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Assédio Moral no Ambiente Corporativo
Giovanna Cristina Ribeiro Soares*
Resumo
O presente artigo trata sobre o Assédio Moral no Ambiente Corporativo. O objetivo desse estudo é analisar os danos e consequências que o assédio moral no ambiente corporativo pode gerar, mostrar como o trabalhador pode se sentir desmotivado a tomar alguma atitude e resumidamente demonstrar como nem sempre é fácil conseguir provar o assédio. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental, com a leitura de outros artigos e livros relacionados ao assunto e pesquisas com pessoas que passaram por essa experiência. Através das pesquisas e estudos, foi possível concluir que o assédio moral, traz danos sérios danos psicológicos à vítima, que na maioria das vezes não denuncia, pois sente medo. Medo de ser demitido, medo de não conseguir provar, medo de não acreditarem nela, medo da empresa em que trabalhar “queimá-la” em outras empresas. O objetivo foi expor e falar sobre esse tipo de assédio que acontece todos os dias, em praticamente todas as empresas e não é tratado com a devida importância. 
Palavras-chave: Assédio; Corporativo; Discriminação
Introdução
O assédio moral trata de toda conduta abusiva que se manifesta notadamente por comportamentos, palavras, atos, gestos, que podem causar danos à personalidade, à dignidade, ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, colocando em risco o emprego desta ou degradando o clima de trabalho. Ainda que o assédio moral seja tão antigo quanto o próprio trabalho, somente no começo da década de 90 é que ele realmente foi identificado como um fenômeno destrutivo do ambiente do trabalho, não só reduzindo a produtividade, mas também favorecendo o absenteísmo, devido aos danos psicológicos que envolvem. (Gestão Empresarial, 2002, p. 135). 
A realidade em que vivemos tem sido caracterizada pela competitividade, pela produtividade, pela superação constante de metas, pelos círculos de qualidade, pela otimização de resultados e pela eficiência. Mesmo com todos esses fatores, é importante lembrar que o ser humano seja respeitado, dentro de suas limitações e individualidades. Cada colaborador, é uma pessoa diferente, com qualidades e defeitos, com suas facilidades e dificuldades. É importante lembrar que o trabalhador é um ser humano e não pode ser tratado como uma máquina.
Através da leitura de artigos, livros entrevistas, pude ver todas as consequências que o assédio moral pode trazer à vítima em curto e longo prazo , além de toda a dificuldade que a vítima tem em provar o ocorrido, devido a isso, muitas pessoas deixam de denunciar. Na maioria das vezes é necessário apresentar testemunhas, o que nem sempre é possível conseguir, pois os demais trabalhadores sentem medo de sofrer uma demissão ou alguma forma de assédio se testemunharem contra a empresa.
Tenho o objetivo de mostrar como pode ser difícil para o trabalhador comprovar o assédio moral e devido a isso muitos acabam deixando de lado e não seguindo em frente com o processo. Os assediadores se beneficiam disso, pois sabem que a chance de receberem um processo e terem que arcar com as consequências é mínima. 
Nesse artigo, o leitor lerá sobre a relação entre o assédio e o dano moral e como eles ocorrem no ambiente corporativo. Também serão tratados outros tipos de discriminação e como o pode legislativo trata os casos que se enquadram os assuntos tratados.
Dano Moral
O dano moral é aquele que traz como consequência ofensa à honra, ao afeto, à liberdade, à profissão, ao respeito, à psique, à saúde, ao nome, ao crédito, ao bem estar e à vida, sem necessidade de ocorrência de prejuízo econômico.
“Nessa perspectiva, o dano moral não está necessariamente vinculado a alguma reação psíquica da vítima. Pode haver ofensa à dignidade da pessoa humana sem dor, vexame, sofrimento, assim como pode haver dor, vexame e sofrimento sem violação da dignidade. Dor, vexame, sofrimento e humilhação podem ser consequências, e não causas. Assim como a febre é o efeito de uma agressão orgânica, a reação psíquica da vítima só pode ser considerada dano moral quando tiver por causa uma agressão à sua dignidade.” (CAVALIERI FILHO, 2009, p.84).
	A ocorrência de um dano moral é gerada pela insistência do agressor sobre uma vítima, na qual é causado agravo sobre sua integridade. Os resultados desses danos são as dores e doenças a vítima, pondo em risco sua saúde física e mental. 
Dano Moral no Ambiente Corporativo
O principal interesse das relações estabelecidas por meio de contrato de trabalho é que sejam alcançados pelas partes os seus objetivos, dentro do respeito aos dispositivos e procedimentos previstos em leis, convenções, acordos coletivos de trabalho, regulamentos internos e usos e costumes em geral e da própria empresa, constituída pelo empregador, seus prepostos e empregados.
Caracteriza-se um dano moral quando a pessoa se sente prejudicada em seus valores subjetivos, de âmbito moral. A moral diz respeito à reputação do indivíduo em seu meio social, à boa fama, à dignidade, à sua privacidade, e estes conceitos são muito subjetivos, pois se referem ao foro íntimo de cada pessoa.
“Pode-se afirmar, sem medo de errar, que o assédio moral nas relações de trabalho é um dos problemas mais sérios enfrentados pela sociedade atual. Ele é fruto de um conjunto de fatores, tais como a globalização econômica predatória, que vislumbra somente da produção e do lucro, e a atual organização do trabalho, marcada pela competição agressiva e pela opressão dos trabalhadores através do medo e da ameaça. Esse constante clima de terror psicológico gera, na vítima assediada moralmente, um sofrimento capaz de atingir diretamente sua saúde física e psicológica, criando uma predisposição ao desenvolvimento de doenças crônicas, cujos resultados a acompanharão por toda a vida”. (Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moral nas relações de trabalho. Campinas: Russel, 2004, p. 37)
Quando falamos em dano moral geralmente consideramos que o empregador é o causador e o empregado é a vítima. No entanto, o empregado também pode ser causador de danos morais ao empregador e uma vez ocorrendo, poderá ser responsabilizado a indenizar o empregador pelo dano causado.
Da mesma forma que a honra, a boa-fé, os valores subjetivos de âmbito moral sejam destinados à pessoa física, também à pessoa jurídica se aplicam tais valores no ponto em que estes valores são destinados à obtenção de crédito externo. Toda empresa busca consolidar uma imagem de integridade, de confiança e de respeito junto aos seus clientes ou consumidores.
Se o empregado através de ações ou omissões lesar o empregador, de forma que esta imagem construída seja afetada negativamente perante seus clientes e consumidores, o empregado poderá responder e indenizar o empregador por danos morais.
Os processos que chegam à Justiça do Trabalho buscando reparação por danos causados pelo assédio moral revelam que há basicamente três tipos de reparação:
· Rescisão Indireta do contrato de trabalho (justa causa em favor do empregado); 
· Danos morais (que visa à proteção da dignidade do trabalhador); 
Danos materiais (casos em que os prejuízos psicológicos ao empregado tenham gerado gastos com remédios ou tratamentos).
Assédio Moral
O Assédio moral é toda conduta repetitiva, persistente e abusiva que se manifesta por comportamentos por parte do assediador, que tem a intenção de prejudicar a vítima com palavras, atos, gestos, que podem causar danos à personalidade, à dignidade, ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa.
O assédio pode ser eventual, ou ocorrer de forma radical, com perseguição e desqualificação contínua da vítima. Mesmo quando ocorre de forma eventual, o assédio é inaceitável. Porém é mais grave quando se repete durante um tempo prolongado, produzindo na vítima um quadro duradouro de miséria física, psicológica e social. 
	A vítima pode começar a ter sintomas físicos, ter dificuldades de relacionamento com outras pessoas, insônia, fobias, depressão, sentir-se muito mal e até mesmo chegar ao suicídio.No quadro geral, a saúde mental e física da pessoa é prejudicada a partir do abatimento moral que se processa. O constrangimento e a sensação de impotência levam a vítima do assédio moral a diminuir sua qualidade de vida e sua condição de trabalho. O assédio moral se difere de uma simples ação mal-humorada eventual por ser um procedimento intencional, habitual, repetitivo, radical.
Qualquer um pode ter um ato de agressividade e ser levada a insultar ou fazer uma brincadeira de mau-gosto. Se isso ocorrer e ela se desculpar depois, não se trata de um acontecimento grave. No entanto, nos casos de assédio psicológico, a pessoa que comete o assédio pratica de forma frequente e radical o mesmo tipo de comportamento, podendo chegar até a defender suas ações através de alguma racionalização (moralmente incorreta, é claro).
Apesar de existir há muitos anos, o tema só foi abordado mesmo no ano de 1998 quando uma psicanalista francesa escreveu o livro, Assédio Moral: A violência perversa do cotidiano. No Brasil, ele foi publicado em 2000 e as discussões surgiram, na mesma proporção que os casos de assédio moral iam aumentando.
Hoje, a justiça considera crime e os autores desses abusos são punidos de acordo com a lei, mas ainda não existe uma lei que cuide especificamente disso. O que temos são as leis municipais e estaduais, nada a âmbito nacional.
Assédio Moral no Ambiente Corporativo
A conduta do assédio moral é mais comum de ocorrer dentro do ambiente corporativo, pelo fato da convivência com diversos tipos de pensamentos e o modo individual em que cada profissional trabalha, geralmente causa algum tipo de conflito entre os colaboradores de uma empresa. O assédio moral se caracteriza por uma conduta repetitiva por parte do agressor que faz a vítima sofrer humilhações, constrangimentos e outros danos a integridade. Essa conduta pode ser determinada por três tipos de comportamento: 
Assédio Descendente: Conhecido também como forma vertical de assédio moral, sendo o mais comum no ambiente de trabalho, ele se caracteriza de cima para baixo, isto é, o ato ocorre quando a chefia é o agressor e o trabalhador é a vítima, fazendo pressão ao subordinado determinando tarefas extensas para se concluir num curto período de tempo, tendo impressão de que ele não esteja atingindo os objetivos e metas impostos pela organização.
Assédio Ascendente: Também partindo como uma forma vertical de assédio moral, sendo um tipo mais raro, ele se caracteriza de baixo para cima, isto é, o ato ocorre quando o agressor é o trabalhador e a vítima é a chefia, geralmente acontece quando um grupo de subordinados se opõe a diversos tipos de decisões de seu chefe, tentando desestabilizar sua superioridade no ambiente de trabalho, forçando-o largar seu cargo.
Assédio Paritário: Conhecido também como forma horizontal de assédio moral, o ato ocorre quando o agressor e a vítima são trabalhadores, muita das vezes dá-se por uma união de colegas que escolhe um funcionário na qual esteja destacando-se entre seu superior pela sua produtividade, fazendo esse passar por atos opressivos e constrangedores, desestimulando em seu ambiente profissional.
Discriminação
 Existem muitos tipos de discriminação existentes no mundo, como preconceito e discriminação racial, homofobia e intolerância religiosa. Estes são também os mais conhecidos e relatados pela imprensa no Brasil e no mundo.
 Discriminação racial: O racismo é tipo de discriminação na qual a principal característica é a interiorização de pessoas por conta de sua raça, cor de pele ou outras particularidades, em quem o agressor defende uma opinião pré-concebida de que há uma diferenciação de sabedoria entre os seres, atribuindo superioridade sobre tal raça.
 Historicamente o racismo sempre esteve presente em nosso meio desde a escravização de negros, grupos racistas, nazismo, na qual esse preconceito estendeu-se até os dias de hoje, sendo agora de maneira mais oculta e indireta.
 Com o avanço da tecnologia, a internet, dá a possibilidade de anonimato para que os idealizadores dessa concepção defendam sua opinião, fazendo que a identificação destes praticantes seja árdua, pois o número de pessoas nela ainda é grande.
 Após várias repercussões durante os anos, surgiram-se diversas leis para punição dos indivíduos que praticam esse ato, pagando por meio de multas, serviços comunitários e até mesmo reclusão durante meses ou anos. 
 Muitos países adotaram leis especificas contra essa discriminação, prezando pelos direitos sociais e humanos, sem que haja distinção entre as pessoas, sendo a ONU - Organização das Nações Unidas - que propôs em 1965 a eliminação total da discriminação de raça, através de uma convenção. A partir de então, o dia 21 de março foi adotado para ser o Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial. 
 Infelizmente, o racismo ainda existe, não é algo que foi extinto. Muitas pessoas deixam de ter oportunidades, são tratadas de forma diferente e maltratadas somente pela cor da sua pele. Em contrapartida, hoje em dia as pessoas não têm se calado, através de manifestações e protestos, o racismo está sendo exposto, os agressores estão sendo expostos e isso algo bom de se ver. Hoje está mais difícil se manter no anonimato. 
Homofobia: A palavra homofobia significa a repulsa ou o preconceito contra a homossexualidade e/ou o homossexual. A palavra fobia denomina uma espécie de “medo irracional”, e o fato de ter sido empregada nesse sentido é motivo de discussão ainda entre alguns teóricos com relação ao emprego do termo. Assim, entende-se que não se deve resumir o conceito a esse significado. No decorrer da história, inúmeras denominações foram usadas para identificar a homossexualidade, refletindo o caráter preconceituoso das sociedades que cunharam determinados termos, como: pecado mortal, perversão sexual, aberração.
Podemos entender a homofobia, assim como as outras formas de preconceito, como uma atitude de colocar a outra pessoa, no caso, o homossexual, na condição de inferioridade, de anormalidade, baseada no domínio da lógica heteronormativa, ou seja, da heterossexualidade como padrão, norma. 
Para reafirmar sua sexualidade e como um mecanismo instintivo de defesa contra qualquer possibilidade de desenvolver um sentimento diferente por pessoas do mesmo sexo, os sujeitos heterossexuais tornam-se agressivos e podem até mesmo cometer assassinatos para se preservarem de qualquer risco. Muitas vezes, porém, a homofobia parte do próprio homossexual, como um processo de negação de sua sexualidade, às vezes apenas nos primeiros momentos, outras de uma forma persistente, quando o indivíduo chega a contrair matrimônio com uma mulher e a formar uma família, sem jamais assumir sua homossexualidade. Quando este mecanismo se torna consciente, pode ser elaborado através de uma terapia, que trabalha os conceitos e valores destes indivíduos com relação à opção homossexual.
Outro componente da homofobia é a projeção. Para a psicologia, a projeção é um mecanismo de defesa dos seres humanos, que coloca tudo aquilo que ameaça o ser humano como sendo algo externo a ele. Assim, o mal é sempre algo que está fora do sujeito e ainda, diferente daqueles com os quais se identifica. Algumas pesquisas apontam ainda para o medo que o homofóbico tem de se sentir atraído por alguém do mesmo sexo. Nesse sentido, o desejo é projetado para fora e rejeitado, a partir de ações homofóbicas.
O homofóbicos pode reagir perante os homossexuais com calúnias, insultos verbais, gestos, ou com um convívio social baseado na antipatia e nas ironias, modos mais disfarçados de se atingir o alvo, sem correr o risco de ser processado, pois fica difícil nestes casos provar que houve um ato de homofobia. Alguns movimentos são realizados em código, compartilhados no mundo inteiro pelos adversários dos homossexuais, tais como assobios, alguns cantos e bater palmas.
A questão não se resume apenas aos indivíduos homossexuais, ou seja, a homofobia compreende também questões da esferapública, como a luta por direitos. Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a legalidade da união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. A decisão retomou discussões acerca dos direitos da homossexualidade, além de colocar a questão da homofobia em pauta.
Apesar das conquistas no campo dos direitos, a homossexualidade ainda enfrenta preconceitos. O reconhecimento legal da união homo afetivo não foi capaz de acabar com a homofobia, nem protegeu inúmeros homossexuais de serem rechaçados, muitas vezes de forma violenta. Felizmente, como no caso do racismo, hoje em dia as pessoas não têm mais se calado e os agressores estão sendo expostos e a punição está chegando em quase todos. Infelizmente muitos ainda conseguem passar sem serem punidos.
Intolerância religiosa: se dá quando não há respeito pelas diferenças ou crenças religiosas de outros. Pode acabar se tornando uma perseguição religiosa, e isso já acontece há anos. A maioria dos grupos religiosos já passou por isso alguma vez. A intolerância religiosa se dá devido à falta de tolerância religiosa, liberdade de religião e pluralismo religioso.
Perseguição pode referir-se a prisões ilegais, espancamentos, torturas, execução injustificada, negação de benefícios e de direitos e liberdades civis. Pode também implicar em confisco de bens e destruição de propriedades, ou incitamento ao ódio, entre outras coisas.
No Brasil a diversidade religiosa é grande, aumentando assim a intolerância religiosa também, tendo sido criado até o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro) por meio da Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, sancionado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, o que foi um reconhecimento do próprio Estado da existência do problema.
A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado está oficialmente separado, sendo o Brasil um Estado laico. A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, sendo a prática religiosa geralmente livre no país.
Perfil do Assediado
· Os que atingem salários muito altos;
· Saudáveis, escrupulosos, honestos;
· As pessoas que têm senso de culpa muito desenvolvido;
· Dedicados, excessivamente ao trabalho, perfeccionistas, impecáveis, não hesitam em trabalhar nos fins de semana, ficam até mais tarde e não faltam ao trabalho mesmo quando doentes;
· Não se curvam ao autoritarismo, nem se deixam subjugar;
· São mais competentes que o agressor;
· Pessoas que estão perdendo a cada dia a resistência física e psicológica para suportar humilhações;
· Portadores de algum tipo de deficiência;
· Mulher em um grupo de homens;
· Homem em um grupo de mulheres;
· Os que têm crença religiosa ou orientação sexual diferente daquele que assediam;
· Quem tem limitação de oportunidades por ser especialista;
· Aqueles que vivem sós.
Perfil do Assediador
· Inseguros, autoritários e narcisistas;
· Têm facilidade para manipular as pessoas;
· Sabem identificar quem se constrangerá perante seus insultos; 
· Têm propensão à perversidade;
· Têm intenção firme de constranger ou humilhar a vítima.
CONSEQÜÊNCIAS DO ASSÉDIO MORAL
Perdas para a Empresa
Um ambiente laboral sadio é fruto das pessoas que nele estão inseridas, do relacionamento pessoal, do entrosamento, da motivação e da união de forças em prol de um objetivo comum: a realização do trabalho. Pode-se afirmar que a qualidade do ambiente de trabalho, sob o aspecto pessoal, muito mais do que relacionamentos meramente produtivos exige integração entre todos os envolvidos. Esta integração é comprometida quando os empregados se sentem, perseguidos, desmotivados, assediados moralmente.
O assédio moral inevitavelmente instala um clima desconfortável aos colaboradores na empresa, de tensão, de apreensão, de competição. O principal fator para identificar uma perda para a empresa é a queda da produtividade, seguida pela redução da qualidade do serviço, ambas geradas pela instabilidade que o empregado sente no posto de trabalho.
Dependendo do perfil do empregado assediado, este pode tornar-se improdutivo, doente, acomodado numa situação constrangedora suportada pela necessidade de se manter no emprego, não presente fisicamente e psicologicamente; ou, então, não se sujeita a tal situação, preferindo retirar-se da empresa e postular a reparação do dano na via judicial.
Qualquer uma das consequências o prejuízo é o mesmo: econômicos para o empregador. Isto sem mencionar o comprometimento da imagem externa da empresa, a sua reputação junto ao público consumidor e ao próprio mercado de trabalho.
As Perdas do empregador podem ser resumidas em:
· Queda da produtividade;
· Alteração na qualidade do serviço/produto;
· Menor eficiência;
· Baixo índice de criatividade;
· Absenteísmo;
· Doenças profissionais;
· Acidentes de trabalho;
· Danos aos equipamentos;
· Alta rotatividade da mão-de-obra, gerando aumento de despesa com rescisões contratuais, seleção e treinamento de pessoal;
· Aumento de demandas trabalhistas com pedidos de reparação por danos morais;
· Abalo da reputação da empresa perante o público consumidor e o próprio mercado de trabalho etc.
Perdas para o Assediado
Como já destacado anteriormente, as consequências que irá sofrer o empregado assediado dependem muito do seu perfil psicológico, de sua condição social, do papel que representa e que pode continuar representando no mercado de trabalho.
Se a vítima é uma pessoa que se encaixa no perfil do “empregável”, embora vítima de um terrorismo psicológico, sua autoestima permanece intacta para uma reversão fora da empresa, é capaz de se retirar e postular outro posto de trabalho pode afirmar que as consequências são mais danosas para o empregador que perdeu um profissional competente e, muito provavelmente, arcará financeiramente, com as consequências de sua conduta danosa, do que para o próprio empregado.
Temos como resultado, empregados necessitados de motivação, de criatividade, de capacidade de liderança, de espírito de equipe e com poucas chances de se manterem “empregáveis”. Pessoas que, premidas pela necessidade de se manter no posto de trabalho, acabam por se sujeitar às mais diversas humilhações e enfermam primeiro psicologicamente, depois, fisicamente.
Diante de um quadro inteiramente desfavorável à execução tranquila e segura do serviço que foi lhe conferido, o empregado assediado moralmente sente-se ansioso, despreparado, inseguro e, por via de consequência, os riscos de ser acometido de doenças profissionais ou de vir a sofrer acidentes do trabalho são potencializados. Assim, arrisca-se a dizer que quando o empregado, vítima do assédio moral, não é demitido pela baixa produtividade, pelo absenteísmo, pela desmotivação, não raro será vítima de doenças ou acidentes ocupacionais.
Como Prevenir o Assédio Moral 
O assédio moral no ambiente de trabalho pode se desenvolver a partir de uma diferença de cargo, salário, tarefas ou funções. Para que esse ato venha ser evitado às empresas devem adotar uma política de ética interna relacionada diretamente em seus objetivos, para que haja igualdade entre os colaboradores da organização. 
As medidas que a empresa pode acatar para a melhoria do relacionamento é trazer uma interação entre os funcionários, como reuniões de equipe, almoço entre os funcionários e outras comemorações para que a convivência profissional se desenvolva e traga harmonia no ambiente de trabalho.
A comunicação aberta entre os profissionais, Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional – setores responsáveis pela organização pessoal numa empresa – para que venha identificar e analisar os problemas que estão acontecendo no ambiente, traçando objetivos e melhorias na relação interpessoal.
O diálogo entre supervisor e subordinado também é outro ponto que deve existir em qualquer empresa, pois havendo uma relação profissional aberta o risco de haver problemas de conflito é pequeno, pelo fato de cada uma das partes entenderem o lado do outro e dar suas sugestões de melhoria nas interferências de ideia.
Ressaltando também que caso haja umdescumprimento de conduta de ética na empresa por parte de qualquer pessoa, deve haver a punição necessária para o desviante, havendo uma conformidade entre as normas adotadas e a maneira correta em que cada membro deve segui-la.
Entretanto, o assédio moral nas corporações poderá ser reduzido ou dizimado por um estudo entre os problemas presentes e o objetivo principal dela, para que seus propósitos sejam atingidos de maneira que a interferência no relacionamento profissional não venha a ser o fator ocasional de sua queda.
Responsabilidades Civis no Direito do Trabalho
A dignidade da pessoa humana está intimamente ligada ao dano moral originado de uma relação de trabalho. É essencial relembrarmos a importância do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, pois não há espaço no Direito do Trabalho para situações contrárias à dignidade do ser humano, seja ele empregado ou empregador.
O dano moral no Direito do Trabalho tem como efeito três causas principais: a agressão moral, o assédio sexual e o assédio moral, objeto principal do presente estudo.
Restringindo-se ao objeto do estudo, é possível afirmar: caso o empregador ou o empregado pratique assédio moral, restará configurado o dano moral.
Aspectos indenizatórios sobre o Assédio Moral
O dano ao empregado ou empregador, originário de uma situação caracterizada como assédio moral é de extrema subjetividade, fato que acaba por gerar sensível conflito em torno da prova do assédio moral para a apuração do efetivo dano.
“O assédio moral é uma violência invisível, e o dano moral proveniente do assédio moral, como bem coloca Jorge Pinheiro Castelo, “não é algo passível de ser objetivamente demonstrado, já que estamos tratando de fenômenos relacionados às vivências do indivíduo. Mas, nem por isso, deixa de produzir efeitos concretos”. (Maria Aparecida Alkimim, p 113, subsidiada por Jorge Pinheiro Castelo)
 
Por óbvio que uma prática tão costumeira como o assédio moral é capaz de produzir efeitos concretos, ou seja, danos em diversas áreas da vida de um indivíduo (familiar, profissional, pessoal etc.) e, por essa razão, a apuração da quantidade indenizatória torna-se uma tarefa muito difícil.
“Fixação do valor da indenização de danos morais – Critérios. A indenização por dano moral não é o preço da dor, que nenhum dinheiro paga. O dinheiro serve, tão somente, para mitigar, para consolar, para estabelecer certa compensação causada pelo ofensor ao ofendido. A fixação do valor pecuniário da indenização, por dano moral, serve para atingir resultados próprios: compensação a um e sancionamento a outro. Assim, são indicados alguns critérios para esta quantificação: extensão do fato inquinado; permanência temporal; intensidade; antecedentes do agente, situação econômica do ofensor; e razoabilidade do valor.” (Rodrigo Ribeiro Bueno, TRT da 3ª Região no Recurso Ordinário)
 
Como bem notável na decisão, a indenização não paga o preço da dor, razão essa que obriga o julgador a se ater a critérios específicos de quantificação, quais sejam: extensão do fato; permanência temporal; intensidade; antecedentes do agente, situação econômica do ofensor; e razoabilidade do valor.
Por parte, é inevitável para uma capacidade instrução processual a análise adequada do assédio moral no caso concreto para a melhor apuração do dano e da consequente justa reparação (indenização).
“O art. 483 da CLT autoriza o trabalhador a postular em juízo as indenizações correspondentes às violações do contrato, por não cumprimento, por parte de seu empregador, podendo, também, acumular outros pedidos indenitários resultantes da relação de trabalho, tais quais, por exemplo, a indenização a que está obrigado, quer resultante de dano moral ( assédio sexual, assédio moral, dano pessoal) e ou em caso de infortúnio ao trabalhador, como expressamente previsto pelo art. 7º, inciso XXVIII (seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa). Não há que se falar sequer que os créditos trabalhistas resultantes da resolução contratual autorizada pelo dispositivo celetário indicado já cubra também a indenização decorrente do assédio moral. Este entendimento encontra-se já superado pelos reiterados pronunciamentos do C. STF, no sentido de que é acumulável a indenização por dano material, com a de dano moral.” (Assédio moral: a micro violência do cotidiano”, loc. Cit).
Aqui há que se registrar que a indenização por danos materiais depende da comprovação do fato do assédio, do prejuízo e da relação de causalidade entre eles. No caso dos danos morais, a prova é de fato o assédio apenas, isso porque não há como se produzir prova da dor, do sofrimento, da humilhação. 
 Âmbito Geral Legislativo ao Assédio Moral
A legislação brasileira sobre o assunto em específico ainda está em fase de construção, por não existir uma lei que abrange toda nação. Atualmente, essa lei que visa punir os agressores morais se encontra fragmentada apenas em governos municipais e estaduais, por diversas regiões do Brasil. Portanto, é possível encontrar leis sobre os direitos humanos, direitos no ambiente profissional, dignidade humana, entre outros, que na maioria das vezes é utilizada para punir os agressores desse assédio. 
Análise dos resultados
 Após a leitura de artigos e livros, pesquisas na internet e até usando minhas experiências pessoais, foi possível entender melhor o assunto Assédio Moral. No ambiente corporativo esse tipo de assédio é mais comum do que muitas pessoas imaginam. Os danos psicológicos chegam a ser permanentes, a pessoa atingida, mesmo após sair da empresa que sofria o assédio, passa a viver retraída e com medo de que no próximo emprego vá passar novamente pela mesma situação. Existem também os gastos com consultas médicas e medicamentos para tratamento das doenças psiquiátricas que podem surgir.
 Os dados obtidos através das leituras e pesquisas foram organizados em tópicos, de acordo com o assunto abordado. Achei interessante citar alguns tipos de discriminação que existem, porque podem ser o ponto de partida para o Assédio Moral.
Conclusões
O tema abordado nesse artigo vem causando muita repercussão na sociedade, tanto pela sua extensão quanto pela intensidade em que ela é praticada a uma pessoa. Esse tipo de situação sempre aconteceu, muitas pessoas foram e ainda são humilhadas e destratadas em seus ambientes de trabalho, mas por precisarem do emprego, por precisarem o dinheiro para manter as contas da casa e o sustento de suas famílias, a maioria aguenta calado. Isso leva a doenças físicas e psicológicas. 
Hoje em dia muitas empresas se preocupam com o bem estar de seus colaboradores, muitas entendem que é uma via de mão dupla, não é só o funcionário que precisa da empresa, a empresa também precisa do funcionário. Ele é algo precioso para a empresa, deve ser tratado de forma correta e com respeito. Ao mesmo tempo em que os funcionários devem respeitar a empresa. 
Pela ausência de conhecimento e informações do assunto pelos profissionais no ambiente de trabalho, o assédio é tratado como uma simples provocação rotineira, por parte do chefe ou subordinado. A produtividade decresce e o clima organizacional fica em constante declínio, trazendo malefícios a empresa, pela perda de funcionários e até mesmo da imagem que ela apresenta. 
Na sociedade, essa questão põe em risco relacionamentos, acarretando divórcios, separações, brigas, partindo até mesmo pelo uso de drogas ilícitas, pelo desamparo familiar que a vítima está sofrendo.
É notável que o assédio moral está ganhando maiores contornos em relação a sua prática. Além da agressão verbal, o ato está partindo da agressão física, que leva a vítima e o agressor a entrar em conflitos perigosos, pondo em risco suas vidas. 
Por fim, é necessário o entendimento das pessoas sobre a seriedade desse tema, para que ele venha receber um tratamento legal correto, e forçar o Estado a aplicar uma legislação específica para o assédio, impondoa devida punição aos agressores para que outros casos sejam dizimados, e assim que a população possa receber o verdadeiro tratamento de cidadãos éticos com o próximo. 
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* Pós-Graduanda em Gestão Estratégica de Pessoas da Universidade Estácio de Sá.

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