Anatomia - Genital e períneo masculino

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Anatomia
Genital e períneo masculino
Períneo 
Espaço limitado pela abertura inferior da pelve. É subdividido em trígono anterior (urogenital) e posterior (anal), por uma linha imaginária que vai de um túber isquiático a outro. Tem como limites:
· Anterior – sínfise púbica
· Lateral – túber isquiático
· Posterior – cóccix 
Essa região contém músculos, o trígono posterior (anal) possui os mm esfíncter externo dos anus e levantador dos anus. O trígono anterior (urogenital) possui o mm bulboesponjoso (no bulbo do pênis), isquiocavernoso, transverso superficial e profundo do períneo.
O espaço do períneo é muito inervado e vascularizado. 
Genital masculino 
Órgãos genitais internos
Funículo espermático
Contém todas as estruturas que entram e saem do pênis. Local por onde os testículos migram para o escroto, através de um anel inguinal (local de fraqueza, onde podem formar hérnias inguinais). Contém, principalmente, artéria testicular, plexo pampiniforme (veias) e ducto deferente. Esse funículo está contido pelas fáscias espermáticas externa e interna e pelo músculo cremaster (mm que regula a distância do escroto com o corpo; escroto deve estar um grau abaixo da temperatura corporal para a produção adequada de espermatozóides; contrai no frio e relaxa quando a temperatura está mais elevada).
Testículo e epidídimo
Gônadas pares, ovais, produzem espermatozoides e testosterona. São suspensos no escroto pelo funículo espermático. Os testículos se formam na vida intrauterina, na parte retroperitoneal alta, ou seja, no abdômen; descem durante o desenvolvimento embrionário através de um ligamento condutor. Normalmente, na 27ª semana esse processo já está realizado. São envoltos por uma túnica interna de TC. Devido à sua formação, a vascularização dos testículos ocorre através das a. testiculares (ramo direto da aorta abdominal). A drenagem venosa, por sua vez, ocorre pelo plexo pampiniforme, que forma a v. testicular direita (drena na VCI) e esquerda, que desemboca na v. renal esquerda. A esquerda tem uma tendência maior a formação de varizes (dilatação). Por isso, a varicocele no homem é mais comum no lado esquerdo, no homem.
O epidídimo é o canal de condução de espermatozoides, onde são armazenados e amadurece. Possui cabeça, corpo e cauda e conduzem os espermatozoides até a os ductos ejaculatórios. A vascularização arterial e venosa é igual a do testículo. 
Inervação: plexo venosos testicular – simpático (T10-T11) e parassimpático pelo vago (X).
Ducto deferente
É a continuação do epidídimo e o principal componente do funículo espermático. Vai para a parte posterior da bexiga e une-se às glândulas seminais para formar o ducto ejaculatório, que desemboca na porção da uretra prostática. A vascularização arterial ocorre a partir da a. vesical superior. A drenagem venosa ocorre pelo plexo pampiniforme e plexo venoso vesical. A vasectomiaé o procedimento cirúrgico em que é feita uma secção do ducto deferente (ausência de espermatozoides no sêmen).
Glândula/vesícula seminal
Estrutura alongada, localizada entre fundo da bexiga/reto. Não armazenam espermatozoide, tem a função de secretar líquido alcalino e espesso (fonte de nutrição para os sptz). A união do ducto da glândula seminal com o ducto deferente forma o ducto ejaculatório, que desemboca na uretra. A vascularização ocorre pela a. vesical inferior e retal média. A drenagem venosa ocorre pela v. vesical inferior e v. retal média.
Ductos ejaculatórios
união do ducto da glândula seminal com o ducto deferente forma o ducto ejaculatório, que desemboca na uretra. São tubos delgados e curtos (2,5 cm), atravessam a parte posterior da próstata e desembocam a uretra, no colículo seminal. São vascularizados pela a. do ducto deferente (ramos das aa. vesicais) e drenagem pelo plexo venoso vesical e prostático. 
Próstata
Maior Glândula do sistema genital masculino, possui uma parte fibromuscular menor e glandular maior. É responsável pela produção de um líquido prostático leitoso (20% volume do sêmen), importante na ativação dos espermatozoides. É localizada entre e bexiga e o reto; envolve a uretra prostática. Drena seu conteúdo para a uretra através do colículo seminal. É vascularizada pela a. vesical inferior (ramo da ilíaca interna) e drenada pelo plexo venosos prostático, que drena para a v. ilíaca interna. A inervação ocorre pelo plexo venoso prostático, composto por fibras simpáticas (T10 -T11) e parassimpática (n. esplancicos pélvicos – S2-S4).
Glândulas bulbouretrais
Pequenas glândulas inseridas no m esfíncter externo na uretra. Se abrem na porção proximal uretra esponjosa. Tem a função de formar uma secreção mucosa, que compõe e sêmen e lubrifica e limpa a uretra antes da ejaculação. 
Órgãos genitais externos
Pênis 
Órgão erétil de saída comum de urina e sêmen. Possui uma raiz, corpo e glande. É composto por 3 corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil, capaz de se encher e esvaziar de sangue. Existem dois corpos cavernosos na parte superior e um corpo esponjoso na parte inferior, por onde passa a uretra. O pênis é recoberto por pele, denominada prepúcio. O TC chamado de túnica albugínea envolve os corpos cavernosos. Na parte final da glande, existe o óstio externo da uretra. A glande é uma expansão do corpo cavernoso na parte distal do pênis.
Vascularização: é bastante vascularizado, a fim de possibilitar a ereção. Os ramos são derivados da a. pudenda interna (ramo da ilíaca interna): aa. dorsais do pênis, a. profundas do pênis, a. do bulbo do pênis (mais na raiz) e ramos da a. pudenda externa para a pele.
Drenagem venosa: caminho inverso da vascularização. Todas drenam para a v. pudenda interna, daí para a ilíaca interna. V. profunda do pênis, que drena para o plexo venoso prostático; v. dorsal superficial do pênis, drena para a v. pudenda externa. 
Inervação: plexo simpático formando pelo n. pudendo (S2-S4), que dá origem ao nervo dorsal do pênis, que faz a inervação sensitiva simpática da raiz até a glande. Plexo parassimpático, n. cavernosos (n. esplancicos pélvicos), responsáveis pelo enchimento das aa. ilicinas, que enchem os corpos eréteis.
Escroto
É um saco fibromuscular cutâneo que contém o testículo e estruturas associadas. É composto por uma tela subcutânea (túnica dartos), fáscia espermática externa, músculo cremaster (mm liso involuntário que a contração afasta ou aproxima do corpo, dependendo da temperatura) e fáscia espermática interna. 
É dividido em dois compartimentos, onde se localizam testículo direito e esquerdo. A túnica dartos se estende até a raiz do pênis, realizando a divisão entre os compartimentos.
Vascularização: aa. escrotais anteriores (ramo da a. pudenda externa – ramo da a. femoral); aa. escrotais posteriores (ramo da a. pudenda interna - ramo da a. ilíaca interna; a cremastérica (ramo da epigástrica inferior).
A drenagem venosa segue o mesmo caminho da vascularização arterial. Vv escrotais anteriores → v. pudenda externa → v. femoral → v. ilíaca externa → v. ilíaca comum → VCI
Vv escrotais posteriores → v. pudenda interna → v. ilíaca interna → v. ilíaca comum → VCI
Inervação: possui a pele muito sensível. Ocorre pelos nn. Escrotais anteriores (plexo lombar – n. ilioinguinal e n. genitofemoral) e nn escrotais posteriores (plexo sacral – n. pudendo [s2-s4] e n. cutâneo femoral posterior (s1-s3).