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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
MANDADO DE SEGURANÇA
Livro Eletrônico
GUSTAVO DEITOS
Professor de Cursos Preparatórios pra Concur-
sos Públicos. Coach especialista em Concursos 
Públicos. Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª 
Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Re-
gião. Outras aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª 
Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – 
Analista Judiciário e 48° lugar – TRT da 24ª Re-
gião – Técnico Judiciário.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Mandado de Segurança
Prof. Gustavo Deitos 
Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho................................................4
1. Mandado de Segurança Individual: Regras Gerais ........................................7
1.1. Objeto do Mandado de Segurança ..........................................................8
1.2. Cabimento ........................................................................................12
1.3. Legitimados Ativos e Passivos ..............................................................15
1.4. Competência Funcional .......................................................................16
1.5. Pressupostos Processuais e Prazo .........................................................18
1.6. Remessa Necessária (Reexame Necessário) ...........................................23
2. Mandado de Segurança Coletivo .............................................................25
3. Comentários às Súmulas e OJs do TST sobre o Mandado de Segurança ........30
Exercícios ................................................................................................49
Gabarito ..................................................................................................66
Gabarito Comentado .................................................................................67
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Mandado de Segurança
Prof. Gustavo Deitos 
MANDADO DE SEGURANÇA NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! 
Neste curso, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do 
trabalho, com o objetivo de lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o subs-
trato de conteúdo necessário para ter o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você 
possa tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de 
estudo completo e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros 
meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, indivi-
dualmente, avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios 
de estudo ideais. Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF 
e vídeos, ou somente com um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio 
de contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta 
aula. De qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como 
fonte de estudos de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. 
Tudo depende, unicamente, da preferência de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Proces-
sual do Trabalho: composição, funcionamento, jurisdição e competência dos 
órgãos da Justiça do Trabalho.
Obs.: � Nesta aula, abordaremos especialmente os tópicos de relevância para as 
questões de direito processual do trabalho relacionadas ao mandado de segu-
rança, com destaque para as peculiaridades próprias do processo trabalhista 
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Mandado de Segurança
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fixadas pelo TST e para as normas estruturantes do procedimento. Eventu-
ais pontos profundos acerca do procedimento especial do mandado de segu-
rança são matéria pertencente à disciplina de direito processual civil.
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abran-
ger todos os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda 
mais solidificado. O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâ-
metros: complexidade do conteúdo e número de questões de concursos existentes. 
Por resultado, o número de exercícios disponibilizados é determinado de modo que 
seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente testado e fixado, mas sem que 
haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. 
Considero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuida-
de da produção e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informa-
ções quanto à qualidade do material.
Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-
monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é 
importantíssimo para nós. Se houver algum problema com a visualização de mapas 
mentais (fonte, cor etc.), o problema possivelmente terá surgido em alguma fase 
da edição, pelo que o professor não responde. Neste caso, você pode entrar em 
contato com a central de atendimento responsável.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para 
você e sua prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e considera-
ção ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim 
por meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido 
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Mandado de Segurança
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possível. Será um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundi-
dade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Mandado de Segurança
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1. Mandado de Segurança Individual: Regras Gerais
O mandado de segurança (MS) é um remédio constitucional previsto no art. 5º, 
inciso LXIX, da Constituição Federal, de natureza civil, destinado a proteger direi-
to líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder forautoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. O procedimento e as 
peculiaridades técnicas do mandado de segurança, tanto individual quanto coletivo, 
constam da Lei n. 12.016/2009 (Lei do Mandado de Segurança).
O mandado de segurança é uma garantia fundamental existente para pro-
teger as pessoas contra os atos de império ilegais e/ou abusivos. Por atos de 
império, entenda quaisquer atos praticados por agentes públicos ou sujeitos de 
direito privado que estiverem exercendo atribuições originárias da Administração 
Pública (como concessionárias de serviço público).
Ademais, o MS é um remédio constitucional subsidiário: só poderá ser interpos-
to quando a violação do “direito líquido e certo” decorrer de ato contra o qual não 
caiba habeas corpus nem habeas data, que são outros dois remédios constitucio-
nais, de finalidades diferentes.
•	 HABEAS CORPUS: destina-se a combater violações à liberdade de locomo-
ção oriundas de ilegalidades ou abuso de poder.
•	 HABEAS DATA: destina-se à segurança do conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais ou de caráter público, à retificação de dados, 
quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo 
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Mandado de Segurança
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e, também, à anotação nos assentamentos do interessado, de contestação 
ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pen-
dência judicial ou amigável.
Portanto, o MS poderá ser impetrado sempre que o “direito líquido e certo” NÃO 
se referir à liberdade de locomoção ou à garantia de conhecimento, anotação ou 
correção de informações em registros de dados de natureza pública, porque esses 
direitos mencionados são tuteláveis por remédios constitucionais específicos.
Afinal de contas, o que é “direito líquido e certo”?
O direito é líquido e certo quando todas as condições para sua aquisição já fo-
ram preenchidas, sendo já certa e determinada a grandeza desse direito.
Exemplos:
Direito do advogado de ter vista de processos administrativos que tramitam perante 
a Vara do Trabalho; direito de candidato à nomeação em concurso de TRT, quando 
ele está dentro das vagas previstas no edital; direito de expedição de alvará para 
levantamento de valores em processo trabalhista, quando a liquidação já foi per-
feitamente acabada.
1.1. Objeto do Mandado de Segurança
Já mencionei que o MS tem por objeto proteger direito líquido e certo, e o con-
ceituei sinteticamente. Contudo, é importantíssimo destacar que o direito líquido 
e certo só pode ser cobrado por meio de mandado de segurança se tal direito for 
desrespeitado, mediante ilegalidade ou abuso de poder, por autoridade pública.
Alguns dispositivos da Lei n. 12.016/2009 dão parâmetros para identificação do 
que seja uma autoridade pública. Veja:
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Mandado de Segurança
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Art. 1º, § 1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representan-
tes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, 
bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de 
atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribui-
ções.
Partidos políticos, embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, equipa-
ram-se às autoridades públicas para fins de MS.
Ponto interessante reside na questão dos particulares (pessoas físicas ou jurí-
dicas) que exercem atribuições do Poder Público. O MS apenas será cabível contra 
essas pessoas se a ilegalidade ou abuso de poder decorrer de ato praticado 
no exercício de atribuições do Poder Público.
Isso significa que, se o ato praticado pela concessionária/permissionária de ser-
viço público tiver relação tão somente com a gestão interna da empresa – sem 
nenhuma relação pertinente ao encargo da concessão/permissão –, o mandado de 
segurança não poderá ser impetrado.
Exemplos:
Portaria expedida pela empresa tratando sobre os horários de atendimento ao 
público na repartição em que se presta o serviço público concedido pode ser objeto 
de mandado de segurança. No entanto, eventual circular interna da empresa que 
determine aos empregados do almoxarifado o dever de trabalhar em horas extras 
por certo tempo NÃO poderá ser objeto de MS.
Art. 1º, § 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial pra-
ticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e 
de concessionárias de serviço público.
Atos de gestão comercial, para fins de mandado de segurança, são como quais-
quer atos de gestão interna da empresa. Por não terem relação com as atribuições 
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delegadas pela Administração Pública, tais atos NÃO poderão ser objeto de manda-
do de segurança, ainda que violem direito líquido e certo.
Perceba, dessa forma, que as empresas privadas prestadoras de serviços pú-
blicos, bem como as empresas estatais, podem ser autoridade pública para alguns 
fins e não a serem para outros fins.
Há alguns casos em que, mesmo havendo ofensa a direito líquido e certo por 
parte de autoridade pública, NÃO poderá ser impetrado mandado de segurança. Tal 
impossibilidade ocorrerá nas hipóteses do art. 5º da Lei do MS, a seguir transcritos:
Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, indepen-
dentemente de caução;
II – de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
III – de decisão judicial transitada em julgado.
Neste ponto, reside uma das premissas mais importantes relativas ao mandado 
de segurança no processo do trabalho:
DICA:
Sempre que couber recurso contra alguma decisão ju-
dicial, ou quando caiba alguma outra ação autônoma de 
impugnação contra ela (como a ação rescisória), NÃO 
caberá mandado de segurança!
Quando couber recurso ou ação autônoma de impugnação contra determinada 
decisão judicial, este deverá ser interposto para impugnar suposta violação de di-
reito líquido e certo.
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Mandado de Segurança
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Exemplos:
1) Se a parte entende que seu direito líquido e certo foi ofendido na sentença, ela 
deverá interpor Recurso Ordinário, e não MS
2) Quando a parte entende que a sentença transitada em julgadoviola direito líqui-
do e certo seu, ela deverá ajuizar Ação Rescisória com fundamento em algum dos 
incisos do art. 966 do CPC, e não impetrar MS.
Sobre a impossibilidade de impetração do mandado de segurança quando hou-
ver recurso cabível contra a decisão respectiva, é relevante conhecermos a Súmula 
n. 267 do STF e a OJ 92 da SDI-II do TST:
Súmula n. 267 do STF
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou 
correição.
OJ 92 da SDI-II do TST
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível de reforma 
mediante recurso próprio, ainda que com efeito diferido.
Quanto à impossibilidade de impetração de MS contra decisão transitada em jul-
gado, também já existia a Súmula n. 33 do TST em igual sentido, publicada antes 
da entrada em vigor da Lei do MS:
Súmula n. 33 do TST
Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado.
Portanto, por enquanto, você pode mentalizar a conclusão de que o mandado de 
segurança no processo do trabalho é uma ferramenta subsidiária de impugna-
ção das decisões judiciais: só será impetrado MS quando não couber qualquer 
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Mandado de Segurança
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outra forma de impugnação. Voltaremos a tratar desta questão da subsidiariedade 
ao abordarmos as Súmulas e OJs do TST sobre o MS.
1.2. Cabimento
Na Justiça do Trabalho, as hipóteses de cabimento de mandado de segurança 
restringem-se a dois grandes gêneros de violação:
•	 Autoridade administrativa viola direito líquido e certo inerente às relações de 
trabalho (auditoria fiscal do trabalho ou órgão ministerial responsável pela 
pasta trabalhista pratica ato ilegal ou abusivo), ou órgão da Justiça do Tra-
balho viola direito líquido e certo ao praticar ato de natureza administrativa.
Exemplos:
1) Exigência de depósito prévio de valores ou bens como pressuposto de admissi-
bilidade de recurso administrativo (Súmula Vinculante 21 do STF);
2) Auto de infração com imposição de ônus abusivo;
3) Preterição de candidato em lista de aprovados de concurso público de TRT;
4) Impedimento injusto de licitante em licitação promovida por TRT.
•	 Órgão jurisdicional da Justiça do Trabalho (Vara, TRT, TST) profere decisão 
que viola direito líquido e certo da parte, e esta decisão não é passível de 
nenhum recurso imediato ou ação autônoma de impugnação
Na Justiça do Trabalho, é muito mais frequente o segundo gênero de violação 
(MS contra decisão de órgão jurisdicional). Uma hipótese corriqueira de (in)cabi-
mento MS na Justiça do Trabalho diz respeito às tutelas provisórias. Esta questão 
é abordada pela Súmula n. 414 do TST:
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Súmula n. 414 do TST
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via 
do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. 
É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante reque-
rimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao pro-
cesso do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. 
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sen-
tença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto 
do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da 
tutela provisória.
Você deve lembrar de que as decisões interlocutórias no processo do trabalho 
são, em regra, irrecorríveis de imediato.
As decisões que concedem ou negam tutelas provisórias no meio do processo 
são decisões interlocutórias. Logo, tais decisões não são impugnáveis me-
diante qualquer recurso de forma imediata. Portanto, se alguma das partes 
entender que o juiz violou direito líquido e certo seu na decisão que concedeu ou 
denegou o pedido de tutela provisória, tal parte poderá impetrar o MS.
Entretanto, existem casos em que as tutelas provisórias são concedidas na pró-
pria sentença. Casos práticos frequentes são de liberação do saque do FGTS e ex-
pedição de alvará para habilitação no programa seguro-desemprego, mesmo que a 
empresa interponha recurso ordinário.
Portanto, se a empresa quiser impugnar essa tutela provisória concedida na 
sentença, deverá fazê-lo nas razões do mesmo Recurso Ordinário que interporá 
para alegar as demais questões. A Súmula n. 414 ainda esclarece que, se essa 
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violação for tão grave, a empresa reclamada poderá requerer ao TRT a concessão 
de efeito suspensivo ao capítulo da sentença que concede a tutela provisória, de 
modo a impedir que ela produza efeitos.
•	 EFEITO SUSPENSIVO: o efeito suspensivo é uma exceção nos recursos 
trabalhistas, só podendo ser concedido em restritas hipóteses legais. O efeito 
suspensivo consiste na suspensão dos efeitos da decisão recorrida até que o 
juízo ad quem julgue o recurso interposto, para decidir se reforma, ou não, 
a decisão recorrida.
−	 No CPC de 1973, era usual a ação cautelar para pedir efeito suspensivo a 
algum recurso. Com o Novo CPC, a regra muda.
−	 O pedido de efeito suspensivo pode ser feito no próprio processo, desde 
que demonstrados alguns pressupostos (previstos no art. 1.012, § 4º, 
do CPC). Tais pressupostos são alternativos, isto é, pode ser preenchido 
tanto um quanto outro.
DICA:
1) Probabilidade de provimento do recurso
OU
2) Fundamentação do recurso é relevante, E há risco 
de dano grave ou de difícil reparação
Ou a parte demonstrará as razões que levam a crer que o recurso provavel-
mente será provido, ou demonstrará risco de dano grave ou de difícil reparação, 
apoiando-se em fundamentação relevante. Como esses requisitos envolvem alguns 
conceitos jurídicos indeterminados (relevância), caberá ao órgão julgador determi-
nar o conteúdo dessa “relevância”.
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A probabilidade de provimento pode ser relacionada ao recurso baseado em 
tese de amplo acolhimento da jurisprudência e na doutrina. A fundamentação re-
levante, quando o provimento não for provável, geralmente refere-se a premissas 
de fato convincentes à luz de um caso concreto, embora não consagradas na juris-
prudência nem na doutrina.
Quanto à autoridade competente para conceder efeito suspensivo, é importante 
conhecermos a regrado art. 1.012, § 3º, do CPC:
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser 
formulado por requerimento dirigido ao:
I – tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação [Recurso 
Ordinário] e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento 
para julgá-la;
II – relator, se já distribuída a apelação.
Quanto ao terceiro item da Súmula n. 414, não há segredos. Imagine o seguinte 
contexto: a parte impetrou MS contra ato do juiz do trabalho que foi praticado em 
decisão interlocutória. Antes que o MS fosse apreciado pelo TRT, o juiz do trabalho 
proferiu sentença definitiva, resolvendo definitivamente o mérito da questão im-
pugnada pelo MS, confirmando a tutela provisória. Neste caso, o MS perdeu seu 
objeto (causa de pedir) e será extinto sem resolução do mérito.
A matéria que havia sido impugnada mediante o MS poderá ser novamente 
alegada no recurso ordinário cabível contra a sentença.
1.3. Legitimados Ativos e Passivos
Qualquer cidadão, em tese, pode impetrar mandado de segurança. Na Justiça 
do Trabalho, porém, a legitimidade ativa para impetração do mandado de seguran-
ça é um elemento muito dependente das hipóteses de cabimento deste remédio na 
seara justrabalhista.
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No mandado de segurança individual, não há nenhum segredo quanto ao le-
gitimado ativo: é o próprio titular do direito líquido e certo violado. Em caso de 
violação no curso de processo judicial, o legitimado ativo do MS será a parte preju-
dicada; em caso de MS contra ato administrativo de TRT ou do TST, a legitimidade 
ativa será do particular prejudicado (como o candidato de concurso público que foi 
preterido na lista) etc.
O legitimado passivo, por sua vez, é a pessoa jurídica em nome da qual a au-
toridade coatora atua e, também, a autoridade coatora, que terá, inclusive, direito 
a recurso contra a sentença (art. 14, § 2º, Lei do MS).
Obs.: � A legitimidade passiva no MS é ponto de divergência doutrinária. Alguns 
entendem que o polo passivo do MS seria ocupado apenas pela pessoa jurí-
dica da qual emanou o ato violador ou abusivo, enquanto outros entendem 
que o polo passivo pode ser ocupado tanto pela pessoa jurídica quanto pela 
própria autoridade coatora.
 � No parágrafo anterior, afirmei no sentido da segunda tese (pessoa jurídica 
e autoridade coatora podem figurar no polo passivo) porque, na doutrina de 
processo do trabalho, temos o posicionamento de Carlos Henrique Bezerra 
Leite em tal sentido.
No MS Coletivo, há peculiaridades sobre a legitimidade ativa, as quais serão 
esclarecidas no título específico do MS Coletivo.
1.4. Competência Funcional
A competência funcional dentro da Justiça do Trabalho para processar e julgar o 
mandado de segurança, originariamente, depende de quem é a autoridade coatora.
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Se a autoridade coatora for autoridade federal que pratica ato em matéria tra-
balhista – desde que não tenha foro especial na Constituição –, a competência ori-
ginária será do juiz do trabalho (Vara).
Se a autoridade coatora for juiz do trabalho de 1ª grau, a competência originária 
será do TRT ao qual o juiz se vincula.
É de agora em diante que a regra será diferente do que ordinariamente se espera.
Quando a autoridade coatora (que pratica ato lesivo ou abusivo em prejuízo de 
direito líquido e certo) for um TRT, a competência originária para processar e jul-
gar o MS será do próprio TRT!
Pela mesma lógica, quando a autoridade coatora (que pratica ato lesivo ou abu-
sivo em prejuízo de direito líquido e certo) for o TST, será o próprio TST o órgão 
competente para processar e jugar, originariamente, o MS.
DICA
Quando o ato lesivo ou abusivo impugnado for de um 
órgão jurisdicional, a lógica usada para descobrir quem 
é o órgão competente para julgamento é exatamente a 
mesma aplicada às Ações Rescisórias.
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De forma sintética:
1.5. Pressupostos Processuais e Prazo
De acordo com Carlos Henrique Bezerra Leite, os pressupostos processuais in-
dispensáveis para o processamento do mandado de segurança são interesse pro-
cessual e legitimidade.
O fato de o mandado de segurança não ser concedido, em razão de o objeto do 
MS não ser enquadrado em hipótese de cabimento de MS, é um vício de mérito, 
que será analisado na decisão final. Sendo o objeto do MS impassível de concessão 
da segurança, o remédio será denegado.
Relevantíssimo ponto é o da regularidade de representação processual no man-
dado de segurança. No MS, a parte autora NÃO pode atuar no processo sem assis-
tência de advogado. O MS é justamente uma das hipóteses em que o jus postulandi 
da Justiça do Trabalho não se aplica.
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O jus postulandi, na Justiça do Trabalho, tem um limite. Esse limite é devido 
ao avanço da técnica jurídica. Algumas ações e recursos exigem da parte o preen-
chimento de vários requisitos complexos, técnicos, cujo acesso, na grande maioria 
das vezes, só não é oneroso para os advogados. O limite do jus postulandi (ou, 
se preferir, as exceções ao jus postulandi) está estampado na Súmula n. 425 
do TST:
Súmula n. 425 do TST
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas 
do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação 
rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de com-
petência do Tribunal Superior do Trabalho.
Portanto, no MS, ambas as partes devem necessariamente ter advogado ha-
bilitado nos autos. Se alguma das partes não tiver advogado, será aplicada a regra 
constante do item II da Súmula n. 456 do TST, que diz:
Súmula n. 456, item II, TST
II – Verificada a irregularidade de representação da parte na instância ori-
ginária, o juiz designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. 
Descumprida a determinação, extinguirá o processo, sem resolução de mérito, 
se a providência couber ao reclamante, ou considerará revel o reclamado, se 
a providência lhe couber (art. 76, § 1º, do CPC de 2015).
Além dos pressupostos indispensáveis, há outro elemento do MS que, caso não 
preenchido, provoca o indeferimento liminar da ação: a consumação do prazo de-
cadencial.
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O prazo para impetração do MS é decadencial de 120 dias. A perda desse 
prazo acarreta, naturalmente, a perda do direito, pois prazos decadenciais fluem 
com direção ao perecimento do direito, diferentemente dos prazos prescricionais, 
que se direcionam ao perecimento da pretensão, enquanto o direito continua exis-
tindo, embora não exigível judicialmente.
Registro que esse prazo de 120 é contado de forma contínua (dias úteis e “não 
úteis”), contando-se tanto dias de semana como feriados e finais de semana, já 
que o prazo decadencial é um prazo de direito material, e não processual.
Acerca da contagem do prazo decadencial de 120 dias, é importante que você 
conheça a OJ 127 da SDI-II do TST:
OJ 127 da SDI-II do TST
Na contagem do prazo decadencial para ajuizamento de mandado de segu-
rança, o efetivo ato coator é o primeiro em que se firmou a tese hostilizada e 
não aquele que a ratificou.
Entenda esta OJ imaginando o seguinte contexto: um juiz do trabalho violou 
direito líquido e certo de uma das partes do processo. Logo, o efetivo ato coator é 
do juiz do trabalho. Até aqui, nenhum segredo.
Agora, imagine que a parte prejudicada tenha impetrado MS contra tal ato co-
ator perante o TRT. O TRT, ao julgar o MS, confirmou que a conduta adotada pelo 
juiz é correta, não violando direito líquido e certo da parte. Neste caso, o efetivo 
ato coator continua sendo do juiz do trabalho.
Esta OJ tornou-se necessária porque muitos operadores do direito pensavam 
ser aplicável ao MS a mesma lógica do habeas corpus. No caso de habeas corpus, 
quando o tribunal confirma a tese adotada pelo juiz, a autoridade coatora passa a 
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ser, também, o tribunal, fato que possibilita à parte tanto a interposição de recurso 
ordinário ao tribunal superior ou, também, a impetração de novo habeas corpus.
No caso do Mandado de Segurança, a qualidade de “autoridade coatora” não se 
transfere de igual modo. Logo, não seria possível que a parte impetrasse novo MS, 
no próprio TRT, alegando que o TRT teria se tornado a autoridade coatora.
A perda do prazo decadencial de 120 dias e a ausência de interesse processual 
e legitimidade da parte são circunstâncias que, juridicamente, determinam o inde-
ferimento liminar do MS. É a regra do art. 10, caput, da Lei do MS:
Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o 
caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando de-
corrido o prazo legal para a impetração.
Ademais, é importante que você conheça o § 1º deste artigo:
§ 1º Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando 
a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a 
um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal 
que integre.
No processo do trabalho o recurso equivalente à apelação cível é o Recurso Or-
dinário. Portanto, se o juiz do trabalho indeferir a petição inicial do MS por falta de 
interesse, legitimidade ou perda do prazo decadencial de 120 dias, caberá Recurso 
Ordinário contra sua decisão, de imediato, pois tal decisão terá a feição de sen-
tença.
O art. 3º, inciso VIII, da Instrução Normativa n. 39 do TST diz que se aplica ao 
processo do trabalho a norma do CPC que permite ao juiz retratar-se, caso a parte 
interponha Recurso Ordinário contra sua sentença proferida no sentido de indeferir 
a petição inicial (art. 485, § 7º, CPC).
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Por força da aplicação deste artigo no processo do trabalho, sempre que o 
juiz do trabalho extinguir o processo sem resolução do mérito (por qualquer 
fundamento), ele poderá retratar-se, voltando atrás em sua decisão, conduzindo 
o processo no mesmo estado em que se encontrava, caso se convença de que a 
extinção sem mérito foi uma medida equivocada de sua parte.
O juízo de retratação (nome dado ao ato de voltar atrás) do juiz do trabalho só 
pode ser exercido se a parte prejudicada interpuser Recurso Ordinário. Assim 
que o Recurso Ordinário for interposto, o juiz do trabalho tem 5 DIAS para retra-
tar-se, retomando o curso do processo no estado em que se encontrada quando o 
extinguiu.
Para auxiliá-lo a visualizar este ponto na prática, apresento o seguinte mapa 
mental:
Se a petição inicial do MS for normalmente recebida, será observado o seguinte 
procedimento:
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
I – que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via 
apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, 
preste as informações;
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II – que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica 
interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, in-
gresse no feito;
III – que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento 
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja 
finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, 
com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.
1.6. Remessa Necessária (Reexame Necessário)
O mandado de segurança tem por regra a obrigatoriedade de reexame da ma-
téria quando a segurança for concedida ao impetrante.
O reexame necessário (ou remessa necessária) é um instituto de direito 
processual que torna obrigatório que o tribunal analise, novamente, o mérito de 
ação julgada pelo juiz de 1ª instância, nas hipóteses descritas em lei. No CPC, ou-
tras hipóteses de remessa necessária estão previstas em seu art. 496.
Na Lei do Mandado de Segurança, o reexame necessário tem previsão no 
art. 14, § 1º:
§ 1º Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau 
de jurisdição.
Portanto, se a segurança for concedida, a matéria deverá ser reanalisada pelo 
tribunal da instância superior. Contudo, há outro elemento que o TST entende im-
portante para que a remessa necessária seja, de fato, feita. Veja o que diz a Sú-
mula n. 303, item IV, do TST:
Súmula n. 303, item IV, do TST
Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação 
processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada 
pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no 
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feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressal-
vada a hipótese de matéria administrativa.
De acordo com tal enunciado sumular, é da essência do reexame necessário o 
prejuízo a alguma das pessoas jurídicas de direito público. Inclusive no próprio 
CPC a remessa necessária é prevista somente quando o valor da condenação tiver 
um grande montante em face da União, de Estado ou de Município.
O art. 14, § 1º, determina a remessa necessária em caso de concessão da se-
gurança, certo?
Pois então:
DICA:
Se tal concessão prejudicar pessoa jurídica de direito 
público, a remessa necessária ocorrerá.
Obs.: � Esse “prejuízo” pode consistir na imposição de alguma obrigação, seja de 
dar, fazer ou não fazer.
Por outro lado, se o mandado de segurança tiver sido ajuizado em face de ato 
praticado por pessoa de direito privado (pessoa física ou jurídica de direito 
privado no exercício de atribuições do Poder Público), ou se a pessoa de direito pri-
vado impetrar o MS e este for indeferido, não caberá remessa necessária.
Existe uma exceção à regra citada no parágrafo acima: se a concessão teve por 
base matéria de interesse para a Administração Pública, deverá ocorrer a remes-
sa necessária.
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2. Mandado de Segurança Coletivo
A Lei do Mandado de Segurança disciplina os elementos essenciais da impetra-
ção coletiva (mandado de segurança coletivo). Abaixo, comentarei os principais 
dispositivos pertinentes:
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com 
representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos 
a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 
(um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus 
membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
O caput do art. 21 trata dos legitimados ativos para o mandado de segurança 
coletivo. São, sinteticamente:
•	 Partido político com representação no Congresso Nacional (desde que 
em defesa de seus interesses e de seus integrantes);
•	 Sindicato da categoria profissional ou econômica, em defesa dos interesses 
da categoria (independentemente do tempo de sua existência);
•	 Associação constituída há pelo menos um ano, em defesa dos interes-
ses da coletividade que representa.
Para que os legitimados ativos do MS Coletivo o impetrem, NÃO é necessário que 
os particulares integrantes da categoria/coletividade deem qualquer autorização 
específica. Este é o comando da parte final do dispositivo acima, ratificado pela 
Súmula n. 629 do STF, abaixo transcrita.
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Súmula n. 629 do STF
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em 
favor dos associados independe da autorização destes.
Conforme o entendimento do STF (RE 198.919-DF), o sindicato NÃO precisa 
estar em funcionamento há um ano, como as associações. Ademais, o sindicato 
pode impetrar o MS Coletivo antes mesmo de ser registrado no Ministério gover-
namental competente, conforme outro entendimento do STF (RE 370.834), bas-
tando ao sindicato ser registrado em Cartório.
Partimos, agora, à análise do parágrafo único do art. 21:
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser:
I – coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza 
indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica básica;
II – individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes 
de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos 
associados ou membros do impetrante.
O objeto do MS Coletivo pode ser, somente, relativo à tutela de direitos coleti-
vos em sentido estrito e individuais homogêneos.
Não cabe MS Coletivo para discussão de direitos difusos (cujos titulares são pes-
soas indetermináveis) ou individuais comuns (ou heterogêneos).
Ponto Jurisprudencial
A tutela de direitos difusos mediante mandado de segurança era aceita por par-
te da jurisprudência anteriormente à publicação da Lei do Mandado de Segurança, 
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em 2009. Depois de sua publicação, tornou-se certa a inadequação do MS para a 
tutela de direitos cujos titulares sejam indetermináveis. Afinal de contas, a indeter-
minação do titular do direito é um elemento incompatível com os pressupostos da 
certeza e da liquidez do direito.
Referência: MS 34196/DF (Supremo Tribunal Federal)
Para ilustrar:
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamen-
te aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante.
No MS Coletivo, a coisa julgada produz efeitos ultra partes, isto é, limitada à 
coletividade representada pela associação/sindicato.
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O MS Coletivo não produz efeitos erga omnes, porque esta espécie de efeito de-
termina a sua irradiação sobre todas as pessoas submetidas à jurisdição do órgão 
prolator da decisão.
Os efeitos são ultra partes (mais extensos que inter partes, mas mais restritos 
que erga omnes).
Obs.: � Mesmo que o MS Coletivo venha a tutelar direitos individuais homogêneos, 
os efeitos serão ultra partes, visto que não poderão ser aplicados aos par-
ticulares não abrangidos pela representação da associação/sindicato, ainda 
que a origem do dano seja comum.
 � Se a pretensão for de conseguir efeito erga omnes (art. 103, inciso III, 
Código de Defesa do Consumidor), deverá a entidade legitimada ajuizar 
ação civil pública ou ação civil coletiva.
Para não deixar sobrarem dúvidas, apresento a seguinte ilustração,para dife-
renciar os possíveis efeitos das decisões judiciais:
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§ 1º O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individu-
ais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se 
não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a 
contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva.
O fato de uma ação de natureza coletiva (como o MS Coletivo) não induzir litis-
pendência relativamente a uma ação individual é algo logicamente explicável. Veja:
A litispendência existe quando duas ações possuem os mesmos três elementos 
estruturantes: partes, causa de pedir e pedido (art. 337, §§ 1º e 2º do CPC). Na 
ação coletiva, a parte autora é uma entidade representativa, enquanto na ação in-
dividual, é o próprio indivíduo lesado pelo dano.
Portanto, entre ações coletivas e ações individuais NÃO HÁ identidade de 
partes. Entre elas pode haver, no máximo, conexão (art. 55 do CPC).
Antes de o MS Coletivo ser impetrado, é possível que estejam tramitando Man-
dados de Segurança Individuais em razão de lesão ao mesmo direito líquido e cer-
to, correto? Pois então:
Após o a impetração do MS Coletivo, todos os autores desses MS Individuais se-
rão comunicados da impetração do MS Coletivo com o mesmo objeto, normalmente 
mediante despacho do juiz nos autos do MS individual.
Após esse despacho, o autor do MS individual terá o prazo de 30 DIAS para 
pedir a suspensão do seu MS. Se tal prazo transcorrer sem requerimento de 
suspensão, o autor desse MS individual NÃO PODERÁ aproveitar o resulta-
do do MS Coletivo.
Logo, se o impetrante individual não requerer a suspensão, ele assumirá um 
risco: ou conseguir uma sentença melhor, ou acabar com um resultado pior que o 
dos demais.
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Obs.: � Nos casos em que caberia mandado de segurança no curso do processo de 
natureza coletiva, como a Ação Civil Pública ou a Ação Civil Coletiva (quando 
não há recurso cabível de imediato contra alguma decisão), poderá ser 
impetrado MS Coletivo, já que o processo em curso teria como parte enti-
dade coletiva, como sindicato ou associação.
3. Comentários às Súmulas e OJs do TST sobre o Mandado 
de Segurança
Os enunciados de Súmulas e OJs do TST a respeito do Mandado de Segurança no 
processo do trabalho costumam ser muito cobrados em provas objetivas. Portanto, 
agora que você conhece o conteúdo essencial do tema, passaremos à análise indi-
vidualizada de cada um destes enunciados.
Súmula n. 201 do TST
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe 
recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Tra-
balho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de 
contrariedade.
Como estudamos, contra ato de juiz do trabalho que ofenda direito líquido e 
certo cabe MS de competência originária do TRT. Nesta situação, contra o acórdão 
do TRT que julgar o MS caberá Recurso Ordinário ao TST, em razão da organização 
judiciária da Justiça do Trabalho.
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Súmula n. 415 do TST
Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicá-
vel o art. 321 do CPC de 2015 (art. 284 do CPC de 1973) quando verificada, 
na petição inicial do “mandamus”, a ausência de documento indispensável ou 
de sua autenticação.
O mandado de segurança tem por objeto a proteção de direito líquido e certo 
contra ato de autoridade pública ou pessoa privada no exercício de atribuições do 
Poder Público.
Portanto, a petição inicial deve ser acompanhada de prova desse ato, correto?
Logo, se a parte somente alegar tal ofensa, sem juntar cópia do ato impugnado, 
a parte não terá direito nem mesmo à emenda da petição inicial. De início, a parte 
deve já ter plenas condições de provar a ofensa ao direito líquido e certo. 
Por isso, se diz que o mandado de segurança exige a pré-constituição de prova 
documental.
Súmula n. 418 do TST
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido 
e certo tutelável pela via do mandado de segurança.
Nesta súmula, há um contexto histórico jurisprudencial a ser levado em conta. 
Sua antiga redação incluía, também, que “a concessão de liminar” era faculdade do 
juiz, assim como a homologação de acordo.
No ano de 2017, a Súmula n. 418 foi alterada, permanecendo apenas que “a 
homologação de acordo” é faculdade do juiz. Dessa forma, passou-se a entender 
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que cabe mandado de segurança contra a decisão judicial que indefere a con-
cessão de tutela provisória (liminar).
Inclusive, o item II da Súmula 414, também alterada em 2017, passou a prever 
que a concessão ou o indeferimento de tutela provisória antes da sentença pode ser 
objeto de mandado de segurança, por inexistir recurso próprio.
Portanto, a partir da alteração jurisprudencial de 2017, devemos levar em conta 
que NÃO cabe mandado de segurança contra a decisão judicial que resolve deixar 
de homologar um acordo, ou homologá-lo. Devemos compreender o seguinte:
•	 Se o juiz optar por não homologar algum acordo entabulado pelas partes, 
não caberá mandado de segurança nem recurso, prosseguindo-se o proces-
so normalmente.
•	 Se o juiz optar por homologar o acordo, eventual desconstituição da sentença 
homologatória (ou acórdão homologatório) deverá ser pleiteada por meio de 
ação rescisória.
•	 Se o juiz conceder ou indeferir liminar (tutela provisória) antes da sentença, 
cabe mandado de segurança.
Súmula n. 416 do TST
Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores 
objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da 
execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo.
Não cabe mandado de segurança contra a decisão proferida na fase de execu-
ção que determina a penhora de bens para satisfazer a parte que não foi impugna-
da por meio do Agravo de Petição.
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Isso porque o agravo de petição é um recurso que, em regra, não tem efeito 
suspensivo. Logo, a impossibilidade da execução do valor remanescente só ocorre-
rá se o relator, no TRT, deferir efeito suspensivo nas hipóteses legalmente permiti-
das (art. 995, parágrafo único, CPC).
Súmula n. 417 do TST
I – Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina 
penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é 
prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 
do CPC de 1973).
II – Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o exe-
cutado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem 
depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, 
do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973).
O executado NÃO pode impetrar mandado de segurança para impugnar a 
decisão interlocutória do juiz que determine a penhora em dinheiro, porque a pe-
nhora em dinheiro (penhora online) é a forma preferencial e prioritária de penhora.
Ademais, o devedor pode pedir que os valores penhorados fiquem na sua pró-
pria conta bancária, até a expropriação. Todavia, se o credor (exequente) não 
concordar com esse pedido, os valores penhorados deverão permanecer em conta 
judicial, e o executado nada poderá fazer contra isso.
Devo destacar que esta súmula, até 2016, tinha um terceiro item, segundo o 
qual o executado poderia impetrar mandado de segurança contra a decisão do juiz 
que determinasse a penhora de dinheiro em sede de execução provisória, nas oca-
siões em que o executado tivesse nomeado outros bens à penhora.
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Todavia, o cancelamento deste item parece transparecer que o atual entendi-
mento do TST é de que, mesmo em execução provisória, o juiz PODE deter-
minar a penhora de dinheiro do executado, AINDA QUE ele tenha indicado outros 
bens à penhora.
OJ 54 da SDI-II do TST
Ajuizados embargos de terceiro (art. 674 do CPC de 2015 - art. 1.046 do CPC 
de 1973) para pleitear a desconstituição da penhora, é incabível mandado de 
segurança com a mesma finalidade.
Aqui, trata-se de uma questão de singularidade e economia processual. Se es-
tiver pendente processo de Embargos de Terceiro, não há razão para a impetração 
de mandado de segurança com base em suposta violação que teria sido causada 
pela mesma penhora.
Repito, agora, a lógica que vem sendo dita com frequência: o mandado de se-
gurança, em regra, só é cabível contra atos processuais quando, contra eles, não 
houver ferramenta de impugnação cabível.
OJ 56 da SDI-II do TST
Não há direito líquido e certo à execução definitiva na pendência de recurso 
extraordinário, ou de agravo de instrumento visando a destrancá-lo.
Enquanto houver recurso pendente no processo, a execução será provisória, se 
não houver concessão de efeito suspensivo ao recurso pendente. O recurso extra-
ordinário, embora não seja um recurso propriamente trabalhista, impede o trânsito 
em julgado do processo.
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Logo, como a execução definitiva depende necessariamente do trânsito em jul-
gado do processo, ela não poderá ocorrer enquanto pender recurso extraordinário 
no STF, ou agravo de instrumento em recurso extraordinário.
OJ 57 SDI-II do TST
Conceder-se-á mandado de segurança para impugnar ato que determina ao 
INSS o reconhecimento e/ou averbação de tempo de serviço.
Segundo a OJ 57 da SDI-II, é cabível a impetração do MS contra o ato judicial 
que imponha ao INSS o dever de registrar o reconhecimento de tempo de serviço 
em alguma atividade, ou a averbação de tempo adicional de serviço.
Geralmente, a parte prejudicada por este ato (e autora de eventual MS) será a 
reclamada, que terá o objetivo de impedir que o tempo de serviço do reclamante 
seja reconhecido pelo INSS, o que pode gerar várias consequências de ordem tri-
butária, por exemplo.
OJ 64 da SDI-II do TST
Não fere direito líquido e certo a concessão de tutela antecipada para reinte-
gração de empregado protegido por estabilidade provisória decorrente de lei 
ou norma coletiva.
Se for incontroverso que o empregado é portador de estabilidade provisória (ga-
rantia provisória de emprego) por força de disposição legal ou de acordo coletivo, 
convenção coletiva ou sentença normativa, poderá ele postular tutela provisória 
antecipada para ser reintegrado ao emprego.
Neste caso, se o juiz deferir o pedido de tutela provisória e determinar a rein-
tegração do empregado estável ao emprego, a empresa reclamada não poderá 
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impetrar MS, porque a estabilidade era razoavelmente existente – quase sempre 
incontroversa – e há direito do empregado de continuar trabalhando, até que haja 
determinação judicial em sentido contrário ou até que a estabilidade termine.
Exemplos de trabalhadores portadores de estabilidade provisória são, dentre 
outros:
•	 gestantes
•	 representante dos empregados na CCP;
•	 representante dos empregados na CIPA;
•	 representante dos empregados no Conselho Curador do FGTS;
•	 representante dos empregados no Conselho Nacional de Previdência;
•	 dirigente sindical;
•	 diretor de cooperativa;
•	 empregados que preencham requisitos de normas coletivas para terem esta-
bilidade provisória ou definitiva.
Reitero que, para que não seja possível a impetração do MS, a estabilidade deve 
ser um fato demonstrado como razoável – normalmente incontroverso –, cuja pre-
sunção não é diminuída pela parte contrária.
OJ 142 da SDI-II do TST
Inexiste direito líquido e certo a ser oposto contra ato de Juiz que, antecipando 
a tutela jurisdicional, determina a reintegração do empregado até a decisão 
final do processo, quando demonstrada a razoabilidade do direito subje-
tivo material, como nos casos de anistiado pela Lei n. 8.878/1994, aposen-
tado, integrante de comissão de fábrica, dirigente sindical, portador de doença 
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profissional, portador de vírus HIV ou detentor de estabilidade provisória pre-
vista em norma coletiva.
A OJ 142 da SDI-II, quando cobrada de forma objetiva em provas, gera grandes 
problemas e leva muitos candidatos ao erro.
Pela regra geral da Súmula 414,item II, do TST, é cabível mandado de segu-
rança em caso de concessão de tutela provisória antes da sentença, em razão da 
inexistência de recurso próprio. Esta regra é genérica, vislumbrada para todas as 
tutelas provisórias em geral.
A OJ 142, por sua vez, trata de uma hipótese específica de tutela provisória, 
que, por envolver direitos que não são líquidos nem certos, torna inadmissível 
eventual mandado de segurança impetrado.
A OJ enuncia que será incabível o MS “quando demonstrada a razoabilidade 
do direito subjetivo material” relativo à estabilidade no emprego. Disso, podemos 
depreender que não haverá direito líquido e certo do empregador a impedir rein-
tegração quando o empregado comprovar a probabilidade do direito e o perigo 
de dano ou risco ao resultado útil do processo (requisitos da tutela provisória – 
art. 300 do CPC).
Em provas, se a questão fizer referência somente à tutela provisória concedida an-
tes da sentença de forma genérica, sem mencionar o objeto dessa tutela, considere 
que cabe MS contra esta decisão (Súmula n. 414, item II, TST).
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Se a questão chegar ao ponto de esclarecer que a tutela provisória consiste em 
reintegração de empregado, em razão da “razoabilidade do direito subjetivo ma-
terial”, significará que a banca está cobrando o enunciado da OJ n. 142 da SDI-II, 
segundo o qual não haverá direito líquido e certo do empregador (logo, não cabe 
MS) a impedir reintegração quando o empregado comprovar a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
OJ 65 da SDI-II do TST
Ressalvada a hipótese do art. 494 da CLT, não fere direito líquido e certo a 
determinação liminar de reintegração no emprego de dirigente sindical, em 
face da previsão do inciso X do art. 659 da CLT.
Aplica-se à reintegração do dirigente sindical (determinada em tutela provisó-
ria) o mesmo raciocínio acima explicitado com relação à OJ 142. Aqui, há um pe-
queno detalhe:
Se o dirigente sindical estiver respondendo a inquérito judicial de apuração 
de falta grave, estando devidamente suspenso (art. 494 da CLT), poderá ser im-
petrado MS, pelo empregador, se o juiz ordenar a reintegração. Afinal de contas, 
a suspensão do empregado dirigente sindical para responder a inquérito é direito 
líquido e certo do empregador.
OJ 66 da SDI-II do TST
I – Sob a égide do CPC de 1973 é incabível o mandado de segurança contra 
sentença homologatória de adjudicação, uma vez que existe meio próprio 
para impugnar o ato judicial, consistente nos embargos à adjudicação (CPC de 
1973, art. 746).
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II – Na vigência do CPC de 2015 também não cabe mandado de segurança, 
pois o ato judicial pode ser impugnado por simples petição, na forma do artigo 
877, caput, do CPC de 2015.
Novamente, caímos no preceito geral de que o MS só é cabível contra ato pro-
cessual quando nenhuma medida judicial for possível. No caso, como é possível a 
impugnação de tal ato por simples petição, não há razão para a impetração de MS.
OJ 67 da SDI-II do TST
Não fere direito líquido e certo a concessão de liminar obstativa de transferên-
cia de empregado, em face da previsão do inciso IX do art. 659 da CLT.
A concessão medida liminar (tutela provisória antecipada), até decisão final do 
processo, em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência 
disciplinada pelos parágrafos do artigo 469 da CLT é uma medida condicionada ao 
arbítrio do juiz, por força do art. 659, inciso IX, da CLT.
Logo, não há que se falar em ofensa a direito líquido e certo do empregador, pois 
a medida decorre de faculdade legalmente atribuída ao juiz, de forma privativa.
OJ 88 da SDI-II do TST
Incabível a impetração de mandado de segurança contra ato judicial que, de 
ofício, arbitrou novo valor à causa, acarretando a majoração das custas pro-
cessuais, uma vez que cabia à parte, após recolher as custas, calculadas com 
base no valor dado à causa na inicial, interpor recurso ordinário e, posterior-
mente, agravo de instrumento no caso de o recurso ser considerado deserto.
A impugnação do valor dado à causa para majorar as custas processuais arbi-
tradas em sentença é sujeita a um recurso: o Recurso Ordinário.
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A parte, no RO, efetuará o pagamento das custas processuais que entende devi-
das, correto? Neste caso, é possível que o juiz deixe de receber o RO, fundando-se 
no fato de o valor das custas estar incorreto.
Logo, caberá à parte interpor Agravo de Instrumento para destrancar o RO. Veja 
que, mesmo se o juiz não receber o recurso com fundamento da incorreção do va-
lor das custas, há um recurso cabível: o AI.
Portanto, não é caso de impetração de MS o fato de o juiz arbitrar valor errôneo 
à causa, porque existem outros recursos cabíveis.
OJ 91 da SDI-II do TST
Não sendo a parte beneficiária da assistência judiciária gratuita, inexiste 
direito líquido e certo à autenticação, pelas Secretarias dos Tribunais, de peças 
extraídas do processo principal, para formação do agravo de instrumento.
Súmula n. 397 do TST
Não procede ação rescisória calcada em ofensa à coisa julgada perpetrada por 
decisão proferida em ação de cumprimento, em face de a sentença normativa, 
na qual se louvava, ter sido modificada em grau de recurso, porque em dis-
sídio coletivo somente se consubstancia coisa julgada formal. Assim, 
os meios processuais aptos a atacarem a execução da cláusula reformada 
são a exceção de pré-executividade e o mandado de segurança, no caso 
de descumprimento do art. 514 do CPC de 2015 (art. 572 do CPC de 1973).
Na aula sobre a ação de cumprimento, destaquei que nos dissídios coletivos não 
se julga uma relação jurídica. Tão somente criam-se, interpretam-se e revisam-
-se normas. Portanto, não há relação jurídica que deva receber imposição jurisdi-
cional do Estado. Na verdade, a sentença normativa proferida em dissídio coletivo 
destina-se a interferir em relações jurídicas que ainda estão sendo mantidas e que 
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permanecem sem litigiosidade. É por isso que o dissídio coletivo só pode provocar 
coisa julgada formal, e não material.
Se uma ação de cumprimento tiver por objeto a exigência do cumprimento de 
cláusulas de uma sentença normativa que foram derrubadas em grau de recurso, 
as parcelascondenatórias fundadas nessas cláusulas NÃO poderão ser executadas, 
pois o título executivo que as fundamenta terá desaparecido.
Portanto, a “derrubada” de cláusulas invocadas na ação de cumprimento pode 
produzir duas consequências, a depender da fase em que a ação de cumprimento 
se encontra.
•	 AÇÃO DE CUMPRIMENTO EM FASE DE CONHECIMENTO: a ação é extinta 
sem resolução do mérito, por perda do seu objeto e, consequentemente, de-
saparecimento da causa de pedir.
•	 AÇÃO DE CUMPRIMENTO EM FASE DE EXECUÇÃO: a execução não pode 
prosseguir. Nesses casos, a parte executada poderá opor duas peças:
−	 Exceção de pré-executividade: optando por esta peça, a parte deverá 
demonstrar que o desaparecimento do título executivo é uma questão 
de ordem pública cognoscível de ofício pelo juiz. Geralmente, nessa fase, 
o prazo para embargos à execução já passou. Todavia, se tal prazo por 
sorte ainda não tiver passado, serão cabíveis, primeiramente, Embar-
gos à Execução, com fulcro no art. 525, § 1º, inciso III, do CPC (inexe-
quibilidade do título).
−	 Mandado de Segurança: ao optar por esta peça, a parte deverá demons-
trar que a execução da cláusula reformada em grau de recurso fede direito 
líquido e certo do exequente, que tem direito ao implemento da condição 
resolutiva da execução (condição – evento futuro e incerto – que, 
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se verificada, extingue a execução). Neste caso, a condição resoluti-
va é a eliminação da cláusula em grau de recurso. É por isso que a 
Súmula condiciona a impetração do mandado de segurança à alegação de 
violação ao art. 514 do CPC, que dispõe: “Quando o juiz decidir relação 
jurídica sujeita a condição ou termo, o cumprimento da sentença depen-
derá de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o 
termo.”.
OJ 98 da SDI-II do TST
É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, 
dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o man-
dado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do 
depósito.
A OJ 98 proíbe, em tese, a exigência de antecipação de honorários periciais para 
realização de perícias. Antes da Reforma Trabalhista, muitos juízos exigiam tal an-
tecipação, embora esta OJ a considere incabível no processo do trabalho.
A partir da entrada em vigor da Reforma, a antecipação passou a ser legalmen-
te proibida. Confira a redação do art. 790-B, § 3º: “O juízo não poderá exigir 
adiantamento de valores para realização de perícias.”.
Doravante, a OJ 98, que muitas vezes não foi observada, ganhou força: se o juiz 
exigir antecipação/adiantamento de honorários periciais para realização de perícia 
de qualquer natureza, a parte prejudicada poderá impetrar mandado de segu-
rança, postulando a realização da perícia sem o custeio imposto.
OJ 99 da SDI-II do TST
Esgotadas as vias recursais existentes, não cabe mandado de segurança.
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Cuidado: esta OJ parece ambígua, mas depreenderei o real sentido dela para 
você: não cabe mandado de segurança pelo simples fato de não caber mais ne-
nhum recurso no processo.
Você está ciente de que o objeto do MS é a proteção de direito líquido e cer-
to. O simples fato de não existir nenhum recurso cabível não fere direito líquido e 
certo. Fere tal direito a decisão que não admite alguma pretensão, e que não seja 
passível de recurso, embora o processo ainda esteja em curso.
No caso desta OJ, diz-se respeito ao esgotamento de todas as vias recursais, 
sem que necessariamente haja ato lesivo do Judiciário. Logo, o mandado de segu-
rança não se presta a adiar o trânsito em julgado.
Contra a decisão transitada em julgado, portanto, cabe ação rescisória, se ela 
tiver resolvido o mérito do processo ou se, mesmo não resolvendo o mérito, impe-
dir o ajuizamento de outra ação, neste contexto. Não cabe, portanto, MS.
OJ 137 da SDI-II do TST
Constitui direito líquido e certo do empregador a suspensão do empregado, 
ainda que detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito 
em que se apure a falta grave a ele imputada, na forma do art. 494, caput e 
parágrafo único, da CLT.
A suspensão do empregado estável é a medida legalmente prevista para dar 
início ao prazo decadencial de 30 dias para que o empregador ajuíze ação de inqué-
rito para apuração de falta grave (art. 853 da CLT), que é destinada à viabilização 
de demissão por justa causa de empregados estáveis enquadrados em uma das 
seguintes condições:
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•	 DIRIGENTE SINDICAL (art. 8º, inciso VIII, da CF e Súmula n. 197 do STF)
•	 REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES NO CONSELHO CURADOR DO 
FGTS (art. 3º, § 9º, Lei n. 8.036/1990)
•	 DIRIGENTE DE COOPERATIVA DE EMPREGADOS (art. 5 da Lei n. 
5.764/1971)
•	 REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES NO CONSELHO NACIONAL 
DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 3º, § 7º, Lei n. 8.213/1991)
•	 *REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES NAS COMISSÕES DE CONCILIA-
ÇÃO PRÉVIA – CPP (art. 625-B, § 1º, da CLT) – Estes trabalhadores seriam 
destinatários do IAFG de acordo com o entendimento de Carlos Henrique 
Bezerra Leite. Todavia, a doutrina não é pacífica sobre o alcance do IAFG a 
estes trabalhadores específicos (representantes dos trabalhadores nas CCP).
Portanto, como a própria CLT faculta ao empregador suspender o empregado 
no curso do Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave, o empregado não tem 
direito de pedir, nem mesmo em MS, a retomada de suas funções.
Obs.: � Se o empregado estável não tiver sido suspenso nos termos do art. 494 
da CLT, ele poderá, sim, requerer sua reintegração em tutela provisória, e o 
empregador não poderá se opor a tal decisão, nos termos da OJ n. 142 da 
SDI-II do TST, anteriormente comentada.
Registro que, se o inquérito for improcedente, o empregado suspenso receberá 
tudo o que deixou de receber no período da suspensão (art. 495 da CLT). Este é 
outro fundamento que impossibilita a impetração de MS contra a decisão judicial 
que nega a cessação da suspensão.
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OJ 144 da SDI-II do TST
O mandado de segurança não se presta à obtenção de uma sentença genérica, 
aplicável a eventos futuros, cuja ocorrência é incerta.
Esta OJ é vista por alguns doutrinadores como uma proibição do mandado de 
segurança preventivo contra

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