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26/03/2020 1 2° E 3° SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO SDE3907 – Período Acadêmico 2020.1 Lucas Machado Moreira, MSc. FECUNDAÇÃO E 1º SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 1 2 26/03/2020 2 1º SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO A implantação do BLASTOCISTO começa no final da 1º semana e se completa na 2º semana do desenvolvimento embrionário. 2º SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 2º SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Durante o processo de nidação o blastocisto sofre sucessivas: MUDANÇAS NO TROFOBLASTO MUDANÇAS NO EMBRIOBLASTO FORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS EXTRAEMBRIONÁRIAS 3 4 26/03/2020 3 TROFOBLASTO TROFOBLASTO - camada celular externa responsável por formar a placenta; Se diferencia em duas camadas: CITOTROFOBLASTO – camada de células mononucleadas mitoticamente ativa; SINCICIOTROFOBLASTO – massa protoplasmática multinucleada formada pela fusão das células, que se expande rapidamente; TROFOBLASTO SINCICIOTROFOBLASTO: Ativamente erosivo – ação de enzimas proteolíticas; Desloca as células endometriais no local da implantação; As células endometriais sofrem apoptose o que facilita a implantação; 5 6 26/03/2020 4 TROFOBLASTO “Reação decidual” As células do tecido conjuntivo em torno do sítio de implantação se tornam poliédricas e repletas de glicogênio e lipídio; As células deciduais degeneram na região de penetração do sinciciotrofoblasto e fornecem uma rica fonte para a nutrição embrionária; Tais alterações se limitam inicialmente à área em torno do local de implantação, mas logo ocorrem em todo o endométrio; TROFOBLASTO A medida que o Blastocisto se implanta, o Trofoblasto continua a se diferenciar; O sinciciotrofoblasto produz a Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) - mantém o desenvolvimento do corpo lúteo e do endométrio; - mantém o desenvolvimento das arteriais espiraladas do miométrio; - estimula o desenvolvimento do sinciciotrofoblasto; 7 8 26/03/2020 5 EMBRIOBLASTO EMBRIOBLASTO - porção central responsável por dar origem ao embrião; Durante a implantação se diferencia e da origem a: DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR EPIBLASTO HIPOBLASTO EMBRIOBLASTO EPIBLASTO – camada mais espessa, formada por células cilíndricas altas relacionadas com a cavidade amniótica; Durante a implementação as células do epiblasto se diferenciam e se organizam para formar uma membrana fina; ÂMNIO, que envolve a CAVIDADE AMNIÓTICA 9 10 26/03/2020 6 EMBRIOBLASTO HIPOBLASTO – camada mais delgada, formada por células cúbicas e pequenas adjacentes à cavidade exocelômica; Durante a implementação as células do hipoblasto se organizam para formar uma membrana fina; MEMBRANA EXOCELÔMICA 11 12 26/03/2020 7 EMBRIOBLASTO MEMBRANA EXOCELÔMICA Envolve a cavidade blastocística e reveste a face interna do citotrofoblasto; VESÍCULA UMBILICAL PRIMÁRIA A camada mais externa de células da Vesícula Umbilical forma uma camada de tecido conjuntivo frouxo: MESODERMA EXTRAEMBRIONÁRIO 13 14 26/03/2020 8 LACUNAS ÂMNIO DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR VESÍCULA UMBILICAL PRIMÁRIA Cavidade isoladas chamadas de LACUNAS aparecem no sinciciotrofoblasto; As lacunas são preenchidas com uma mistura de sangue materno derivado dos capilares endometriais rompidos, restos celulares e fluídos das glândulas erodidas; LACUNAS A comunicação dos vasos sanguíneos uterinos erodidos com as lacunas representa o início da circulação uteroplacentária; Sangue flui no interior das lacunas → O2 e nutrientes; 12º dia → as lacunas se fusionam → Rede lacunar; 15 16 26/03/2020 9 CELOMA EXTRAEMBRIONÁRIO O mesoderma extraembrionário cresce e surge no seu interior espaços celômicos; Esse espaços rapidamente se fusionam e formam uma cavidade isolada: CELOMA EXTRAEMBRIONÁRIO 17 18 26/03/2020 10 CELOMA EXTRAEMBRIONÁRIO O Celoma Extraembrionário divide o Mesoderma Extraembrionário em duas camadas: MESODERMA SOMÁTICO – reveste o citotrofoblasto e cobre o âmino; MESODERMA ESPLÂNCNICO – reveste a vesícula umbilical; SACO VITELINO Com a formação do Celoma Extraembrionário a Vesícula Umbilical Primária se diferencia e da origem a Vesícula Umbilical Secundária SACO VITELINO Resquício do saco vitelino primário; 19 20 26/03/2020 11 SACO CORIÔNICO O final da segunda semana é caracterizada pelo surgimento das vilosidades coriônicas primárias; A proliferação das células citotrofoblástica produz extensões celulares que crescem no interior do sinciciotrofoblasto; VILOSIDADES CORIÔNICAS PRIMÁRIAS As Vilosidades coriônicas primárias são o primeiro estágio no desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta; 21 22 26/03/2020 12 SACO CORIÔNICO SACO CORIÔNICO ou Córion é formado: Mesoderma Somático Citotrofoblasto Sinciciotrofoblasto O Embrião, o Saco Amniótico e o Saco Vitelino – estão suspensos pelo PEDÍCULO DE CONEXÃO; PLACA PRECORDAL No final da segunda semana do desenvolvimento o espessamento de algumas células do hipoblasto formando a PLACA PRECORDAL; Futura região cefálica do embrião; 23 24 26/03/2020 13 3º SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO A 3º semana do desenvolvimento embrionário ocorre durante a semana de ausência do período menstrual; 5 semanas após o 1º dia do último período menstrual normal; A interrupção da menstruação frequentemente é indicação de que a concepção ocorreu; 3° semana – rápido desenvolvimento do embrião a partir do DISCO EMBRIONÁRIO, caracterizado por: • Aparecimento da LINHA PRIMITIVA; • Desenvolvimento da NOTOCORDA; • NEURULAÇÃO; • Formação dos SOMITOS; 25 26 26/03/2020 14 GASTRULAÇÃO Processo pelo qual o DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR é convertido em DISCO EMBRIONÁRIO TRILAMINAR; Início da MORFOGÊNESE → desenvolvimento da forma e estrutura do embrião; As células do EPIBLASTO dão origem a cada uma das 3 camadas germinativas do DISCO EMBRIONÁRIO TRILAMINAR → origina os tecidos e órgãos específicos; Formação da LINHA PRIMITIVA GASTRULAÇÃO LINHA PRIMITIVA Resulta da proliferação e migração de células do EPIBLASTO para o plano mediano do DISCO EMBRIONÁRIO; A extremidade caudal prolifera e forma o NÓ EMBRIONÁRIO; SULCO PRIMITIVO FOSSETA PRIMITIVA 27 28 26/03/2020 15 GASTRULAÇÃO Assim que a LINHA PRIMITIVA surge, é possível identificar o eixo CÉFALICO- CAUDAL do embrião, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo; GASTRULAÇÃO LINHA PRIMITIVA Às células abandonam sua superfície profunda e formam o MESOBLASTO; Uma rede frouxa de tecido conjuntivo embrionário conhecida como MESENQUIMA que forma os tecidos de sustentação do embrião; 29 30 26/03/2020 16 GASTRULAÇÃO Sob a influência de vários fatores de crescimento embrionário; Às células do EPIBLASTO migram através da LINHA PRIMITIVA pelo SULCO EMBRIONÁRIO formando: • ENDODERMA; • MESODERMA; • ECTODERMA; GASTRULAÇÃO As células da MESODERME possuem o potencial para proliferar e se diferenciar em diversos tipos celulares: fibroblastos, condroblastos e osteoblastos; E são responsáveis por formar a maior parte dos tecidos conjuntivos do corpo e da trama de tecido conjuntivo das glândulas; A LINHA PRIMITIVA forma a MESODERME ativamente até a 4º semana, depois a produção torna-se lenta; ↓LINHA PRIMITIVA → Região Sacrococcígea 31 32 26/03/2020 17 PROCESSO NOTOCORDAL Algumas células da MESODERME migram cefalicamente do NÓ e FOSSETA PRIMITIVOS, formando um cordão celular mediano; PROCESSO NOTOCORDAL Esse processo longo adquire uma luz CANAL NOTOCORDAL O PROCESSO NOTOCORDAL cresce cefalicamente entre a ECTODERME e a ENDODERME até alcançar a PLACA PRECORDAL; As camadas fusionadas da ECTODERME e da ENDODERME formam a MEMBRANA OROFARÍNGEA – futura cavidade oral; E também se fusionam caudalmente à linha primitiva formando a MEMBRANA CLOACAL – futuro ânus; 33 34 26/03/2020 18 PROCESSO NOTOCORDAL Algumas células da MESODERME migram lateral e cefalicamente entre a ECTODERME e ENDODERMEaté as margens do DISCO EMBRIONÁRIO e são continuadas pelo MESODERMA EXTRAEMBRIONÁRIO; Algumas células da LINHA PRIMITIVA migram cefalicamente de cada lado do PROCESSO NOTOCORDAL e em torno da PLACA NOTOCORDAL; MESODERMA CARDIOGÊNICO NOTOCORDA A NOTOCORDA é um bastão celular que: • Define o eixo do embrião – rigidez; • Serve como base para o desenvolvimento do esqueleto axial; • Indica a futura área dos corpos vertebrais; A coluna vertebral se forma ao redor da NOTOCORDA – membrana orofaríngea até o nó primitivo; A NOTOCORDA degenera e desaparece quando os CORPOS VERTEBRAIS se formam, mas parte persiste como NÚCLEO PULPOSO de cada disco vertebral; 35 36 26/03/2020 19 ALANTOIDE Surge por volta do 15º dia como um pequeno divertículo que se estende da parede caudal da VESÍCULA UMBILICAL até o PEDÍCULO DE CONEXÃO; O ALANTOIDE está envolvido na formação inicial do sangue e está associado ao desenvolvimento da bexiga urinária; Os vasos sanguíneos do ALANTOIDE tornam-se as artérias e veias umbilicais; NEURULAÇÃO Processo envolvido na formação da PALCA NEURAL e PREGAS NEURAIS e no fechamento destas pregas para formar o TUBO NEURAL; Estes processos estão completos ao final da 4º semana; A NOTOCORDA funciona como um indutor primário do embrião → induz o ECTODERMA sobrejacente a se espessar e formar a PLACA NEURAL; A PLACA NEURAL (neuroectoderma) dá origem ao SNC e outras estruturas como a retina; 37 38 26/03/2020 20 NEURULAÇÃO Por volta do 18º dia a PLACA NEURAL se invagina ao longo do eixo central, formando o SULCO NEURAL – com PREGAS NEURAIS em ambos os lados; As PREGAS NEURAIS tornam-se proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo; No fim da 3º semana as PREGAS NEURAIS se fusionam para formar o TUBO NEURAL; 39 40 26/03/2020 21 NEURULAÇÃO Processo celular complexo e multifatorial – fatores genéticos, mecânicos e extrínsecos; O TUBO NEURAL logo se separa do ECTODERMA da superfície do dorso do embrião – futura epiderme da pele; Durante o processo de fusão, células neuroectodérmicas da CRISTA de cada PREGA NEURAL migram drosolateralmente de cada lado do TUBO NEURAL; NEURULAÇÃO As células das CRISTAS NEURAIS formam: • Gânglios espinais • Gânglios do Sistema Nervoso Autônomo • Bainhas dos nervos periféricos • Pia-máter • Aracnoide 41 42 26/03/2020 22 DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS 46 47 26/03/2020 23 2° E 3° SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO SDE3907 – Período Acadêmico 2020.1 Lucas Machado Moreira, MSc. 48
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