princípio é o da diversidade. Este permite a reconstrução, a reorganização da relação entre os membros de uma comunidade, pois a diferença e a diversidade não devem ser traduzidas como desigualdade. O princípio da equidade (igualdade na diferença) é o fundamento do principio da diversidade.
Turismo Sustentável
É importante considerar que o principal aspecto positivo do Turismo, em um país de desigualdades sociais e culturais como o Brasil, é contribuir para diminuir as desigualdades socioeconômicas e, neste sentido, a sustentabilidade deve considerar a relação entre pobreza, ambiente e desenvolvimento. Mas para o desenvolvimento de uma região ou de um produto turístico deve haver planejamento, do contrário as consequências podem ser desastrosas.
Frequentemente, a atividade turística é considerada como uma das únicas esperanças para regiões economicamente deprimidas. É preciso entender que o Turismo pode gerar vantagens do ponto de vista econômico, mas pode também implicar em degradação ambiental, perda da identidade local, entre outros possíveis impactos negativos.
O Turismo, quando planejado e executado dentro dos princípios conceituais da Sustentabilidade, fortalece a cultura local e regional preservando a identidade social, fomentando a diversidade cultural das comunidades, grupos e regiões, com elevação da autoestima dos indivíduos/cidadãos.
As orientações do Ministério do Turismo com relação à promoção da Sustentabilidade no Turismo Regional enfatizam ser imprescindível que seja realizado um planejamento integrado entre os municípios de uma região turística. Esse planejamento necessita, além do conhecimento específico da realidade em que se pretende intervir, de uma contextualização histórica que inclua o conhecimento sobre o passado, das carências e desejos do momento presente, além de uma projeção de futuro, de acordo com expectativas e metas estabelecidas.
O planejamento pressupõe o conhecimento sobre a realidade e as escolhas dos meios mais adequados para transformá-la. É necessário traçar os caminhos a serem percorridos e as providências necessárias para atingir os objetivos desejados. Segundo o programa de regionalização do Turismo, esse planejamento implica também a expectativa dos impactos que as decisões tomadas causarão no futuro, e pressupõe a monitoria, a análise das formas de executar e de avaliar o que foi planejado.
Os projetos devem informar sobre os seguintes pontos ou etapas essenciais: estudo da situação (ou análise do contexto local); dados sobre a instituição, políticas públicas e recursos disponíveis; estabelecimento de objetivos e metas; definição da população alvo prioritária e as atividades e ações a serem efetuadas; identificação de parcerias e alianças; identificação de possíveis aliados e parceiros (formação de redes); seleção das ações e canais mais adequados para alcançar os objetivos; detalhamento do cronograma físico e financeiro; execução do plano, delegação de funções e responsabilidades, definição de produtos; ênfase às formas de monitoria e acompanhamento; avaliação quantitativa e qualitativa das atividades empreendidas (processos e produtos).
Assista ao vídeo “Cama e Café _ Turismo sustentável em Santa Teresa” e identifique algumas características do Turismo Sustentável que justifiquem o de Santa Teresa.
Pode-se perceber, que a sustentabilidade de Santa Teresa se justifica a partir da inserção da comunidade na criação de novos negócios, tal como o Cama & Café. Esse processo envolve a valorização da cultura local, os produtos locais, a divulgação do turismo na comunidade, a preservação do meio ambiente através do uso de materiais reciclados, a educação ambiental da comunidade e do turista e o desenvolvimento de parcerias.
AULA 6
Modificações no ambiente
"Assim que a atividade turística ocorre, o ambiente é inevitavelmente modificado, seja para facilitar o turismo, seja através do processo de produção do turismo".(Cooper et.al.,2007 p. 210)
Segundo o artigo Turismo e Meio Ambiente: Impactos ambientais e Sustentáveis o Turismo possui uma estreita relação de dependência com o meio ambiente. Toda atividade turística necessita de um ambiente para acontecer, e esse ambiente seja ele natural ou não, sofre um processo de descaracterização de seu cenário pela ação humana.
A rigor, não é possível separar os impactos, socioculturais, econômicos e sobre os meios ditos naturais, isto é, do meio físico-biótico. Mesmo naqueles que resultam de práticas realizadas, exclusivamente, na natureza, as repercussões das ações acontecem de maneira inter-relacionada entre o meio físico, os elementos do meio biótico, os costumes/culturas locais e a economia, variando a intensidade dos processos. Desta maneira, podemos traduzir os impactos decorrentes das atividades turísticas como socioambientais.
Um local próprio ao desenvolvimento do turismo é a natureza. Trata-se de um forte atrativo podendo oferecer atividades de recreação e lazer e que vem crescendo no mundo todo. Porém, praticar o turismo no meio ambiente, a partir daqui entendido como meio físico-biótico, não quer dizer que o turista tenha uma relação harmoniosa, respeite os seus componentes tais como água, solos, vegetação e fauna. De qualquer maneira, havendo turismo, existe uma apropriação dos espaços naturais, pela infraestrutura turística, tais como: a abertura de estradas, trilhas ou áreas de camping, implicando em transformações espaciais e causando degradação na paisagem natural.  Se estas apropriações forem feitas de maneira desordenada e sem o devido planejamento, podem acarretar sérios danos.
O ser humano sempre teve uma estreita relação com o meio ambiente, pois..
... ao longo da história utiliza recursos naturais para sua sobrevivência.
Os impactos negativos do Turismo são mais numerosos e apresentam resultados mais rápidos. É importante notar que qualquer ação tem consequências no ambiente natural, isto é, muitos impactos negativos, sejam eles socioculturais ou econômicos, terão repercussões nocivas ao meio ambiente. Por exemplo, a descaracterização de uma comunidade tradicional, como reflexo do turismo não planejado e não inclusivo, incidirá na maneira como essa comunidade vai se relacionar com o ambiente e com os recursos naturais disponíveis à sua volta, buscando outras fontes de renda. Existe, portanto, se planejado, diversas maneiras do Turismo contribuir para a conservação e a proteção do meio ambiente.
POSITIVO
Quanto aos impactos positivos estão: a recuperação da cobertura vegetal nativa em áreas de potencial atratividade turística; os investimentos na melhoria da qualidade da água, particularmente de corpos d´água que sirvam para a prática do Turismo Contemplativo e de Aventura; a inserção social no processo de conservação dos atrativos e, consequentemente, dos recursos naturais, através da educação ambiental.
O uso excessivo dos recursos acontece quando o nível de uso, pelo turista, ultrapassa a capacidade do ambiente de se recompor. Nesse caso, o volume suportado pelo atrativo foi ignorado, preferindo-se dar prioridade aos apelos da demanda. O número elevado de turistas que visitam ao mesmo tempo, um atrativo natural frágil, como uma lagoa dentro de uma caverna, degradando o atrativo até a sua descaracterização, é um exemplo do desrespeito à capacidade de carga que o local é capaz de receber.
A questão crucial para o desenvolvimento do turismo que respeite o meio ambiente está no planejamento das atividades, envolvendo todos os atores e agentes sociais no processo.  Para que tenhamos a compreensão da relação entre meio ambiente e Turismo é necessário que se estimule nos indivíduos, tanto os turistas quanto os membros da comunidade receptora, a capacidade de perceber o ambiente que os cerca. Esta compreensão pode levar a ações transformadoras, mas para que isso ocorra é necessária a participação ativa de todos e não apenas uma atitude passiva com relação ao que está acontecendo.
Século XVIII e XIX
Nos séculos XVIII e XIX também foram organizadas expedições com objetivos científicos. Era a época do Iluminismo, em que se buscava aprofundar o conhecimento da natureza pela observação sistemática e minuciosa. Os naturalistas retratavam em telas e em diários, as paisagens naturais dos locais por onde passavam e relatavam descobertas de riquezas minerais e vegetais.
1980
Historicamente, as atividades na natureza formam um conjunto de práticas de lazer e de recreação que começou a se desenvolver no Brasil, na década de 1980 e estava associada às atividades físicas e desportivas. Nesta época, tanto aqui quanto em outras partes do mundo despontou o chamado mochileiro, um turista alternativo, adepto das viagens para locais distantes, em busca de novas experiências, particularmente em áreas naturais. Ao mesmo tempo, intensificou-se a prática dos montanhistas e dos viajantes com interesses científicos, voltados para estudos da fauna e flora, além de seus países de origem. Por muito tempo, o montanhismo esteve associado ao turismo de natureza.
As atividades do Turismo de Natureza e do Turismo Alternativo transformaram-se para o que, a partir da década de 1980, passou a se rotular Ecoturismo. A estruturação das relações entre Turismo e meio ambiente também data dessa época e surgiu a partir das críticas aos impactos negativos do Turismo de Massa, atento com a conservação/preservação do meio ambiente.
Hoje em dia, sabemos que a natureza é um atrativo importante para o Turismo, pois a constrói como produto e comercializa a experiência, cada vez mais valorizada, em estar na natureza. Ao pretendermos que os negócios se intensifiquem não podemos acabar com a matéria prima. Desta maneira, do ponto de vista ambiental, calcado no desenvolvimento sustentável, o Turismo é um grande negócio, pois além de gerar emprego e renda pode ajudar a conservar/preservar a natureza, uma vez que a utilização consciente dos recursos naturais de hoje é fundamental para que as próximas gerações também possam usufruir desses recursos.
O Turismo pode agregar valor às áreas naturais, principalmente às Unidades de Conservação, como parques e reservas particulares, na medida em que esses ambientes são cada vez mais procurados pelos turistas. Com uma visitação organizada e controlada é possível utilizar as áreas naturais de maneira sustentável. Além de induzir ou estimular a recuperação de áreas degradadas, o Turismo é capaz de contribuir na sensibilização dos turistas para as questões ambientais, ampliando sua percepção da realidade e contribuindo para conservação e proteção do ambiente visitado, desenvolvendo assim, uma responsabilidade compartilhada.
Porém, nem todo o Turismo na natureza é Ecoturismo. Este é considerado como um segmento da atividade turística o qual utiliza, de maneira sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca formar uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. É através da cognição ambiental que somos capazes de interpretar as potencialidades e as limitações que uma área possui para desenvolvimento do Ecoturismo.
Alguns dos princípios listados a seguir foram definidos conforme a visão dos membros que compõem a Rede Brasileira de Turismo Solidário e Comunitário:
Projetos coletivos formais e informais de base familiar, que fortaleçam a organização comunitária, contemplando as questões de gênero, de geração e de etnias, fundamentados nos princípios da Sustentabilidade;
Diversificação econômica, incorporando técnicas inovadoras nas cadeias produtivas por meio da inserção do Turismo, na perspectiva do desenvolvimento local e territorial integrado, compondo redes humanas e produtivas solidárias;
Atitude ética e solidária entre as populações locais e os turistas. Essa atitude deve estar traduzida nas relações comerciais, nos preços, nos intercâmbios culturais, na troca de experiências, nas transferências de habilidades e competências, nas atitudes etc;
Geração e distribuiçãode renda equitativa, de maneira que se obtenham preços justos e satisfação da comunidade e dos turistas, além de promover a distribuição da renda entre os moradores locais;
Valorização da produção, da cultura e das identidades locais e de uma economia solidária;
Cooperação e parceria entre os diversos segmentos relacionados ao Turismo de Base Local e deste com outras localidades que tenham realidade semelhante e potencial para a formatação de novos produtos e serviços;
Desenvolvimento de princípios e critérios para normatizar e regular os empreendimentos e processos turísticos que atendam à necessidade da base local.
A respeito do conceito de capacidade de carga social, pode-se afirmar que o mesmo está relacionado:
AULA 7
Turismo Cultural
O Turismo é, principalmente, uma atividade cultural. Conhecer lugares, assistir à apresentação de manifestações artísticas, degustar pratos peculiares de cada região e compartilhar com nativos a experiência de uma feira local é conhecer elementos que dizem respeito às pessoas e suas sensibilidades, suas normas e valores, suas emoções. É um exercício do turista em experimentar, por alguns momentos, aquilo que é vivido cotidianamente pelos locais.
O Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas a um conjunto de valores de cada local, uma forma de conviver com o passado, de conhecer um patrimônio, de resgatar as culturas, os costumes, as tradições e as crenças mostrando importâncias de cada cidade, valorizando as suas tradições e preservando o seu patrimônio.
“Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura”.
A mercadoria do Turismo Cultural é o produto turístico incluindo na sua composição, bens e valores de características culturais e pretendendo objetivos específicos e concretos de vivências, experiências e práticas culturais. Alguns recortes tais como: Turismo Cívico, Religioso, Místico/Esotérico, Gastronômico, Étnico e Enoturismo são considerados segmentos específicos do Turismo Cultural, o que gera amplas oportunidades para desenvolver roteiros adaptados a diversos gostos e necessidades, tanto do turista nacional quanto do estrangeiro.
Modificações no ambiente
O Turismo Cultural é, hoje, uma realidade para muitos municípios buscando desenvolver-se de forma sustentável e agregar mais valor à sua cidade. Ao valorizar as manifestações culturais, folclóricas, artesanais e a arquitetura da cidade, o Turismo Cultural melhora a autoestima da população local. Mas para tornar-se realmente atrativo aos visitantes o Turismo Cultural deve envolver a comunidade em torno deste objetivo, não só pela possibilidade do desenvolvimento da economia local com a entrada de divisas, mas, principalmente, visando o aproveitamento como propulsor do espírito comunitário e da melhoria na qualidade de vida da população.
Neste caso, a cultura é vista como um recurso comercial, principalmente aquele considerado singular ou incomum pelos atores envolvidos, incluindo os especialistas em marketing turístico e planejadores, e pode ajudar a evitar ou minimizar os impactos negativos sobre a cultura anfitriã que ocorrem como consequência da recepção de turistas.
Para haver a oferta de produtos do Turismo Cultural deve haver a preservação do patrimônio cultural..
... tanto os representados por museus, monumentos, edificações e locais históricos quanto aqueles relacionados às tradições e formas de expressão da sociedade local
De acordo com o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, patrimônio é herança familiar; conjunto dos bens familiares; bem; ou ainda, o conjunto de bens naturais ou culturais de importância reconhecida em um determinado lugar, região, país ou mesmo para a humanidade.
Desta maneira, refere-se a tudo que pode ser considerado como algo que nos foi legado por gerações passadas e que seja importante preservar para transmitir às gerações futuras.
A visão tradicional entende como Patrimônio Cultural apenas o Patrimônio Histórico e Artístico, o conjunto de bens móveis ou imóveis. Esta concepção continua a ser, até hoje, o objeto preferencial de preservação pelas instituições oficiais, municipais, estaduais e federais.
O patrimônio material é composto pela arquitetura, por objetos e monumentos de inegável valor histórico ou artístico, devendo ser conservados como testemunhos de nossa história passada ou presente.
O patrimônio é uma construção social. Ela é um ato dependente das concepções que cada época tem a respeito do quê, para quem e porque preservar. A preservação resulta, por isso, da negociação entre os diversos setores da sociedade, envolvendo cidadãos e poder público. O significado atribuído ao patrimônio também modifica de acordo com as circunstâncias de momento.  Preservar o patrimônio cultural é garantir que a sociedade tenha mais oportunidades de perceber a si mesma. Por isso, a escolha de quais os bens devem ser reconhecidos como patrimônio é uma decisão política e ideológica, refletindo valores e opiniões sobre quais os símbolos devem permanecer para retratar determinada sociedade ou determinado momento. Por isso, há grandes questionamentos acerca de quem possui ou deveria ter autoridade para decidir quais são os bens a serem tombados e, portanto, preservados como herança para as próximas gerações.
Os objetos que formam o patrimônio material passam a assumir o papel de testemunhos da história, da memória e através de seu valor simbólico atribuem um sentido à identidade. Os bens materiais escolhidos para compor o acervo patrimonial brasileiro, representam um poderoso capital simbólico, fruto do legado de diversas etnias como, indígena, europeia e africana. Essa multiplicidade de memórias e de identidades faz com que o patrimônio seja heterogêneo e dinâmico, pois está sujeito a um processo contínuo de formação e transformação.
Na primeira metade do século passado, o patrimônio cultural era sinônimo de obras monumentais, obras de arte consagradas, propriedades e grande luxo, associadas à classe dominante, da sociedade civil ou política. Porém, os conceitos de cultura e de história foram mudando e verificou-se que o homem produz outros tipos de conhecimento como usos, costumes, festas, receitas, linguagem, produção científica, música, sistema de crenças, vestuário, normas sociais e comportamento, enfim, os fazeres, os saberes e todo o imaginário simbólico. Assim sendo, hoje em dia, a ideia de patrimônio cultural abrange os bens tangíveis e intangíveis, ou seja, materiais e imateriais.
Algumas instituições oficiais dedicam-se a orientar políticas que estimulem a preservação e a proteção do patrimônio cultural. O ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), organização não governamental de profissionais, dedicada à conservação e preservação de sítios e monumentos históricos em todo o mundo. Está ligada à UNESCO - Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, ajudando no processo de definição do que nos é direito herdar e sobre o que é nosso dever proteger e perpetuar e dedicado ao estudo de desenvolvimento da cultura em diversos países.
Assista ao vídeo - Destinos Referência. Turismo Cultural: Paraty (RJ)  e coloque a sua opinião sobre o porque de Paraty ser referência em turismo cultural. Procure abranger os atrativos culturais e a infraestrutura turística da cidade.
O centro histórico da cidade, com a sua arquitetura da época colonial preservada, resgatada e restaurada; as comunidades caiçaras, indígenas dos arredores, com seu artesanato, saberes e fazeres; a gastronomia caiçara oferecida, com a preocupação de apresentar as diferenças locais; os alambiques artesanais tradicionais na região, desde o século XVII; o teatro de boneco, a casa de cultura, os eventos internacionais de literatura e de fotografia, projetando a cidade internacionalmente; a acessibilidade ao local a partir das duas grandes metrópoles do país, São Paulo e Rio deJaneiro; rede hoteleira considerada farta e aconchegante, são fatores que fazem de Paraty uma referência cultural em Turismo. A cidade ainda faz parte do roteiro da Estrada Real dado ao seu porto que escoava os produtos que desciam a serra para atravessar o oceano rumo a Portugal: o ouro das Minas Gerais e o café do vale do Paraíba, bem como a melhor cachaça que se produzia nos seus 150 alambiques.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN
No plano nacional, a constituição brasileira estabelece ser de responsabilidade do poder público, com o apoio da comunidade, proteger, preservar e gerir de forma adequada o patrimônio histórico e artístico do país. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN é uma autarquia, atualmente, ligada ao Ministério da Cultura – MinC. Às superintendências regionais do IPHAN competem identificar, inventariar, proteger, conservar e promover o patrimônio cultural, no âmbito de jurisdições específicas; a análise e aprovação de projetos que pretendem alterar áreas ou modificar bens protegidos, exercendo fiscalização, impedindo ações que contrariem a legislação em vigor e aplicando sanções legais; elaborar critérios e padrões técnicos que orientem a conservação e as possíveis intervenções no patrimônio cultural; propor tombamento de novos bens patrimoniais e registrar bens culturais de natureza imaterial.
A sua formação data da década de 1930, quando o discurso do Estado Novo, de Getúlio Vargas tentava estruturar uma ideia de Nação e de identidade nacional. Dentro desse espírito, foi criado, em 1937, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Sobre o Patrimônio Histórico e Artístico nacional o artigo nº 1 constitui o patrimônio histórico e artístico nacional como sendo “o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja do interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico.” 
 
§ 1º Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados parte integrante do Patrimônio Histórico e Artístico brasileiro, depois de inscritos separada ou agrupadamente em um dos quatro livros do Tombo, de que trata o art. 4º desta lei (BRASIL, 1937, Cap. I).
O neoclassicismo propunha um retorno aos modelos estéticos adotados na antiguidade clássica greco-romana, acrescidos de sua interpretação pelo renascimento italiano. Este estilo foi introduzido no Rio de Janeiro pela Missão Artística Francesa, formada por artistas que haviam trabalhado para Napoleão Bonaparte, entre os quais se destacaram o pintor Jean Baptiste Debret e o arquiteto Grandjean de Montigny.
O ecletismo utilizava-se de diferentes influências estéticas, reunindo por vezes, em uma mesma construção, elementos de fontes diversas: neoclássica, barroca, rococó, gótica, mourisca e art nouveau. O ecletismo foi tendência dominante do final do século XIX e início do XX, na Europa, tendo predominado nos conjuntos arquitetônicos erguidos. O estilo conhecido como eclético, na reforma realizada em Paris, em finais do século XIX e inspirou a reforma da capital do Rio de Janeiro, conduzida pelo prefeito Pereira Passos, no centro da cidade, no início do século XX. A partir das escolhas do que deveria ou não ser privilegiado como patrimônio, bens culturais importantes ligados às manifestações ecléticas e neoclássicas acabaram sendo relegados à sua própria sorte, contribuindo para sua destruição.
O patrimônio material, segundo definição do IPHAN, compõe-se de um conjunto de bens culturais, divididos em bens imóveis (núcleos urbanos, sítios arqueológicos, paisagísticos, monumentos arquitetônicos) e bens móveis (coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos e de imagens). 
 
O patrimônio material organizou-se em quatro Livros de Tombo:
Livro de Tombo Arqueológico, Paisagístico e Etnográfico (artes arqueológica, ameríndia e popular);
Livro de Tombo Histórico (arte histórica);
Livro de Tombo das Belas Artes (arte erudita nacional e estrangeira);
Livro de Tombo das Artes Aplicadas (artes aplicadas nacionais e estrangeiras).
Patrimônio Cultural Imaterial
Os testemunhos materiais, normalmente, decorrem de iniciativas ligadas às camadas dominantes da população. Já o patrimônio imaterial envolve o imaginário, os saberes e os fazeres, originários no modo de ver o mundo no processo histórico de cada sociedade. São manifestações intangíveis revelando muito da história de um grupo social. O patrimônio cultural imaterial refere-se a um conjunto de tradições mantidas por algumas comunidades que foram repassadas por seus ancestrais e que serão, por sua vez, transmitidas aos descendentes. 
 
A UNESCO define patrimônio cultural imaterial como sendo “As práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural”.
O conceito de patrimônio histórico e artístico foi pouco a pouco respondendo as demandas dos diversos setores da sociedade brasileira.
A constituição brasileira – 1988, artigo 216, seção II – da cultura, estabelece que: “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos quais se incluem:
formas de expressão; 
os modos de criar, fazer e viver; 
as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
as obras, os objetos documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; 
os conjuntos urbanos e sítios de valor
histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”
O decreto presidencial nº 3551 de 4 de agosto de 2000, sugere o mecanismo de registro do patrimônio imaterial:
“dos saberes”- conhecimentos, habilidades e modos de fazer; 
“das celebrações”, rituais e festas representativas para a sociedade brasileira; 
“das formas de expressão”, expressão literárias, musicais, plásticas cênicas e lúdicas.
O que se deseja preservar, neste caso, é o conjunto de processos, técnicas e de habilidades especiais que atuam na produção cultural. A escolha do termo registro, como instrumento legal de preservação, em substituição a tombamento, reflete o caráter específico desse tipo de patrimônio que se alimenta de um contexto social vivo e, portanto, em constante transformação e reinterpretação.
Os bens para os quais é solicitado o registro como patrimônio imaterial são separados por sua natureza específica para que possam ser inscritos em um dos quatro Livros de Registro, segundo as categorizações que seguem:
1) Livro de Registro dos Saberes – para conhecimentos e modos de fazer que se desenvolveram e se enraizaram no cotidiano das comunidades
Ofício das Paneleiras de Goiabeiras, Espírito Santo; Modo de Fazer Viola-de-Cocho, Região Centro-Oeste; Ofício das Baianas de Acarajé, Bahia.
2) Livro de Registro de Celebrações – para festas e rituais que marcam as relações coletivas de trabalho, da religiosidade, do entretenimento e práticas diversas da vida social.
Círio de Nossa Senhora de Nazaré, Pará.
3) Livro de Registros das Formas de Expressão – para as manifestações artísticas de forma geral: literárias, cênicas, lúdicas, musicais e plásticas .
Kusiwa — Linguagem e Arte Gráfica Wajãpi, Amapá; Samba-de-Roda do Recôncavo Baiano, Bahia; Jongo do Sudeste; Frevo, Pernambuco; Tambor de Crioula do Maranhão; Samba, Rio de Janeiro.
Cidades históricas brasileiras reconhecidas pela UNESCO
Alguns dos sítios urbanos históricos brasileiros fazem parte do Patrimônio da Humanidade reconhecido pela UNESCO. Esses bens foram identificados – por suas características históricas, culturais ounaturais – como referências importantes a serem preservadas para toda a humanidade. A seguir, a lista das cidades históricas brasileiras reconhecidas pela UNESCO:
1. Ouro Preto
Cidade histórica de Ouro Preto, Minas Gerais (reconhecida em 1980): fundada no final do século XVII, a cidade mineira mantém seu casario colonial, suas muitas igrejas, pontes e fontes refletindo toda a prosperidade trazida pelo ouro. Destaca-se o artista Aleijadinho, expoente do barroco brasileiro.
2. Olinda
Centro histórico da Cidade de Olinda, Pernambuco (reconhecido em 1982): fundada no século XVI, a cidade foi saqueada pelos holandeses, no século XVII, sendo retomada pelos portugueses em 1654 e reconstruída. Toda sua história se apoia no cultivo da cana-de-açúcar. Olinda possui um extraordinário conjunto arquitetônico colonial com diversas igrejas barrocas, destacando-se entre elas a Igreja de Nossa Senhora das Neves do Convento de São Francisco, o mais antigo convento franciscano no Brasil.
3. Salvador
Centro histórico de Salvador, Bahia (reconhecido em 1985): fundado em 1549 foi a primeira capital do Brasil e relevante porto para escoamento de açúcar. Um magnífico conjunto arquitetônico. Entre os inúmeros exemplares de arquitetura religiosa de Salvador destaca-se a Igreja de São Francisco, considerada a mais rica do país, com seu interior decorado com talhas barrocas cobertas por ouro. A grande população de descendência africana marcou profundamente a cultura de Salvador, constituindo-se no grande capital cultural da cidade.
4. Brasília
Plano Piloto de Brasília, Distrito Federal (reconhecido em 1987): a nova capital foi criada em 1956, no planalto central do país, como parte do esforço do então presidente Juscelino Kubitschek de valorizar e integrar todo o espaço geográfico brasileiro. O plano urbanístico e os prédios de Brasília são internacionalmente conhecidos e admirados. Sua inclusão como Patrimônio da Humanidade por seu valor histórico, natural e cultural, levou em consideração seu traçado, no qual podem ser encontrados os princípios urbanísticos postulados no século XX e destacados pela Carta de Atenas de 1943.
5. São Luís
Centro Histórico de São Luís, Maranhão (reconhecido em 1997): a cidade de São Luís pertenceu à França, à Holanda e a Portugal, absorvendo um pouco de cada uma dessas culturas. A essas influências foram acrescentadas as referências do povo indígena tupinambá e as dos escravos africanos. Seus casarios coloniais inovaram ao revestir as fachadas com azulejos, usados em Portugal apenas no interior das construções, criando uma tendência que logo seria adotada na metrópole. Entre seus monumentos coloniais destacam-se o Convento das Mercês, o Palácio dos Leões, as Fontes das Pedras e o Teatro Artur Azevedo.
6. Diamantina
Centro Histórico da Cidade de Diamantina, Minas Gerais (reconhecido em 1999): o antigo Arraial do Tijuco ganhou o nome de Diamantina em referência à grande quantidade de diamantes que passou a ser extraída da região e enviada a Portugal, durante os séculos XVIII e XIX. Lá, nasceu a escrava Chica da Silva que casou com o riquíssimo contratador de diamantes português, João Fernandes de Oliveira, tornando-se um mito popular da história local.
7. Goiás
Centro Histórico da Cidade de Goiás, Goiás (reconhecido em 2001): os bandeirantes paulistas encontraram ouro na região habitada pelos índios goiases, dando origem ao que viria ser a Vila Boa de Goyaz. Conhecida como Goiás Velho, representa a aventura da colonização das regiões centrais do Brasil no século XVIII. A cada ano a cidade recebe o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), tendo ainda a procissão do Fogaréu, atraindo à cidade cerca de dez mil visitantes.
8. São Miguel Arcanjo 
Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo (reconhecido em 1983): representa um dos principais testemunhos do período das missões jesuíticas dos guaranis, localizado no município  de São Miguel das Missões, ao noroeste do Rio Grande do Sul. A igreja, construída no século XVIII segue o estilo maneirista, de influência italiana. O sítio, conhecido como ruínas de São Miguel das Missões, abrigou aldeamentos administrados pelos padres jesuítas europeus, com o objetivo de evangelizar as pessoas do Novo Mundo.
AULA 8
Segmentação de mercado
Segmentar o mercado é dividi-lo por grupos homogêneos, por gostos, preferências, idade, classe econômica ou religião, sendo possível desta maneira especificar grupos com padrões de consumo e comportamentos parecidos. Esse padrão de consumo de determinados grupos é o que vai determinar as características que os bens e produtos devem ter e oferecer. 
 
Para o Ministério do Turismo, a segmentação é entendida como uma forma de organizar o Turismo para fins de planejamento, gestão e mercado. Os segmentos turísticos podem ser estabelecidos a partir das características e variáveis da demanda, dos clientes e também dos elementos de identidade da oferta.
A permanente busca de novos produtos turísticos pelos consumidores tem levado a mudanças nas estratégias de planejamento, gestão e promoção do turismo, privilegiando a oferta segmentada de produtos turísticos.
Um novo comportamento de compra tem exigido cada vez mais a criação e a oferta de produtos direcionados para demandas específicas, visando oferecer diferentes experiências para os visitantes. Desta maneira o produto – a oferta - deve estar adequado à demanda.
Para os órgãos municipais e as empresas que irão oferecer os serviços aos turistas é muito importante conhecer esse público que entra em contato direto com a localidade e consome o produto, que pode ser uma praia, um hotel, uma fazenda, um museu, entre outros. Essas localidades e empresas turísticas podem explorar as oportunidades de mercado de diferentes formas, mas, conhecendo o seu público, torna-se mais fácil direcionar e atender os anseios desses consumidores/turistas.  
Para melhor atender esses clientes é necessário entender que não existe um único perfil de público, e sim diversos segmentos que devem ser identificados pelas características e comportamentos de consumo, assim como existem diversas ferramentas de Marketing para atingi-los. A cada dia, surgem novos segmentos, como o do Turismo GLS, Turismo Single, Turismo de Terceira Idade, Turismo de Aventura, Turismo de Guerra, Turismo de Horror, entre outros, cada um preocupado com as características e peculiaridades de sua demanda.
Desta maneira, as vantagens da segmentação do mercado são que esta aumenta a efetividade do Marketing, ao aceitar o fato de que as pessoas não são totalmente iguais nem completamente diferentes. Ao contrário, a segmentação reconhece a heterogeneidade dos mercados, mas indica o caminho para a prática do Marketing eficiente ao agrupar clientes potenciais em segmentos que tendem a ser homogêneos.
Vários benefícios podem ser obtidos a partir de uma atuação segmentada do mercado turístico que o divide em porções menores facilitando a seleção dos públicos alvos e a adequação da oferta à demanda e vice-versa.
Faz parte do processo de profissionalização e aperfeiçoamento da atividade turística conhecer o comportamento do turista e planejar estratégias e ações com o objetivo de promover uma posição competitiva do destino junto aos nichos de mercado que se deseja conquistar e manter.
focar nos mercados estratégicos;
ajudar na elaboração de soluções para as demandas ainda não satisfeitas, representando novas oportunidades de negócios;
facilitar as condições de adaptação dos produtos às mudanças do mercado e das preferências dos turistas;
mercado e das preferências dos turistas;
reduzir o desperdício de investimento, pois as ações passam a ser direcionadas e ter objetivos específicos;
melhorar a comunicação do produto e do destino.
Análise da demanda turística
Como nicho de mercado entendemos aquele segmento que atinge um público pequeno e bem específico. Para segmentar o mercado, é preciso conhecer, por meio de pesquisas, as necessidades dos consumidores-alvo, bem como suas atitudes e comportamentos mais usuais de compra.Este planejamento torna-se importante já que o mercado de Turismo no Brasil se mostra cada vez mais competitivo em função da diversificação das motivações de viagem e do permanente aumento da qualificação da oferta dos produtos turísticos concorrentes.  
 
É importante ressaltar que a análise do mercado deve ser abordada a partir da oferta de um destino e da sua demanda por ele, mas também pelas outras ofertas concorrentes.
Para realizar uma análise da demanda turística, é preciso entender quais fatores que influenciam, aumentando ou reduzindo o fluxo de pessoas nos destinos turísticos.
Existem vários fatores que influenciam a demanda, alguns relativos às preferências e às motivações dos visitantes, e outros atrelados a aspectos relacionados ao macro-ambiente e ao mercado do qual o destino turístico faz parte, tais como:
• sazonalidade; 
• preço;
• taxa de câmbio;
• concentração espacial.
De modo geral, os produtos turísticos são direcionados para uma demanda específica, e com isso acabam caracterizando segmentos ou tipos de turismo específicos. As características da oferta também determinam a imagem e a identidade do produto, e consequentemente, fica mais fácil perceber o perfil de turista que irá consumi-lo. 
 
Alguns principais segmentos desse mercado, pela grande quantidade de fluxo de turistas são o turismo:
de Lazer; 
de Negócios ou Compras; 
de Eventos, Congressos, Convenções, Feiras, Encontros e Similares; 
de Terceira Idade; 
Desportivo; 
Ecológico; 
Rural;
de Aventura; 
Religioso; 
Cultural; 
Científico; 
Gastronômico; 
Estudantil; 
Esportivo; 
de Saúde ou Médico-Terapêutico.
Para a classificação da segmentação do mercado do Turismo são utilizadas várias modalidades. Os teóricos do Turismo apresentam classificações diferentes, quando se trata de mercado turístico. Escolhemos então apresentar os critérios de classificação mais usados os quais se encontram agrupados em cinco modalidades:
A segmentação demográfica segue a divisão da demanda, dos turistas/clientes, através de noção de demografia. É o estudo estatístico das populações, no qual se descrevem as características de uma coletividade, através das taxas de natalidade, migrações, mortalidade, raça, religião, sexo e outras. 
A partir desses critérios, a diferença do mercado turístico classifica os grupos com base nas variáveis: idade, sexo, ciclo de vida, raça, religião, etc. Por exemplo, existem os segmentos de turismo específicos para jovens, pessoas da terceira idade, aposentados, solteiros, viúvos, casados, descasados, casados com e sem filhos, entre outros.
A segmentação econômica do mercado turístico é observada através do poder aquisitivo do consumidor ou turista – da demanda -, ou seja, leva em conta o quanto este possui para gastar com produtos turísticos. Assim, a variável mais importante na análise desse segmento é o poder de compra dos consumidores e, em seguida, os preços dos bens e serviços turísticos. 
Lembrando os conceitos microeconômicos já estudados, sabemos que, quanto mais alto o poder de compra, maior será o montante de produtos turísticos demandados.
turísticos demandados. 
Nos segmentos de mercado baseados no poder de compra do consumidor, podemos distinguir os extremos, para melhor entendimento: segmentos de elevado nível econômico e segmentos de menor nível econômico. 2/2 
Como exemplos de segmento de elevado nível econômico, têm-se alguns resorts luxuosíssimos, cruzeiros marítimos sofisticados e até viagens de turistas ao espaço. Como turismo de baixo gasto os campings e os albergues são exemplos desse segmento.
Separar o público geograficamente significa dividir a demanda em diferentes regiões geográficas emissoras, como cidades, estados ou países. Isso quer dizer que em cada localidade os indivíduos podem ter preferências e demandas distintas e, portanto, oportunidades de negócios diferentes. 
Existem várias abordagens para a segmentação geográfica, tais como o tamanho da área, a densidade populacional e o clima. Este critério de fracionamento é bastante comum no setor de Turismo e refere-se aos aspectos relacionados também à oferta, seja do país, região, cidade
local, como uma região de praias e sol ou uma região de serra e frio, neve, ou ainda uma cidade grande ou uma pequena, seus graus de urbanização; poluição; complexo de estrutura da região ou cidade: transportes, restaurantes, hotéis; quantidade de serviços oferecidos na região ou cidade como, por exemplo, atrativos noturnos.
O termo psicográfico refere-se a uma análise psicológica dos indivíduos, identificando as diversas preferências por um ou mais produto(s) turístico(s). Essas preferências podem ser traduzidas nos motivos pelos quais as viagens são escolhidas, seja por: descanso, lazer, cultura, estudo, conhecimento de lugares, compra de novos e diferentes produtos, entre outros. Destacamos que é fundamental a compreensão de que os turistas – ou um grupo destes – são diferentes, heterogêneos e viajam de acordo com suas preferências, suas motivações. Assim, como existe uma infinidade de destinos para cada gosto e preferência, estes também não
homogêneos. Essa maneira de segmentar diz respeito ao comportamento, ao estilo de vida, à personalidade do cliente, por exemplo, se ele é extrovertido, conservador, impulsivo, tímido etc.
A segmentação social está vinculada à segmentação econômica de mercado contudo, é mais complexa, uma vez que não é só a questão do poder de compra que está envolvida. 
Na segmentação social, destacamos algumas das variáveis mais importantes que atuam nesse segmento. Estas são questões relativas à educação, à ocupação, ao estado familiar e até mesmo ao estilo de vida dos indivíduos. 
 
Assim sendo, classificar a segmentação do mercado turístico tanto pela perspectiva da demanda q
turístico tanto pela perspectiva da demanda quanto pela da oferta, possibilita reconhecer as características e as escolhas dos turistas, tanto como seus principais destinos geográficos, tipos de transporte utilizados, sua composição demográfica - faixa etária e ciclo de vida - nível econômico ou de renda, que serve para análise da elasticidade/preço da oferta e da demanda, além de sua situação social tais como: escolaridade, ocupação, estado civil e estilo de vida. Entretanto o motivo da viagem, lazer, negócio, estudo, entre outros é a principal informação disponível para se segmentar o mercado.
Existe ainda uma demanda potencial de pessoas que não viajam, mas desejam fazê-lo. É muito importante conhecer esse segmento, porque pode e deve ser absorvido pelo mercado turístico. Neste caso, deve-se, portanto, analisar quais são os fatores ou as barreiras existentes para que essas pessoas não viajem. 
Algumas categorias são consideradas como os principais impedimentos para que esta demanda potencial se torne uma demanda real:
Econômia
Uma das principais barreiras é a econômica. Nesta, as restrições orçamentárias inviabilizam as viagens ou a frequência delas.
Tempo
A indisponibilidade de tempo é outra barreira, uma vez que para algumas ocupações profissionais menos flexíveis os indivíduos ficam impedidos de viajar.
Físicas
As limitações físicas, por exemplo, para os grupos de indivíduos da terceira idade ou de portadores de necessidades especiais, podem gerar impedimentos advindos de problemas de saúde, no primeiro exemplo, e a falta de adaptações estruturais para acolher os segundos.
Estrutura Familiar
Outro impedimento seria a estrutura familiar. Muitas famílias, especialmente com filhos pequenos, evitam viajar por causa de falta de comodidade e adaptação para eles. A segmentação de mercado, nesses casos, incorpora novos clientes, pois, ajuda a desenvolver produtos que estimulem a demanda potencial tornar demanda real ao promover pacotes turísticos: fora da alta temporada; para pessoas com necessidades especiais; mais econômicos; ou ainda, incluindo serviços que ajudem os pais com o divertimento e lazer para as crianças.
O MTur, no caderno de Segmentação do Turismo e o Mercado (2010), apresenta algumas perguntas orientadoras da segmentação

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