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UNIVERSIDADE ANHANGUERA CAMPINAS - CAMPUS lll Classificação das Doenças Imunológicas com Manifestação Buco Maxilo Facial CURSO: ODONTOLOGIA DISCIPLINA: PROPEDÊUTICA CLÍNICA ODONTOLÓGICA I ISABELA ROCHA GABRIELA RODRIGUES DE JESUS MOLERO DATA: 27/11/2020 FACULDADE ANHANGUERA CAMPINAS - CAMPUS III Isabela Rocha cpf: Gabriela Rodrigues de Jesus Molero cpf : 40622899899 TRABALHO DE PROPEDÊUTICA CLÍNICA ODONTOLÓGICA I Relatório apresentado como exigência do curso de Odontologia a Anhanguera da cidade de Campinas, Campus III. Orientador(a): Prof. Eder CAMPINAS 2020 INTRODUÇÃO A Estomatologia é o estudo, prevenção e diagnóstico de doenças que se manifestam na região buco maxilo facial, ou seja, boca e seus anexos. Ao atender um paciente, o profissional de Odontologia deve realizar uma consulta completa, com anamnese e exames mais conclusivos, detectar e analisar lesões fundamentais a fim de diagnosticar as possíveis doenças que acometem a região. Manifestações orais podem ser os primeiros sintomas de uma doença e é de extrema importância o diagnóstico precoce, seja por parte do cirurgião-dentista ou não, para que os médicos necessariamente envolvido possam tratar da melhor e mais rápida maneira possível, pelo bem-estar do paciente. Figura 1: Vertentes da Estomatologia Fonte: https://www.estomatologiacuritiba.com.br/especialidades 1. Classificação das Doenças Imunológicas com Lesões Orais Quando se trata de doenças autoimunes com manifestações orais estamos adentrando na área da Imunopatologia, que estuda as lesões causadas por doenças advindas do processo imune do corpo do paciente. Podemos dividi-las em três categorias: as doenças reumáticas, doenças ulcerosas e bolhosas. Veremos a seguir cada uma das classificações e quais doenças fazem parte desses diferentes grupos. 2. Doenças Reumáticas As doenças reumáticas autoimunes incluem uma vasta série de patologias musculoesqueléticas, artríticas e do tecido conectivo que têm em comum um estado de auto inflamação. São doenças que apresentam características idênticas no que concerne ao envolvimento dos órgãos e articulações apresentando todas um desequilíbrio linfocitário associado à sua imunopatologia. As características comuns às doenças reumáticas autoimunes incluem a demografia (afetam mais mulheres que homens), o impacto clínico (articulações, pulmões e sistema vascular), genéticas, e características imunológicas. Dentro destas últimas incluem-se a produção de ANAs, anti-Ro e a disfunção linfocitária Th com a produção exagerada de citocinas inflamatórias do tipo IFN- I. Figura 2: Doenças Reumáticas Fonte:http://noticiasenegocios.com.br/2016/12/alem-das-articulacoes-doenca-reumatica-pode -afetar-olhos-coracao-e-pulmoes/ 3. Doenças Ulcerosas As doenças ulcerosas com etiologia autoimune apresentam manifestações cutâneas que podem ser divididas em específicas e não específicas, sendo que essa última inclui Estomatite Aftosa Recorrente (EAR) que também pode ser encontrada em pacientes saudáveis. Tanto a patologia EAR e a doença de Behçet (DB) são um tipo de patologia pró inflamatório. A DB é caracterizada por úlceras orais e genitais, uveíte e lesões na pele, acredita se que o estado inflamatório desencadeado por um agente infeccioso num indivíduo geneticamente suscetível. Figura 3: Úlcera - Doença de Behçet Fonte: https://artritereumatoide.blog.br/doenca-de-behcet-2/ 4. Doenças Bolhosas As doenças bolhosas autoimunes são caracterizadas pela presença de auto anticorpos contra antígenos (Ag) da epiderme ou da zona da membrana basal (ZMB). Mudanças no padrão de reconhecimento de Ag nessas doenças têm sido descritas em duas situações: na coexistência de auto anticorpos contra diferentes Ag num mesmo doente e na mudança de uma doença bolhosa autoimune em outra. As doenças bolhosas são um grupo heterogêneo de doenças que podem afetar a pele ou a membrana mucosa ou ambas. Figura 4: Doença Bolhosa Fonte:http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2014/06/incuravel-doenca-de-pele-em-irma os-mobiliza-doacoes-nas-redes-sociais.html 5. Conclusão As DAI (doenças autoimunes) são um grupo de doenças que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. A prevalência é maior em mulheres de meia-idade, mas afetam também homens, podendo ter início em qualquer idade. Têm habitualmente um curso crônico o que as pode tornar uma fonte de mortalidade/morbilidade se não for providenciado o tratamento adequado. Para além disso, a sua incidência tem vindo a aumentar, sobretudo nos países desenvolvidos, sendo de cada vez maior importância conhecer os mecanismos envolvidos na sua génese e desenvolvimento, de forma a alcançar um diagnóstico precoce que permita iniciar o tratamento adequado o mais cedo possível. Muitas DAI podem manifestar-se na cavidade oral, sendo que as lesões orais podem ser o primeiro ou mesmo o único sinal dessas doenças. Um exame intraoral detalhado, acompanhado de uma meticulosa anamnese, podem permitir a detecção das mesmas em estádios precoces e, consequentemente, providenciar uma adequada terapêutica minimizando assim o risco de envolvimento de outros órgãos, levando a um melhor prognóstico e qualidade de vida dos pacientes. No entanto, as DAI que afetam a mucosa oral podem ser muito difíceis de diferenciar clinicamente. Assim, é necessário continuar a investigação e o estudo destas doenças, para que seja possível conhecer no futuro com maior precisão quais os agentes causais, fatores de risco e mecanismos patogénicos que levam ao seu início e progressão. Só assim será possível desenvolver terapias mais eficazes e com menos efeitos adversos que tornem possível a remissão da doença e uma melhor qualidade de vida para estes doentes. REFERÊNCIAS Ricardo Xavier da Silveira, F. e dos Santos Jorge Giorgi, J. Propedêutica Odontológica I Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016. Figura 1: disponível em https://www.estomatologiacuritiba.com.br/especialidades Figura 2: disponível em http://noticiasenegocios.com.br/2016/12/alem-das-articulacoes -doenca-reumatica-pode-afetar-olhos-coracao-e-pulmoes/ Figura 3: disponível em https://artritereumatoide.blog.br/doenca-de-behcet-2/ Figura 4: disponível em http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2014/06/incuravel- doenca-de-pele-em-irmaos-mobiliza-doacoes-nas-redes-sociais.html
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