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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MS. LUZINETH BARBARA AZIZ PEREIRA, brasileira, solteira, do lar, portadora da Carteira de Identidade n.º 546092-01 SSP/MS, e CPF 337.180.081-49, residente e domiciliada à Av. Eng.º Amélio Carvalho Baís, n.º 337, Vila Almeida, CEP 79112-380, na cidade de Campo Grande – MS, por seus procuradores abaixo subscritos, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, propor a presente: AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA em face de ENERGISA MATO GROSSO DO SUL – DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº. 15413826/0001-50, com sede na Av. Gury Marques, n.º 8000, CEP 79072-900, Campo Grande – MS, pelos fatos e fundamentos adiante aduzidos: Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 1 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 1 I - DOS FATOS A Requerente é cliente da Concessionária Requerida, denominada ENERGISA MATO GROSSO DO SUL – DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., sendo que mantém relação de consumo de cunho jurídico-financeiro com a mesma em decorrência de ser usuária de energia elétrica. Ocorre que na data de 21/06/2017, a Autora locou seu imóvel, localizado à Av. Eng.º Amélio Carvalho Baís, n.º 337, Vila Almeida, CEP 79112-380, para o Sr. Mauro Suel Rodrigues dos Reis Mourão, inscrito sob o CPF 014.169.841-14, entretanto não transferiu a conta de Energia Elétrica para o nome do locatário. Com isso, o locatário deixou de cumprir com a quitação das faturas no período em que se encontrou possuidor do referido imóvel, fazendo com que gerasse uma dívida no montante de R$ 10.687,39 (dez mil seiscentos e oitenta e sete reais e trinta e nove centavos), pelo não pagamento das faturas. Sabe-se ainda, que a Requerente buscou a Concessionária Ré por inúmeras vezes, com todos os documentos necessários a fim de que transferisse o débito existente, do qual é de responsabilidade do ex-locatário, entretanto, a Concessionária Ré manteve- se inerte. Ocorre que a Autora precisa voltar a residir no seu imóvel, no entanto a Concessionaria Requerida se nega a religar o fornecimento de energia elétrica, por causa dos débitos deixados pelo ex- inquilino. Sabe-se, que a Requerente é pessoa de situação financeira carente, não possui condições de arcar com o pagamento do débito do qual o locatário gerou. No mais precisa urgentemente voltar a residir no seu imóvel, com sua irmã que é deficiente física. Sabe-se que pessoas com qualquer limitação física ou mental, necessitam de maiores cuidados, sendo essencial o serviço de energia elétrica. Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 2 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 2 Cumpre ainda destacar que a Autora é portadora de doença crônica, possui Diabetes, necessita de muitos cuidados, mais especificamente de doses diárias de Insulina, da qual é fundamental armazenar na geladeira, razão pela qual a Requerida precisa transferir a dívida ao verdadeiro devedor e autorizar a fornecimento do imóvel sito à Av. Eng.º Amélio Carvalho Baís, n.º 337, Vila Almeida, nesta capital. Diante desta atitude injusta e ilegal efetuada pela Concessionária Ré, restou apenas a Requerente recorrer às vias judiciais, para o fim de RESTABELECER/RELIGAR COM URGÊNCIA a energia elétrica da residência acima citada, por ser medida de Justiça! II - DO DIREITO Como é cediço, o Código Civil determina em seu artigo 247 que, a quem competir obrigações de fazer e se recusar a prestação a ele imposta ou por ele exequível, responde por perdas e danos. In casu, a Autora não é responsável pelas faturas em atraso, mas sim de seu ex inquilino, Sr. Mauro Suel Rodrigues dos Reis Mourão, ou seja, não há qualquer obrigação da Autora a quitação das faturas em atraso. Assim, é plenamente cabível a presente obrigação de fazer, já que, por meios administrativos a Concessionária Requerida não procedeu aos trâmites necessários para transferir o débito ao consumidor correto, sabe-se que surgiram a partir de 21/06/2017, data e que o Sr. Mauro residia no imóvel, mediante as faturas apresentadas e contrato de locação. Nesse interim, importante transcrever o disposto do Código de Processo Civil/2015 que prevê acerca das obrigações de fazer: Art. 815. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo. (grifo nosso). Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 3 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss inad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 3 Como já dito, no caso vertente, a Requerente locou seu imóvel para o Sr. Mauro Suel Rodrigues dos Reis Mourão, conforme contrato de locação anexo. Sabe-se, que proprietário do imóvel não responde pela dívida de seu antigo inquilino, dessa forma é inexigível o débito desta Autora. E é correto que se transfira a dívida a quem pertence, já que é de conhecimento a quem pertence, mediante o contrato de locação. É evidente, portanto, que a Concessionária Requerida seja compelida a realizar os procedimentos necessários para que se transfira o débito a quem consumiu de fato, e ainda, para que haja o restabelecimento da energia elétrica no imóvel. Este é o entendimento dos Tribunais, veja-se: APELAÇÃO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO. OBRIGAÇÃO DE CARÁTER PESSOAL, SEM VINCULAÇÃO DO IMÓVEL. PROPRIEDADE ALUGADA E QUE NO TRANSCORRER DO CONTRATO DE LOCAÇÃO E DEPOIS DA RESCISÃO, A EMPRESA-LOCATÁRIA NÃO QUITOU AS FATURAS PELO SERVIÇO USUFRUÍDO. INTERRUPÇÃO. IMPOSSIBILIDADE NA HIPÓTESE. INADIMPLÊNCIA NÃO CARACTERIZADA. DÉBITO DO ANTIGO USUÁRIO QUE NÃO PODE SER IMPUTADO AO ATUAL CONSUMIDOR DO SERVIÇO. PRECEDENTES DO C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO DA RÉ IMPROVIDO. O débito decorrente da prestação de serviços de fornecimento de energia elétrica é ordem pessoal e não “propter rem”. Não sendo de responsabilidade do dono do imóvel a obrigação pelo pagamento das contas de energia elétrica geradas em período em que o imóvel se encontrava na posse de terceiros, em decorrência de contratação de locação, deve ser exigida de quem usufruiu dos serviços, ou seja, a empresa-locatária, não podendo a distribuidora-ré interromper o fornecimento de energia elétrica se os atuais usuários não deram causa à inadimplência provocada pela Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 4 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 4 antiga “consumidora”. (TJ-SP – APL: 00033525810118260655 SP 0003352-58.2011.8.26.0655, Relator: Adilson de Araujo, Data de Julgamento: 06/08/2013, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 09/08/2013) (grifo nosso). “AÇÃO DECLARATÓRIA – INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO – OBRIGAÇÃO DE FAZER – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA – CORTE NO FORNECIMENTO – INADIMPLEMENTO – OBRIGAÇÃO DE NATUREZA PESSOAL – INDENIZAÇÃO – DANOS MORAIS – QUANTUM – I – A responsabilidade pelo inadimplemento de dívida oriunda de fruição de serviço público é daquele que usufruiu o serviço – Obrigação de natureza pessoal, que deve ser cobrada daquele que efetivamente utilizou dos serviços prestados pela ré e que, com ela, mantinha relação jurídica – Reconhecido não ser o autor o responsável pela dívida, pois referente a período em que o imóvel estava locado a terceiro – Declaração de inexigibilidade do débito, com relação ao autor – Ilicitude do norte no fornecimento – Determinação de restabelecimento do serviço – II – danos morais caracterizados – Indevida a interrupção do fornecimento de energia elétrica, uma vez que efetuada com base em débito pretérito e de responsabilidade do antigo inquilino do imóvel, que efetivamente usufruiu os serviços, o autor deve ser ressarcido pelos prejuízos experimentados – Autor que, em virtude da suspensão indevida do fornecimento de energia elétrica, ficou impossibilitado de proceder a nova locação do imóvel – Indenização devida – Indenização bem fixada pela sentença em R$ 5.000,00, quantia suficiente para indenizar o autor e, ao mesmo tempo, coibir a ré de atitudes semelhantes – Ação procedente – Sentença mantida – Sentença proferida e publicada quando já em vigor o NCPC – Em razão do trabalho adicional realizado em grau de recurso, com Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 5 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 5 base no art. 85, § 11, do CPC, majora-se os honorários advocatícios para 15% sobre o valor da condenação – Apelo improvido.” (TJ – SP APL: 10035386620168260533 SP 1003538- 66.2016.8.226.0533, Relator: Salles Vieira, data de Julgamento: 03/07/2017, 14ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 03/07/2017). (grifo nosso). Percebe-se, que o consumo de energia elétrica possui caráter pessoal, sendo assim a dívida não pertence ao imóvel, mas sim a quem de fato usufruiu, in causu, ao Sr. Mauro, pois comprovadamente os débitos surgiram ao tempo em que era locatário do imóvel. Nota-se ainda, que é ilegal o desligamento de energia elétrica, pois a dívida pertence ao antigo inquilino, diante disso, vê-se a injustiça da qual a Concessionária Ré cometeu. Destarte, o artigo 497 do Código de Processo Civil, estabelece que o juiz concederá a tutela específica da obrigação nas ações que tenham por objeto o cumprimento de obrigação de fazer, e poderá ainda a obrigação se converter em perdas e danos e sem prejuízo da multa: Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuaçãode um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo. Desta feita, tendo em vista, que a natureza da dívida é de caráter pessoal e não do imóvel, requer que a Concessionária Requerida seja compelida a transferir todos os débitos existentes ao Sr. Mauro Suel Rodrigues dos Reis Mourão, e ainda ao restabelecimento imediato da energia elétrica, por ser medida da mais inteira justiça! Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 6 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 6 II.1 - DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA Cabe Inicialmente ressaltar a plena aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor ao caso em comento, tendo em vista tratar-se de relação de consumo, nos termos dos artigos 2º, ‘caput’; 3º, § 1º; 6º, X; do CDC. Art.2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Art.3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produto ou prestação de serviços. §1º. Produto e qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Verifica-se que a responsabilidade da Ré é objetiva, e decorre do dano causado por não transferir o débito a quem verdadeiramente pertencia, e ainda pela suspensão indevida do fornecimento de energia elétrica, deixando a Requerente assim, intimada a pagar fatura indevida, de valor exorbitante, para que haja o restabelecimento da energia elétrica. Ocorre que, não é possível a cobrança dos valores apurados tendo em vista ser de responsabilidade do antigo inquilino, como já mencionado anteriormente. Assim, nos termos da regra inscrita no artigo 373 do CPC e artigo 6º, VIII, do CDC, a apuração deve ser feita pela concessionária do serviço público. Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 7 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 7 X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. É sabido, que o consumo de energia elétrica está adstrito ao usuário, ou seja, quem usou que arque com o débito. Assim, não há que se cobrar ou suspender fornecimento do serviço, pois é de inteira responsabilidade de quem usufruiu. Por outro lado, a Concessionária Ré, vem agindo com negligência, em total desrespeito às normas jurídicas, senão vejamos: Art.22- Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código. Dessa forma, o corte no fornecimento da energia elétrica, viola o dever de continuidade do serviço essencial ao consumidor, que não pode ser interrompido. Criando assim o direito a continuidade dos serviços prestados pela Concessionária Requerida, dando o direito claro ao consumidor de postular em juízo! Vejamos: "Corte no fornecimento de água. Inadimplência do consumidor. Ilegalidade. 1. É ilegal a interrupção no fornecimento de energia elétrica, mesmo que inadimplente o consumidor, à vista das disposições do Código de Defesa do Consumidor que impedem seja o usuário exposto ao ridículo. 2. Deve a concessionária de serviço público utilizar-se dos meios próprios para receber os pagamentos em atrasos. 3. Recurso não conhecido (STJ - Recurso Especial n.º 122812 - Primeira Turma - Relator Milton Luiz Pereira). Grifei. Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 8 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 8 Diante da situação apresentada, conclui-se que o valor que vem sendo cobrado da Autora, além de exorbitante é ilegal, tendo em vista que não fora quem utilizou dos serviços da Ré pelo período cobrado, doqual ocasionou o corte/suspensão da energia elétrica. III - DOS DANOS MORAIS O dano moral é aquele originário da violação que não atinge o patrimônio da pessoa, mas sim, impõe-lhe sentimentos de dor, de sofrimento, de tristeza, de rejeição à sua pessoa ou à sua família. Sabe-se, que a Requerente buscou a Concessionária Ré, a fim de solucionar o problema, levando todos os documentos aqui juntados, para transferir o débito para o nome do seu ex inquilino, Sr. Mauro Suel Rodrigues dos Reis Mourão, afim de demonstrar que não usufruiu dos serviços dos quais vem sendo cobrada, entretanto a Ré manteve-se inerte, recusando-se a transferência de dívida. A Autora, muito constrangida, está enfrentando a fama de mau pagadora, eis que a energia elétrica do seu imóvel fora cortada indevidamente, uma situação muito vexatória perante todos os seus amigos e familiares, além de tal constrangimento, está tendo a necessidade de utilizar a geladeira de seus vizinhos para manter a sua insulina refrigerada, verdadeiro absurdo! Após longo embate doutrinário e jurisprudencial sobre a possibilidade de indenização do dano moral, a questão foi completamente superada por imposição de mandamento lapidarmente insculpido no art. 5º, inc. X, da Constituição de 1998: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano moral ou material decorrente dessa violação”. Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 9 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 9 Seguindo a mesma linha de pensamento do legislador constituinte, o legislador ordinário assim dispôs sobre a possibilidade jurídica da indenização pelos danos morais, prescrevendo no art. 6º, VI, da Lei 8.078/90: “Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: (...) VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos.” Assim, sabe-se que a Requerida recusou-se a transferir o débito existente, do qual pertence ao Sr. Mauro, e de forma abusiva e ilegal determinou o corte do fornecimento de energia, cujo valor é exorbitante, motivo pelo qual a Requerente tem direito à indenização do dano moral, pela dor e sofrimento resultantes do golpe suportado, como expressamente admitem os incisos V e X do artigo 5º da Constituição Federal. Senão vejamos: “Art. 5°. - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes: (...) V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. (...) X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. A doutrina e a jurisprudência pacificaram o entendimento segundo o qual é cabível a indenização por dano moral, entendido este como qualquer sofrimento diverso da perda patrimonial, ainda que dele não decorra morte ou lesão permanente, Súmula 37 do STJ. Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 10 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 10 No caso presente, o dano é considerado” in re ipsa”, isto é, não se faz necessária a prova do prejuízo, que é presumido e decorre do próprio fato e da experiência comum. Portanto, requer a condenação da Concessionária Requerida à indenização, a título de danos morais, por todos os danos sofridos pela Autora, no importe de 10 (dez salários mínimos), consoante argumentação acima articulada, para o fim de desestimular a Concessionária de Energia Elétrica Ré a agir da forma que agiu e que conforte a Requerente, observando assim os limites da razoabilidade e ponderação, pela recusa da transferência do débito ao consumidor responsável pela dívida contraída no período em que o imóvel fora locado, e ainda pela recusa de fornecimento da energia elétrica, ferindo os princípios fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal. IV – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA Diante da exposição dos fatos, verifica-se que a Concessionária Requerida não pode utilizar sua posição de supremacia na relação de consumo, para coagir de qualquer forma o consumidor, que “in casu” se encontra cabalmente correto, vez que a Requerente buscou a Concessionária Ré, a fim restabelecer o fornecimento de energia em seu imóvel, cujo pedido fora negado sob fundamento de parcelas inadimplentes. Ocorre que a Autora não originou a suposta dívida, de modo que comprovou que o débito fora contraído pelo seu ex inquilino, razão pela qual solicitou junto à Ré as devidas providências, entretanto a Ré manteve-se inerte, recusando-se a restabelecer a energia do imóvel, bem como se negou a transferir a dívida ao verdadeiro devedor. Um verdadeiro absurdo! O Novo Código de Processo Civil estabelece que quando a tutela provisória for de urgência, seja cautelar ou antecipatória, caberá ao Requerente demonstrar dois requisitos para a sua concessão, quais sejam probabilidade do direito invocado e perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, ou seja, fumus boni juris e periculum in mora. Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 11 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal/pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 11 O Art. 300 do Novo Código de Processo Civil estabelece que “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo do dano ou risco ao resultado útil do processo”. No caso em tela, os dois requisitos para a antecipação dos efeitos da tutela pretendida fazem-se presente. A existência de prova inequívoca e a verossimilhança das alegações estão representadas pela farta documentação em anexo, bem como por toda a argumentação exposta eis que é imperativa a aplicação da Constituição Federa e da Lei Federal n° 8.078, de 11 de setembro de 1990, ao caso em análise, vez que é regida por normas de ordem pública e interesse social, inclusive com o reconhecimento da vulnerabilidade e boa- fé do consumidor. Já o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, é evidente, eis que a Ré de forma coercitiva está cobrando débitos indevidos, que pertencem a outro consumidor e inadequadamente realizou o corte de energia elétrica do imóvel, e se nega a restabelecer o fornecimento enquanto pendentes os valores deixados pelo ex inquilino, na quantia absurda de R$ 10.687,39 (dez mil seiscentos e oitenta e sete centavos e trinta e nove centavos) conforme comprovam os documentos anexo. Por outro lado, convém salientar que a concessão de tutela antecipada não causará qualquer prejuízo à Ré, não sendo, ademais irreversível, eis que existem outros meios para a cobrança de supostas dívidas. Assim, o pedido liminar é medida de urgência aplicada pelos nossos Tribunais, veja-se: Agravo de Instrumento. Fornecimentos de energia elétrica. Dívida. Ação declaratória de indébito. Tutela antecipada. Corte no fornecimento da energia. Impossibilidade por se tratar de bem essencial. Pronunciamento judicial. Tratando-se de relação de consumo, referente a bem essencial, como a energia elétrica, inviável pensar-se em Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 12 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 12 corte no seu fornecimento, máxime se dita relação, nesta incluída a alegada dívida relativa ao não pagamento, é matéria que se encontra sub judice. Assim, enquanto não haja pronunciamento judicial definitivo a respeito, reconhecendo a existência do débito, é de ser mantida a liminar que antecipou a tutela, no sentido de que a fornecedora se abstenha de promover o corte no fornecimento. Aplicação, à espécie, do CODECON, que impede qualquer espécie de ameaça ou constrangimento ao consumidor (art. 42, do CDC). Agravo não provido. (Agravo de Instrumento nº 70003526332, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick, julgado em 13 de março de 2002). (grifo nosso). Assim, estando presentes os requisitos para a concessão da antecipação dos efeitos da tutela, com supedâneo no art. 300, do Novo Código de Processo Civil, é de rigor a sua concessão para o fim de determinar que a Concessionária Ré efetue o restabelecimento imediato da energia elétrica do imóvel sito à Av. Eng.º Amélio Carvalho Baís, n.º 337, Vila Almeida, nesta capital, até pronunciamento judicial definitivo a respeito, e por consequência, reconhecer a inexistência e ilegalidade do referido débito. V- DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA PELA DOENÇA Inicialmente cumpre esclarecer que a Requerente é portadora de Diabetes, ou seja, doença grave enquadrada na Lei. 7.713/1998, conforme prova anexa, razão pela qual tem direito à prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do artigo 1.048, inciso I, do CPC. Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988; Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 13 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 13 Diante do exposto, requer a Autora, desde logo, perante Vossa Excelência, prioridade absoluta na tramitação da ação, tudo nos termos do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), no seu Art. 3º, bem como do Art. 1.048, do NCPC, acima transcrito. VI- DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Verifica-se que a Requerente não possui condições financeiras, na acepção legal do termo, de arcar com as custas e honorários advocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento, requer então o benefício da Gratuidade de Justiça, com fulcro na Lei 7.115, de 29/08/1983, e para finalidade do disposto noArt. 4º, da Lei 1.060 de 05/02/1950, e Constituição Federal, art. 5º, LXXIV, conforme documento anexo. E ainda, o presente pedido coincide com entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, como se vê a seguir: “Para que a parte obtenha o benefício da assistência judiciária, basta a simples afirmação da sua pobreza, até prova em contrário” (RSTJ 7/414). Neste sentido, vale ressaltar que a Autora não se encontra em condições financeiras para arcar com as custas processuais bem com os honorários advocatícios, razão pela qual faz jus aos benefícios da assistência judiciária gratuita. VII - DOS PEDIDOS Diante do exposto, pede e requer se digne Vossa Excelência de julgar TOTALMENTE PROCEDENTE OS PEDIDOS DA PRESENTE AÇÃO, determinando: a) seja a presente ação recebida e concedida inaudita altera pars, a tutela antecipada, para o fim de determinar que a Requerida seja compelida a RESTABELECER O FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA do imóvel localizado na Av. Eng.º Amélio Carvalho Baís, n.º 337, Vila Almeida, CEP 79112-380, na cidade de Campo Grande – MS, fixando multa diária pelo descumprimento da medida, até pronunciamento judicial definitivo, com fundamento no arts. 300 e 497 do NCPC; Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 14 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 14 b) após a apreciação da tutela antecipada, seja designada audiência prévia de conciliação, nos termos do artigo 319, VII, do Novo Código de Processo Civil de 2015; c) proceder à citação da Concessionária Requerida, para que, querendo, no prazo legal, conteste a presente ação, sob consequência da revelia e confissão; d) a total procedência da presente ação de obrigação de fazer para compelir a Concessionária Re a transferir todos os débitos existentes do imóvel localizado na Av. Eng.º Amélio Carvalho Baís, n.º 337, Vila Almeida, CEP 79112-380, na cidade de Campo Grande – MS para o seu ex inquilino, ora Sr. Mauro Suel Rodrigues dos Reis Mourão, no importe de R$ 10.687,39 (dez mil seiscentos e oitenta e sete centavos e trinta e nove centavos), conforme documentos em anexo; e) a condenação da Ré à indenização de danos morais por todos os danos sofridos pela Requerente, no importe de 10 (dez) salários mínimos, a serem pagos de uma só vez, consoante argumentação exposta; f) que todos os valores objetos da condenação acima pleiteados sejam acrescidos de juros e correção monetária, bem como a condenação da Ré ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, no importe de 20% sobre o valor total da condenação; h) seja concedido o benefício da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, vez que o Requerente não dispõe de recursos para custear e despesas da ação, sem causar prejuízo de sua própria subsistência, conforme declaração em anexo; i) determine a inversão do ônus da prova em favor da Autora, conforme estabelece o art. 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor e art. 373 do CPC/2015; Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 15 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 15 Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, bem como documental, testemunhal e juntada de novos documentos, caso Vossa Excelência entenda ser necessário para o deslinde da presente ação. Dá-se a causa o valor de R$ 20.227,39 (vinte mil duzentos e vinte e sete reais e trinta e nove centavos), para fins de efeitos fiscais; Nesses termos, Pede deferimento. Campo Grande – MS; 10 de maio de 2018. CYNTHIA RENATA SOUTO VILELA OAB/MS 10.909 PAULO BELARMINO DE P. JÚNIOR OAB/MS 13.328 Rua Jamil Felix Nagles, 244 – Vila Nascente – Parque dos Poderes - Campo Grande/ MS Tel/Fax: (67) 3384-0885 - www.bevadvogados.adv.br 16 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 36 30 -53 .20 18 .8. 12 .00 01 e o c ód igo 26 5D 5D D. 08 13 63 05 32 01 88 12 00 01 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r A nd ré M ou ra L ea l, em 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 8: 43 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or P AU LO B EL AR M IN O D E PA UL A JU NI O R e PR O TO CO LA DO RA T JM S 2. P ro to co la do e m 1 1/ 05 /2 01 8 às 1 7: 54 , s ob o n úm er o fls. 16
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