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Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Módulo II: Estratégia de Operações ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: Paulo Cunha http://www.ind.puc-rio.br/pagina.aspx?id=index Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Objetivos de aprendizagem 1. Definir o conceito de estratégia; 2. Definir uma estratégia de operações; 3. Identificar as diferentes prioridades competitivas usadas em estratégia de operações; 4. Descrever o papel da estratégia de operações como fonte de força competitiva em um mercado global. 2 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Agenda 1. Introdução ao conceito de Estratégia 2. Hierarquia Estratégica 3. Estratégia Corporativa 4. Análise de Mercado 5. Competências Essenciais (“core competences”) 6. Prioridades Competitivas 7. Estratégia de Operações (da Produção) 3 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Modelo geral de gestão de operações CLIENTES PRODUTOS OU SERVIÇOS Planejamento e Controle MelhoriasProjeto Administração de Operações Estratégia de Operações Objetivos estratégicos das operações O papel e a posição competitiva das operações Estratégia de Operações 1 - Introdução ao conceito de Estratégia 4 RECURSOS Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia Estratégia de Operações não é o mesmo que Administração de Operações Exemplo: decisões de capacidade 5 Escala de tempo Curto prazo 1–12 meses D e m a n d a Longo prazo 1–-10 anos D e m a n d a Administração de Operações Estratégia de Operações Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia Estratégia de Operações não é o mesmo que Administração de Operações 6 Nível de análise Administração de Operações Estratégia de Operações Micro Nível de processo Macro Nível da operação Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia Estratégia de Operações não é o mesmo que Administração de Operações 7 Nível de agregação Detalhado Como podemos melhorar nossos processos de compra? Administração de Operações Estratégia de Operações Agregado Devemos fazer alianças estratégicas com fornecedores? Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia Requisitos dos clientes - Produto confiável - Barato - Entrega rápida Resposta da Dell recriar processos: - De relacionamento com o cliente - De atendimento de pedidos - De relacionamento com fornecedores 8 Preços, pacotes promocionais, características do produto e coisas semelhantes podem dar a uma empresa uma vantagem a curto prazo, mas são as operações da empresa que propiciam uma vantagem a longo prazo. Krajevski: página 310 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia 9 Slack et al. (1997) Porter (1980) A Estratégia é a grande obra de uma organização. Em situações de vida ou morte, determina a sobrevivência ou a extinção. O seu estudo não pode ser negligenciado. Sun Tzu, A Arte da Guerra (cerca de 500 a.C.) Estratégia é um conjunto ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição defensável em uma indústria, para enfrentar com sucesso as forças competitivas e assim obter um retorno maior sobre o investimento. Estratégia é o padrão global de decisões e ações que posiciona a organização em seu ambiente, direcionando-a para que possa atingir seus objetivos a longo prazo. Estratégia é a forma de pensar no futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulador de resultados. Mintzberg (1988) Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia Evolução do pensamento estratégico desde 1950 até a atualidade: - Anos 50 : O tema dominante era a orçamentação; - Anos 60 : O planejamento predominava; - Anos 70 : Destacava-se a estratégia corporativa; - De 1975 a 1985: Período da análise da indústria e da competição; - De 1985 a 1990: Época da vantagem competitiva; - Anos 90: Predominava o valor da empresa; - Atualidade: Renovação dinâmica da empresa, realce da inovação, alianças estratégicas e a criação de redes empresariais. 10 A palavra vem do grego antigo stratègós (de “stratos”, "exército", e "ago", "liderança" ou "comando" tendo significado inicialmente "a arte do general") e designava o comandante militar à época de democracia ateniense. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1 - Introdução ao conceito de Estratégia 11 Desenvolver estratégias é importante para: - Obter uma posição ou série de posições competitivas que levam a um desempenho financeiro superior e sustentável; ◦ A posição competitiva deve ser medida em relação às rivais mais fortes no mundo - Desenvolver e implementar um conjunto internamente consistente de metas e políticas funcionais que, coletivamente, defina sua posição no mercado; - Alinhar os pontos fortes e fracos da empresa com as oportunidades e as ameaças externas (indústria); - Concentrar a estratégia da empresa na criação das chamadas competências essenciais. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Hierarquia Estratégica 12 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Hierarquia Estratégica Definições 13 Estratégia Corporativa: visa orientar e conduzir a corporação em função dos ambientes econômico, social, político e global (quais negócios se deve atuar; quanto se deve diversificar; quais negócios se deve adquirir, desenvolver ou se desfazer; como se deve alocar o capital para os diferentes negócios; como gerenciar as relações entre eles). Slack et al. (1997) Estratégia de Negócios: visa estabelecer as missões e objetivos e definir como cada unidade de negócio pretende competir em seus mercados (objetivos: metas de crescimento, retorno sobre investimento, meta de lucratividade, geração de caixa). Estratégia Funcional: visa estabelecer a melhor forma de cada setor organizar os seus recursos, para melhor contribuir com os objetivos estratégicos do negócio (estabelece as prioridades de melhoria de desempenho). Estratégia de Produção: visa definir o papel, os objetivos e as atividades das microoperações, de modo a contribuir para as estratégias do negócio e da organização e para o atendimento das necessidades dos clientes/ fornecedores internos. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Hypermarcas – Exemplo de estratégias corporativas e de negócios - Expansão por aquisições 2007: fabrica Assolam Fev. 2009: Compra INAL e JONTEX por 221 milhões de dólares Dez. 2009: Compra a Neo Química por R$ 1,3 bilhão Dez. 2010: Compra Mantecorp por R$ 2,5 bilhões A empresa, que nasceu em 2002 e cresceu via aquisições, agora foca em crescimento orgânico e integração das operações compradas. "Hoje nossos esforços estão em sermos líderes no setor de saúde; alimentos e cuidado doméstico passam a não ser principais e vamos avaliar oportunidades em 2011", Claudio Bergamo – Presidente Hypermarcas A comprada Mantecorp eleva a posição da Hypermarcas no Brasil de segundo para maior grupo nacional de medicamentos. A operação também faz a empresa crescer da quinta para a segunda posição no ranking geral da indústria farmacêutica, atrás da Sanofi. 29 Jan. 2016: Hypermarcas anuncia venda de divisão de preservativos por R$ 675 milhões 14 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Hypermarcas - 2017 15 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Decisões estratégicas Influências na decisão Estratégia de Negócios Qual a missão? Quais os objetivos estratégicos? Como competir? Dinâmica dos clientes/ mercado Atividade do competidor Dinâmica da Tecnologia Restrições financeiras Estratégia Corporativa Em que negócios atuar? Quais negócios adquirir? O que diversificar? Como alocar dinheiro? Ambiente econômico Ambiente social Ambiente político Valores e ética da empresa Estratégia Funcional Como contribuir para os objetivos estratégicos? Como gerenciar os recursos? Habilidade dos funcionários Tecnologia disponível Recente desempenho da área 2 - Hierarquia Estratégica 16 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Hierarquia Estratégica 17 Estratégia corporativa • Metas globais da empresa • Dizem como a corporação deverá ser (ex. ser a maior no mercado automobilístico dentro de cinco anos; entrar no negócio de turismo) • Competências essenciais • Os pontos fortes ou vantagens que a empresa possui em relação às concorrentes. • Respostas ambientais • Como o ambiente socioeconômico responderá às ações da corporação. • Novos produtos/serviços • Estratégias globais • Como fazer face aos competidores estrangeiros Estratégia de negócios • Como a empresa desenvolverá seus diversos negócios. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Hierarquia Estratégica 18 Estratégia corporativa Coordena as metas globais da empresa com suas competências essenciais. Ela determina que clientes a empresa atenderá, quais novos produtos e serviços ela produzirá, que reações terá as mudanças em seu ambiente empresarial e socioeconômico e que estratégia empregará nos mercados internacionais. A estratégia corporativa especifica os negócios que a empresa perseguirá, seleciona novas oportunidades e ameaças no ambiente e identifica os objetivos de crescimento que deve ser atingido. Ex produto padronizado x personalizado; competição baseada vantagem de custo x prazo Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Hierarquia Estratégica 19 Estratégia corporativa • Metas • Competências essenciais • Respostas ambientais • Novos produtos/serviços • Estratégias globais Análise de mercado • Segmentação • Avaliação das necessidades Prioridades competitivas Operações Marketing • custo • qualidade Finanças • tempo • flexiblidade Outros Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Hierarquia Estratégica 20 Com base em uma estratégia corporativa, uma análise de mercado classifica os clientes da empresa, identificando suas necessidades e avalia os pontos fortes do concorrente. Essa informação é utilizada para desenvolver prioridades competitivas, que são as vantagens operacionais que os processos de uma empresa devem possuir para suplantar os concorrentes Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Competências essenciais • Atuais • Necessárias • Planejadas Estratégia corporativa • Metas • Competências essenciais • Respostas ambientais • Novos produtos/serviços • Estratégias globais Análise de mercado • Segmentação • Avaliação das necessidades Prioridades competitivas Operações Marketing • custo • qualidade Finanças • tempo • flexiblidade Outros Estratégias das áreas funcionais • Finanças • Marketing •OPERAÇÕES • Outras 2 - Hierarquia Estratégica 21 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 2 - Hierarquia Estratégica 22 As prioridades competitivas e os princípios da estratégia corporativa proporcionam dados para a estratégias funcionais, ou as metas e os planos a longo prazo de cada área funcional Por meio de seu processo de planejamento estratégico, cada área funcional é responsável por identificar maneiras de desenvolver habilidades de que necessitará para executar as estratégias funcionais e atingir as metas corporativas Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Metodologias para formulação de estratégias - Matriz BCG ◦ É uma análise gráfica desenvolvida por Bruce Henderson para a empresa de consultoria empresarial americana Boston Consulting Group em 1970. ◦ É utilizada para alocar recursos em atividades de gestão de marcas e produtos (marketing), planejamento estratégico e análise de portfólio. ◦ A matriz tem duas dimensões: crescimento do mercado e participação de mercado. Quanto maior a participação de mercado de um produto ou quanto mais rápido o mercado de um produto cresce, melhor para a empresa. 23 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa - Matriz BCG: Os produtos devem ser posicionados na matriz e classificados de acordo com cada quadrante: ◦ Em questionamento ("ponto de interrogação”): tem a pior característica quanto a fluxo de caixa, pois exige altos investimentos, apresenta baixo retorno sobre ativos e tem baixa participação de mercado. Se nada é feito para mudar a participação de mercado, pode absorver um grande investimento e depois se tornar um "abacaxi". Por outro lado, por estar em um mercado de alto crescimento pode se tornar um produto "estrela“. ◦ Estrela: exige grandes investimentos e é líder no mercado, gerando receitas. A participação de mercado deve ser mantida, pois pode se tornar uma "vaca leiteira" se não houver perda de mercado. ◦ Vaca leiteira: os lucros e a geração de caixa são altos. Como o crescimento do mercado é baixo, não são necessários grandes investimentos. Pode ser a base de uma empresa. ◦ Abacaxi: deve ser evitado e minimizado em uma empresa. A empresa deve ter cuidado com os caros planos de recuperação (invista se a recuperação for possível, senão desista do produto). 24 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa 25 Algumas desvantagens deste modelo: - Alta participação de mercado não é o único fator de sucesso; - Crescimento de mercado não é o único indicador de atratividade de um mercado. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Metodologias para formulação de estratégias - Análise SWOT ◦ É uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário. ◦ A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações. ◦ O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês e é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).26 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa - Análise SWOT ◦ Ambiente interno (forças e fraquezas) - diferencia a empresa dos seus concorrentes (decisões e níveis de performance). ◦ Ambiente externo (oportunidades e ameaças) - corresponde às perspectivas de evolução de mercado (decisões e circunstâncias externas ao poder de decisão da empresa). ◦ As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro. 27 Tomada de decisões na definição das estratégias de negócios da empresa: ◦ Forças e Oportunidades - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas. ◦ Forças e Ameaças - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ameaças detectadas. ◦ Fraquezas e Oportunidades - Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que também aproveitem as oportunidades detectadas. ◦ Fraquezas e Ameaças - As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a3/SWOT.png Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Metodologias para formulação de estratégias - Modelo de Cinco Forças de Porter (1980) 28 A essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente. Concorrência pode ser definida como rivalidade ampliada. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Formação de Barreiras à Entrada Concorrentes 1. Economias de escala ◦ Referem-se ao declínio de custos unitários à medida que o volume aumenta 2. Diferenciação do produto ◦ Significa que as empresas estabelecidas têm sua marca identificada e um público fiel 3. Necessidades de capital ◦ Necessidade de investir vastos recursos financeiros 4. Custos de mudança ◦ Custos com que se defronta o comprador quando muda de fornecedor 5. Acesso aos canais de distribuição ◦ Necessidade da nova entrante assegurar a distribuição do seu produto 6. Desvantagens de custos (independente de escala) ◦ Vantagens de custos independentes de tamanho e economias de escala 7. Política governamental ◦ O governo pode limitar ou impedir a entrada em indústrias com controles (licenças) 29 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Intensidade da Rivalidade entre Concorrentes existentes A rivalidade é consequência da interação de vários fatores estruturais. 1. Concorrentes numerosos ou bem equilibrados 2. Indústria com crescimento lento 3. Altos custos fixos ou de armazenamento 4. Produtos/serviços sem diferenciação, nem custos de mudança 5. Capacidade de produção aumentada em grandes incrementos 6. Concorrentes divergentes quanto à estratégias, origens, personalidades... 7. Grandes interesses estratégicos 8. Barreiras de saída elevadas 30 Pressão dos Produtos Substitutos - Limitam potencial de lucros obtidos pela indústria - Atenção estratégica a produtos substitutos que estão sujeitos a tendências de melhoria do seu trade-off de preço-desempenho Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Poder de Barganha de Fornecedores - Fornecedores mais concentrados que compradores - Não há disputa com produtos substitutos - Indústria não é cliente importante para fornecedor - Produto do fornecedor é insumo importante para comprador - Produtos dos fornecedores são únicos ou diferenciados; há custos de mudança 31 Poder de Barganha de Compradores - Compradores estão concentrados ou adquirem em grandes volumes - Produtos adquiridos são parte significativa dos custos ou compras; maior seletividade - Produtos padronizados ou não diferenciados - Custos de mudança são pequenos - Lucratividade dos compradores é baixa Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Estratégias globais - Uma estratégia global pode incluir a compra de serviços ou peças no exterior e a entrada ou a expansão de mercados no exterior. - Duas estratégias globais eficazes são: 1. Alianças estratégicas são acordos com outras empresas e podem assumir três formas: ◦ Esforço colaborativo: acontece quando uma empresa possui competências essenciais das quais uma outra necessita, mas não está disposta (ou é incapaz) de desenvolvê-las; ◦ Joint venture: meio pelo qual duas empresas concordam em produzir conjuntamente um produto ou serviço; ◦ Licenciamento da tecnologia: meio pelo qual uma empresa licencia a outra seus métodos de produção ou de serviços. 2. Localização no exterior: consiste em sediar operações em um país estrangeiro para ingressar em mercados globais. 32 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 3 - Estratégia Corporativa Estratégias de desenvolvimento de serviço ou produto - Variedade de produtos: oferecer uma ampla gama de produtos ◦ Requer processos que tenham flexibilidade para oferecer uma ampla gama de ofertas sem comprometer o custo, a qualidade ou a velocidade. - Projeto: facilidade de uso e características desejáveis ◦ Requer maior ênfase na qualidade superior e na velocidade do desenvolvimento para assegurar que a empresa fique à frente da concorrência. - Inovação: conversão de novas tecnologias em novos produtos ◦ Exige pesquisa e desenvolvimento significativos e capacidade para colocar as ofertas no mercado rapidamente. - Serviço: produtos com serviços agregados. - Posicionamento no mercado: determina quando o processo de desenvolvimento do novo serviço ou produto se inicia. ◦ Líder: ser a primeira a introduzir novos serviços e/ou produtos; ◦ Meio termo: esperar que os líderes introduzam novos serviços e/ou produtos; ◦ Retardatária: esperar e ver se a idéia de serviço/produto se estabelece no mercado. 33 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Competências essenciais • Atuais • Necessárias • Planejadas Estratégia corporativa • Metas • Competências essenciais • Respostas ambientais • Novos produtos/serviços • Estratégias globais Análise de mercado • Segmentação • Avaliação das necessidades Prioridades competitivas Operações Marketing • custo • qualidade Finanças • tempo • flexiblidade Outros Estratégias das áreas funcionais • Finanças • Marketing •OPERAÇÕES • Outras Hierarquia Estratégica 34 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 4 - Análise de Mercado A análise de mercado é um elemento-chave para a formulação de uma estratégia orientada para o cliente e procura responder a duas perguntas: 1. Quem são nossos clientes? - Segmentação de mercado: identifica os grupos de clientes com pontos em comum suficientes para garantir o desenvolvimento de serviços e/ou produtos para eles. ◦ Fatores demográficos: idade, renda, ocupação, nível de escolaridade; ◦ Fatores psicológicos: prazer, medo, inovação, tédio; ◦ Fatores relativos à indústria: utilização de tecnologia específica, uso de certos materiais, participar de uma indústria específica. 1. O que nossos clientes necessitam? - Avaliação das necessidades : identifica as necessidades de cada segmento de mercado. As necessidades incluem: ◦ Necessidades do produto ou serviço; ◦ Necessidades do sistema de entregas; ◦ Necessidades de volume etc. 35Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Papel do mercado na reconciliação estratégica 36 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Competências essenciais • Atuais • Necessárias • Planejadas Estratégia corporativa • Metas • Competências essenciais • Respostas ambientais • Novos produtos/serviços • Estratégias globais Análise de mercado • Segmentação • Avaliação das necessidades Prioridades competitivas Operações Marketing • custo • qualidade Finanças • tempo • flexiblidade Outros Estratégias das áreas funcionais • Finanças • Marketing •OPERAÇÕES • Outras Hierarquia Estratégica 37 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 5 – Competências essenciais Competências essenciais ou centrais - “core competences” - Para competir a empresa deve tirar partido do que faz melhor, ou seja identificar suas competências essenciais. - Recursos exclusivos e pontos fortes que a alta administração considera quando formula uma estratégia. - As competências essenciais incluem: ◦ Uma equipe de trabalho bem treinada e flexível; ◦ Possuir instalações bem localizadas e flexíveis; ◦ Ter know-how mercadológico e financeiro; ◦ Ter expertise em sistemas e tecnologia; ◦ Dimensões de custo, qualidade, tempo, e flexibilidade que um processo ou cadeia de valor realmente possui e é capaz de entregar. As competências essenciais devem determinar os processos essenciais, que podem incluir relacionamento com o cliente, desenvolvimento de novo serviço ou produto, atendimento de pedido e relacionamento com fornecedores. 38 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha FATORES COMPETITIVOS OBJETIVOS DE DESEMPENHO Se os consumidores valorizam estes Então, a operação deverá ser excelente nestes Preço baixo Custo Qualidade alta Qualidade Entrega rápida Rapidez Entrega confiável Confiabilidade Produtos e serviços inovadores Flexibilidade (produto/serviço) Ampla gama de produtos e serviços Flexibilidade (mix ou composto de produtos) Habilidade de mudar a quantidade ou o prazo de entrega dos produtos e serviços Flexibilidade (volume e/ou entrega) 6 – Prioridades Competitivas 39 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Exercício Por 20 anos, a Russell’s Pharmacy esteve estabelecida na praça principal de River City, a única cidade num raio de 20 milhas. A economia da cidade é dominada pela agricultura e geralmente sobe e desce com o preço do milho, mas a Russell’s Pharmacy desfruta de um negócio estável. Jim Russell tem um relacionamento amigável e informal com a cidade toda. Ele presta um serviço amistoso e preciso; ouve pacientemente as queixas sobre a saúde e conhece o histórico familiar de todos. Ele mantém um estoque de medicamentos necessários para os clientes regulares, mas às vezes, precisa de um dia de prazo para aviar uma receita nova. Entretanto, ele não consegue adquirir medicamentos com os mesmos preços baixos que as grandes cadeias de farmácias conseguem. A cidade de River City tem alguns problemas. Vários edifícios ao redor da praça da cidade estão abandonados ou são usados como depósito de carros velhos. A cidade está dando sinais de que está agonizando juntamente com a agricultura familiar. Vinte milhas correnteza acima, situada em uma grande ilha no meio do rio, está a florescente cidade de Large Island. Russell está pensando em se mudar para o Conestoga Mall, em Large Island. a) Que tipo de planejamento estratégico Russell deve fazer? (formule perguntas que deveriam ser respondidas por Russel ao fazer o planejamento de produtos e serviços; prioridades competitivas; capacidade e localização). b) Que forças ambientais poderiam estar em ação que Russell deveria levar em consideração? c) Quais são as possíveis competências essenciais da Russell’s Pharmacy? 40 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Competências essenciais • Atuais • Necessárias • Planejadas Estratégia corporativa • Metas • Competências essenciais • Respostas ambientais • Novos produtos/serviços • Estratégias globais Análise de mercado • Segmentação • Avaliação das necessidades Prioridades competitivas Operações Marketing • custo • qualidade Finanças • tempo • flexiblidade Outros Estratégias das áreas funcionais • Finanças • Marketing •OPERAÇÕES • Outras 6 – Prioridades Competitivas 41 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 42 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Alta produtividade total Preço baixo, margem alta Atravessamento rápido Tempo de entrega reduzido Operação confiável Entrega confiável Processos livres de erro Produtos/ serviços conforme especificação Habilidade para mudar Freqüência de novos produtos/ serviços Ajuste de volume e entrega Ampla variedade Confiabilidade Custo Rapidez (velocidade Qualidade Flexibilidade 6 – Prioridades Competitivas 43 Efeitos externos Efeitos internos Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Prioridades competitivas (ou objetivos de desempenho) são as dimensões operacionais críticas que um processo ou cadeia de valor deve possuir para satisfazer clientes internos ou externos, tanto no presente quanto no futuro. 44 Custo 1. Operações de baixo custo Qualidade 2. Qualidade superior 3. Qualidade consistente Tempo 4. Rapidez da entrega 5. Entrega no prazo 6. Velocidade de desenvolvimento Flexibilidade 7. Personalização 8. Variedade 9. Flexibilidade de volume Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Qualidade - Qualidade superior: prestar um excelente serviço ou fornecer um excelente produto. ◦ Pode ser exigido um alto nível de contato com os clientes para determinar o que isso significa. - Qualidade consistente: gerar serviços ou produtos que satisfaçam as especificações do projeto de maneira consistente. 45 O que significa qualidade em um hospital? - Pacientes recebem o tratamento apropriado - O tratamento é conduzido de maneira correta - Os funcionários são corteses, amigáveis e solícitos - Os pacientes são consultados e mantidos informados Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 46 O que significa qualidade em uma empresa de ônibus urbanos? - Ônibus limpos e arrumados - Ônibus silenciosos e não emitem gases poluentes - O horário é rigoroso e atende às necessidades dos usuários - Os funcionários são corteses, amigáveis e solícitos O que significa qualidade em um supermercado? - Os produtos estão em boas condições - A loja é limpa e organizada - A decoração é adequada e atraente - Os funcionários são corteses, amigáveis e solícitos O que significa qualidade em uma fábrica de automóveis? - A montagem atende às especificações - O produto é confiável - O produto é atraente e sem defeitos - Todos os componentes são fabricados conforme as especificações Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Tempo - Rapidez de entrega: atender prontamente o pedido de um cliente. ◦ Tempo de espera é o tempo decorrido entre o recebimento do pedidode um cliente e seu atendimento. - Entrega pontual (ou pontualidade): significa o cumprimento dos prazos de entrega. - Velocidade de desenvolvimento: introduzir rapidamente um novo serviço ou produto. 47 O que significa tempo em um hospital? - Tempo entre a solicitação de tratamento e sua realização é mínimo - Tempo para o resultado dos exames é mínimo Muitas empresas se concentram nas prioridades competitivas de rapidez de entrega e velocidade de desenvolvimento estratégia denominada concorrência baseada no tempo Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 48 O que significa tempo em uma empresa de ônibus urbanos? - O tempo total da jornada para o usuário atingir seu destino é mínimo O que significa tempo em um supermercado? - O tempo envolvido na transação total, desde a chegada à loja, realização das compras e retorno do consumidor à sua casa, é mínimo - Imediata disponibilidade de bens O que significa tempo em uma fábrica de automóveis? - O tempo entre o pedido de um carro específico por um revendedor e sua entrega ao consumidor é mínimo - O tempo de espera pela assistência técnica é mínimo Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Flexibilidade - Personalização: significa a satisfação das necessidades específicas de cada cliente por meio da modificação dos projetos de serviços ou produtos. - Variedade: envolve lidar com uma ampla gama de serviços ou produtos com eficiência. - Flexibilidade de volume: requer acelerar ou desacelerar a taxa de produção rapidamente para lidar com grandes flutuações da demanda. 49 O que significa flexibilidade em um hospital? - Introdução de novos tipos de tratamento - Ampla variedade de tratamentos disponíveis - Habilidade de se ajustar ao número de pacientes atendidos - Habilidade de reprogramar consultas Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 50 O que significa flexibilidade em uma empresa de ônibus urbanos? - Introdução de novas rotas - Grande número de locais servidos - Habilidade de se ajustar à freqüência/ reprogramar viagens O que significa flexibilidade em um supermercado? - Introdução de novos bens ou promoções - Ampla variedade de bens estocados - Habilidade de se ajustar ao número de consumidores atendidos - Habilidade de repor estoque de itens em falta (ocasionalmente) O que significa flexibilidade em uma fábrica de automóveis? - Introdução de novos modelos - Ampla variedade de opções disponíveis - Habilidade de se ajustar ao número de veículos fabricados - Habilidade de reprogramar as prioridades de produção Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Custo - Baixo custo: significa entregar um serviço ou produto com o menor custo possível para a satisfação do cliente. 51 O que significa custo em um hospital? Custo de funcionários Custo de tecnologias e instalaçõesCompra de materiais e serviços Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 52 O que significa custo em uma empresa de ônibus urbanos? O que significa custo em um supermercado? O que significa custo em uma fábrica de automóveis? Custo de tecnologias e instalações Custo de funcionários Compra de materiais e serviços Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Diagramas polares - São usados para indicar a importância relativa de cada objetivo de desempenho para uma operação ou processo. - Também podem ser usados para indicar as diferenças entre produtos e serviços produzidos por um processo. - As escalas representam a importância de cada objetivo de desempenho ◦ Quanto mais perto a linha estiver do seu ponto de origem comum, menos importante será o objetivo de desempenho para a operação. 53 VelocidadeCusto Confiabilidade QualidadeFlexibilidade Ex. Serviços de taxi e ônibus Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Diagramas polares - Exemplo: serviço de taxi x serviço de ônibus 54 Custo Qualidade Flexibilidade ConfiabilidadeVelocidade Serviço de Taxi Serviço de ônibus Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 55 Coleta de Jornais (CJ) - É um serviço de coleta domiciliar que, em um determinado dia da semana, coleta jornais antigos que os moradores colocaram em seus portões em sacolas plásticas reutilizáveis. - O valor dos jornais coletados é relativamente baixo e o serviço é oferecido principalmente por razões de responsabilidade ambiental. Diagramas polares – exercício - O departamento de meio ambiente de uma cidade possui dois serviços de reciclagem – coleta de jornais (CJ) e reciclagem geral (RG). - Desenhe um diagrama que diferencie os objetivos dos dois serviços. Reciclagem Geral (RG) - O serviço é mais comercial. Por meio de internet ou telefone, as empresas e indivíduos podem requisitar a coleta de material de que querem dispor. - O serviço de RG garante a coleta do material em 24 horas, a não ser que o consumidor prefira especificar um horário mais conveniente. - Qualquer tipo de material pode ser coletado e uma taxa é cobrada dependendo do volume do material recolhido. - Esse serviço realiza um pequeno lucro, porque a receita, tanto das taxas pagas pelo consumidor, quanto da venda de parte do material reciclado, excede os custos de operação. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Diagramas polares – exercício 56 Custo RG Confiabilidade FlexibilidadeQualidade CJ Velocidade Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Influência dos consumidores nos objetivos de desempenho - Ganhador de pedido: critério que os clientes usam para diferenciar os serviços ou produtos de uma empresa dos de outra. ◦ Podem incluir preço e a maioria das dimensões de qualidade, tempo e flexibilidade. Também incluem atendimento pós-venda, assistência técnica e reputação da empresa. - Qualificador de pedido: nível de desempenho comprovado exigido pelos clientes antes mesmo de considerar um produto ou serviço. ◦ É um requisito para fazer negócios em um determinado segmento de mercado. ◦ O cumprimento do critério qualificador de pedido não assegura o sucesso competitivo; ele apenas posiciona a empresa para competir no mercado. ◦ O desempenho da produção deve estar acima de um nível determinado para, pelo menos, ser considerado pelo cliente. 57 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Ganhadores de pedidos 58 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Qualificadores 59 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Menos Importantes 60 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Influência dos consumidores nos objetivos de desempenho Fatores Ganhadores de Pedidos Fatores Qualificadores Fatores Menos Importantes 6 – Prioridades Competitivas 61 Departamentode Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Influência do Ciclo de Vida do Produto/ Serviço nos Objetivos de Desempenho V o lu m e d e v en d as Tempo . Introdução Crescimento Maturidade Declínio Baixo Crecimento rápido Alto e estável Declinando Inovadores Adotantes pioneiros Massa do mercado Atrasados Poucos / nenhum Número crescente Número estável Número em declínio Possível customização. Alta ou freqüentes mudanças no projeto Cada vez mais padronizado Surgimento de tipos dominantes Possível movimento para a padronização de commodity Características do produto / serviço Disponibilidade de produtos /serviços de qualidade Preço baixo e gama de produtos /serviços Preço baixo Qualidade e gama de produtos / serviços Preço e gama de produtos / serviços Gama de produtos / serviços e qualidade Fornecimento confiável Flexibilidade e Qualidade Velocidade, confiabilidade e qualidade Custo e confiabilidade Custo Prováveis ganhadores de pedidos Prováveis qualificadores Principais objetivos de desempenho das operações Volume Consumidores Concorrentes Variedade dos projetos de produto / serviço 62 6 – Prioridades Competitivas Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Combinando competências com prioridades - Como um grupo de cartões de crédito combinou suas competências com suas prioridades e descobriu lacunas em sua estratégia de operações. 63 Prioridade competitiva Medida Competência Lacuna Ação Operações de baixo custo •Custo por fatura •Postagem semanal •$0,0813 •$17.000 •A meta é $0,06 •A meta é $14.000 •Eliminar microfilmagem e arquivamento de faturas •Desenvolver processo baseado na Web para enviar faturas Qualidade consistente •Porcentagem de erro nas informações da fatura •Porcentagem de erros na postagem de pagamentos •0,90% •0,74% •Aceitável •Aceitável •Nenhuma ação •Nenhuma ação Rapidez de entrega •Prazo de execução para processar pagamentos de comerciantes •48 horas •Aceitável •Nenhuma ação Flexibilidade de volume •Utilização •98% •Alta demais para suportar aumento rápido de volume •Contratar funcionários temporários •Melhorar os métodos de trabalho Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Trade-offs: maneira pela qual estamos dispostos a sacrificar um objetivo de desempenho para alcançar a excelência em outro. - Reposicionamento: redução de desempenho de um objetivo para favorecer outro; - Aumento de eficácia: melhorias em um objetivo não causam redução no desempenho de outros aspectos. 64 X Eficiência em custo V a ri e d a d e A C D B Fronteira eficiente A X C D Eficiência em custo V a ri e d a d e B Nova fronteira eficiente B1 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 65 Cabine executiva/ primeira classe, sala no aeroporto, serviço de transporte, Cabine econômica Pessoas ricas, homens de negócios, VIPs Viajantes (amigos e família), pessoas de férias, viagens de negócios sensíveis ao custo Vasta gama, pode precisar de ser personalizada Cabine padronizada Relativamente alta Relativamente baixa Relativamente baixo volume Relativamente alto volume De média a alta De baixa a média Primeira classe/ executiva Classe econômica Customização, serviços extras, conforto, conveniência Qualidade (especificação e conformidade), Flexibilidade, Rapidez Preço, serviço aceitável Custo, Qualidade (conformidade) Serviços Cliente Amplitude do serviço Taxa de inovação do serviço Volume de atividades Margens de lucro Fatores de competitividade Objetivos de desempenho Grupos diferentes de clientes requerem diferentes objetivos desempenho Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Influência das áreas de decisões estratégicas sobre os objetivos de desempenho 66 Qualidade Rapidez Confiabilidade Flexibilidade Custo Desenvolvimento de novos produtos/serviços Integração vertical Instalações Tecnologia Força de trabalho e organização Ajuste de capacidade Desenvolvimento de fornecedores Estoques Sistemas de planejamento e controle Processo de melhoria Prevenção e recuperação de Falhas E S T R A T É G I A S E st r u tu r a is In fr a e st r u tu r a is Planejamento e Controle Projeto Melhoria Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas Influência dos Concorrentes nos Objetivos de Desempenho - Estratégias de Reação ◦ Igualar-se aos movimentos de seus concorrentes; - Adotar a mesma prioridade dos objetivos de desempenho de seus concorrentes ◦ Especializar-se ainda mais nos objetivos de desempenho de sua própria estratégia original; ◦ Escolher uma direção competitiva completamente nova. 67 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 6 – Prioridades Competitivas 68 Caso 4: Penang Mutiara Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Estratégia de operações Análise de mercado Prioridades competitivas Estratégia corporativa Serviços Manufatura • Serviços padronizados • Montagem por pedido • Serviços customizados • Produzir para estoque • Montagem por encomenda • Fabricar por encomenda 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Competências essenciais • Atuais • Necessárias • planejadas 69 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Estratégias de Serviços - Estratégia de serviços padronizados: projetos de operações que incluem processos desenvolvidos para fornecer serviços com pouca variedade em volumes elevados. ◦ Prioridades competitivas: qualidade consistente, entrega pontual e custo baixo - Estratégia de serviços de atendimento por encomenda: projetos de operações que incluem processos que produzem um conjunto de serviços e processos padronizados orientados à montagem de ofertas padronizadas para o atendimento de necessidades específicas do cliente. ◦ Prioridades competitivas: personalização e rapidez de entrega - Estratégia de serviços customizados: processos projetados para oferecer serviços individualizados. ◦ Prioridades competitivas: personalização e velocidade de desenvolvimento 70 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Estratégias de Manufatura - Estratégia de fabricar sob encomenda: estratégia usada por indústrias que fabricam produtos de acordo com especificações do cliente e com baixo volume. - Estratégia de montar sob encomenda: estratégia para produzir uma grande variedade de produtos com relativamente poucas montagens e componentes depois que os pedidos dos clientes são recebidos. - Estratégia de fabricar para estocar: estratégia que envolve manter itens em estoque para entrega imediata, minimizando portanto os tempos de entrega ao cliente. 71 Customização em massa encontra-se no extremo da estratégia de montagem por pedido, por meio da qual os processos flexíveis de uma empresa geram produtos e serviços customizados em grandes volumes a preços razoavelmente baixos. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 –Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 72 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 73 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Posicionamento estratégico 74 POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO FOCO NO PROCESSO Obter recursos contra o pedido (Resource-to-order or Engineer-to-order ) Fazer contra o pedido (Make-to-order ) Montar contra o pedido (Assemble-to-order ) Fazer para estocar (Make-to-stock ) FOCO NO PRODUTO - ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha FOCO NO PROCESSO FOCO NO PRODUTO Pequenos volumes de produtos/serviços com alto grau de customização Grandes volumes de produtos/serviços com alto grau de padronização Ciclos de vida menores Ciclos de vida maiores Produtos/serviços nos estágios iniciais de seus ciclos de vida Produtos/serviços nos estágios finais de seus ciclos de vida O produto/serviço sai cedo do mercado O produto/serviço sai tarde do mercado Performance e qualidade de projeto são altas Qualidade do produto/serviço são consistentes Maior ênfase em flexibilidade do produto/serviço Maior ênfase em custos reduzidos Longos tempos de entrega Pequenos tempos de entrega 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Posicionamento estratégico 75 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Estratégia de operações Análise de mercado Prioridades competitivas Estratégia corporativa Serviços Manufatura • Serviços padronizados • Montagem por pedido • Serviços customizados • Produzir para estoque • Montagem por encomenda • Fabricar por encomenda 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Competências essenciais • Atuais • Necessárias • planejadas 76 • Decisões sobre o processo • Decisões sobre a qualidade • Decisões sobre capacidade, localização e arranjo físico • Decisões operacionais Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Papel Estratégico e Objetivo da Produção - Implementação da Estratégia Empresarial ◦ Produção como executora da estratégia - Apoio para a Estratégia Empresarial ◦ Produção como seguidora da estratégia - Impulsão da Estratégia Empresarial ◦ Produção gera vantagens competitivas a longo prazo 79 Operação implementa a estratégia Estratégia Operações Operação impulsiona a estratégia Estratégia Operações Operação apóia a estratégia Estratégia Operações Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 80 Papel estratégico da Operação Contribuição da Operação Implementar Ser confiável Operacionalizar a estratégia Explicar aspectos práticos Apoiar Ser apropriada Compreender a estratégia Contribuir para as decisões Impulsionar Ser inovadora Fornecer base estratégica Desenvolver competências de longo prazo Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Quatro estágios de contribuição da produção - Hayes e Wheelwright (1984) - Estágio 1 - Obter Neutralidade Interna ◦ A produção objetiva parar de cometer erros e atingir os padrões mínimos aceitáveis. - Estágio 2 - Obter Neutralidade Externa ◦ A produção realiza benchmarking para tentar obter desempenho semelhante ao das operações similares de melhor desempenho da concorrência. - Estágio 3 - Fornecer Apoio Interno ◦ A produção desenvolve recursos para superar as deficiências que a impedem de concorrer com a líder de mercado (a prioridade é ser a melhor). - Estágio 4 - Fornecer Apoio Externo ◦ A produção se torna criativa, proativa, capaz de organizar os seus recursos de maneira inovadora e de antecipar e se adaptar às mudanças de mercado. ◦ Mantém-se um passo à frente dos concorrentes na maneira de criar produtos e serviços e de organizar suas operações. Em que estágio estaria o Penang Mutiara? 81 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Perguntas para situar-se na matriz de Hayes e Wheelwright (1984) Para cada estágio, as perguntas que deveriam ter respostas positivas são: Estágio 1 - Neutralidade interna: A produção é considerada um “mal necessário”? Ela se mantém voltada exclusivamente para dentro da empresa? A produção comete muitos erros que prejudicam a empresa? Sua aspiração é tão somente não cometer erros? Ou em outras palavras, satisfaz-se sendo neutra internamente (não ajudando, mas também não atrapalhando a empresa)? Estágio 2 - Neutralidade externa: A função produção já começa a se voltar para fora e se comparar com as de outras empresas? A função produção já procura ser tão boa quanto as melhores? Ela está se preocupando em ser melhor do que o necessário para simplesmente não cometer erros? Ela está procurando imitar o que suas melhores similares fazem? Isto é, buscando adotar as “melhores práticas” de suas concorrentes? Ou seja ela procura ser neutra em relação ao exterior (nem melhor nem pior do que as concorrentes)? Estagio 3 - Apoio interno: A função produção já está entre as melhores concorrentes? Isto é, já faz parte da “primeira divisão”? Ela aspira ser claramente a melhor no mercado? Ela desenvolve novos recursos que dêem à empresa uma vantagem em relação às competidoras? Ela procura ser fundamental na estratégia da empresa? Ou seja, ela é implementadora da estratégia? Ela fornece apoio interno à estratégia ao oferecer novas formas de competir? Estágio 4 - Apoio externo: A função produção é claramente melhor do que a das empresas concorrentes? Ela fornece a base para a empresa competir? Isto é, é ela que mantém a empresa à frente de seus concorrentes? É ela quem impulsiona a estratégia da empresa criando novas oportunidades para a empresa e inovando? 82 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Internamente neutro ESTÁGIO 1 Corrigir os piores problemas Impedindo o desenvolvimento da organização Externamente neutro Tão boa quanto os concorrentes ESTÁGIO 2 Adorar a melhor prática Apoio interno Claramente a melhor do setor ESTÁGIO 3 Ligar a estratégia com operações Apoio externo Redefinir as expectativas da indústria ESTÁGIO 4 Dar vantagem para a operação A u m e n to d o i m p a c to e s tr a té g ic o Aumento de capacitação em operações 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Modelo de quatro estágios de contribuição da operação 83 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 4 perspectivas da estratégia de operações 84 Perspectiva de cima para baixo (Top-down) O que a empresa deseja que a operação façaPerspectiva dos recursos de operações O que os recursos da operação podem fazer O que experiência diária sugere que a operação faça Perspectiva de baixo para cima (Bottom-up) Perspectiva das exigências do mercado O que o posicionamento do mercado requer que a operação faça Estratégia de Operações Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações(da Produção) 4 perspectivas da estratégia de operações 85 Top-down Bottom-up (emergente) Estratégia corporativa Estratégia de negócios O que a estratégia deve ser Experiência Operacional Recursos Operacionais - Capacidade - Rede de fornecedores - Tecnologia de processo - Desenvolvimento e organização Requisitos de mercado Qualidade Velocidade Confiabilidade Flexibilidade Custo Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 86 Recursos tangíveis e intangíveis Competências da operação Processos operacionais Estratégia de operações Necessidade dos clientes Posicionamento de mercado Ação de competidores Objetivos de desempenho Reconciliação estratégica Recursos operacionais RBV – resource-based view (Barney, 1991) Requisitos de mercado Estratégia Competitiva (Porter, 2004) Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Questões estruturais Questões infraestruturais Tecnologia de processo Desenvolvimento e organização Rede de fornecedoresCapacidade 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 87 Questões estruturais influenciam as atividades de projeto. Questões infraestruturais influenciam a força de trabalho de uma organização, as atividades de planejamento, controle e melhoria. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Qualidade C o m p e ti ti v id a d e d e m e rc a d o Velocidade Confiabilidade Flexibilidade Custo O s o b je ti v o s d e d e s e m p e n h o s ã o p ri o ri z a d o s p o r C li e n te s e c o m p e ti d o re s Capacidade Rede de fornecedores Tecnologia de processo Desenvolvimento e organização Uso de recursos Modelagem das decisões estratégicas Competências e restrições 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Matriz de estratégia de operações Estratégia de Operações 88 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha RECURSOS OPERACIONAIS REQUISITOS DE MERCADO ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES Reconciliação estratégica Nível 1 – Ajuste Nível 3 - Risco Alinhar recursos e requisitos Incluir o impacto da incerteza Nível 2 - Sustentabilidade Desenvolver vantagens competitivas sustentáveis Uso de recursos O b je ti v o s d e d e s e m p e n h o C o m p e ti ti v id a d e d e m e rc a d o Áreas de decisão PROCESSO DA ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕESCONTEÚDO DA ESTRATÉGIA DE OPERACÕES 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 89 Envolve decisões e ações específicas que estabelecem o papel, os objetivos e as atividades da produção. Método usado para produzir as decisões de conteúdo. Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) O Japão tem mais lojas da 7-Eleven do que qualquer outro lugar do mundo. Histórico de expansão cautelosa e inovação técnica e de serviços. “Grupo de Conselheiros" difunde o conhecimento de operações (também fazem o treinamento à distância). Expansão pelo território para reduzir os custos de distribuição. Uso precoce de TIS (sistema de informação total) TIS controla a reposição dos estoques duas vezes por dia (vendas analisadas duas vezes por dia) Novo sistema não baseado na Internet Os novos serviços incluem: - Terminais bancários - Download de jogos - Download de música - Pedido via internet 7-Eleven Japão 90 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha CUSTO em termos de minimizar: •Custos operacionais •Custos de capital •Capital de giro QUALIDADE de produtos e serviços Velocidade e confiabilidade combinados para indicar DISPONIBILIDADE FLEXIBILIDADE de resposta às vendas e às tendências dos clientes Dominância de área reduz os custos de distribuição e publicidade •Localização das lojas •Tamanho das lojas CD’s agrupam produtos por temperatura de Armazenagem CD’s e sistemas de gerenciamento de estoques geram rápida reposição de estoques TIS permite prever tendências e faz ajustes de suprimentos CD’s fazem pequenas e freqüentes entregas de poucas fontes •Número e tipos de centros de distribuição •Pedidos e reposição de estoque TIS gera uma análise abrangente e sofisticada das vendas e padrões diários de fornecimento •Sistema de informação total (TIS) Compartilhamento de informação espalha as idéias do serviço Com os dados de vendas, o grupo de conselheiros ajuda as lojas a minimizar o desperdício e aumentar vendas •Relações com franqueados •Desenvolvimento de novos produtos e serviços •Abordagem para melhoria de operações DESENVOLVIMENTO E ORGANIZAÇÃO TECNOLOGIA DE PROCESSO REDE DE FORNECEDORESCAPACIDADE Uso de recursos C o m p e ti ti v id a d e d e m e rc a d o fundamental crítico secundário 7-11 JAPÃO 91 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 92 Caso 5: Flextronics Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha Flextronics A Flextronics International fabrica celulares, impressoras, placas, monitores, computadores de mão, copiadoras e rádios para automóveis. Mas você nunca viu nenhum desses produtos com a etiqueta Flextronics, certo? A razão é simples. O negócio da multinacional americana é “sujar as mãos de graxa” para as grandes marcas mas permanecer sempre no anonimato. Nascida na onda da terceirização de produção, nos anos 80, ela especializou-se em componentes eletrônicos e se transformou na maior montadora do mundo. De suas fábricas saem computadores de HP, IBM e Dell, telefones de Motorola, Siemens e Qualcomm e até equipamentos médicos da Johnson&Johnson. A Flextronics cuida ainda da embalagem e da distribuição dos produtos. Os clientes não precisam se preocupar com nada. “A mão- de-obra, os equipamentos, a matéria-prima e até mesmo os impostos entram em nossa conta”, revela Antonio Federico, diretor de desenvolvimento de negócios da Flextronics do Brasil, com sedes em Sorocaba (SP), Resende (RJ) e Manaus (AM). “Fazemos um cálculo sobre tudo que é investido e colocamos nossa margem de lucro. O cliente paga assim que o lote é entregue.” É com essa estratégia que a montadora conseguiu fechar o ano fiscal com receita recorde de US$ 14,5 bilhões no mundo. 93 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1946–1951 – Estratégia de implementação 7 – Estratégia de Operações (da Produção) Grupo VW opera 45 plantas de produção em 11 países europeus e mais 7 países nas Américas, Ásia e África. Em todo o mundo, mais de 336 mil funcionários produzem veículos ou estão envolvidos nos serviços relativos ao veículo em cada dia de trabalho. Estratégias de reconciliação da VW em 70 anos: 94 Construir capacidade e competência Design simples Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica Emergente, qualquer veículo que funcione Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1952–1958 – Continuidade da estratégia 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 95 Sistematização de recursos e processos Design padronizado Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica 1959–1964 – Mudanças menores e continuidade Pequena reconfiguração para novo modelo Novo modelo1500 Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica Maduro, veículos robustos simples Maduro, performance sofisticada, qualidade Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1965–1970 – Busca de estratégia viável 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 96 Sistematização de recursos e processos Múltiplos novos modelos Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica 1971–1975 – Estratégia emergente Adaptar as melhores práticas do grupo ampliado Definir amplitude Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica Rejeição incerta de modelos tradicionais Clareza sobre qualidade, estilo e variedade Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1976–1979 – Continuar com mudanças menores 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 97 Acomodar novos modelos e aquisições Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica 1990–1996 – Maiores mudanças internas Drástica reconfiguração para aumentar eficiência e reduzir custos Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica 1976-1989 - Ênfase contínua na excelência técnica - Antigos projetos voltam periodicamente à moda Segmentação em desempenho, estilo e variedade Aumento da competitividade por preço Caminhos de desenvolvimento de produtos Projeto de produção de baixo custo Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha 1997–2000 – Estratégia de implementação 7 – Estratégia de Operações (da Produção) 98 Melhoria contínua de processos e redução de custos Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica 2001–Presente – Estratégia de implementação Melhoria da produção enxuta e mais localizações de baixo custo Projeto modular Uso de recursos Requisitos de mercado Reconciliação estratégica Marca com preço, qualidade e estilo Aumento da competitividade por preço e inovação Plataforma de produtos comuns Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé 1. História da produção de caminhões na Volkswagen 2. Consórcio Modular 6- SCM na indústria automotiva CASE: CONSÓRCIO MODULAR - VOLKSWAGEN Scavarda, 1999 Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé 1. (1979) Compra da Chrysler do Brasil S/A 1. Herança: fábrica de caminhões da Chrysler 2. Foram as primeiras atividades da VW com caminhões no mundo 2. (1986 – 1994) Joint-venture com a Ford - Autolatina S/A 1. Compartilham fábricas no Brazil e na Argentina 2. Compartilham projetos 3. Complementam mix de produtos 4. Mesma companhia a montante (upstream), mas diferente a jusante (downstream) 5. Com o fim da Autolatina, VW deve decider onde e como produzir caminhões 3. (1996) Inaugração da fábrica da Volkswagen em Resende 1. Absorve a produção de caminhões da VW antes feita na fábrica da Ford 2. Novo método de produção: consórcio modular 4. Hoje a divisão de caminhões reporta à Volkswagen Commercial Vehicles, e não mais à Volkswagen do Brasil S/A HISTÓRIA DA PRODUÇÃO DE CAMINHÕES NA VW 6- SCM na indústria automotiva Scavarda, 1999 CASE: CONSÓRCIO MODULAR - VOLKSWAGEN Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé FÁBRICA DE CAMINHÕES DA VOLKSWAGEN NO BRASIL: no início Localização: Via Dutra, km. 296 Resende (Rio de Janeiro) Área total: 2.000.000 m2 Capacidade Projetada : 125 unidades/dia Produção Atual : 70 unidades/dia Atividades: Produção de caminhões e ônibus Centro tecnológico para caminhões Produtos: 17 tipos diferentes de caminhões 3 tipos diferentes de ônibus Empregados: 294 da VW 562 de parceiros 125 tercerizados Investimento total: US$ 250 Milhões Invest. de fornecedores: US$ 42 Milhões Resende 6- SCM na indústria automotiva Scavarda, 1999 CASE: CONSÓRCIO MODULAR - VOLKSWAGEN Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé OS SETE PARCEIROS INICIAIS Iochpe- Maxion: Montagem do chassis Rockwell: Preparação e montagem de eixos e suspensão MWM/Cummins: Preparação e montagem de motor e transmissões Remon: Preparação e montagem de rodas Delga: Montagem da cabine Eisenmann: Pintura da cabine VDO: guarnição interior da cabine 6- SCM na indústria automotiva Scavarda, 1999 CASE: CONSÓRCIO MODULAR - VOLKSWAGEN Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé Guarnição interior cabineVDO ROCKWELL Eixos e suspensão POWERTRAIN Motor e transmissão Chegada de Componentes DELGA Montagem da cabine EISENMANN Pintura da cabine TESTEFINAL Teste Final Montagem do chassisIOCHPE-MAXION Linha de montagem REMON Rodas LINHA DE MONTAGEM guarnição interior da cabine Scavarda, 1999 CASE: CONSÓRCIO MODULAR - VOLKSWAGEN Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Automotive Intelligence (2002) 6- SCM na indústria automotiva CASE III: SMART PLANT in Hambach (France) http://www.ind.puc-rio.br/pagina.aspx?id=index Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha CASE IV: Portfolio design at Hewlett-Packard Thomas Olavson, Hau Lee and Gavin DeNyse (2010) Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo CunhaThomas Olavson, Hau Lee and Gavin DeNyse (2010) CASE IV: Portfolio design at Hewlett-Packard Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo Cunha CASE IV: Portfolio design at Hewlett-Packard Thomas Olavson, Hau Lee and Gavin DeNyse (2010) Departamento de Engenharia Industrial ENG 1551 – Estratégia da Produção Professor: A. Márcio T. Thomé e Paulo CunhaThomas Olavson, Hau Lee and Gavin DeNyse (2010) CASE IV: Portfolio design at Hewlett-Packard
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