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APOSTILA MAMOGRAFIA 2019 n

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1 
 
Apostila de Mamografia 
Professora: Janine Bispo Lima 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Ética é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. 
A palavra ÉTICA derivada do grego, significa (Aquilo que pertence ao caráter). 
Porém é definida como a ciência que estuda a conduta humana. 
E a moral é a qualidade dessa conduta. 
Serve para assegurar as condições fundamentais do exercício profissional, 
prevenindo situações suscetíveis de desqualificação institucional e moral. 
O princípio da ética será sempre o de estabelecer qual a forma de um profissional 
se conduzir no exercício profissional, de maneira a não prejudicar terceiros e a 
garantir uma qualidade eficaz de trabalho. 
 
Código de Ética dos Profissionais das técnicas radiológicas 
Art. 5º - Fica vedado ao Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Radiologia, obter 
vantagem indevida aproveitando-se da função ou em decorrência dela, sejam de 
caráter físico, emocional, econômica ou política, respeitando a integridade física e 
emocional do cliente/paciente, seu pudor natural, sua privacidade e intimidade. 
Art. 6º – Ao Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Radiologia é expressamente vedado 
fornecer ao cliente/paciente, informações diagnósticas verbais ou escritas sobre 
procedimentos realizados. 
 
MAMOGRAFIA 
2 
 
 
 
Ao se realizar um exame de mamografia, além dos fatores técnicos, 
devem-se levar em consideração os sentimentos da paciente. Uma mulher que se 
submete a esse tipo de exame diferente de qualquer outro tipo de exame, está 
sujeita a um stress. Por causa da tensão, a paciente pode apresentar a musculatura 
contraída, dificultando o posicionamento, e contribuindo para que a compressão 
seja dolorosa, tornando o exame muito mais incomodo do que realmente é. 
As mulheres recorrem ao exame de mamografia por dois fatores: 
a) Com sintomas nas mamas (dor, nódulo palpável, etc.) 
b) Assintomáticas, que fazem o exame para detecção precoce de câncer de 
mama. 
Independente do motivo pelo qual a paciente está realizando o exame de 
mamografia, ela está envolvida pelos seguintes sentimentos: 
 Vergonha de ter sua privacidade invadida, na medida em que ela é 
“obrigada” a expor uma parte de seu corpo tão intima e tão importante para 
sua sensualidade; 
 Ansiedade pelo resultado do exame, pois o diagnóstico de um câncer de 
mama pode significar, para ela, a mutilação desse órgão; 
 Medo da forma como o exame é realizado, pois muitas mulheres que já 
tiveram experiências desagradáveis anteriormente espalham boatos sobre o 
desconforto desse exame. 
 Homens e mulheres podem desenvolver câncer de mama. A mamografia de 
rotina é a melhor oportunidade de detectar precocemente qualquer alteração 
3 
 
nas mamas antes até que o paciente ou médico possam notá-las ou apalpá-
las. 
 
PAPEL DO TÉCNICO EM RADIOLOGIA 
Em virtude da importância da mamografia no diagnóstico precoce do 
câncer de mama, o papel do técnico em radiologia que realiza esse tipo de exame 
se torna primordial. Cabe ao técnico ter a sensibilidade de cada paciente, saber 
identificar o grau de ansiedade em que ela se encontra e trabalhar com o seu 
emocional para poder atingir uma maior colaboração dessa paciente. Algumas 
atitudes se tornam úteis. Atender cada paciente como única, respeitando sua 
individualidade, é uma delas. Para isso, algumas dicas são muito importantes: 
 Recebê-la sempre com um sorriso amável; 
 Tratá-la de forma cordial e atenciosa, chamando-a pelo nome; 
 Demonstrar que a sua privacidade está sendo respeitada mantendo a porta 
da sala trancada e evitando que aconteça qualquer tipo de interrupção 
durante o exame; 
 Explicar o motivo dos procedimentos durante o exame, por exemplo, o 
motivo da compressão da mama; 
 Durante o exame, a técnica deve demonstrar competência, precisão e 
segurança na condução do exame; 
 Demonstrar à paciente que compreende os seus medos, tentando conquistar 
a sua confiança e, dessa forma, criar um momento de cumplicidade, 
buscando a sua cooperação. 
 
HISTÓRIA DA MAMA 
Há dezoito anos após a descoberta dos raios X começaram-se a serem 
feitas radiografias de lesões mamárias. 
Em 1913 - Primeira radiografia mamária feita por Albert Salomon, cirurgião Alemão, 
ele radiografou peças cirúrgicas, obtidas de cirurgias de mastectomia e encontrou 
pequenos pontos “denominados de microcalcificações”. 
4 
 
Em 1930 - Foi feita a primeira mamografia na incidência médio-lateral in vivo, por 
Stafford Warren, em Nova York. 
Em 1950- O médico radiologista uruguaio Raul Leborgne, descobre a importância 
de um melhor posicionamento e a necessidade da compressão. 
Ele concluiu que comprimindo-se a mama obtém-se uma melhor qualidade de 
imagem. 
Foi o primeiro médico a associar câncer de mama a microcalcificações 
ao encontrá-las em 30% de uma quantidade de casos radiografados. 
A compressão e um fator importantíssimo para uma boa imagem radiográfica. 
Diminuindo- se a espessura da mama, a paciente receberá menor dose de 
radiação, além de reduzir a indefinição causada pelo movimento. 
Em 1960 - Robert Egan, descobre que baixo KV e alto mAs, aumentam a resolução 
da imagem. 
Tendo Robert publicado em 1962, 53 casos de carcinoma oculto 
detectados em 2000 exames de mamografia e criou uma equipe de médicos e 
técnicos treinados e especializados em mamografia. 
Em 1963 - Gerald Dodd, foi o primeiro a realizar a localização de uma lesão não 
palpável. Tornando as retiradas de tecido mamário menor. 
Em 1963-1966 Phillip Strax , Louis Venet e Sam Shapiro, observaram a redução de 
mortalidade em 1/3, rastreando as pacientes com exames clínicos e radiológicos. 
Em 1966 - A GE cria a primeira máquina para realizar mamografia. Era um tripé 
com uma câmara especial. 
Em 1967 - Uma equipe da GE projeta uma unidade básica, incorporando um 
espectro de raios X mais específico, e um tubo para obter melhor foco no tecido. 
Por meio da implementação de um filtro de molibdênio, um componente metálico 
resistente essa máquina que era composta por um tubo e uma lente apoiados em 
um tripé, produziu imagens de melhor qualidade do que as mamografias 
improvisadas que eram obtidas por aparelhos de raios X da época. 
5 
 
Em 1971- Gallager e Martin, foram os primeiros a reconhecer que uma 
neodensidade na mamografia poderia ser um sinal precoce da existência de tumor 
na mama. 
Em 1977- Nordestron do Instituto Karolinkas de Estocolmo, Suécia desenvolveu o 
primeiro sistema de estereotaxia. 
Em 1980 - A GE desenvolveu os primeiros equipamentos motorizados para 
compressão. 
Infelizmente a compressão e desconfortável, mais é necessária para 
reduzir a espessura do tecido mamário, reduzindo também o tempo de exposição 
e aumentando a resolução. 
Em 1989 - Azevedo e Svane (Suécia) publicam os primeiros casos, utilizando a 
punção por agulha fina orientada pela estereotaxia. 
Em 1992- A GE lançou em seus equipamentos um filtro de ródio, um elemento 
usado no tubo de raios-X que permite melhor penetração no tecido mamário, com 
menos exposição. 
A tecnologia do rhódio é especialmente útil em mamas densas. 
Em 1996 - Lança o primeiro sistema de biopsia a vácuo MAMMOTOME, 
desenvolvido por Parker e associados, permitindo excelentes resultados na 
obtenção de amostra de tecidos para estudo histopatológicos. 
Em 1998- Desenvolve-se um cassete único, que permite a troca de imagem de 
cassete (em filme ecrans) para ponto digital em uma máquina. 
Em um monitor pode-se revisar as imagens em termos de pontos 
digitais, visão ampliada, localização de agulha e aquisição de imagem estereotática 
bidimensional para a orientação nas intervenções. 
A mamografia chegou ao Brasil através do Instituto Brasileiro de Controle 
de Câncer IBCC que trouxeram o primeiro mamógrafo em 1971. 
6 
 
 
 
CONCEITO 
Mamografia é um exame de raio x seguro e inofensivo usado para detectar o 
câncer de mama emseu estágio inicial bem antes que ele possa ser visto ou 
sentido. 
A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem, realizado 
periodicamente em mulheres a partir de 35 anos de idade. 
Este exame é capaz visualizar o tecido mamário, detectar nódulos de 
diferentes tamanhos, características e estágios. 
Mamógrafo é o aparelho radiológico capaz de produzir uma técnica especial 
utilizada para a visualização de patologias nos tecidos mamários. É um aparelho 
de radiografia adaptado para a mastologia que produz raios X de baixa energia, o 
que favorece o contraste nos tecidos moles. 
Mamografia é resultado através de raios-x e a ecografia é feito através 
de ondas de som eles são complementares, 
Em mulheres jovens o ideal é o Ultrassom. Que define melhor se o 
nódulo é cístico ou sólido. 
Ecografia mamaria 
7 
 
Durante o exame estará deitada. É-lhe colocado gel próprio para 
ecografia na mama e o exame é feito percorrendo as mamas com a sonda 
ecográfica. 
O exame não é doloroso. Não há habitualmente inconveniente em ser 
executada em qualquer altura do ciclo menstrual, contudo ser for particularmente 
sensível, deverá optar por realizar o exame após o período menstrual. 
PARA QUE SERVE UMA ECOGRAFIA MAMÁRIA? 
A ecografia mamária é um exame complementar isento de radiação, e 
que serve para caracterizar a estrutura e morfologia de nódulos mamários, sólidos 
ou líquidos. Alguns destes nódulos são visíveis na mamografia mas nos seios 
densos podem não ser. Por essa razão, a ecografia mamária, aliada à mamografia, 
aumenta a sensibilidade de um rastreio. 
QUAL A PREPARAÇÃO DO EXAME? 
A ecografia mamária não tem qualquer preparação especial. No dia do 
exame, o doente deve trazer exames anteriores relacionados com a doença e uma 
lista da medicação que está a tomar. 
QUAIS OS RISCOS DE UMA ECOGRAFIA? 
A ecografia mamária não usa qualquer radiação ionizante, pelo que o 
exame é totalmente inócuo, mesmo se a mulher estiver grávida. 
 O estudo mamário na mulher a partir dos 35/40 anos é efetuada por 
Mamografia e eventual Ecografia Mamária, estudos cuja apreciação se baseia 
sempre na história e observação clínica da paciente. 
8 
 
A mamografia é um exame que utiliza Raios 
x de baixa dose para visualizar os seios, meio de 
diagnóstico de 1ª linha na detecção precoce do 
cancro. 
São 4 as incidências fundamentais de uma 
mamografia bilateral. 
Nos casos de Mamografia de Diagnóstico é, com frequência, necessário 
obter imagens adicionais em magnificação (macrorradiografias) ou outras 
incidências localizadas. São realizadas no mesmo dia do exame por indicação do 
médico radiologista, pois são essenciais á interpretação diagnóstica. 
A Ecografia mamária é um exame complementar da mamografia, 
efetuada sempre que o médico radiologista o entenda necessário, útil no 
esclarecimento de lesões nodulares, densidades, etc. 
O diagnóstico imagiológico final tem em consideração estas 3 vertentes: 
clínica, mamográfica e ecográfica. 
Na mulher jovem, até aos 35 anos, o exame de 1ª linha é a Ecografia 
Mamária, associando incidências mamográficas apenas nas situações patológicas 
que o justifiquem. 
Para os Estudos Mamários não é necessária qualquer preparação prévia. 
No dia do exame não deve usar desodorizantes, cremes ou pó de talco nas axilas 
e a nível mamário, porque estes produtos podem causar artefatos ao exame. 
Preferencialmente deve vestir duas peças de 
roupa (blusa e saia/calça) para que se torne 
mais prático remover apenas a blusa. 
Deverá trazer todos os seus exames prévios. 
Se houver a possibilidade de estar grávida ou 
se estiver em aleitamento deverá informar o 
médico ou a técnica antes da realização da 
mamografia. 
9 
 
Para fazer a Mamografia ser-lhe-á pedido que, numa cabine adjacente á 
sala do mamógrafo, se dispa da cintura para cima, para que a roupa não dificulte 
ou prejudique o correto posicionamento, fator relevante para a qualidade do exame. 
Na sala de mamografia, a técnica de radiologia colocará o seu corpo e a 
mama nas posições adequadas para obter as diferentes incidências. 
A mama será comprimida de forma gradual entre a plataforma e o compressor, 
compressão que é momentânea. Após a exposição ao Rx, sob controlo automático, 
a mama é imediatamente descomprimida. Na grande maioria das mulheres a 
compressão é bem tolerada; noutros casos determina maior desconforto, que será 
melhor tolerado se o corpo estiver descontraído. 
É a compressão que permite homogeneizar as 
estruturas da mama, evitar o movimento, fatores 
determinantes para obter mamogramas de alta 
qualidade com baixa dose de radiação. 
Este exame demora cerca de 10 a 15 
minutos. 
Será encaminhada para outro gabinete para observação clínica pelo 
médico radiologista, que efetuará a Ecografia Mamária e Axilar sempre que 
necessário. 
Outros procedimentos de diagnóstico poderão ser considerados indicados para o 
diagnóstico, nomeadamente exames de Intervenção e/ou Ressonância Mamária. 
O médico radiologista informa-la-á se considerar pertinente algum destes estudos, 
explicando quais os benefícios expectáveis. Com o acordo do Clínico e/ou da 
examinada poderão ser agendados de imediato. 
 
LOCALIZAÇÃO 
A mama está localizada na porção anterior do tórax bilateralmente, 
anterior ao músculo peitoral maior, que realiza a sustentação das estruturas 
mamárias. É um órgão porque possui um formato cônico arredondado. Sua 
formação começa na altura do segundo até o sexto par de costelas verticalmente, 
10 
 
ou seja, desde a prega axilar até a prega inframamária. E da margemaxilar-lateral 
– até a margem esternal-medial – horizontalmente. 
 
ESTRUTURAS 
 
A mama é composta por estruturas internas e externas. 
 
EXTERNA: pele, aréola e mamilo 
 
Pele – É composta por tecido de sustentação e revestimento que protege a 
glândula mamária. A epiderme e a derme compõem a pele, e sob ela há um tecido 
celular subcutâneo ou tela subcutânea – a hipoderme. 
 
Aréola – Porção pigmentada, localizada ao redor do mamilo – papila mamária. 
Possui cerca de 3cm de diâmetro e sua coloração pode ser modificada durante a 
gestação. Geralmente após o segundo mês de gravidez sua pigmentação escurece 
pelo acúmulo de melanina produzida pelos melanócitos – células localizadas na 
derme para proteção contra os raios UV. 
Possui todos os órgãos anexos da pele – glândulas sudoríparas, glândulas 
sebáceas e o folículo piloso que está localizado ao redor da aréola e forma 
pequenas proeminências na sua superfície chamadas tubérculos areolares. 
 
Papila mamária (mamilo) – É uma proeminência arredondada que se localiza 
no centro da aréola, localiza-se aproximadamente na altura do quarto espaço 
intercostal e contém as aberturas dos ductos lactíferos. Tem aproximadamente 
0,5mm de diâmetro, mas sua largura e comprimento variam de acordo com o 
tamanho e a forma da mama. Não possui gordura, pelos ou glândulas sudoríparas, 
e o músculo eretor do pelo situado na aréola, quando contraído, promove o 
endurecimento da papila mamária. 
11 
 
 
 
INTERNA 
As glândulas mamárias possuem características exócrinas e apócrinas. Sua função 
é secretar o leite que contém proteínas, incluindo a caseína, os lipídeos e 
carboidratos, a lactose, e os minerais e as vitaminas lipossolúveis. Tudo isso para 
mandar uma nutrição adequada para o desenvolvimento do recém-nascido. 
A glândula mamária consiste de: 
 Tecido glandular; 
 Tecido fibroso; 
 Tecido adiposo; 
 Ligamento suspensor de Cooper; 
 Lobo; 
 Lóbulos; 
 Alvéolos 
 
 
 
METODOS DE LOCALIZAÇÃO DAS MAMAS 
12 
 
 
 
REALIZAÇÃO DO EXAME DE MAMOGRAFIA 
Uma das primeiras etapas para a realização do exame é a obtenção de 
informações, a anamnese. Nesse momento, são coletados dados que poderão 
ajudar na interpretação do exame pelo médico radiologista. Considerando-se que 
na mamografia utiliza-se a radiação ionizante, outra pergunta importanteseria 
sobre a possibilidade de gravidez. Em seguida, outros dados deverão ser 
levantados. 
ANAMNESE 
Entrevista com o paciente que tem como objetivo colher informações acerca do 
mesmo, estabelecer com ele uma relação de confiança e apoio e fornecer 
informações e orientações 
 
Fatores de Risco 
Ser mulher; 
Casos familiares; 
Menarca precoce; 
Menopausa tardia; 
Aborto antes da primeira gravidez; 
Obesidade; 
Nunca ter amamentado 
 
13 
 
Frequência do Exame mamográfico 
35-40:1x a cada 2 anos; 
40-49:1x ao ano; 
Acima de 50: de 1 a 2x por ano; 
Esta frequência depende dos fatores de risco 
 
INCIDENCIAS BÁSICAS DE ROTINA 
CCD – crânio-caudal direita 
CCE – crânio-caudal esquerda 
MLOD – médio-lateral obliqua direita 
MLOE – médio-lateral obliqua esquerda 
Compressão 
11 a 18kg 
Raio Central 
. Perpendicular, centralizado com a base da mama, a borda do chassi em contato com a 
parede torácica; RC não móvel. 
. DFoFi: Fixa, varia com o fabricante, cerca de 60 cm (24 polegadas). 
 
Fatores Técnicos 
Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x). (10 polegadas), em sentido transversal, ou 24 
x 30 cm (10 x 12 polegadas), em sentido transversal 
Grade móvel - 25 a 28 kVp 
 
POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
Deve-se conhecer a técnica a ser utilizada (manual, automática, semi-
auto e otimizado) e parâmetros como densidade e écran, além dos movimentos, 
compressão e disparo de Raios-X. 
É fundamental para o diagnóstico do câncer de mama o posicionamento 
cuidadoso e preciso. O posicionamento deve ser realizado de tal forma que a 
14 
 
imagem apresente a máxima quantidade de tecido mamário. As imagens devem 
apresentar máximo contraste e resolução, e não deve haver artefatos. 
Segue abaixo uma breve descrição dos posicionamentos das pacientes 
rotineiramente utilizados. 
 
Projeção Craniocaudal – CC 
1- Posicionar o equipamento em 0° grau e colocar a paciente de frente para o 
aparelho. 
2- Posição do braço 
- Mão na cintura 
- Rotação externa ombro 
- Elevar sulco inframamário 
3- O rosto da paciente deve estar virado para a técnica e encostado no protetor 
de rosto; 
4- Ver se o mamilo está centralizado e perpendicular. Analisar a altura do bucky 
diante do ângulo medial da mama, se está 90º (ângulo reto em relação ao 
corpo da paciente) 
5- Tracionar os dois quadrantes por igual. A mão que estiver na lateral da mama 
irá manter a tração. A mão da medial irá para as costas da paciente 
empurrando-a levemente. 
6- Baixar a pá lentamente, deslizando a mão sobre a mama. Observar o 
mamilo. 
7- Comprimir tal que a mama fique plana e firme. 
8- Realizar a compressão através dos pedais, com a mama puxada para frente 
até o centro do chassi, com o mamilo em perfil. Apalpe, se necessário para 
garantir que o tecido esteja rígido. 
9- Posicionar o sensor de exposição automática na área de interesse. 
10- A paciente deve então prender a respiração para que possa ser efetuada a 
exposição. 
15 
 
 
1.Tecido mamário estendido incluindo a borda medial 
2.Máximo de lateral 
3.Gordura retro-mamária 
4.Faixa de peitoral 
5.Mamilo perfilado a mama 
 
 
PROJEÇÃO MEDIOLATERAL OBLIQUA 
ANGULAÇÃO – 30º a 60º dependendo do biótipo do paciente 
OBS: Mais importante: Músculo peitoral e Cauda axilar 
 
1- Posicionar o equipamento entre 30 e 60 graus conforme biótipo do 
paciente 
 
2- Paciente deve estar com o corpo e pés rodados em direção ao aparelho 
 
3- Verificar se a paciente está com os ombros relaxados para evitar a contração 
muscular e dificultar o posicionamento 
16 
 
4- Elevar o braço da paciente verificando a altura correta do bucky 
 
5- Com uma das mãos segure o braço e com a outra o corpo da mama, 
encaixando a paciente no bucky 
6- Após levar o braço e o peitoral, procurar não movê-lo e relaxar o ombro. 
Ficar com os dedos em cima do osso da clavícula da paciente para não 
machucar com a pá compressora 
7- Ao iniciar a compressão, é importante observar se o mamilo está perfilado e 
se não há dobras de pele. É importante manter a tensão no dedo polegar até 
que a pá comprima toda a mama 
 
8- Enquanto comprime é importante usar a força da mão, nas direções: “reta” 
e depois em “frente”, dessa forma a prega inframamária fica aberta. 
 
 
1.Tecido mamário estendido 
2.Peitoral no nível do mamilo 
3.Mamilo perfilado a mama 
4.Prega inframamária visível 
 
 
17 
 
 
 
 
INCIDENCIAS ESPECIAIS 
IMPLANTE MAMÁRIO 
 
A compressão não deverá ultrapassar de 7 DaN + ou – 7 kg 
 
Quando a paciente tem implante mamário, além das incidências básicas, fazemos 
uma complementar para visualizar com clareza a bordas. 
 
MANOBRA DE EKLUND 
 
Técnica através da qual procura-se afastar o implante para trás, e 
radiografar apenas o tecido mamário. 
1- Com uma das mãos traciona-se somente a mama, e com a outra, 
massagear o implante para retirá-lo do campo visual 
2- A compressão é concluída e o resultado final será uma radiografia onde 
somente a mama é visualizada. 
 
18 
 
 
 
 
 
INCIDENCIAS COMPLEMENTARED 
 
MAGNIFICAÇÃO 
A magnificação apresenta uma imagem exata, mais detalhada e deve 
ser empregada para tornar o diagnóstico da paciente mais preciso. A magnificação 
(ampliação), resulta do aumento da distância entre a mama e o bucky. Esta 
ampliação pode ser de 1,5x a 1,8x. 
 
Colocar o suporte para magnificação e a bandeja localizada 
(procedimento descrito em item acima). 
Selecionar o foco fino ou a tecla magnificação. O uso do Foco Fino 
garante uma imagem com melhor definição. 
Realizar o posicionamento da paciente e a compressão da mama. 
19 
 
Selecionar a técnica e realizar o disparo de Raios-X. 
 
 
 
PERFIL 
 
Esta incidência é indicada para mamas tratadas com cirurgia 
conservadora e esvaziamento axilar.  Também é utilizada para verificação do 
posicionamento do fio metálico após a marcação pré-cirurgica de lesões não 
palpáveis 
Posicionamento semelhante a incidência médio lateral obliqua.  Angular 
o tubo 90º.  Paciente de frente para o bucky.  Este posicionamento deve incluir, 
obrigatoriamente a parte do prolongamento axilar e é também chamada de perfil 
absoluto. 
20 
 
 
 
CRANIO-CAUDAL EXAGERADA (LATERAL EXAGERADA) 
Esta incidência deve ser realizada quando o parênquima não for 
totalmente visibilizado na incidência crânio-caudal ou quando houver suspeita de 
nódulo.  É utilizada para a parte externa da mama. 
Para realizar esta incidência o tubo de raios X deve ser angulado entre 
5 e 10 graus.  Girar o corpo da paciente de modo que a parte mais lateral da mama 
seja radiografada. 
 
 
COMPRESSÃO LOCALIZADA 
A compressão localizada “espalha” o parênquima mamário, diminuindo 
o “efeito de soma”. É indicada para estudar áreas densas e para analisar o 
contorno de nódulos. Quando a lesão é de natureza benigna 
Ao aparecer alguma imagem suspeita nas incidências de rotina deve-se 
localizar a lesão na mamografia e colocar o compressor adequado sobre a área a 
ser estudada. 
21 
 
 
 
CLEAVAGE (CLIVAGEM) 
Esta incidência é utilizada para visualizar os quadrantes internos da mama, principalmente 
para visualizar lesões próximas ao esterno.  Posição da paciente como na crânio-caudal. 
 Nesta incidência as duas mamas são colocadas sobre o bucky.  Elevar o sulco 
inframamário.  Centralizar os quadrantes internos da mama examinada no bucky. 
 
 
MAMA ROLADA 
Esta incidência é utilizada quando houver suspeita de que a imagem vista na radiografia 
de rotina possa ser somatória de duas ou mais estruturas, a incidência “rolada” serve para 
dissociar as imagens. 
A mama é posicionada em posição crânio-caudal e “rolada” para a direita ou para a 
esquerda, e após isso realizada a compressão 
 
 
 
22 
 
LIMPEZA DO EQUIPAMENTO E ACESSÓRIOS 
 
As tampas metálicas, as partes de fibra de vidro e partes plásticas, tanto 
da unidade de trabalho quanto na unidade de operação,devem ser limpas com 
pano úmido e soluções detergentes que não contenham base alcóolica. 
A Bandeja de Compressão e Spot devem ser retirados antes de serem 
limpos. Para a colocação e retirada atuar como indicado. 
 
 
 
BI-RADS 
O termo BIRADS é um acrônimo para Breast Imaging Reporting and 
Data System, ou seja, é uma sistematização internacional para a avaliação 
mamária, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem 
especificamente da mama. Esta classificação deve ser aplicada nos laudos 
de mamografia, ultrassonografia mamária e ressonância nuclear magnética das 
mamas e assegura maior confiabilidade ao exame. É uma padronização 
mundialmente adotada - em qualquer lugar do mundo, qualquer médico especialista 
nesta área entenderia uma classificação BIRADS 5, por exemplo. 
O BIRADS é um manual de padronização que permite analisar as 
características das lesões mamárias (cistos, nódulos, calcificações) e estimar o 
risco de ser câncer de mama. Já aproveitamos para ressaltar que a maioria dos 
nódulos e das microcalcificações mamárias são benignos, ou seja, a presença em 
si de nódulos ou microcalcificações não quer dizer de forma alguma que o paciente 
está com câncer de mama. 
A categorização é usada da seguinte maneira: o profissional médico que 
está fazendo e/ou analisando o exame de imagem irá avaliar as alterações 
presentes no teste e classificá-las dentro dos critérios do BIRADS. A categorização 
é separada por notas, que vão de zero a seis: 
 
 
http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16864-mamografia-exame-detecta-o-cancer-de-mama
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-mama
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-mama
23 
 
Dentro da categoria 2, estão os nódulos com conteúdo gorduroso, como 
os lipomas, hamartomas, cistos oleosos e as galactoceles; os fibroadenomas com 
calcificações típicas em pipoca; uma enormidade de calcificações benignas, como 
as vascualares, as ductais secretórias, as cutâneas; e as áreas de distorção de 
arquitetura em regiões comprovadas de cirurgia prévia. 
Os achados da categoria 3 incluem os nódulos não palpáveis, com 
morfologia redonda, ovalada ou levemente lobulada, sem calcificações e com 
contornos bem definidos; as microcalcificações agrupadas, com morfologia 
arredondada ou puntiforme e distribuição em círculo e as densidades assimétricas, 
não palpáveis, sem calcificações ou distorção e tendo tecido adiposo de permeio. 
Os achados da categoria 4 incluem os nódulos mal definidos, 
microlobulados ou com calcificações que não sejam as típicas de fibroadenoma ou 
de leite de cálcio; as microcalcificações agrupadas pleomórficas ou amorfas e as 
microcalcificações puntiformes com distribuição linear/ segmentar; as densidades 
assimétricas com distorção de arquitetura ou calcificações e as áreas de distorção 
de arquitetura que não sejam em áreas de manipulação cirúrgica. 
Finalmente, os achados mamográficos classificados na categoria 5 são 
os radiologicamente malignos e incluem os nódulos espiculados e as 
microcalcificações agrupadas, pleomórficas, lineares ou ramificadas, com 
distribuição ductal. 
O laudo é o resultado por escrito do exame assinado pelo médico responsável. Ele é tanto 
um documento para o paciente como a comunicação formal entre o médico que solicitou o 
exame e o médico que o realizou. Como é muito importante que esses médicos se 
entendam com precisão, os laudos foram padronizados para serem feitos com termos bem 
conhecidos e conclusões fáceis. 
O termo BIRADS é a abreviação de Breast Imaging Reporting and Data System, ou seja, 
é uma sistematização internacional para a avaliação mamária, interpretação do exame e 
confecção dos laudos de exames de imagem especificamente da mama. Esta classificação 
deve ser aplicada nos laudos de mamografia, ultrassonografia mamária e ressonância 
nuclear magnética das mamas e assegura maior confiabilidade ao exame. 
Todos os exames, portanto, devem terminar com a classificação BI-RADS® do achado. 
Essa classificação tem as seguintes categorias: 
24 
 
 
Bi rads Zero: 
 Nessa categoria, foi encontrado algo, não necessariamente grave, mas o médico relator 
entendeu que não foram ainda usados todos os recursos possíveis para esclarecer o que 
foi encontrado. Por exemplo, apareceu uma alteração à mamografia e o médico relator 
entendeu que é necessário realizar uma ultrassonografia para esclarecer adicionalmente o 
achado. 
Bi rads 1: 
Quando o médico relator atribui BI-RADS®I ao exame significa que ele não encontrou 
nada. 
Bi rads 2: 
Quando o médico relator atribui BI-RADS®II ao exame significa que ele encontrou algo, 
mas que ele tem certeza ser benigno (portanto não é câncer com certeza). Na prática, tem 
o mesmo valor que o BI-RADS®I, pois não traz nenhuma ameaça à paciente e requer 
apenas as recomendações habituais para saúde mamária (mamografias anuais, por 
exemplo). 
Bi rads 3: 
Quando o médico relator atribui BI-RADS®III ao exame significa que ele encontrou algo no 
exame que quase com certeza é benigno. Para paciente que se enquadram nessa 
categoria, habitualmente é recomendado apenas um acompanhamento com o mesmo 
exame em seis meses e usa-se a expressão "achado provavelmente benigno". Esse termo 
não deve trazer insegurança à paciente. Na verdade, a chance de um achado classificado 
como BI-RADS®III ser câncer é mínima, menor do que 2% (ou seja, mais de 98 pacientes 
entre 100 que recebem essa classificação não têm câncer de mama). E se houver algo, na 
grande maioria das vezes após seis meses a doença estará em fase curável, sem que haja 
prejuízo para a saúde da paciente. Vale enfatizar que o acompanhamento semestral é 
considerado seguro no mundo todo para esses casos, e baseado em amplos dados de 
pesquisas clínicas. 
Bi rads 4: 
Quando o médico relator atribui BI-RADS®IV, significa que ele achou algo no exame que 
precisa de uma amostra física para ser estudada ao microscópio. O procedimento de colher 
essa amostra se chama biópsia. Nessa categoria, a chance de que a paciente tenha câncer 
vai de pouco mais de 2% até 95%. Todos os achados nessa categoria precisam de biópsia, 
25 
 
mas ela foi subdividida em três grupos com risco diferente de que seja encontrado câncer 
(a, b, c). 
Grupo 4a, quase certeza que o resultado será benigno (risco em torno de 10%), mas não 
achamos seguro esperar seis meses para saber o resultado. 
Grupo 4b, o risco é um pouco maior, mas em geral é de menos de 50%. Grupo 4c, o risco 
já é de mais de 50%, mas menos de 95%. 
Bi rads 5: 
Quando o médico relator atribui BI-RADS®V, significa que ele achou algo muito suspeito 
no exame, que tem mais de 95% de chance de ser câncer. Naturalmente, nesses casos a 
biópsia também é indispensável. Vale dizer que há casos de BI-RADS®5 que não são 
câncer, então é sempre necessário realizar biópsia. 
Bi rads 6: 
A categoria 6 é mais difícil de ser entendida porque é muito específica. 
Ela é dada quando uma paciente que já se sabe ser portadora de um câncer faz outro 
exame de imagem (mamografia, ultrassom ou ressonância) e nesse exame aparece o 
câncer já conhecido e mais nada. Ela foi criada porque a classificação BI-RADS® não 
existe apenas para fazer o atendimento individual da paciente em questão, mas também 
para permitir estatísticas que nos levam a compreender melhor o câncer e ajudar outras 
pacientes. Foi necessário criar uma nova categoria para que o mesmo câncer não fosse 
contabilizado duas vezes nas estatísticas em casos em que a paciente faz exames pré-
operatórios adicionais. 
O BIRADS é um manual de padronização que permite analisar as características das 
lesões mamárias (cistos, nódulos, calcificações) e estimar o risco de ser câncer de mama. 
Importante ressaltar que a maioria dos nódulos e das microcalcificações mamárias são 
benignos, ou seja, a presença em si de nódulos ou microcalcificações não quer dizer deforma alguma que o paciente está com câncer de mama. 
 
‘Descrição dos achados radiográficos: 
- NÓDULOS - descrito como qualquer opacidade com algum contorno arredondado 
e definido segundo a forma (redonda, oval, microlobulada e irregular), os contornos 
(bem delimitados, parcialmente obscurecidos pelo tecido adjacente, lobulados, mal 
definidos ou espiculados) e a densidade (com ou sem densidade gordurosa, já que 
26 
 
qualquer nódulo com densidade de gordura ou radiotransparente é considerado 
benigno). 
- MICROCALCIFICAÇÕES AGRUPADAS - descritas segundo sua morfologia 
(monomorfas, pleomorfas, lineares, amorfas) e distribuição (agrupada, linear ou 
ductal, segmentar, regional e difusa). 
- DISTORÇÃO FOCAL DE ARQUITETURA - descrita como especulações em uma 
região da mama ou uma retração focal do contorno parenquimatoso denso. 
Interpretação dos achados mamográficos. Após a análise dos achados 
radiográficos - o que eles significam, qual é o diagnóstico- escrevemos a opinião 
no relatório, expressa em categorias como padronizadas pelo léxico, cada qual com 
o seu valor preditivo de malignidade (VPP). Assim: 
 
ASPECTOS FÍSICOS 
A produção de Raios-X é um fenômeno físico que pode ser produzido 
através de um processo de elevada desaceleração de elétrons. Uma diferença de 
potencial elétrico (KV) aplicada entre o CÁTODO e ÂNODO do tubo de raios X 
acelera os elétrons criando um fluxo de elétrons no sentido do cátodo para o ânodo. 
Este feixe de elétrons com alta velocidade que se choca contra um 
anteparo metálico (ânodo), são freados bruscamente, a maior parte da energia 
cinética perdida será transformada em calor, e uma pequena parte em Raios-X. 
Num tubo de raios X o filamento incandescente atua como fonte de elétrons. 
Controlando-se a incandescência do filamento altera-se a disponibilidade de 
elétrons. 
Os elétrons ao chocarem-se no ânodo produzem um feixe de raios X. 
 
EQUIPAMENTOS 
 
27 
 
 
 
Comando 
Sistema Microprocessado de controle e supervisão. 
Seleção de kV com passo de 1 em 1kV (0,5 em 0,5kV opcional). 
Seleção de Foco grosso e fino. 
Seleção de mAs com passos de 1 em 1 mAs com sistema otimizado de 
incremento. 
Display de Cristal Líquido para interface com usuário, parametrizações 
e calibrações via software, informando todos os detalhes do sistema e status. 
Indicação de kV, mA, mAs, modo de exposição, foco, filtro, cód de erros, 
densidade e écran. 
Gabinete com painel de policarbonato, estrutura em aço e acabamento 
em fibra de vidro. 
Biombo de proteção em vidro comum temperado de 12mm (proteção 
garantida através de testes realizados por físico credenciado CNEN). 
Proteção de carga máxima do tubo. 
28 
 
Seleção para Exposímetro automático completo com processamento em 
tempo real via microprocessador para os focos grosso e fino com técnicas 
automáticas, semi-automáticas e automáticas-otimizadas. 
 
 
 
 
Tubo de RX com Sistema de ânodo giratório 
Partida rápida (3600rpm para 60Hz e 2800rpm para 50Hz, 9600rpm 
opcional) 
Capacidade de corrente do tubo até 150 mA; 
Material do Anodo: Molibdênio (bimetálico) 
Micro focos: 0,1 mm e 0,3 mm 
Capacidade Térmica de Anodo de 300kHU 
Manutenção por sistema multi-pulsos. 
Acionamento por circuito estático. 
Sistema de freio do anodo após a exposição, visando aumentar a vida 
útil do tubo. 
Supervisão por micro Processador 
Proteção por falha de sobre e subcorrente de linha e defasagem de 
campo. 
Colimação automática de acordo com tamanho do filme. 
Proteção térmica (60o). 
29 
 
 
 
 
 
PAINEL DE CONTROLE 
 
1- Incremento manual de kV. 
2- Decremento manual de kV. 
3- Seleção entre focos grosso e fino. 
4- Seleção entre técnicas de exposição: Manual, Automático, Semi-automático e 
Otimizado. 
5- Decremento manual de mAs. 
6- Incremento manual de mAs. 
7- Preparo para emissão de raios-X. 
8- Bloqueio do preparo para emissão de Raios-X. 
30 
 
9- Disparo de Raios-X. 
10- Indicadores luminosos de Preparo (verde), Bloqueio (vermelho) e Emissão de 
Raios-X (amarelo). 
11- Seleção de écrans Normal, Lento e Rápido. 
12- Magnificação. 
13- Seleção de cinco densidades: ++, +, 0, -, - -. 
14- Seleção de filtro de Molibdênio ou Rhodium. 
15- Indicação de técnica manual selecionada. 
16- Indicação de técnicas automáticas selecionadas. 
17- Indicação de foco grosso selecionado. 
18- Indicação de foco fino selecionado. 
19- Display de cristal liquido com indicações de kV, mA, mAs, técnica, foco, filtro, 
densidade, écran e informações sobre o aparelho 
 
DISPLAY DE CRISTAL LIQUIDO 
 
O display de cristal liquido apresenta todas as informações relacionadas 
com a emissão de Raios-X. Os valores e parâmetros indicados no display são 
alterados através das teclas que compõe o painel de operação do aparelho. 
Seleção de kV: é realizada através das teclas 1 e 2 (conforme figura do 
painel). Os valores padrão variam de 20 a 35kV em passo de 1 em 1kV (0,5 em 0,5 
opcional). 
Seleção de mA: Para o foco grosso, as correntes de tubo para a técnica 
Manual e Otimizado é de 80Ma (*100 mA opcional), e para Automático e Semi-
automático 70mA (*100 mA opcional). No foco fino, a corrente de tubo é de 20mA 
31 
 
para todas as técnicas. Não é permitido selecionar diretamente o mA, e sim a 
técnica ou foco que tem um valor de mA indexado. 
Seleção de foco: A seleção entre o foco grosso e fino é realizada através 
da tecla 3. O foco selecionado é indicado através de 17 e 18. 
Seleção de Técnica: A técnica é selecionada através da tecla 4. O 
equipamento possui quatro técnicas diferentes, para focos fino e grosso (somando 
um total de oito técnicas). O foco fino deve ser utilizado para técnicas de 
magnificação com ampliador. A indicação de técnicas automática selecionada é 
realizada através de 16. As quatro diferentes técnicas estão descritas abaixo: 
Técnica Automática: Esta técnica é a mais utilizada na maioria dos 
exames, e tem como principal vantagem selecionar o kV e mAs automaticamente 
durante o disparo de Raios-X. Após o disparo será apresentado o kV e mAs 
utilizados na realização do exame. (kV e mAs automáticos) 
Técnica Semi-automática: O operador deverá selecionar o kV para a 
realização do exame, e o aparelho selecionará o mAs automaticamente durante o 
disparo de Raios-X. Após o disparo será apresentado o mAs utilizado para a 
realização do exame. (kV manual, mAs automático). 
Técnica Otimizada: Similar a técnica automática, com realce para 
detalhes de baixo contraste. (kV e mAs automáticos com realce para detalhes de 
baixo contraste) 
Técnica manual: A seleção de kV e mAs deve ser realizada 
manualmente.A indicação de técnica manual selecionada é realizada através de 
15. (kV e mAs manuais) 
Seleção de mAs: é realizada através das teclas 5 e 6 (conforme figura 
do painel). Os valores padrão variam de 1 a 500 (**opcional 600/800) mAs em 
passo de 1 em 1mAs. Mantendo-se pressionado as teclas 5 ou 6, o passo de 
mudança de mAs sofre incremento progressivo para maior comodidade do 
operador. 
Seleção de écran: O aparelho permite selecionar três tipos diferentes de 
ecran´s, sendo eles rápido lento e normal. Na instalação do aparelho o écran normal 
é ajustado para o chassi utilizado. Caso seja utilizado no aparelho chassis com 
écran´s mais rápidos ou mais lentos que o écran ajustado na instalação, mudar o 
écran através das teclas indicadas em 11 conforme a figura. 
32 
 
Seleção de densidade: O aparelho permite cinco ajustes de densidade. 
Estes ajustes devem ser utilizados para compensar variações no processo de 
revelação do filme ou para ajustar o padrão de imagem conforme o interesse do 
cliente. A mudança de densidade interfere no enegrecimento do filme, sendo que 
cada passo selecionado irá aumentar ou diminuir o enegrecimento em 25%. O 
ajuste é realizado pelas teclas indicadas em 13, sendo + → +25%, ++ → +50%, 0 
→ 0%, - → -25% e - - →-50%. 
Seleção defiltro: O aparelho tem como opcional a utilização de dois 
filtros, um de molibdênio e outro de ródio, sendo o filtro de molibdênio padrão em 
todos os equipamentos. O cliente pode adquirir o filtro de ródio como opcional, com 
o sistema automático de troca de filtros. A troca é habilitada através de um simples 
toque na tecla 14. 
 
DISPAROS DE RAIOS X 
Nesta etapa será descrito como realizar disparos de Raios-X. 
Realizaremos disparos sem o paciente. Para a realização de exames com 
pacientes é necessário conhecer técnicas de posicionamento e compressão. 
1- Selecionar a técnica de exposição (manual, automático, semi-
automático ou otimizado). 
2- Selecionar o foco (grosso ou fino). 
3- Selecionar kV e mAs para a técnica Manual; apenas kV para a técnica 
Semi-automático; e não selecionar kV e mAs para as técnicas Automática e 
Otimizada (manual: exposímetro desligado, 
Semi-automático: exposímetro controla apenas mAs, Automático e 
Otimizado: exposímetro controla kV e mAs). 
4- Apertar a tecla de Preparo 7. 
5- Aguardar a indicação luminosa verde 10 e apertar a tecla de Disparo 
9 (manter apertada durante o bip continuo), a indicação luminosa amarela irá 
acender durante o disparo 10. 
6- Para cancelar o Preparo basta apertar a tecla de Bloqueio 8 ou 
aguardar o cancelamento automático depois de 7 segundos. 
7- Para cancelar o Disparo basta retirar o dedo da tecla Disparo 9. 
33 
 
8- O equipamento será bloqueado por cinco segundos após o disparo, a 
indicação luminosa vermelha será acionada 10. 
9- Será apresentado ao final do disparo o kV e mAs utilizados nas 
técnicas de exposição automáticas. 
 
BLOQUEIO 
Será indicado no display de cristal líquido “TECNICA INVÁLIDA” para 
técnicas acima da curva de carga do tubo de Raios-X. O equipamento não permitirá 
disparos acima da curva de carga. A curva de carga está muito acima das técnicas 
de exposição usuais em mamografia. 
O equipamento irá bloquear caso ocorra qualquer erro detectado por 
software. Este erro é indicado no display de cristal líquido. 
 
TECLAS DO BRAÇO DE MOVIMENTO 
 
As funções do teclado estão listadas abaixo. O número do item equivale 
ao número indicado no desenho do painel do teclado. 
1- Movimento da coluna. Através das setas ↑ e ↓movimente a coluna até 
a posição desejada. Os limites de movimento estão entre 0,70mm e 1,85m 
(superfície do bucky em relação ao solo) 
2- Rotação do braço. Através das setas ← e → gire o braço até a posição 
desejada. O braço para momentaneamente em ângulos de parada pré-
34 
 
selecionados (0,45,60,90,outros), visando facilitar o posicionamento. Os limites de 
giro estão entre –90o (-180o )e +180o . 
3- * Inclinação do braço. Através das setas ↖ e ↘ incline o braço até 
a posição desejada. Os limites de inclinação estão entre –10o (-15o) e +10o 
(+15o). (*Válido somente no modelo Graph - Mammo AF) 
4- Seleção de compressão. Selecione a compressão desejada através 
das setas ↑ e ↓. A compressão pode ser selecionada de 11kgf a 18kgf, em passos 
de 1kgf. 
5- Seleção de ângulo de parada (rotação). Os exames usuais em 
mamografia são: crânio caudal e médio lateral direito e esquerdo. Com a seleção 
45/90 o braço irá parar momentaneamente em – 90°, -45°, 0°, +45° e 90°. Com a 
seleção “Ajustado” o braço irá parar momentaneamente em ângulos pré-definidos 
na instalação do equipamento. Com a seleção Manual o braço não irá parar 
automaticamente em nenhum ângulo. A seleção dos modos de parada é realizada 
com um simples toque na tecla correspondente, O indicador luminoso ao lado da 
tecla irá acender. 
6- Descompressão automática. Com esta função selecionada, a bandeja 
de compressão irá subir automaticamente após o disparo de Raios-X. O indicador 
luminoso ao lado da tecla acesso indica que a função está habilitada, e apagado 
que está desabitada. Para desabilitar ou habilitar pressione a tecla indicada em 
6.25 
7- Indicação de compressão selecionada. Esta indicação irá piscar 3 
vezes quando a compressão da bandeja atingir o valor selecionado. 
8- Indicação de ângulo de inclinação em passos de 1°. 
9- Indicação de ângulo de rotação em passos de 1°. 
O aparelho de mamografia não realiza nenhum movimento do braço ou 
coluna com a bandeja comprimida, visando proteger o paciente contra acionamento 
indesejado do teclado. Os teclados direito e esquerdo possuem a mesma função, 
facilitando o uso. 
 
PEDAL DE COMPRESSÃO 
35 
 
 
O pedal de compressão é utilizado para comprimir e descomprimir a 
bandeja. 
Ao pressionar o pedal de compressão, a bandeja irá descer e comprimir 
até atingir o valor selecionado no teclado do braço. Após atingir o valor selecionado 
o display de indicação do valor de compressão irá piscar 3 vezes. 
Apertar o pedal de descompressão para subir a bandeja. 
A bandeja de compressão irá subir após o disparo se a função 
descompressão automática estiver selecionada. 
A compressão pode ser realizada manualmente através do knob 
localizado na parte superior direita do braço. A compressão é realizada girando o 
knob no sentido horário. 
Posicionar um pedal no lado esquerdo do equipamento e outro no lado 
direito. Os pedais têm funções idênticas. 
 
BANDEJAS DE COMPRESSÃO 
O equipamento possui três bandejas de compressão, com funções distintas: 
4 - Bandeja lisa (utilizada para exames em geral). 
5 - Bandeja de biopsia (utilizada para localização e biopsia). 
6-Bandeja localizada (utilizada para magnificação em conjunto com o ampliador). 
36 
 
 
 
ENCAIXE DA BANDEJA 
 
 
 
Para colocar a bandeja: Gire o knob (4) no sentido anti-horário (uma 
volta), coloque a bandeja no encaixe (5) e gire o knob (4) no sentido horário, 
realizando o aperto. 
Para retirar a bandeja: Gire o knob (4) no sentido horário (uma volta), e 
retire a bandeja. 
 
ENCAIXE PARA O SUPORTE PARA MAGNIFICAÇÃO 
O suporte de magnificação deve ser utilizado em conjunto com a bandeja 
localizada, e tem por finalidade ampliar uma região de interesse. Selecionar o foco 
fino para realizar exames com magnificação. 
Para encaixar o suporte, realize conforme descrito abaixo: 
1- Suba o grupo de compressão acima dos encaixes para o ampliador. 
37 
 
2- Encaixe o ampliador na posição 1,5x a 1,8x. Alinhe as extremidades 
do ampliador com os encaixes e empurre o ampliador a encostar-se ao final do 
suporte. 
3- Coloque a bandeja localizada e retire o protetor facial. 
 
FOTOCELULA 
Sensor que controla o nível de exposição do receptor 
Posicionar o sensor de exposição automática na região de interesse a 
ser analisada. A posição do sensor é indicada no painel abaixo. Podemos visualizar 
neste painel a presença do chassi dentro do bucky. 
 
 
Analógica ou Convencional 
Na mamografia convencional (MC) o sistema de registro de imagem é 
uma combinação filme-ecrã monoemulsionado para minimizar a degradação da 
resolução espacial e diminuir a dose de radiação. Estes filmes são mais sensíveis 
em relação a outros utilizados na Radiologia Convencional e o seu processo de 
revelação é mais demorado. A imagem é visualizada em película. 
 
 
38 
 
 
 
 
Digitalização (CR) 
Revelação indireta (computadorizada ou cr), o detector no aparelho de 
mamografia contém uma substância especial que guarda as informações 
radiográficas. Essa substância é levada a uma máquina que transforma as 
informações em imagem digital. 
Nesse método, o tempo de exame continua sendo mais curto em relação 
ao da mamografia convencional, porém o processo é mais demorado em 
comparação ao sistema direto. 
Tem a qualidade de imagem digital com os sistemas de raios-X 
analógicos 
Converte os sistemas de raios-X baseados em filmes, em sistemas 
digitais, de modo muito rentável através da combinação de placas óticas especiais, 
tecnologia confiável de leitores e excelente qualidade de imagem com uma 
interface de usuário intuitiva - o ponto de trabalho Eleva. Conserva os sistemas 
analógicos aproveitandotodas as vantagens de um processo digital. 
 
39 
 
 
Digital (DR) 
Na mamografia digital direta (ou digital de campo total), o detector de 
raios-x transforma a radiação incidente em imagem digital, que é transmitida 
imediatamente ao computador. 
Os exames realizados com o mamógrafo digital direto tornam o processo 
mais ágil, pois já na sala de exames a técnica pode definir se as imagens estão ou 
não em padrão adequado para a análise. 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Lopes, Aimar Aparecida; Henrique M. Lederman; Renato Dimenstein - Guia prático 
de posicionamento em mamografia – SP Editora: SENAC, 
40 
 
Costa, Nancy de Oliveira – Mamografia Posicionamentos Radiológicos, SP. Corpus 
2008. 
Curso de Mamografia - Programa de Educação Continuada 
Basset, Jackson Jahan, Fu, Gold – Doenças da Mama Diagnóstico e Tratamento, 
RJ Revinter 
Pasqualette, Henrique Alberto, Claudio Kemp Mamografia Atual, RJ Revinter

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