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VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS: Classificação Funções Deficiências Excessos Fontes Alimentares Tiamina (vit. B1) Conhecida como tiamina, a vitamina B1 tem entre suas funções o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas e a estimulação de nervos periféricos. O composto age de forma essencial no sistema nervoso. Pessoas com deficiência dessa vitamina apresentam cansaço, inapetência, perda de apetite e consequente perda de peso, insônia, irritabilidade, formigamento, prisão de ventre ou inchaço, confusão mental e fraqueza muscular. Quando ocorre intoxicação por vitamina B1, a mesma pode levar a uma vasodilatação periférica, queda na frequência respiratória, convulsões, e até óbito por paralisia do centro respiratório Trata-se de um nutriente encontrado tanto em alimentos de origem animal quanto vegetal. Sua manutenção é feita por meio da ingestão regular de alimentos, como legumes verdes, frutas, peixes, fígado, carne vermelha (principalmente a carne de porco), salsichas, legumes secos e os cereais integrais. Riboflavina (vit. B2) A vit. B2 exerce papel importante na produção de energia do organismo e tem como principal função o favorecimento no metabolismo de proteínas, gorduras e açúcares. É responsável também pela ativação da Vit. B6 no organismo. Trata-se de uma vitamina essencial para a formação das células vermelhas do sangue, para o processo de gliconeogênese e para a regulação das enzimas da tireóide. Possui funcionamento relevante para a sáude da pele, da boca, dos olhos e do cabelo, bem como para o desenvolvimento fetal. Trata-se de uma vitamina que não é significativamente armazenada pelo organismo, sendo excretada facilmente pela urina. É denominada de Hidrossolúvel porque tem a capacidade de se dissolver em água. A deficiência (Hipovitaminose) de Vit. B2 interfere no metabolismo da Vit. K e de outras vitaminas do complexo B, especialmente as vitaminas B6 e B12. Os principais sintomas de deficiência desssa vitamina no organismo aparecem em forma de fadiga, sensação de ardência nos olhos e sensibilidade na boca. Em casos mais consideráveis a deficiência de vit. B2 está associada à dermatites, queilose, estomatites, glossite, anemia e lesões oculares. Não existem relatos de problemas decorrentes do consumo excessivo de Vit. B2, pois a capacidade de absorção dessa molécula é limitada e ela é facilmente excretada pela urina, além de não ser sintetizada pelo organismo. Entretanto, o excesso (Hipervitaminose) de Vitamina B2 no organismo causa alteração na coloração da urina, deixando-a mais amarelada. Antes de citar as fontes alimentares dessa Vitamina, faz-se necessário pontuar que a mesma não é sintetizada pelo organismo humano e que em razão disso deve ser adquirida diariamente através da alimentação. A Riboflavina (vitamina B2) é encontrada no Leite e seus derivados; nos vegetais folhosos; nas verduras (especialmente as que tem coloração verde escuro); nas vísceras (fígado e rim); nas carnes magras e peixes; nos ovos; em cereais. Niacina (vit. B3) A Niacina desempenha papel importante no metabolismo dos carboidratos e proteínas nos mecanismos da síntese das gorduras e da respiração. Atua na reparação do DNA e de estabilidade genética, e na forma amida (Nam) participa do metabolismo energético celular, é um citoprotetor robusto e pode desempenhar papéis na doença de Alzheimer, doença de Parkinson, envelhecimento, diabetes, câncer e isquemia cerebral Causa Pelagra (dermatite, demência, diarréia, inflamação das membranas mucosas). A Pelagra não tratada pode causar morte. Os pacientes com Pelagra podem ter deficiência também de Riboflavina e Tiamina. Altas doses de Niacina estimulam a liberação de histamina, que causa rubor e afetam pessoas que possuem asma e úlcera peptídica. Pode ser tóxica para o fígado. Carnes magras, aves, peixes, amendoim, leguminosas e a levedura de cerveja, produtos de farinha integral, e ovos. Os alimentos ricos em triptofano (um aminoácido), como laticínios, conseguem compensar o consumo insuficiente de niacina na dieta, pois o organismo consegue converter o triptofano em niacina. Ácido Pantatênico (vit. B5) A vitamina B5 ou Ácido Pantotênico, tem como função executar uma ampla variedade de funções no nosso corpo, ajuda no tratamento de perturbações mentais graves (produção de neurotransmissores no cérebro), produz esteroides e extração de gorduras, proteínas e outros nutrientes vitais fundamentais na nossa alimentação. Devido a grande disponibilidade dessa vitamina nos alimentos, os casos de deficiência costumam ser raros. Porém, ela pode ocorrer em pessoas com problemas de absorção, portadores de insuficiência renal que realizam diálise e alcoolistas. A carência dessa vitamina está associada a problemas metabólicos e energéticos, quando essa falta ocorre, é comum o paciente apresentar constantes formigamentos nas mãos e pés, sensação de fadiga e fraqueza em todo o corpo. A vitamina B5 quando consumida em excesso, pode causar problemas digestivos como a diarreia, risco de hemorragia e também aumento da sensibilidade dentária. O consumo de suplementos de vitamina B5 também está associado ao aparecimento de alguns efeitos secundários, os mais frequentes são fadiga, náuseas, dores de cabeça, depressão e instabilidade cardíaca. Algumas fontes alimentares dessa vitamina são: *Batata- rica em carboidratos e constituída de componentes altamente nutritivos, onde alguns são capazes de prevenir doenças; *Carne Vermelha- presente na capa externa e nas fibras, a carne magra é considerada como a mais saudável devido a quantidade de gordura *Fígado- rico em nutrientes trazendo benefícios a pele, visão, sistema nervoso e imunológico *Tomate- ajuda na prevenção do escorbuto e na manutenção na saúde da pele, gengiva e vasos sanguíneos. É um ótimo antioxidante Piridoxina (vit. B6) A vitamina B6 converte a gordura e as proteínas dos alimentos em energia que será transportada e usada por todo o corpo. A piridoxina atua no sistema nervoso para produzir hormônios neurotransmissores importantes, como a serotonina , dopamina e noradrenalina. A deficiência da vitamina B6 podem causa fraqueza, insónias, confusão, depressão, irritabilidade, dificuldade de concentração, perda de memória a curto prazo, inflamação na boca, lábios e língua, dermatite seborreica e alterações no sistema imunitário1,3,4. O excesso de vitamina B6 normalmente surge em pessoas que fazem suplementação da vitamina sem indicação de um médico ou nutricionista, sendo muito raro acontecer apenas através da ingestão de alimentos ricos nessa vitamina, como o salmão, a banana, a batata ou frutos secos, por exemplo Ela é encontrada principalmente em alimentos de origem animal. Carnes como a vitela, carne de galinha, fígado de vaca e porco. Entre os peixes, a vitamina B6 pode ser fartamente encontrada na truta, atum, arenque, halibut e salmão. As nozes como avelã e amendoim também tem uma boa quantidade da piridoxina. Biotina (vit. B7) A biotina auxilia no metabolismo dos macronutrientes como carboidratos, gorduras e proteínas. Assim, ela otimiza a absorção dessas substâncias e garante o aproveitamento nutricional. Além disso, os cabelos, as unhas e a pele também se beneficiam de sua função. A deficiência em biotina pode ocorrer de erros inatos do metabolismo, de desnutrição proteico- energética, de uso prolongado de anticonvulsivantes, consumo excessivo de álcool e pode ocorrer em pacientes sob nutrição parental total por período prolongado, em gestantes e em pacientes com resseção intestinalproximal. Os pacientes desenvolveram dermatite esfoliativa, alopecia, conjuntivite, ataxia, hipotonia, cetoacidose, e retardo de desenvolvimento, em bebês e crianças. Em adultos, a deficiência provoca alterações mentais (depressão, alucinações), parestesia, anorexia e náusea. Pode ocorrer erupção cutânea eritematosa seborreica nas extremidades e ao redor dos olhos, do nariz e da boca. Em crianças, a deficiência de biotina provoca hipotonia, letargia e apatia, pode ocorrer erupção cutânea que atinge as orelhas e alopecia. O tratamento consiste na suplementação de até 10 mg de biotina por dia. A deficiência de biotina também pode ocorrer por uma perda de ação da biotidinase, que reduz a reutilização de biotina a partir da biocitina. Apesar de ser uma vitamina segura, o excesso ou consumo sem necessidade da mesma pode desencadear alguns efeitos indesejados no organismo. Tais como: acne, reações alérgicas na pele, náusea e diarréia. A biotina pode ser encontrada em uma grande variedade de alimentos, normalmente alimentos de origem vegetal contem mais biotina livre se comparados com alimentos de origem animal. Exemplos: amendoim, avelã, farelo de trigo, amêndoa, farelo de aveia, isolado de proteína de soja, noz. Ácido Fólico (vit. B9) É fundamental para o nosso organismo sendo responsável pela formação de proteínas e hemoglobina. É importante no crescimento da divisão celular, recuperação de doenças e funcionamento do trato intestinal. É comum principalmente em mulheres grávidas e em fase de amamentação. Também ocorre em pessoas com problemas de absorção e alcoólatras. A falta de B9 no organismo desencadeia consequências graves, sendo a principal delas o desenvolvimento de anemia megaloblástica. Não foram relatados efeitos adversos com altas doses de folato em animais. No entanto, estudos mostraram que o folato pode exarcebar os efeitos teratogênicos da deficiência de zinco em animais. Foi obsservado também que doses maiores de folato podem mascarar uma deficiência da vitamina B12. As hortaliças verde-escuras são suas melhores fontes alimentares, fígado, cogumelos, carnes magras, carnes de aves, peixes, amendoins e levedos, mas também está presente em alimentos como feijão, ervilha, amendoim, suco de laranja,leite, ovos, Cianocobalamina (vit. B12) A b12 é essencial para duas enzimas: metilmalonil- CoA que é necessária para o metabolismo dos lipídios e a metionina sintetase, que controla dois processos importantes: síntese dos ácidos nucleicos e reação de metilação do organismo. Um adulto normal tem reservas corporais de 2,5 a 3,9mg, e reservas mínimas de 1mg. O fígado é o principal local de armazenamento. A deficiência leva a anemia megaloblástica e neuropatia. Outro evento relacionado à deficiência de b12 é o aumento dos níveis de homocisteína, o que pode contribuir para o desenvolvimento de atoresclerose. Recomenda-se a ingestão para pacientes com anemia. A b12 pode estar associada a intolerância a proteína, com concentração elevada de amônia no sangue. A acidúria metilmalônica também pode ocorrer sem qualquer evidência de deficiência em b12 como resultado de defeito genético, tanto na metilmalonil-CoA mutase quanto na síntese de adenosilcobalamina. Em alguns casos a condição é uma síndrome de dependência de vitamina e responde a ingestão muito alta de da vitamina b12. Embora os pacientes apresente retardo mental, falha no desenvolvimento hipo ou hiperglicemia intermitente e intolerância a proteína, não desenvolvem anemia nem degeneração neurológica associada com a deficiência de b12. As deficiências em acido fólico e ou vitamina b12 são reconhecidas como causa não genética de homocistinuria e/ou homocisteinemia. Alimentos de origem animal são as únicas fontes de vitamina b12, como produtos lácteos, carne, fígado, peixe e ovos, que adquirem as vitaminas indiretamente das bactérias. Em carne, peixe e ovos a biodisponibilidade é média: 42%, 56 a 89% e 61 a a 66% respectivamente. A b12 de ovos parece ser pouco absorvida comparada aos outros alimentos. Alguns exemplos de alimentos com maior nível de vitamina b12: bife de fígado cozido, mariscos no vapor, ostras cozidas, fígado de frango cozido e etc. Cereais matinais fortificados e suplementação parecem ser boas opções para vegetarianos e idosos. Ácido Ascórbico (vit.C) A vitamina C tem uma gama de funções no organismo, entre as mais importantes estão a formação do colágeno, que é uma substância necessária para ossos, ligamentos, tendões, músculos, pele e vasos sanguíneos. Por esse motivo, níveis adequados de ácido ascórbico são necessários, por exemplo, para cicatrização adequada de feridas. A vitamina C também é importante nas seguintes funções: Absorção de ferro pelo organismo. Síntese de noradrenalina, que é um neurotransmissor. Síntese de carnitina, substância que auxilia no funcionamento das mitocôndrias. Metabolismo das prostaglandinas, o que lhe confere algum efeito anti-inflamatório. Ação antioxidante. No caso de defiência em Vitamina C, as pessoas se sentem cansadas, fracas e irritáveis. A deficiência grave, chamada escorbuto, causa hematomas, problemas nas gengivas e nos dentes, cabelo e pele secos e anemia. A vitamina C, quando consumida em doses elevadas pode provocar diarreias, cólicas, dor abdominal e dor de cabeça. Estudos também têm demonstrado que a ingestão excessiva dessa vitamina pode causar cálculos renais, já que a vitamina C se liga ao cálcio e forma oxalato de cálcio, provocando o aparecimento de pedras nos rins. O ácido ascórbico pode ser encontrado naturalmente em vários alimentos, em produtos industrializados que adicionam vitamina C ao seu conteúdo, como o caso de alguns cereais ou sucos de fruta, ou através de suplementação com comprimidos. Podemoscitar algusn, acelora, goiaba, caju, kiwi, morango, laranja, limão e abacaxi Legenda: Referências: ALUNAS: *Vitaminas do Complexo B Silvia M. Franciscato Cozzolino. Biodisponibilidade de Nutrientes. Ed. Manole 2016. 5ª edição. Anna Carolyna Barros Mª Eliana Madalozzo, Rubia Thieme, Daniella Barbieri. Vitaminas, Minerais e Eletrólitos: aspectos fisiológicos, nutricionais e dietéticos. Ed. Rubio Danielle Amorim Atirgo científico: RIBOFLAVINA: UMA VITAMINA MULTIFUNCIONAL https://www.scielo.br/pdf/qn/v28n5/25919.pdf Juliana Alves Adriana Lopes Peixoto. Nutrição e Metabolismo: a importância do consumo equilibrado dos nutrientes no processo metabólico. Ebook Kindle Patrícia M. de Faria Sueli Valadão. Vitaminas e Minerais Tereza Mel D. Lyssei Celso Cukier, Vanessa Cukier. Macro e micronutreintes em nutrição clínica. Ed. Manole Jane Rizzo Palermo. Bioquímica da Nutrição. Ed. Atheneu, 2ª edição.
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