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ENVELHECIMENTO DA PELE E DOS SENTIDOS

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VICTORIA CHAGAS 
ENVELHECIMENTO DA PELE E DOS SENTIDOS 
 
PELE 
o Intrínsecos → senescência + genética → caracterizado por pele seca, flácida, 
enrugada e comum o aparecimento de algumas neoplasias benignas 
o Extrínsecos → externos – exposição solar, (fotoenvelhecimento), tabagismo, etilismo... 
 
 Diminuição das glândulas sebáceas → pele mais seca e espessadas 
 Papilas dérmicas menos profundas → junção menor entre derme e epiderme → formação 
de bolhas e predisposição a lesões 
 Diminuição de melanócitos (8-20% por década >30)→ embranquecimento dos cabelos 
 Redução das células de Langerhans (células mediadoras da resposta imunológica) 
 Diminuição de fibras colágenas → rugas 
 Diminuição dos corpúsculos de Pancini e Meissener (pressão e tato leve) o que leva a lesões 
e diminuição da destreza para certos movimentos das mãos → reduz sensibilidade 
 Redução dos pelos → exceto na orelha, nariz e supercílio 
 Há diminuição da vascularização → palidez e a diminuição da temperatura da pele → 
aumentando a frequência de dermatites 
 Acima dos 70 anos, as unhas podem ter unicodistrofias que pode ser confundida com 
infecções fúngicas (unhas grossas e em formato de garra) 
 
▪ Pálpebras → flacidez das pálpebras superiores leva a uma limitação do campo visual 
lateral, podendo a pessoa não ver objetos ao seu lado (risco de sofrer acidentes) 
- Apesar da diminuição da secreção lacrimal, a flacidez nas pálpebras inferiores desloca o 
orifício de entrada do canal lacrimal, provocando um lacrimejamento incomodativo, 
obrigando a pessoa a limpar os olhos, nem sempre com as mãos limpas, provocando 
infecções oculares frequentes. 
 
PALADAR 
 Elevação dos limiares para gosto e cheiro, redução da sensibilidade para estímulos 
supralimiares (gostos e odores são sentidos com menor intensidade), diminuição da 
capacidade discriminatória e sensações distorcidas. 
 Ageusia (perda da gustação) ; hipogeusia (redução da sensibilidade a estímulos gustativos) 
e disgeusia (sensações gustativas distorcidas) são comuns em usuários de medicamentos. 
 Tais mudanças no paladar e no olfato podem causar perda do apetite, escolhas alimentares 
erradas e desnutrição 
 Dificuldades na percepção do gosto podem decorrer de problemas bucais (estomatite e 
glossite), doenças sistêmicas, alterações do sistema olfatório (rinites, lesões na lâmina 
crivosa), lesões no sistema nervoso central (acidentes vasculares encefálicos), deficiência 
de zinco, fármacos ou fatores não esclarecidos (forma idiopática) 
 Problemas com próteses dentárias, dificulta a propagação de moléculas na mastigação 
 A diminuição da salivação contribui para diminuição do paladar 
 A sensibilidade ao sabor salgado reduz-se, enquanto o sabor doce é percebido 
normalmente (colocam mais sal consequentemente). 
 
 
VICTORIA CHAGAS 
OLFATO 
 Há redução na secreção do muco nasal associada a menor fluidez do muco produzido 
(importante para grudar as partículas e a pessoa sentir o cheiro de forma normal) 
 Substituição parcial do epitélio sensorial nasal por mucosa respiratória e redução de sua 
espessura, com diminuição da concentração de neurônios 
 Dificuldade em sentir comidas estragadas e perceber vazamentos de gás (recomendação 
de colocar etiquetas com data de validade e usar fogão elétrico) 
 
VISÃO 
 Redução do diâmetro pupilar → reações pupilares na luz se tornam mais lentas 
 Dificuldade da acomodação visual → dificuldade nas transições de iluminação 
 Perda do suporte gorduroso reto-ocular → Olhos fiquem mais profundamente nas órbitas 
 Redução da acuidade visual 
 Dificuldade na adaptação a ambientes escuros → Ocorre em decorrência das reduções 
do diâmetro pupilar e da velocidade de condução intraocular 
 Dificuldade em tolerar o brilho 
 Diminuição da capacidade de discriminar cores → Principalmente os tons de azul e verde 
e menor do que amarelo e vermelho 
 A córnea e o cristalino perdem a sua transparência 
 
AUDIÇÃO 
 PREBIACUSIA → Diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento (fisiológico) 
 Pode decorrer de lesão nas células do órgão de Corti (perda de sons de alta frequência), 
nos neurônios aferentes (capacidade de discriminar as palavras); estria vascular (redução 
do volume); membrana basilar (perda de 50dB em todas as frequências); ou no SNC 
(dificuldade de compreensão). 
 Relacionado ao tabagismo, DM, infecções, medicamentos e ruídos. 
 Associada com o aumento de pelos e com o aumento de cerume produzido 
 Na consulta geriátrica deve-se perguntar sobre a perda auditiva com os familiares, pois 
como muitas vezes a perda é gradativa e o idoso pode não perceber 
 Testes → sussurro, fricção dos dedos, Rinne e Webber e audiograma. 
 Aos 60 anos cerca de 44% das pessoas tem perda auditiva 
 Pode ser de condução, sensorial ou mista 
 Muito relacionado com a genética 
 Aumento do limiar auditivo de percepção sonora → intensidade mais alta para ouvir 
 
PATOLOGIAS RELACIONADAS A VISÃO 
 
PRESBIOPIA 
o FISIOPATOLOGIA 
 Perda da capacidade de acomodação e elasticidade do cristalino (FISIOLÓGICO) 
 Dificuldade de ajuste refrativo (objetos próximos) – “doença do braço curto”. 
 Acontece a partir dos 40 anos. 
 
VICTORIA CHAGAS 
o CLÍNICA 
 “Borramento” para perto 
 Esforço dos músculos ciliares podem gerar fadiga e desconfortos para a leitura 
 A visão para objetos longes também é prejudicada 
 Sensação de corpo estranho, queimação, flutuações na visão e lacrimejamento – devido 
a irritação da córnea 
 
o EXAMES 
 Acuidade visual 
 Tabela de Snellen 
 Realizar diagnostico diferencial para outras patologias, como catarata, glaucoma e outras 
retinopatias. 
 
CATARATA 
o FISIOPATOLOGIA 
 Opacidade do cristalino, impedindo passagem de luz, devido a acumulação de proteínas. 
 Está relacionada ao envelhecimento, mas também pode ser resultante de outras causas, 
como traumas oculares, medicamentos, distúrbios nutricionais, DM, doenças inflamatórias, 
e radiação UV... 
 
o CLÍNICA 
 Primeiro sintoma é a dificuldade em dirigir a noite 
 Diminuição da acuidade visual, com visão borrada e hipersensibilidade ao brilho. 
 Alteração na percepção de cores 
 Metamorfopsia, sendo a percepção 
diferente do formato dos objetos 
 
o EXAMES 
 Reflexo vermelho – mais turvo e escuro 
 Teste pupilar - névoa branca 
 Fundoscopia 
 Tonometria (pressão do globo ocular) 
 
 
DEGENERAÇÃO MACULAR 
o FISIOPATOLOGIA 
 Perda do campo central da visão 
 Fator de risco: mulheres caucasianas, cardiopatas, hipertensas, dislipidemias e tabagismo 
 Distúrbio degenerativo da mácula em 2 tipos: 
 
- Não neovascular /Atrófica → 80% dos casos → mais gradual; tendo drusas entre o epitélio 
pigmentar e retina 
- Neovascular/exsudativa/serosa → 20% → mais 
aguda; extravasa líquido/sangue na retina. 
 
o CLÍNICA 
 Dificuldade para leitura 
 Estocoma central 
 Metamorfopsia (imagens distorcidas) 
 
o EXAMES 
 Angiografia com fluoresceína 
 Tela de Amsler 
VICTORIA CHAGAS 
GLAUCOMA 
o FISIOPATOLOGIA 
 Aumento da pressão intraocular, gerando danos no nervo optico e retina. 
 Degeneração do disco optico com perda do campo visual periférico (visão em funil/tunel) 
- Ângulo aberto (80%) → drenagem do humor aquoso não compensa sua produção 
gerando o aumento na pressão → Mais gradual 
- Ângulo fechado (20%) → ocorre obstrução na drenagem/reabsorção → Mais agudo 
 
o CLÍNICA 
 Comprometimento da visão noturna e em distinguir cores podem ser os primeiros sintomas 
 Visão em túnel, cefaleia após leitura, dor ocular, visão turva e visão vermelha 
 Visão central afetada em estágios avançados 
 
o EXAMES 
 PADRÃO OURO → Tonotopia (Aplanação ou Goldmann) 
 Perimetria computadorizada de Humphrey para casos iniciais 
 Tonometria (P intraocular) 
 Oftalmoscopia (fundo óptico) 
 Gonioscopia (drenagem) 
 Perimetria (ver o campo visual)RETINOPATIA DIABÉTICA 
o FISIOPATOLOGIA 
 Alteração na microvasculatura da retina que levam a áreas de não perfusão e aumento 
da permeabilidade vascular → hemorragias 
 95% acontece na diabetes do tipo 1 (DM1) → perda dos pericitos 
 
- Retinopatia diabética não proliferativa 
→ alterações dentro da retina em si 
→ Exsudatos duros 
→ Aneurismas e hemorragias 
 
- Retinopatia diabética proliferativa 
→ neovascularização entre a retina e a 
cápsula do humor vítreo (gerando seu 
descolamento) 
→ sangramento no humor vítreo 
→ ocorre uma fibrose reacional 
 
o CLÍNICA 
 Borramento visual 
VICTORIA CHAGAS 
 Perda visual súbita (por hemorragia retiniana, 
mais relacionada a R.D. Proliferativa) 
 Edema macular (turvação visual) 
 Acuidade visual comprometido 
 Hipersensibilidade ao brilho 
 
o EXAMES 
 Fundo de olho com dilatador 
 Angiofluoeresceniografia 
 Tomografia de coerência óptica

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