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O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação. Fatores de risco para DM2 História familiar da doença, idade, obesidade, sedentarismo, diagnóstico prévio de pré-diabetes ou diabetes gestacionaL e presença de componentes da síndrome metabólica, tais como hipertensão arterial e dislipidemia. É uma doença autoimune, decorrente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa. Mais frequente na infância e na adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos - Até 30 anos. Os principais sintomas são sede, poliúria, visão turva, perda ponderal de peso, hiperfagia, cetoacidose. Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genéticos e ambientais. Na maioria das vezes, a doença é assintomática e o tratamento farmacologico envolve insulinoterapia, com uso de sensibilizadores de insulina e hipoglicemiantes orais. Glicemia em jejum: coletada em sangue periférico pós jejum calórico de no mínimo 8 horas TOTG: Ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então após 2 horas da sobrecarga oral. Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua determinação. Diabetes mellitus - DM G i s e l l y S . A l v e s Nutrição clínica II DM1 DM2 Diagnóstico de DM Exame Normal Pré diabetes Diabetes Glicemia de jejum < 100 100 a 125 ≥ 126 Glicemia 2 horas após < 140 140 a 199 ≥ 200 TOTG com 75 g de glicose Hemoglobina glicada (%) < 5,7 5,7 a 6,4 ≥ 6,5 Metas de controle metabólico de acordo com sociedade brasileira de diabetes Glicemia pré-prandial Glicemia pós-prandial HbA1c (%) < 100 < 160 < 7,0 A hipoglicemia é a complicação aguda mais frequente emindivíduos com DM, apresentando sintomas como cefaleia, alterações de humor, desmaio, confusão mental e sonolencia, tremor, palpitação e fome. Pode ser tratada, quando de forma leve ou moderada, pela ingestão de 15g de carboidratos de rápida absorção. Complicações agudas do DM Microvaculares: Retinopatia, nefropatia, neuropatia... Macrovasculares: Alterações nas veias e artérias, acidentes cardiovasculares... A circunferência da cintura O diâmetro abdominal sagital Relação cintura-altura Circunferência do pescoço A quantidade de tecido adiposo visceral acumulada na região abdominal apresenta relação direta com o grau de resistência a insulina. Na prática clínica, uma alternativa para essa visualização é a predição de resistência à insulina a partir da utilização de algumas medidas antropométricas, são elas: Tem como objetivo controlar a glicemia, prevenir complicações, controlar peso e auxiliar no consumo adequado. Diabetes mellitus - DM G i s e l l y S . A l v e s Nutrição clínica II Terapia nutricional Marcadores de adiposidade central Recomendações Carboidratos Sacarose Frutose Fibra alimentar Macronutrientes Recomendação diária 45 a 60%; é possível usar padrões alimentares com menor teor de carboidratos para DM2 de forma individualizada. Máximo 5 a 10% do VET Não se recomenda adição aos alimentos Mínimo 14 g/1.000 kcal, 20 g/1.000 kcal para DM2 Gordura Total Proteína 20 a 35% do VET; dar preferência para ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados; limitar saturados em até 10% e isenta de gorduras trans 15 a 20% do VET Os micronutrientes seguem as recomendações da população sem diabetes. A distribuição ideal de macronutrientes, incluindo os carboidratos, pode variar de acordo com os objetivos e metas individualizados. Quando consumidos, geralmente associam-se a problemas como desconforto abdominal e diarréias. O ideal é que não sejam recomendados, porém, quando necessário é importante que seja feito rodizio entre os tipos. Índice glicêmico (IC): Refere-se a velocidade em que o alimento é digerido. Carga glicêmica (CG): Mede o impacto glicemico da dieta. Edulcorantes São adoçantes como xilitol,estevia, sorbitol, eritrol, e manitol, por exemplo. Contagem de carboidrato O monitoramento da ingestão de carboidratos, seja porcontagem de carboidratos, seja por estimativa baseada na experiência, continua a ser fundamental para o alcance do controle glicêmico. 1 insulina ultra rápida = 15 g de cho Exemplo 1: Paciente diagnósticado com DM2, com VET de 2500 Kcal, com distribuição de macronutrientes para 60% de carboidratos. Seguindo recomendação de 5 UI antes das grander refeições. 60% de carboidrato = 375g Desjejum: 5 X 15 = 75g Lanche: 50g Almoço: 5 X 15 = 75g Lanche: 50 g Jantar: 5 X 15 = 75g Ceia: 50g 3x75 = 225g 375 - 225 = 150g distribuidas nos lanches. Diabetes mellitus - DM G i s e l l y S . A l v e s Nutrição clínica II Exemplo 2: Paciente diagnósticado com DM1, com VET de 2000 Kcal, com distribuição de macronutrientes para 55% de carboidratos. Seguindo recomendação de insunina basal 6 UI e insulina rápida a ser definida. 55% de carboidrato = 1100 kcal / 4 = 275g Desjejum: 75 / 15 = 5 UI Lanche: 20g Almoço: 75 / 15 = 5 UI Lanche: 20 g Jantar: 65 / 15 = 4 UI Ceia: 20 g
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