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Vitaminas Hidrossolúveis Funções Fontes Deficiência Excesso B1 (Tiamina) Desempenha importante papel no metabolismo de carboidratos, na função neural e tem papel essencial na transformação de energia, atuando no metabolismo de gorduras, proteínas e principalmente carboidratos. Grãos integrais, cereais, sementes de girassol, atum, ervilhas, feijão, arroz, batata, laranja, gema de ovo, músculo e carnes magras. É facilmente degradada com o aquecimento. Pode causar anorexia, perda de apetite e redução do peso corporal. As principais consequências são: síndrome de Wernicke-Korsakoff (encefalopatia de Wenicke: paralisia ocular, ataxia de marcha e distúrbios da atividade mental) e o beribéri, onde ocorre neuropatia periférica. Beribéri seco: confusão mental, perda muscular; beribéri úmido: edema nos membros superiores e inferiores e cardiomegalia. Doses maciças (1000x mais do que as necessidades nutricionais) suprimem o centro respiratório e causam morte. Doses parentais (100x a concentração recomendada) causam dor de cabeça, convulsões, fraqueza muscular, arritmia cardíaca e reações alérgicas. B2 (Riboflavina) Essencial para o metabolismo dos carboidratos, aminoácidos e lipídios. Também assegura a proteção antioxidante. Vegetais folhosos verdes (espinafre), laticínios (leite, iogurte e queijo), ovo, fígado, cereais fortificados e frango. É degradada pela luz. Geralmente está associada à deficiência de outras vitaminas hidrossolúveis. Queilose (rachadura no canto dos lábios), glossite, dermatite seborreica e lacrimejamento dos olhos, estomatite angular, anemia e neuropatia. Não se sabe a toxicidade, em altas doses orais são consideradas não tóxicas, embora não sejam benéficas. B3 (Niacina) Auxilia o metabolismo, faz parte da constituição de enzimas, Influencia na obtenção de energia e ajuda a diminuir o colesterol. Carnes, leite, ovos, fígado, peixes (bacalhau, atum e sardinha), cereais (especialmente na forma de farelo - farelo de arroz e farelo de trigo ou gérmen de trigo), oleaginosas (como gergelim e amendoim), vegetais (batata-doce e abóbora) e frutas (nectarina, pêssego e goiaba). Obs.: quando cozidos, os alimentos com niacina podem perder parte da vitamina no processo. Deficiência aguda causa fraqueza muscular, anorexia, indigestão, erupções cutâneas; Má digestão, aparecimento de aftas na boca, cansaço frequente, vômitos, depressão e glossite. Deficiência crônica causa pelagra (dermatite, demência e diarreia). Geralmente não ocorre pela ingestão na dieta, mas sim terapêutica, e causa formigamento, sensação de latejamento na cabeça e vasodilatação. Também piora doenças como: diabetes, pressão baixa, gota, alergia, úlceras, problemas de vesícula, coração e rins. B5 (Ácido pantotênico) Produz colesterol, hormônios e hemácias. Constituinte da coenzima A (acetil-coa) essencial para o metabolismo celular, liberação de energia dos carboidratos e ácidos graxos. Gema de ovo, leveduras, rim e fígado de animais, brócolis, batata doce e inglesa, gérmen de trigo, abacate, tomate, carne bovina magra, leite desnatado. Pode ser sintetizada pelas bactérias intestinais. Por ser largamente distribuída nos alimentos, é raro ocorrer deficiência. Porém pessoas que fazem tratamento com ácido ômega-metilpantotênico podem apresentar sintomas como parestesia nos dedos das mãos e pés, fadiga e depressão pois esse ácido é antagonista da vitamina B5. Também pode ocorrer insônia, cãibras nas pernas e baixa produção de anticorpos. É raro ocorrer o excesso, pois ela é facilmente eliminada pela urina, porém pode aparecer sintomas como diarreia e aumento do risco de sangramento. B6 (Piridoxina) É essencial para a conversão do triptofano a niacina, facilita a liberação do glicogênio do fígado e músculo, participa da síntese de hemoglobina (previne a anemia) e da formação da bainha de mielina. Alivia a TPM e combate a depressão. Encontrada em alimentos de origem animal (como carne de porco, leite e ovos) e em vegetais (abacate, cereais, banana, aveia e batata). Fraqueza e irritabilidade, anormalidades no sistema nervoso central, anemia, dermatite, língua vermelha e fissuras nas laterais dos lábios. A deficiência também ocorre na doença celíaca. Pode causar danos nos nervos e ataxia. Os efeitos variam entre: dor de cabeça, insônia e náuseas. B7 (Biotina) Mantém a saúde da pele, da boca, dos olhos e do sistema nervoso, fortalecer unhas e raiz dos cabelos. Além disso está envolvida na gliconeogênese, na síntese e na oxidação de ácidos graxos, onde atua como coenzima e degrada alguns aminoácidos. Fígado, gema de ovo, cereais integrais, oleaginosas, cenoura, peixes e brócolis, também é sintetizada por bactérias da flora intestinal. OBS.: A avidina (ptn presente na clara de ovo crua) impede sua absorção. Causa queda de cabelo, descamação, ressecamento da pele, feridas nos cantos da boca, inchaço e dor na língua, olhos secos, conjuntivite, perda de apetite, cansaço, insônia e dor muscular. Não ocorrem efeitos tóxicos. Há estudos mostrando que altas quantidades séricas de biotina interferem em resultados de exames laboratoriais da tireóide, podendo simular um hipo ou hipertireoidismo. B9 (Ácido fólico) É necessária para a divisão celular, recuperação de doenças e bom funcionamento do TGI; é eficaz no tratamento de anemias; na gestação é indispensável para que haja o fechamento do tubo neural. Atuam no metabolismo de aminoácidos e estão presentes na síntese de DNA e RNA, importantes na formação das hemácias e leucócitos. Fígado de boi, amendoim, feijão, vegetais de folhas verde-escuras (espinafre, brócolis e aspargo), batata, pão de trigo integral, laranja. Cerca de 50% da vitamina é destruída na preparação pois sofre com o calor. Insônia, ulcerações na cavidade oral e glossite, anorexia, dificuldade de memorização, anemia megaloblástica, fraqueza e cansaço, distúrbios no trato intestinal, defeitos no tubo neural (fetos). Euforia, excitação, hiperatividade B12 (Cobalamina) Ajuda a manter o metabolismo do sistema nervoso e eritrócitos, previne a anemia perniciosa, pode ser especialmente benéfica para idosos (estudos apontam que ela previne o encolhimento do cérebro), pesquisas apontam que a vitamina B12 ajuda na regeneração dos músculos e a manter as reservas de energia. Alimentos de origem animal, especialmente nos peixes de águas frias e profundas (como salmão, truta e atum), fígado, carne de porco, leite e derivados, ovos e ostras. Fraqueza, anemia perniciosa (ou anemia por deficiência de vitamina B12), formigamento nos pés e mãos, perda de peso e confusão mental. Estudos apontam que o excesso da vitamina B12, pode causar ou agravar o quadro de acne. Segundo os pesquisadores, uma bactéria ligada à acne libera moléculas inflamatórias (porfirinas), levando às indesejadas espinhas. C (Ácido ascórbico) Possui papel antioxidante, manutenção das paredes dos vasos sanguíneos, atua na reparação de tecidos (cicatrização de feridas), previne o sangramento das gengivas (escorbuto), auxilia na absorção do ferro e auxilia o sistema imunológico contra infecções. Frutas cítricas como laranja, limão, acerola, morango, abacaxi, caju e goiaba. Hortaliças cruas como brócolis, repolho, espinafre e pimentão. A vitamina C sofre ação do calor, por isso sua biodisponibilidade é menor em alimentos cozidos. Dores articulares, dificuldade de cicatrização, inflamação e distúrbios neuróticos como por exemplo hipocondria. Em crianças: cansaço, fraqueza, perda de apetite e irritabilidade. A carência de vitamina C causa uma doença conhecida como escorbuto que tem como sintomas:lesões na pele, perda de dentes e sangramento nas gengivas. Quando consumida em doses elevadas pode provocar diarreias, cólicas, dor abdominal e dor de cabeça. IBMR – Campus Barra da Tijuca. Disciplina: Prática Dietética I – APS/A4 Profª: Omara Machado. Alunos: Fernanda Cardoso, Fernanda Vieira, Juliana de Paula Gomes, Matheus Chelucci e Valeska Oliveira. Referências Bibliográficas: COZZOLINO Silvia. Biodisponibilidade de nutrientes. 4ª ed. São Paulo: Editora Manole, 2011. BRINQUES Graziela. Bioquímica aplicada à nutrição humana.1ª ed. São Paulo: Pearson, 2014. SANTOS Eliane Cristina dos; GOMES Clarissa Emilia Trigueiro. Nutrição e dietética. 2 ª ed. São Paulo: Érica, 2014. MAHAN, L.K.M. Krause. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. https://www.tuasaude.com/sintomas-de- falta-de-vitamina-do-complexo-b/ https://www.tuasaude.com/sintomas-de-falta-de-vitamina-do-complexo-b/ https://www.tuasaude.com/sintomas-de-falta-de-vitamina-do-complexo-b/
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