Buscar

Fundamentos Básicos do Adoecimento Humano

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
1 
 
Reparação Tecidual 
Representa uma tentativa de manter a estrutura e função normal dos tecidos frente a uma lesão. 
Requisitos básicos 
 Eliminação completa da agressão 
 Limpeza da área 
“Precisa ter a área limpa para começar o processo de 
reparação”. 
Quando falamos de reparação tecidual precisamos falar do tipo celular que está envolvido no processo. 
Existem três tipos celulares: 
 Células lábeis. O processo de proliferação celular é permanente, as células estão constantemente no 
ciclo celular (exemplo: epitélios). 
 Células estáveis. Tem capacidade proliferativa mas precisam de um estímulo específico. De uma forma 
geral, não estão no ciclo celular, é preciso de um estímulo (exemplo: músculos). 
 Células permanentes. Tem potencial proliferativo mas é bastante precário, a reparação é muito 
complicada, pois o potencial proliferativo é bastante “inexistente” (exemplo: neurônios). 
Regeneração 
Substituição de célula do parênquima por outras da mesma espécie, havendo assim, reestabelecimento 
estrutural e funcional do tecido. 
Se substitui pela mesma espécie, tem reestabelecimento total do tecido. 
Requisitos 
 Integridade do núcleo (células vivas no local para que a proliferação ocorra) 
 Capacidade regeneradora da célula 
 Comprometimento não acentuado do estroma. Porque? A maioria dos tecidos que promovem 
regeneração vem dos epitélios e eles não tem vascularização, eles precisam do tecido circunjacente 
para que a vascularização ocorra. 
Cicatrização 
É o processo no qual as células lesadas são substituídas por tecido conjuntivo neoformado, com evidente 
alteração da arquitetura e função tecidual. Acontece no caso das células estáveis ou permanentes. 
Fases 
 Limpeza 
 Contração do ferimento 
 Formação do tecido de granulação (molde para que o tecido conjuntivo seja reposto, um tecido 
conjuntivo imaturo que tem fibras muito frouxas, grande quantidade de células e vasos que vão dar o 
arcabouço, um aporte para que o tecido conjuntivo se estabeleça). 
 Reepitelização 
 
Tecido de Granulação 
Tecido VivoTecido Morto
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
2 
 
 Aspecto morulado, hiperêmico (cheio de sangue), flácido, friável e não exsudativo 
 Microscopicamente: fibroblastos, macrófagos, leucócitos e grande número de capilares neoformados. 
Poucas fibras, muitas células e muitos capilares e esse tecido dá arcabouço para que a reepitelização 
ocorra. 
Tipos de cicatrização 
 1º intenção: as bordas dos ferimentos (epiteliais) estão unidas. 
As suturas mantêm as bordas juntas, epitélio se prolifera menos (acelera o tempo de reparo) e menor 
chance de contágio. 
Nem sempre conseguimos transformar segunda intenção em primeira intenção e um exemplo disso é 
a ralada de joelho. 
 2º intenção: as bordas estão separadas. 
7 dias: tecido de granulação instalado, muito celularizado (seja fibroblastos, seja células inflamatórias). 
14 dias: tecido quase completamente reparado. Epitélio fechado e tecido de granulação restrito a uma pequena 
área. 
Complicações da reparação 
 Formação deficiente da cicatriz 
 Deiscência (abertura) do ferimento 
 Contaminação 
 Formação excessiva da cicatriz 
 Cicatrizes hipertróficas e queloides 
Fatores que influenciam a reparação 
Fatores Locais 
 Tipo, diminuição e localização do ferimento; 
 Suprimento vascular; 
 Infecção local; 
 Movimento; 
 Radiação ionizante; 
 Luz ultravioleta. 
Fatores Sistêmicos 
 Idade; 
 Estado circulatório; 
 Estado metabólico (deficiências proteicas e vitamina C); 
 Infecção sistêmica. 
Reparo Ósseo 
O tecido ósseo tem potencial regenerativo por natureza. 
 Atuação de células osteoprogenitoras; 
 Deposição da matriz osteóide (no local); 
 Deposição do tecido cartilaginoso (ossificação endocondral, que é a ossificação a partir da matriz 
cartilaginosa); 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
3 
 
 Síntese de osso primário (calo ósseo); 
 Remodelação. 
 
 
Coágulo é a fonte de mediadores necessários para estimular as células osteoprogenitoras a se diferenciarem 
em osteoblastos e formar o tecido. 
“Quando temos fraturas bem graves que nos ossos longos há o rompimento do periósteo. Quando rompemos 
o periósteo, o coagulo se extravasa” 
Fatores de crescimento: EGF, PGDF, TNF, IL-1, TGF-B 
Periósteo: delimitação do ambiente ósseo 
 “Segura o coágulo e impede que outras populações celulares migrem para a região da ferida”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distúrbios Circulatórios 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
4 
 
Hemostasia: eventos biológicos quando temos a lesão vascular. 
Tem o objetivo de estancar a lesão. 
Distúrbios circulatórios 
Pressão intravascular ou volume ventricular 
 Edema 
 Hiperemia Congestão 
 Isquemia 
Integridade da parede do vaso 
 Hemorragia 
Manutenção do sangue 
 Trombose 
 Embolismo 
 Infarto 
Edema 
Acúmulo de quantidades anormais de líquido nas células, nos espaços ou tecidos intercelulares, ou nas 
cavidades corporais. 
Etiopatogenia 
“Resulta de um aumento de forças que tendem a deslocar líquidos do compartimento intravascular para o 
líquido intersticial” 
Quando temos um equilíbrio dessas duas 
pressões, significa que o organismo está 
em homeostase. Quando tem um 
desequilíbrio, há a formação do edema. 
 Alterações da permeabilidade 
vascular 
 Diminuição da pressão oncótica 
plasmática 
 Aumento da pressão hidrostática do 
sangue 
 Retenção de sódio 
 Diminuição/obstrução da drenagem linfática 
Outras denominações 
 Anasarca: edema generalizado. Pacientes que não podem se locomover. 
 Hidroperitônico ou ascite: acumulo do liquido na cavidade peritoneal. 
 Hidropericárdio (acumulo de líquido dentro do saco pericárdico), Hidrotórax (cavidade pleural), 
hidrocele (testículos), hidrocefalia (cérebro). Comum na idade maior produção do líquido 
cefalorraquidiano, a produção pode ser até normal mas há uma diferença na reabsorção. Com a 
compressão do tecido nervoso e morte dos neurônios, idoso pode perder capacidade de andar, de 
contração da micção, falhas de memória. 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
5 
 
Tipos de Edema 
 Localizados 
 Generalizados 
Localizados: alérgico, inflamatório, edema por obstrução linfática 
Generalizados sistêmicos: renal, cardíaco, gravídico, iatrogênico (acontece por conta de mecanismos de 
drogas, fármacos. Alguns fármacos levam ao aparecimento de edemas). 
Aspectos morfológicos: aspecto mole, mais brilhante, aumento de volume. 
Hiperemia 
Aumento do volume sanguíneo no interior dos vasos de um tecido ou órgão. 
Maior afluxo sanguíneo na artéria e escoamento deficiente na veia. 
 Exemplos: ocular, pele, pulmão. 
Tipos de hiperemia 
 Ativa: artéria 
É o aumento do afluxo sanguíneo num órgão ou tecido, devido a dilatação arterial. 
Mecanismos neurogênicos: 
 
Causas fisiológicas: digestão, exercícios físicos, reflexos na ira e na vergonha. 
Causas patológicas: paralisação dos nervos vasoconstritores, estímulo dos nervos vasodilatadores (febre), 
agentes físicos ou químicos, histamina, serotonina, prostaglandina. 
 Passiva: veias (congestão) 
Retardo no fluxo de sangue venoso de um determinado órgão ou tecido. 
Mecanismos neurogênicos 
 
 
Causas locais: compressão externa das veias, alteração da circulação venosa por causas intrínsecas do vaso, 
trombo e êmbolo. 
Causas sistêmicas: insuficiência cardíaca (lesão no miocárdio e válvulas) 
Aguda 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
6 
 
 Macroscopia: tecidos de coloração vermelho-azulada 
 Microscopia: vasos cheios de hemácias 
Crônica 
 Extravasamento de hemácias 
 Fagocitose local das hemácias 
 Digestão da hemoglobina 
 Acúmulo local de hemossiderina 
“Fígado em noz-moscada” 
Hemorragia 
Extravasamento de sangue em virtude da ruptura vascular. 
Etiologia 
 Fatores extrínsecos: trauma 
 Fatores intrínsecos: asterosclerose (tendência daplaca de ateroma romper no vaso e rompendo pode 
levar a hemorragia), aneurisma, hipertensão arterial. 
 Anormalidade vasculares 
Tipos 
 Externa ou contida dentro de um tecido (acúmulo chamado de hematoma) 
 Petéquicas: diminutas hemorragias (1 a 2mm) na pele, mucosas ou superfícies serosas. 
 Púrpuras: hemorragias > 3mm 
 Equimose: hematoma subcutâneo > 1 a 2 cm 
 Outros: hemotórax, hemopericárdio, hemoperitônio ou hemartrose 
Hemorragia X Importância clínica 
Os fatores que deveremos olhar é a perda do volume sanguíneo, comprometimento tecidual local e anemia 
por perda de ferro. 
Quanto maior na perda do volume sanguíneo mais a chance do indivíduo morrer. Quanto maior a hemorragia 
menos oxigênio para o tecido, levando o comprometimento. 
Trombos 
Formação de coágulo sanguíneo no interior do sistema cardiovascular. 
Consequências 
 Diminuição ou obstrução do fluxo sanguíneo 
 Êmbolos 
 Tromboembolismo: infarto 
Hemostasia X Trombos 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
7 
 
Triade de Virchow 
A lesão endotelial é fator determinante na 
trombogênese. Ainda que não aconteça fluxo 
sanguíneo anormal e ainda que não ocorra 
hipercoagulabilidade ainda haverá formação do 
trombo. 
Tanto o fluxo sanguíneo normal quanto a 
hipercoagulabilidade podem levar a formação do 
trombo. 
 
 Brancos, vermelhos ou mistos 
 Trombos oclusivos 
 Trombos murais: aderidos às paredes das 
estruturas subjacentes 
 Trombo venoso (flebotrombose): quase sempre oclusivo, veias dos membros inferiores são as mais 
afetadas (90%). 
Destino do trombo 
 Propagação 
 Embolização 
 Dissolução 
 Organização e recanalização 
Embolia 
Formação de um embolo que pode ser uma massa sólida, líquida ou gasosa intravascular, que é desprendida e 
levada pelo sangue a um local distante do seu ponto de origem. 
99% dos embolos são trombos desalojados 
 Gotículas de gordura, bolhas de ar ou nitrogênio, restos ateroscleróticos (êmbolos de colesterol), 
fragmentos de tumores, pedaços de medula óssea ou corpos estranhos (projéteis). 
 Ocasionam oclusão vascular parcial ou completa 
 Consequência potencial: necrose isquêmica de tecido distal = infarto. 
Tromboembolia Sistêmica 
 Êmbolos que seguem dentro da circulaçãoa rterial 
 80% originam-se de trombos murais intracardíacos 
 Podem percorrer grande variedade de locais 
 Membros inferiores: 75% 
 Cérebro: 10% 
Infarto 
 Área de necrose isquêmica causadas por oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa. 
 99% dos infartos resultam de eventos trombóticos e/ou embólicos. 
 Resultado de oclusão arterial em sua totalidade. 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
8 
 
Tipo de Infarto 
Cor reflete o grau de hemorragia 
 Vermelhos (hemorrágicos) 
 Brancos (anêmicos) 
Presença ou ausência de infecção microbiana 
 Séptico 
 Asséptico 
Fatores que influenciam o desenvolvimento do infarto 
Natureza do suprimento vascular 
 Disponibilidade de oferta sanguínea alternativa 
Taxa de desenvolvimento da oclusão 
 Desenvolvimento lento: menor probabilidade de infarto 
Vulnerabilidade de um dado tecido à hipóxia 
 Neurônio: 3 a 4 min 
 Célula miocárdica: 20 a 30 minutos 
 Fibroblastos: muitas horas 
Choque (colapso cardiovascular) 
Hipoperfusão sistêmica devido a uma redução do DC ou do volume sanguíneo circulante efetivo. 
 Resulta em: hipotensão, redução da perfusão tecidual e hipóxia celular. 
Etiologia 
 Diminuição do volume sanguíneo 
 Diminuição acentuada do DC 
 Obstrução aguda do fluxo sanguíneo 
Estágios do Choque 
Fase não progressiva (inicial) 
 Mecanismos compensatórios são ativados e a perfusão dos órgãos é mantida 
Estagio progressivo 
 Hipoperfusão tecidual e início da piora circulatória 
Estágio irreversível 
 Lesão celular e tecidual grave irreversível, que levaria a morte 
 
Imunidade Adaptativa 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
9 
 
Temos a imunidade inata, que é uma resposta super rápida, acontece o reconhecimento das células imune 
pelos PAMPs, e os pamps nada mais são as classes de moléculas reconhecidos pelos receptores das células 
apresentadoras de antígenos. Se inicia a resposta imune através desse evento e em seguida há uma cascata de 
eventos que vão ocorrendo e vão culminar numa resposta adaptativa, onde todas têm o objetivo de remover o 
agente infeccioso. A remoção pode acontecer pela inata ou pela adaptativa se a inata não der conta. 
A resposta adaptativa é mais específica, demora um pouco mais de tempo. 
Gráfico mostrando uma carga parasitária e um 
certo tempo de infecção. 
Se existe a ausência da imunidade inata, a 
proliferação indefinida do agente microbiano. 
Se não temos o sistema adquirido, mas temos o 
inato, temos uma diminuição da carga parasitária 
mas que não resolve, exemplificando que ambos 
são necessários para a eliminação do patógeno. 
Se possuímos tanto o inato quanto o adaptativo, 
caso haja infecção, pela presença de ambas as 
imunidades, temos a eliminação completa do 
agente infeccioso (em geral). 
Para que o linfócito T seja ativado, é preciso que haja dois sinais. O primeiro sinal é dado pelo receptor de 
células T no linfócito e se existe um reconhecimento, gera o primeiro sinal e ocorre o auxílio da molécula 
continuadora para que essas células tenham uma ativação correta. 
Uma vez ativada, irá proliferar e se diferencia em células efetoras. 
Os componentes da imunidade inata são as células de linhagem monociticas (células dendríticas, mastócitos, 
macrófagos) e células da linhagem linfocítica (NK, neutrófilos, basófilos). Os componentes da imunidade 
adaptativa são linfócitos B e T (Cd4 e Cd8). 
 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
10 
 
 
Imunidade humoral: mediada por células B, as células que são produtoras de anticorpos. Tudo que a célula B 
está produzindo vai para o soro. 
Imunidade celular: mediado pelas células. As células vão englobar os patógenos e processar (dependendo do 
tipo de compartimento, citosólico ou vesicular). 
Linfócito T auxiliar ativam os macrófagos para destruir os micro-organismos fagocitados. Os linfócitos T 
citotóxicos destroem as células infectadas e eliminam reservatórios de infecção. 
Ambas as imunidades vão fazer funções efetoras. 
Para que haja a ativação das células de linfócitos T é necessário que as células apresentadoras de antígenos 
(APCs, como a célula dendrítica), é preciso que a célula capte o antígeno na periferia (tecidos) e leve aos 
órgãos linfoides secundários onde ocorreram a ativação das células T. 
As respostas das células T iniciam nos órgãos periféricos. A célula dendrítica fagocita o antígeno na periferia, 
processa, apresenta no contexto de MHC classe I ou II dependendo de onde esse antígeno está sendo 
processadora. Pela via aferente essa célula dendrítica entra no linfonodo no órgão linfócito secundário e 
encontram os linfócitos na área paracortical (b ou t). Se esse antígeno for vesicular, vai apresentar para os 
linfócitos T CD4. Se o antígeno tiver compartimento citosólico, vai apresentar no contexto de MCH I aos 
linfócitos T CD8. 
As células ficam ativadas e vão expandir, se multiplicar, e dependendo da ação de algumas citocinas, elas vão 
se diferenciar em células efetoras com determinadas características. 
Uma 
vez se expandindo e diferenciando, caem na circulação pelos vasos eferentes, vão para a circulação e vão para 
os tecidos periféricos onde está ocorrendo o processo infeccioso. 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
11 
 
Células dendriticas saem correndo levando peptídeo para o linfonodo. Pela via eferente, entram, encontram 
na região paracortical linfócitos B ou T e apresentam antígenos nos linfonodos drenantes (linfonodos próximos 
aos locais onde está ocorrendo a infecção). 
Quando ocorre o reconhecimento, é gerado o primeiro sinal. Essa célula se torna ativada e então os linfócitos 
que reconhecem o peptídeo vão proliferar e executar sua função efetora. Uma vez ativadas,saem do linfonodo 
de um órgão linfoide secundário exercer sua função efetora. 
O complexo peptídeo-MHC na superfície das APCs são reconhecidas pelas células T virgens durante sua 
migração nos tecidos linfóides periféricos. As células T virgens encontram o antígeno durante sua recirculação 
nos órgãos linfoides periféricos. 
A interação inicial das células T com as APCs é mediada pelas moléculas de adesão celular. 
Para que haja o contato célula-célula é a ligação da integrina (que está na célula do linfócito) com seu ligante 
(molécula de adesão na célula apresentadora de antígeno). É uma ligação muito fraca. 
Ocorre a apresentação para a célula T e se ela reconhecer o peptídeo existe um sinal (primeiro sinal) e nesse 
momento é necessário que tanto a célula apresentadora quanto o linfócito T permaneçam por um tempo juntos 
e isso é dado pelo aumento da afinidade da molécula LFA-1 pelo ICAM-1. 
O simples reconhecimento dado pelo primeiro sinal é dado um sinal para que o LFA aumente afinidade pelo 
seu ligante ICAM e fiquem bastante tempo juntos em contato. Quando isso ocorre, acontece o segundo sinal 
que é dado pela molécula co-estimuladora. 
Para que aumentar a afinidade? Antes de ocorrer essa ativação, é uma ligação tênue. Se não houver 
reconhecimento, elas se desligam. Se ocorre o reconhecimento do peptídeo ocorre uma sinalização dessa 
molécula para aumentar a afinidade. 
Em imunologia, esse contato célula apresentadora com o linfócito é chamado de sinapse imunológica 
(imunológica porque não tem a liberação de neurotransmissores). LFA (integrina) com seu ligante ICAM para 
manter a sinapse imunológica. 
Reconhecimento - O que cada sinal significa na ativação da célula T? 
Sinal 1: ativação. Célula T reconheceu o peptídeo em contexto de MHC. 
Sinal 2: sobrevivência. É um sinal mediado pela molécula co-estimuladora com seu ligante. É um sinal para 
que a célula T sobreviva, dizendo: “Célula T sobreviva para matar o Arnápio!”. 
Sinal 3: diferenciação. Célula ativada vai secretar algumas citocinas. Citocinas secretadas pela APC vai agir 
no receptor da célula T CD4 e vem o terceiro sinal, que significa que ela precisa diferenciar. 
Dependendo do tipo de citocina secretado, vai levar a uma diferenciação das células T. 
Após os 3 sinais, a célula da apta a executar suas funções efetoras. 
Classes de linfócitos 
Macrófago que tem um organismo fagocitado e foi apresentado no contexto de MHC II. O linfócito T CD4 
reconhece a molécula e ela é efetivada e passa a secretar citocinas que vão agir em diferentes tipos celulares, 
ativando-os. IFNg é a principal citocina. 
Essas citocinas pode agir sobre macrófagos, eosinófilos, assim como ativando e proliferando e diferenciando 
linfócitos. Age indiretamente pelas citocinas. 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
12 
 
Complexo antígeno-anticorpo pode ser reconhecido pela célula fagocítica. Ativação do sistema complemento. 
Neutralização, fagocitose e ativação de componentes. 
Células CD4 pode ser de perfil TH1 (H de Helper), TH2 e TH17. Existem diferentes classes de linfócitos 
com funções específicas para combater certos patógenos. 
Regulação negativa das células: elas são eliminadas depois que exercem sua função efetora ou então param 
de funcionar, supressão da função efetora. 
TH1: são geradas por patógenos intracelulares ou alguns outros extracelulares. A principal citocina que 
essas células secretam são o IFNg. Existem outras citocinas, TNF, quimiocinas. 
Auxiliam na ativação do macrófago. Uma vez células T ativadas, secretam IFNg. Sendo secretada pela célula 
TH1, IFNg vai agir sobre a APC para que o macrófago elimine o patógeno que está no seu interior. As células 
B também funcionam como células apresentadoras de antígeno e vão apresentar o mesmo peptídeo pela célula 
dendrítica, e o linfócito T ativado reconhecendo peptídeo na célula B, da mesma forma vai secretar IFN-g, 
ativando célula B, diferenciando em plasmócito sendo secretor de anticorpo. 
TH2: são geradas por patógenos extracelulares ou parasitas helmintos. 
 IL-4: induz resposta Ab IgE 
 IL-5: ativa eosinófilo 
 IL-3: diversas ações 
Célula Th2 agindo na célula B por IL-4, ela vai se diferenciar e produzir anticorpos do tipo IgE (relacionado 
a reações alérgicas). Também pode secretar IgG que pode se ligar em patógenos, neutralizando. 
IL4 e IL3 no trato intestinal aumenta a secreção de muco e o peristaltismo, facilitando a expulsão dos 
helmintos. 
IL5 ativa os eosinófilos, fazendo com que ele degranule e libere sobre a superfície do patógeno os grânulos 
que vão destruir a parede daquele patógeno. 
TH17: patógenos extracelulares e fungos. 
Principais citocinas são IL17 e IL22; 
Linfócitos TCD8: citotoxicidade direta, eliminando os organismos intracelulares. 
Sinapse imunológica: molécula de MHC apresentando o peptídeo no contexto de MHC de classe I. LFA se 
ligando a molécula de adesão para formar a sinapse imunológica. 
Linfócito B 
O linfócito reconhece pequenos fragmentos. Essa célula se tornando ativada, expansão clonal: expansão de 
um único clone que é determinante. Quando reconhece o antígeno solúvel, o clone entra em expansão e essas 
células B se diferenciam em plasmócitos produtores de anticorpos (igM, igG), podem mudar troca de isótipos 
(igM para igG), maturação de afinidade e passar diretamente para as células B de memória. 
 
Autoimunidade 
Quando ocorre? 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
13 
 
 Quando ocorre uma resposta imune a componentes do próprio organismo. 
 Quando estão presentes fatores que determinam reações que levam a lesão tecidual. 
Tolerância Central (ocorre no timo, para eliminar os clones autorreativos) 
Eliminar linfócitos autorreativos em órgãos linfoides primários/centrais (seleção negativa). 
Linfócitos gerados na medula óssea que quando vão para o timo ser amadurecidos e os clones autorreativos 
(capacidade de conhecer o próprio) são eliminados. 
No timo, ocorre a seleção negativa, que é a eliminação dos clones autorreativos. 
Os clones autorreativos serão eliminados. Uma pequena parte sai do timo e vão para os órgãos linfoides 
secundários e só reconhecem peptídeos externos. 
O linfócito que sai do timo sai com capacidade de reconhecer o antígeno. 
Tolerância periférica 
Sai do órgão primário e vai para a periferia, onde tem outra tolerância. 
 Anergia, deleção clonal, supressão, desvio imunológico (mecanismos justamente para “desligar” ou 
evitar que a célula fique em funcionamento e possa gerar um processo inflamatório) 
 Na ausência de sinais co-estimuladores, os linfócitos T tornam-se anérgicos. 
Na ausência de co-estimulos, a célula fica anérgica. 
 
 
 
 
Reestabelecimento da Homeostase 
 Temos os 3 sinais, e o papel da molécula co-estimuladora. A célula T ativada vai expandir, proliferar 
e executar sua função efetora. No final da sua função efetora, quando o antígeno é eliminado, o 
linfócito T diminui a expressão do ligante, passa a expressar outro tipo de ligante (CTLA-4) e a 
expressão desse ligante indica que a célula já executou a função efetora. 
 Para que ela fique inativada funcionalmente, ela se liga a molécula co-estimuladora B7, e aí vai dar 
um sinal inibitório para essa célula parar de executar sua função (secretar citocina, por exemplo). 
 Se não tivesse a produção da CTLA-4 a resposta iria ser indefinida, o processo inflamatório seria 
continuado. 
 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
14 
 
 
Doenças autoimunes 
1. Quebra de tolerância (central ou periférica) a auto antígeno causando lesão de tecidos que caracterizam 
as diferentes doenças. 
2. Resultado de uma combinação de fatores (não se sabe quando começa, mas há fatores que podem 
contribuir). 
Existem fatores genéticos (genes que compõe o sistema imune podem ter um componente alterado, levando a 
longo prazo, uma doença autoimune). 
Regulação do sistema imune: qualquer problema pode levar a uma doença autoimune. 
Fatores ambientais:alguns microorganismos que podem induzir uma doença autoimune, assim como algum 
medicamento. 
 Escape de células autorreativas para a periferia. 
 Falha na regulação da resposta imune. 
 Mimetismo molecular (células reconhecem o patógeno e 
montam uma resposta a ele, mas também montam contra o tecido 
onde o patógeno está parasitando). 
 Alteração no processamento antigênico. 
Fatores genéticos 
 Alguns tipos de MHC ligam-se a auto antígenos, 
permitindo apresentação dos mesmos para linfócitos T 
(apresenta mais antígenos próprios). 
 Alguns defeitos genéticos em genes relacionados a 
apoptose (algum erro que faz com que alguns genes relacionados 
a apoptose sejam silenciados, defeituosos, e os mecanismos de apoptose são interrompidos). 
Fatores genéticos HLA (MHC) 
 Alguns tipos de MHC ligam-se a auto antígenos, permitindo a apresentação dos mesmos para linfócitos 
T. 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
15 
 
 Alguns defeitos genéticos em genes relacionados a apoptose. 
Exemplos: 
Artrite reumatoide autoimune DR4 
Insulina dependente DQ8 DQ2/8 
Doença de addison DR3 
Risco relativo: probabilidade de indivíduos com um alelo particular do HLA desenvolver a doença do que 
indivíduos que não possuem este alelo. 
Fatores genéticos ligado ao sexo 
Existem doenças autoimunes que estão estritamente ligadas ao sexo. 
As mulheres são mais acometidas ao lúpus e doenças da tireoide do que os homens. 
Mimetismo Molecular 
Epitopos semelhantes em microorganismos e antígenos próprios 
 Trypanossoma Cruzi: antígenos no músculo cardíaco. CARDIOPATIA 
Patógeno entra, foi eliminado, mas ainda há os clones que destroem o tecido cardíaco. 
 Epstein-barr Vírus: proteína básica da mielina. ESCLEROSE MÚLTIPLA 
Alguns epítopos desse vírus tem semelhança com a mielina. A resposta imune gerada contra o vírus 
também é gerada contra a mielina. 
 Poliovírus: receptor de acetilcolina. MIASTENIA GRAVIS. 
Patologia das autoimunidades 
Doenças mediadas por células T 
 
As doenças mediadas por células T são apenas células de perfil Th1 por conta do tipo de resposta. 
Doenças mediadas por imunocomplexos 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
16 
 
 
Imunocomplexos são constituídos de antígeno e anticorpo, e são eliminados pelo complemento e fagocitose. 
Em condições normais, não circulam no sangue, mas em doenças autoimunes, circulam. 
Anticorpos produzidos contra algumas proteínas nucleares e outras moléculas. 
Doenças mediada por auto anticorpos 
 
Clones de células B defeituosas que passam a produzir anticorpos contra as moléculas. 
Hipersensibilidade imunológica (reação muito severa) 
Tipo I: não entra como autoimune, é um processo alérgico. 
Tipo II: hipersensibilidade citotóxica (IgG). 
Tipo III: hipersensibilidade por imunocomplexos. 
Tipo IV: hipersensibilidade celular (tardia). 
Mecanismos Efetores - Hipersensibilidade tipo II 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
17 
 
 
Ativando o sistema complemento, aumenta o processo de fagocitose (fagócitos tem receptor para o 
complemento), levando a doença (anemia hemolítica autoimune, por exemplo). 
Miastenia Gravis 
 
Doença de Graves 
 
Mecanismos Efetores - Hipersensibilidade tipo III 
 
Esses imunocomplexos circulantes fixam o sistema complemento. 
Lúpus eritomatoso sistêmico 
 Anticorpos anti fatores nucleares (DNA, histonas, antigenos nucleolares) 
 Formação de imunocomplexos que se depositam nas paredes dos vasos sanguíneos, membranas 
celulares, glomérulos renais e outros órgãos. 
 Os imunocomplexos ativam os fagócitos, induzindo a lesão tecidual (pele, rins, serosas, juntas, SNC 
e coração). 
 Manifestações clínicas: febre, dores nas juntas, foto sensibilidade, anomalias hematológicas, falha 
renal. 
 Morte geralmente por lesões no SNC e coração. 
Mecanismos Efetores - Hipersensibilidade tipo IV 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
18 
 
 
 
Artrite Reumatoide 
 Células Th1 específicas para Ag nas juntas, induzindo ativação de neutrófilos e macrófagos, resultando 
em lesões cartilaginosas e destruição das juntas. 
 Envolvimento de auto anticorpos contra fatores reumatoides. 
 Relação HLA-DR4/DR1 com alta incidência de RA. 
Tratamento de doenças autoimunes 
 Anti-inflamatórios 
 Drogas imunossupressoras 
 Transplante de células tronco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
19 
 
Imunidade contra microorganismos 
Características gerais das respostas imunológicas contra microrganismos 
A defesa contra microorganismos é mediada por mecanismos efetores da imunidade inata e adaptativa. 
O sistema imunológico responde de modo distinto e especializado a diferentes tipos de microorganismos. 
A sobrevivência e a patogenicidade dos microorganismos no hospedeiro são fundamentalmente influenciadas 
pela capacidade dos microorganismos de evadir-se ou residir aos mecanismos efetores da imunidade. 
o O que é evadir? Afastar-se. 
Dependendo do patógeno, algumas espécies conseguem evadir a imunidade contra ele. Existem alguns 
mecanismos de evasão próprios desses patógenos. 
Muitos microrganismos estabelecem infecções latentes ou persistentes nas quais a resposta imunológica 
controla, mas não elimina o microrganismo e este sobrevive sem disseminar a infecção. 
o Latente: estão lá, mas não são eliminados, existe um equilíbrio entre o hospedeiro e o patógeno mas, dependendo 
de uma situação, ele volta a replicar e volta a algum problema. 
o Em muitas infecções, a lesão tecidual e a doença podem ser causadas pela resposta do hospedeiro ao 
microrganismo e seus produtos, mais do que pelo microrganismo em si. 
o Para combater o patógeno, gera-se toda uma cascata de eventos. Muitos patógenos são intracelulares e vão 
células até o local para destruí-lo. 
Imunidade contra: 
o Bactérias extracelulares 
o Bactérias intracelulares 
o Fungos 
o Vírus 
o Protozoários 
o Parasitas multicelulares 
Imunidade contra bactérias extracelulares 
Replicam-se fora das células do hospedeiro 
o Sangue, tecido conjuntivo, lúmen do TGI e trato respiratório. 
Muitas espécies são patogênicas 
1. Induzem inflamação-destruição tecidual no sítio da infecção 
2. Produzem-se toxinas (efeitos patológicos): componentes da parede bacteriana (endotoxinas-LPS), ou 
componentes secretados pelas bactérias (exotoxinas-citotóxicas). 
A imunidade inata participa de que modo? 
o Ativação do sistema complemento (que culmina na formação do MAC que vai lisar o microrganismo, 
ocorrendo a eliminação). 
o Ativação de fagócitos (eles possuem receptores para o complemento e então ativados, eles vão 
englobar esse complexo complemento-bactéria e vão eliminar). 
Imunidade adaptativa 
o Produção de anticorpos e ativação de células T CD4, com o objetivo de eliminar e neutralizar toxinas. 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
20 
 
 
Opsonização e fagocitose mediada por receptor de Fc (quem tem receptor para Fc? Anticorpo). Internalização 
do complexo e eliminação. 
Fagocitose de bactérias revestidas por C3b. 
Anticorpo ativação complemento que induz inflamação e pela formação do MAC vai formar a lise do micro-
organismo. 
O anticorpo consegue atravessar a membrana celular da célula? Não, ele não vai entrar, por isso se fala que a 
resposta mediada por ele é para as bactérias extracelulares. 
As células T CD4 vão reconhecer o peptídeo no contexto de MHC classe II. Ativa e vai secretar várias 
citocinas com várias funções. 
o IL-17, TNF: inflamação. 
o IFN-y: ativação de macrófagos  fagocitose e destruição bacteriana. 
o Várias citocinas: plasmócitos secretem anticorpos contra os patógenos. 
Efeitos lesivos das respostas imunológicas 
 Inflamação (espécies reativas de O2 e enzimas lisossômicas) 
 Choque séptico (dependendo do nível de infecção): caracterizado pelo nível de secreção de fatores 
inflamatórios. Produtos das bactérias gram negativo e postivo, colapso circulatório e coagulação 
intravascular disseminada (ativaçãode citocinas por LPS das bactérias: TNF, IL-6 e IL-1). 
Imunidade contra bactérias intracelulares 
o Possui capacidade de sobreviver e replicar dentro de fagócitos 
o São inacessíveis aos anticorpos circulantes 
o Sua eliminação requer imunidade mediada por células 
o Imunidade inata (fagócitos e NK) e adaptativa (macrófago, T CD4 e T CD8) 
o AIDS, indivíduos imunossuprimidos: maior susceptibilidade de infecções por bactérias 
intracelualares. 
 
 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
21 
 
 
Participação da imunidade inata e da imunidade adaptativa. As cél 
Cooperação de células T e das citocinas na defesa contra bactérias intracelulares. 
Bactérias em vesículas: os peptídeos serão apresentados em MHC II e ativação das células T CD4 e libera 
IFN-y. 
Bactérias viáveis no citoplasma: apresentado em MHC I e ativa células T CD8 e leva a morte da célula 
infectada. 
Evasão da resposta imune pelas bactérias intra e extracelular 
Algumas espécies de bactérias têm mecanismos próprios do microrganismo que vão fugir da resposta imune 
para tentar sobreviver. 
 
Imunidade contra fungos 
o Imunidade inata e adaptativa 
o Neutrófilos e macrófagos 
o Reconhecem padrão molecular de patógenos (receptores TLR e Lectinas) 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
22 
 
o CD4 e CD8 
Imunidade contra vírus 
o Célula NK na imunidade inata 
o Célula T CD8 na imunidade adaptativa. 
o As células infectadas por vírus vão processar o peptídeo e apresentar no contexto de MHC I. Isso irá 
ativar a célula T CD8 que vai eliminar a célula por meio da citotoxidade, erradicando a infecção 
estabelecida. 
o Os vírus na circulação encontram células B, que se ativam viram plasmócitos e geram anticorpos, 
protegendo contra infecção. 
Como nos outros patógenos, tem evasão da resposta imune. 
Processamento do peptídeo em MHC I tem participação do proteassoma que vai clivar a proteína citosólica. 
Os peptídeos que são particulados entram no reticulo endoplasmático e entram através de uma proteína 
transportadora, a TAP. Esses peptídeos então vão encontrar com as moléculas de MHC de classe I. 
Ele se liga ao MHC e vai sendo transportado até a superfície onde vai apresentar para as células T CD8. 
Existem algumas infecções virais que atrapalham esses procedimentos, em qualquer uma das etapas. 
Imunidade contra protozoários 
 
Plasmodium é o causador da malária. O principal mecanismo é ligado a anticorpo (patógeno fica circulando 
via sangue) e na fase hepática tem a ação das células T CD8. 
Leishmaniose: as células T CD4 do tipo Th1 ativam os macrófagos para produzir espécies reativas e destroem 
os parasitas fagocitados. 
Imunidade contra parasitas multicelulares 
 
Eosinófilos vai liberando os grânulos na superfície do patógeno, causando destruição. 
Evasão da resposta imune por parasitas 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
23 
 
 
Hipersensibilidade Tipo I 
Características gerais da hipersensibilidade 
Reações inapropriadas a antígenos inócuos  dano tecidual 
• Respostas imunes adaptativas - células T e B 
• Sensibilização  re-exposição (sintomas) 
 
Períodos mais curtos ou longos (memória imunológica) 
 Antígenos proteicos ou haptenos 
Tipos de reação a hipersensibilidade 
Tipo I – Sensibilidade Imediata 
Sensibilização 
“No momento da sensibilização, o primeiro contato com o alérgeno, 
tem o reconhecimento das células B pelo alérgeno. Essas células B são 
apresentadoras de antígeno. Ele vai endócitar os antígenos, processar 
e apresentar no contexto de mhc classe II para as células Th2. A célula 
vai se diferenciar em plasmótico que vai secretar igE.” 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
24 
 
 
Re-exposição 
 
Todos nós temos uma concentração de mastócitos, que tem vários grânulos no seu citoplasma. 
O que acontece? No momento que o cara é sensibilizado, entra um antígeno específico (ex: polem), ocorre a 
produção desses anticorpos. Os mastócitos possuem receptor Fc para IgE. No proimeiro contato, a IgE vai 
se ligar a todos os receptores de Fc do mastócito e em uma segunda exposição, vem o alérgeno que vai se 
ligar no sítio de ligação no antígeno (ligação cruzada), que vai gerar uma reação de desgranulação do 
mastócito. Tanto os mastócitos e os basófilos possuem esses grânulos. 
 Mastócitos 
 Basófilos 
 FcRI 
Mediadores liberados por mastócitos e basófilos e seus efeitos 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
25 
 
 
Resposta Tardia 
“Picada de um inseto que formou um inchaço depois de umas horas, formado pela ação tardia da resposta” 
A imediata é uma reação muito rápida (ponto vermelho). Com a ação dos mediadores (localmente ou 
sistemicamente) vai levando ao acumulo de liquido, degranulação, presença de células inflamatórias” 
 
Mediadores liberados por eosinófilos e seus efeitos 
 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
26 
 
Características dos alérgeno 
Promoção de respostas Th2 
 Ativdade enzimática - muitos são proteases 
 Baixas doses 
 Baixo peso molecular e alta solubilidade - difusão nas mucosas 
 Estáveis 
Susceptibilidade genética - indivíduos atópicos 
Atopia é qualquer processo alérgico, qualquer tipo de manifestação. 
 
Abordagens terapêuticas 
Fármacos 
 Anti-histamínicos - bloqueia receptores de histamina - impede formação de edema. 
 Corticosteróides - reduz produção de citocinas. 
 Adrenalina - relaxamento músculos lisos. 
 Cromoglinato de sódio - antagoniza degranulação dos mastócitos. 
Imunoterapia - dessensibilização 
 Doses pequenas e crescentes do alérgeno por via subcutânea. 
 Produção de IgG - inibição da produção de IgE (feedback negativo). 
Asma 
Bíblia Sagrada de FBAH (Prova 2) 
27 
 
 
 
Você nunca encontrará tempo para nada. Se você quer tempo, você deve cria-lo” 
Charles Robert Buxton

Continue navegando