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Trauma Raquimedular - Mirian

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Trauma Raquimedular
TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) 
 
 TRAUMA RAQUIMEDULAR: Lesão osteo-ligamentar, 
com ou sem comprometimento neurológico associado, 
que é resultante da ação de forças externas sobre a 
coluna vertebral. 
 Mecanismos primários: Contusão, compressão, 
desaceleração, cisalhamento, distração, laceração. 
 Mecanismos secundários: Hipóxia, isquemia, desvios 
iônicos, excitotoxicidade, eicosanóides, radicais livres, 
peroxidação de lipídios, prostaglandinas, apoptose. 
MANEJO INICIAL DO TRM 
ATLS 
 ATLS: 
 Politrauma = TRM; 
 ABC do trauma; 
 Imobilização; 
 Transporte. 
 
 ABCD do TRM: 
 A  Oxigenação arterial; 
 B  Fluxo sanguíneo; 
 C  Complicações; 
 D  Descompressão; 
 E  Extras. 
 
 A  Arterial Oxygenation: O paciente deve estar 
devidamente oxigenado e com a adequada saturação 
de O2. É um paciente que se necessário deve ter 
cateter O2, óculos nasal, entubado, etc. Essa decisão é 
do médico que o atende na Emergência, SAMU ou 
Socorrista. Isso é importante para não adicionar dano 
adicional à medula por falta de oxigenação. Saturação 
de O2 é tardia!!! 
 Aumento da frequência respiratória; 
 Aparência de fadiga respiratória; 
 Diminuição da capacidade vital; 
 Aumento da pCO2 arterial. 
 B  Blood flow: Um paciente submetido a um trauma 
de crânio, raquimedular ou ambos pode ter hipotensão 
arterial de origem medular (alteração no sistema 
simpático), por sangramento, etc. Esses pacientes 
devem ter a PA corrigida de qualquer maneira. Manter 
PAM 85-90 mmHg por 7 dias. 
 Corrigir hipotensão; 
 Cristaloides; 
 Coloides; 
 Sangue; 
 Dopamina/norepinefrina. 
 
 C  Complications: Tratamento precoce e profilaxia 
para evitar tais condições, pois alteram muito a 
morbimortalidade desses pacientes com TRM. Desde o 
início deve-se prevenir, mas elas são muito mais 
frequentes ao longo dos dias e semanas. 
 Pneumonia: AACP – Temp > 38, leucocitose ou 
leucopenia, secreções purulentas, hipóxia (2 ou +); 
 Tromboembolismo: Profilaxia com HBPM, camas 
rotativas, heparina dose-ajustada, HBPM + 
compressão pneumática. 
 Úlceras de decúbito: Fonte de septicemia, morte. 
 
 D  Descompression: Tratamento cirúrgico. 
 Tração cervical/transcraniano; 
 Cirurgia precoce de descompressão em si. 
 
 E  Extras: Tratamento farmacológico. Não há 
nenhum guideline ou standart, apenas recomendações. 
A recomendação é: Corticosteroides NÃO são efetivos 
para trauma de coluna e aumentam a morbidade, 
assim como não funcionam para trauma de crânio. O 
mesmo serve para os gangliosídeos. 
 Metilprednisolona/SoluMedrol; 
 Gangliosídeos. 
CLASSIFICAÇÃO DE FRANKEL 
 
 
Grau A 
 
Completa 
Ausência de qualquer atividade 
motora voluntária e de 
sensibilidade 
Grau B Incompleta Presença apenas de sensibilidade 
 
Grau C 
 
Incompleta 
Presença de atividade motora 
voluntária, mas com força 
motora menor que III 
 
Grau D 
 
Incompleta 
Presença de atividade motora 
voluntária, com força motora 
maior ou igual a III 
Grau E Normal Exame neurológico normal 
 
 Artéria que irriga a medula: Artéria espinhal anterior, 
que corre bem na linha média, no sulco mediano. 
 O feixe piramidal é anterolateral e os feixes sensitivos, 
cordonais e da sensibilidade profunda são bem 
posteriores e a sensibilidade é mais lateral. 
 
 Dessa forma, se houver um trauma com luxação e 
compressão da artéria espinhal anterior, haverá 
sofrimento das áreas que são mais ao redor da região 
irrigada pela artéria espinhal anterior, pois a porção 
posterior da medula é irrigada pelas artérias espinais 
posteriores (uma de cada lado). 
 Assim, uma lesão isquêmica traumática da artéria 
espinal anterior costuma se manifestar por sintomas 
motores; enquanto que as artérias posteriores dão 
muito mais lesão isquêmica dos feixes sensitivos. 
 Exemplo: Grau B é o paciente que tem um trauma, 
luxação ou hérnia de disco que comprima a artéria 
espinal anterior, com sintomas motores e não 
sensitivos. 
 A maioria das lesões é motora + sensitiva. 
CIRURGIAS DE DESCOMPRESSÃO 
TRAÇÃO CERVICAL/TRANSCRANIANA 
 
 CIRURGIAS DE TRAÇÃO CERVICAL/TRANSCRANIANO: 
Se um paciente tem uma luxação da coluna, é porque 
ela a deslocou. Se ela está deslocada, para se conseguir 
fazer uma posterior fixação, pra ela não perder seu 
alinhamento, deve-se realizar a tração cervical ou 
transcraniana. 
 Utiliza-se um halo com parafusos que se prendem na 
tábua externa. Uma vez fixado no crânio, o gancho da 
porção superior é usado com cordas e pesos. 
 O paciente fica deitado na cama, com a cabeceira o 
mais elevado que os pés, pra ter o contrapeso do 
corpo, coloca-se uns 4kg ou 5kg e posteriormente o 
paciente é acompanhado com radiografias, para 
verificar se a tração está permitindo o alinhamento das 
vértebras cervicais novamente. 
 É um procedimento frequente, usado apenas para 
lesões de coluna cervical. 
CIRURGIA EM SI (PRECOCE) 
 CIRURGIA PRECOCE DE DESCOMPRESSÃO EM SI: 
Pode-se descomprimir a coluna pela frente ou por trás. 
Geralmente se escolhe anterior ou posterior de acordo 
com o tipo de lesão. A laminectomia (abordagem das 
lâminas por via posterior) ou a abordagem anterior 
com dissectomia (retirada de um disco), são decididas 
de acordo com cada caso e sua fisiopatogenia/origem. 
CIRURGIA DE ESTABILIZAÇÃO 
 CIRURGIA DE ESTABILIZAÇÃO: Denominada artrodese, 
é um procedimento de fixação da coluna. 
FISIOPATOLOGIA DA LESÃO MEDULAR 
LACERAÇÃO 
 LACERAÇÃO: 
 Causas: Semelhantes às do trauma de crânio, 
como contusão, traumatismo fechado, fratura 
simples com contusão em baixo, ferimento 
penetrante por arma branca ou projétil, etc. 
 Fragmentos ósseos no canal medular 
 Medula pode estirar-se até rasgar 
 Hemorragia do tecido medular, swelling e 
interrupção dos impulsos. 
 Associada a contusão, laceração ou estiramento. 
 A massa cerebral pesa vários quilos, mas o 
diâmetro latero-lateral da medula é de cerca de 3 
cm, então qualquer ferimento tem alto risco de 
laceração medular completa. 
 A morbidade da lesão medular é maior do que na 
lesão crânio-encefálica, mas a mortalidade é 
menor do que na lesão cerebral, justamente pelo 
volume de tecido de sistema nervoso. 
 Comoção: Similar à comoção cerebral, com 
alteração temporária e transitória da função 
medular. 
 Contusão: Dano medular, dano tecidual, 
extravasamento vascular e “swelling”. 
 Compressão: Pode ser secundária a: 
 Deslocamento das vértebras 
 Herniação de disco intervertebral 
 Deslocamento de fragmentos ósseos 
vertebrais 
 Swelling do tecido adjacente. 
SECÇÃO MEDULAR 
 SECÇÃO MEDULAR: 
 Completa: Déficit motor plégico. 
 Coluna cervical; 
 Quadriplegia  Lesão cervical; 
 Incontinência; 
 Paralisia respiratória. 
 Incompleta: Déficit motor não completo. 
 Abaixo de T-1; 
 Incontinência; 
 Paraplegia  Lesão dorsal/torácica; 
 Incompleta. 
CLASSIFICAÇÃO 
 CLASSIFICAÇÃO: 
 Concussão (transitória); 
 Completa (< 5% de recuperação); 
 Incompleta. 
 
 
EXAME NEUROLÓGICO
Subtipo Descrição 
N0 Neurologicamente intacto
N1 Déficit transitório 
N2 Radiculopatia 
N3 Lesão medular incompleta
N4 Lesão medular completa
NX Não avaliado 
LESÃO COMPLETA 
 LESÃO COMPLETA: Ausência total de sensibilidade e 
motricidade abaixo do nível da lesão. 
 Dependendo do nível da lesão, pode apresen
com disfunção autonômica e choque neurogênico
principalmente nas lesões cervicais e torácicas altas, 
pelas cadeias laterovertebrais simpáticas por perto.
 Bradicardia  Noradrenalina+Reposição volêmica
 Hipotensão; 
 Vasodilatação; 
 Priapismo; 
 Sudorese diminuída/arrepios abaixo da lesão;
 Poiquilotermia (temperatura corporal igual à 
temperatura do meio ambiente); 
 Alteração esfincteriana (retenção urinária).
LESÃO INCOMPLETA 
 
 LESÃO INCOMPLETA: 
 Síndrome anterior medular; 
 Brown-Séquard (hemissecção); 
 Síndrome medular central; 
 Síndrome do cone medular; 
 Não-medulares: Síndrome de Horner ou Cauda 
equina.EXAME NEUROLÓGICO 
Neurologicamente intacto 
 
Lesão medular incompleta 
Lesão medular completa 
 
Ausência total de sensibilidade e 
ndendo do nível da lesão, pode apresentar-se 
e choque neurogênico, 
principalmente nas lesões cervicais e torácicas altas, 
cadeias laterovertebrais simpáticas por perto. 
eposição volêmica; 
Sudorese diminuída/arrepios abaixo da lesão; 
emperatura corporal igual à 
Alteração esfincteriana (retenção urinária). 
 
 
medulares: Síndrome de Horner ou Cauda 
Síndrome de Brown
 Os feixes são o que importa. De acordo com a lesão, o 
tipo de lesão e o trajeto da lesão, pode
combinação infindável. 
 Os franceses, que foram os maior
planeta por 2 séculos, descreveram uma enorme 
quantidade de lesões medulares, com base nas 
combinações de alteração de sensibilidade profunda, 
superficial e piramidal. 
 As alterações podem ser diferentes para a motricidade 
(corticoespinhal), para a sensibilidade superficial e para 
a sensibilidade profunda (cordão posterior). 
 As combinações são variadas, de modo que nem 
sempre a lesão é exatamente proporcional para os 
níveis distintos de sensibilidade.
CHOQUE MEDULAR
 CHOQUE MEDULAR: 
neurológica. 
 Reflexos: 
 Tônus retal (pouco realizado no Brasil, mas a 
ausência de contração anal ao toque retal é 
um dado objetivo de gravidade em pacientes 
com trauma raquimedular)
 Reflexos flácidos abaixo de nível específico.
 Choque espinhal:
abaixo do nível da lesão na área afetada. 
Diagnóstico de momento, pois é um quadro que o 
paciente se recupera rapidamente caso se ofereça 
hidratação ou medicação vasopressora. 
 Flacidez; 
 Anestesia; 
 Perda de movimentos 
 Perda do controle vesical e entérico;
 Priapismo; 
 Hipotensão secundária à vasodilatação.
ESCALA DE FORÇA MOTO
 ESCALA DE FORÇA MOTORA:
 0: Sem contração (paralisia total);
 1: Contração muscular visível ou palpável sem
movimentação; 
 2: Movimento ativo com eliminação da gravidade;
 3: Movimento ativo contra gravidade;
 4: Movimento ativo contra resistência;
 5: Força normal. 
Síndrome de Brown-Séquard 
 
Os feixes são o que importa. De acordo com a lesão, o 
tipo de lesão e o trajeto da lesão, pode-se ter uma 
 
Os franceses, que foram os maiores neurologistas do 
planeta por 2 séculos, descreveram uma enorme 
quantidade de lesões medulares, com base nas 
combinações de alteração de sensibilidade profunda, 
 
As alterações podem ser diferentes para a motricidade 
hal), para a sensibilidade superficial e para 
a sensibilidade profunda (cordão posterior). 
As combinações são variadas, de modo que nem 
sempre a lesão é exatamente proporcional para os 
níveis distintos de sensibilidade. 
CHOQUE MEDULAR 
 Perda total da função 
(pouco realizado no Brasil, mas a 
ausência de contração anal ao toque retal é 
um dado objetivo de gravidade em pacientes 
com trauma raquimedular); 
Reflexos flácidos abaixo de nível específico. 
 Dano medular temporário 
abaixo do nível da lesão na área afetada. 
iagnóstico de momento, pois é um quadro que o 
paciente se recupera rapidamente caso se ofereça 
hidratação ou medicação vasopressora. 
Perda de movimentos (paralisia flácida); 
Perda do controle vesical e entérico; 
Hipotensão secundária à vasodilatação. 
ESCALA DE FORÇA MOTORA 
ESCALA DE FORÇA MOTORA: Fator prognóstico. 
Sem contração (paralisia total); 
Contração muscular visível ou palpável sem 
Movimento ativo com eliminação da gravidade; 
Movimento ativo contra gravidade; 
Movimento ativo contra resistência; 
 
LOCALIZAÇÃO DA LESÃO 
 
 LOCALIZAÇÃO DA LESÃO: Testa-se a sensibilidade tátil 
com um algodão ou passando o dedo e termoalgésica é 
testada com uma agulha estéril. Começa pelos pés e 
vai subindo, perguntando se sente ou não sente. 
 Dermátomos: Topografia da superfície corporal e 
raiz nervosa. 
 Localizações-chave: 
 Base do pescoço: C-3 
 5º dedo: C-7 
 Linha mamilar: T-4 
 Cicatriz umbilical: T-10 
 5º artelho: S-1 
 Miótomos: Musculatura e raízes nervosas. 
 Miótomos-chave: 
 Extensão do braço: C-5 
 Extensão do cotovelo: C-7 
 Abdução do 5º dedo: T-1 
 Extensão do joelho: L-3 
 Flexão do tornozelo: S-1 
 
IMOBILIZAÇÃO PRÉ-HOSPITALAR 
 IMOBILIZAÇÃO PRÉ-HOSPITALAR: 
 Padrão: Não há evidência de tratamento padrão. 
 Recomendações: Não há evidência de 
recomendações de tratamento. 
 Opções: Sugere-se que todo paciente submetido a 
trauma de coluna cervical, ou sob mecanismo 
traumático com potencial de provocar lesão 
medular deva ser imobilizado no local do acidente 
e durante o transporte, utilizando-se algum dos 
métodos disponíveis. 
 Uma combinação de colar cervical rígido e 
imobilização sobre superfície rígida com fixação 
(esparadrapo) é bastante efetiva para limitar a 
movimentação da coluna cervical. 
 O uso consagrada de imobilizar a coluna cervical 
com sacos de areia e esparadrapo não é 
recomendado! 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 
EXAMES DE IMAGEM 
 EXAMES DE IMAGEM: 
 Radiografia: Muito usada nas Emergências. 
 Tomografia Computadorizada: Muito usada 
também e os motivos vocês já sabem. 
 Ressonância Magnética: Raramente é realizada na 
Emergência, pois raras unidades possui disponível. 
É um exame mais sofisticado, usado para 
planejamento cirúrgico. 
RECOMENDAÇÕES 
 PACIENTES ASSINTOMÁTICOS: 
 Padrão: Avaliação radiológica é desnecessária em 
pacientes que estejam despertos, sem dor ou 
hipersensibilidade cervical e que não apresentem 
lesões traumáticas significativas que prejudiquem 
a avaliação. 
 
 
 PACIENTES SINTOMÁTICOS: 
 Padrão: 
 Radiografias em AP, perfil e trans-oral. 
 A TC está indicada para avaliação de áreas mal 
definidas ou mal identificadas na radiografia. 
 A imobilização cervical pode ser retirada: 
 Em pacientes despertos, com dor ou 
hipersensibilidade cervical, com RX e/ou 
TC normais, após radiografias funcionais 
normais ou RM normal. 
 Em pacientes torporosos com 
radiografias e/ou TC normais após 
exames funcionais normais por 
fluoroscopia ou RM normal. 
 
 
 
 
TIPOS DE LESÕES 
FRATURA DO ODONTÓIDE
 FRATURA DO ODONTOIDE: O odontóide faz parte da 
vértebra C2 e pode ocorrer em 3 localizações. 
 A medula passa bem atrás do odontóide, então
mobilidade do odontóide, se não for devidamente 
cuidado quando tiver fratura, pode produzir lesão da 
medula alta da transição bulbo-medular. 
 Se não cuidarmos e o paciente estiver bem com uma 
fratura desse nível, ele pode morrer porque nós não 
imobilizamos e o odontóide se move contra a medula, 
provocando uma paralisia definitiva, podendo causar 
até paralisia do centro respiratório se comprimir o 
bulbo. 
FRATURA CERVICAL (C2
 FRATURA CERVICAL (C2): Imagem de TC de coluna em 
corte axial (olhando da cabeça para os pés).
 O corpo da vértebra está fraturado, mas o canal 
medular está razoavelmente mantido. Logo, é possível 
que o paciente tenha uma fratura grave, sem ter lesão 
medular importante. 
 Se algum traumatismo comprometer por f
forame transverso, pode lesar a artéria vertebral, 
isquemiar a fossa posterior de medula e 
 
 
Pequena fratura da 
porção anterior da 
vértebra, que não causa 
lesão medular e não 
tem importância clínica, 
tendo apenas que usar 
o colar cervical por 
algumas semanas.
FRATURA DO ODONTÓIDE 
 
O odontóide faz parte da 
vértebra C2 e pode ocorrer em 3 localizações. 
atrás do odontóide, então a 
mobilidade do odontóide, se não for devidamente 
cuidado quando tiver fratura, pode produzir lesão da 
medular. 
Se não cuidarmos e o paciente estiver bem com uma 
r porque nós não 
imobilizamos e o odontóide se move contra a medula, 
provocando uma paralisia definitiva, podendo causar 
até paralisia do centro respiratório se comprimir o 
FRATURA CERVICAL (C2) 
 
Imagem de TC de coluna em 
corte axial (olhando da cabeça para os pés). 
O corpo da vértebra está fraturado, mas o canal 
medular está razoavelmente mantido. Logo, é possível 
que o paciente tenha uma fratura grave, sem ter lesão 
traumatismo comprometer porfratura o 
pode lesar a artéria vertebral, 
isquemiar a fossa posterior de medula e indo a óbito. 
 TC de coluna com deslocamento entre C2 e C3, 
formando um degrau, que pode produzir uma lesão na 
medula. Esse paciente precisará de uma tração 
transcraniana para tentar alinhar a coluna e 
possível compressão da medula, com posterior cirurgia 
de fixação, pois se a tração for simplesmente retirada, 
a coluna escorregará novamente.
 
Fratura-
TRM DORSO
 
Fratura-luxação dorsal
TRM dorso-lombar – Imagens pré e pós op
Pequena fratura da 
porção anterior da 
vértebra, que não causa 
lesão medular e não 
tem importância clínica, 
tendo apenas que usar 
o colar cervical por 
algumas semanas. 
 
TC de coluna com deslocamento entre C2 e C3, 
formando um degrau, que pode produzir uma lesão na 
medula. Esse paciente precisará de uma tração 
transcraniana para tentar alinhar a coluna e evitar uma 
possível compressão da medula, com posterior cirurgia 
de fixação, pois se a tração for simplesmente retirada, 
a coluna escorregará novamente. 
 
luxação cervical 
TRM DORSO-LOMBAR 
 
luxação dorsal 
 
 
 
Imagens pré e pós op de artrodese 
 
Trauma dorsal alto com região sem coluna de líquor 
(sinal de compressão medular)  Achado de RM
TRATAMENTO MEDIEVAL
 TRATAMENTO MEDIEVAL: No trauma cervical, os 
egípcios penduravam os pacientes pelos pés para 
tentar alinhar a coluna. Já na lesão de coluna dorsal, 
deixavam o paciente deitado numa cama e sentavam 
em cima, na tentativa de a vértebra voltar para o lugar.
INSTABILIDADE 
 INSTABILIDADE: É a perda da capacidade da coluna, 
em condições fisiológicas de carga, de manter o 
relacionamento entre as vértebras, de maneira que 
não haja dano ou irritação subsequente da medula ou 
raízes nervosas, e além disso, não exista o 
desenvolvimento de deformidade incapacitante ou dor 
durante as mudanças estruturais. 
 Basicamente, quando existe uma fratura da coluna, 
seja cervical, dorsal ou lombar, a coluna pode se tornar 
instável pela ruptura de ossos ou ligamentos, 
provocando dor e sendo um fator agravante da lesão 
se o paciente não tiver lesão completa. 
 A instabilidade deve ser tratada, promovendo 
estabilidade, obtida através da artrodese.
TRATAMENTO 
 IMOBILIZAÇÃO: Colar filadelfia, usado por exemplo em 
uma fratura de odontóide, sem sintomas neurológicos. 
Usa por 3, 6, 8 semanas, acompanhando com RX.
 REDUÇÃO DE LUXAÇÃO: Tração transcraniana.
 ESTABILIZAÇÃO: Recomendada para les
feita através de artrodese ou halo colete (colete de 
plástico com velcro que se fixa no crânio do paciente, 
deixando a coluna cervical imobilizada).
 DESCOMPRESSÃO MEDULAR: Laminectomia.
 
 
Trauma dorsal alto com região sem coluna de líquor 
Achado de RM 
TRATAMENTO MEDIEVAL 
 
No trauma cervical, os 
egípcios penduravam os pacientes pelos pés para 
tentar alinhar a coluna. Já na lesão de coluna dorsal, 
deixavam o paciente deitado numa cama e sentavam 
em cima, na tentativa de a vértebra voltar para o lugar. 
É a perda da capacidade da coluna, 
em condições fisiológicas de carga, de manter o 
relacionamento entre as vértebras, de maneira que 
não haja dano ou irritação subsequente da medula ou 
raízes nervosas, e além disso, não exista o 
formidade incapacitante ou dor 
Basicamente, quando existe uma fratura da coluna, 
a coluna pode se tornar 
instável pela ruptura de ossos ou ligamentos, 
provocando dor e sendo um fator agravante da lesão 
 
A instabilidade deve ser tratada, promovendo 
estabilidade, obtida através da artrodese. 
Colar filadelfia, usado por exemplo em 
uma fratura de odontóide, sem sintomas neurológicos. 
Usa por 3, 6, 8 semanas, acompanhando com RX. 
Tração transcraniana. 
esões instáveis, é 
a através de artrodese ou halo colete (colete de 
plástico com velcro que se fixa no crânio do paciente, 
deixando a coluna cervical imobilizada). 
Laminectomia. 
DESCOMPRESSÃO
 DESCOMPRESSÃO: 
 Lesões completas: 
paciente está plégico, porque não vai adiantar 
nada, visto que o paciente não irá recuperar. Pode, 
no entanto, realizar estabilização.
 Compressão medular com déficit incompleto não 
progressivo: Em pacientes paréticos, que possuem 
chance de recuperação, a cirurgia é necessária por 
duas razões (fratura luxação instável
ou compressão posterior
se tira todas as lâminas de trás para dar espaço 
para a medula). 
 Descompressão o mais rápido possível 
(problemas clínicos tem prioridade).
 Descompressão tardia pode ter benefício.
CONCEITO DAS TRÊS CO
 CONCEITO DAS TRÊS COLUNAS DE DENIS:
 1. Coluna Anterior:
anterior, parte anterior do corpo vertebral, parte 
anterior do disco intervertebral.
 2. Complexo ósteo
posterior do corpo vertebral, ligamento 
longitudinal posterior,
posterior. 
 3. Posterior: Apófise espinhosa.
HALO 
COLETE 
Pinos 
Camada 
óssea 
externa 
Camada 
óssea 
interna 
 
DESCOMPRESSÃO 
Lesões completas: Não descomprimir se o 
paciente está plégico, porque não vai adiantar 
nada, visto que o paciente não irá recuperar. Pode, 
no entanto, realizar estabilização. 
Compressão medular com déficit incompleto não 
Em pacientes paréticos, que possuem 
chance de recuperação, a cirurgia é necessária por 
fratura luxação instável  artrodese 
compressão posterior  laminectomia, em que 
se tira todas as lâminas de trás para dar espaço 
Descompressão o mais rápido possível 
(problemas clínicos tem prioridade). 
Descompressão tardia pode ter benefício. 
CONCEITO DAS TRÊS COLUNAS (DENIS) 
 
CONCEITO DAS TRÊS COLUNAS DE DENIS: 
Anterior: Ligamento longitudinal 
anterior, parte anterior do corpo vertebral, parte 
anterior do disco intervertebral. 
Complexo ósteo-ligamentar do meio: Parede 
r do corpo vertebral, ligamento 
posterior, disco intervertebral 
Apófise espinhosa. 
 
 Lesão estável: Quando há lesão de somente um dos 
três compartimentos. 
 Lesão instável: Quando há lesão de dois 
compartimentos da coluna, sendo necessário um 
procedimento de fixação (artrodese). 
PROGNÓSTICO 
 ESCALA DE DEFICIÊNCIA ASIA (72h): 
 A – Completa: Sem funções motoras ou sensitivas 
preservadas em S4-S5. 
 B – Incompleta: Função sensitiva preservada 
abaixo do nível neurológico, estendida para S4-S5. 
 C – Incompleta: Função motora preservada abaixo 
do nível neurológico. Maioria dos músculos 
importantes tem força < grau 3. 
 D – Incompleta: Função motora preservada abaixo 
do nível neurológico. Maioria dos músculos 
importantes tem força > grau 3. 
 E – Normal: Funções motora e sensitiva normais. 
 
 PROGNÓSTICO: 
 Lesão medular completa (classe A) após 72h: 10-
15% melhoram. Apenas 3% melhoram para atingir 
classe D. 
 Classe B após 72h: 54% melhoram para um grau 
menor de fraqueza muscular. 
 Classe C e D após 72h: 86% irão alcançar função 
motora útil abaixo do nível da lesão.

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