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Trauma Raquimedular TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) TRAUMA RAQUIMEDULAR: Lesão osteo-ligamentar, com ou sem comprometimento neurológico associado, que é resultante da ação de forças externas sobre a coluna vertebral. Mecanismos primários: Contusão, compressão, desaceleração, cisalhamento, distração, laceração. Mecanismos secundários: Hipóxia, isquemia, desvios iônicos, excitotoxicidade, eicosanóides, radicais livres, peroxidação de lipídios, prostaglandinas, apoptose. MANEJO INICIAL DO TRM ATLS ATLS: Politrauma = TRM; ABC do trauma; Imobilização; Transporte. ABCD do TRM: A Oxigenação arterial; B Fluxo sanguíneo; C Complicações; D Descompressão; E Extras. A Arterial Oxygenation: O paciente deve estar devidamente oxigenado e com a adequada saturação de O2. É um paciente que se necessário deve ter cateter O2, óculos nasal, entubado, etc. Essa decisão é do médico que o atende na Emergência, SAMU ou Socorrista. Isso é importante para não adicionar dano adicional à medula por falta de oxigenação. Saturação de O2 é tardia!!! Aumento da frequência respiratória; Aparência de fadiga respiratória; Diminuição da capacidade vital; Aumento da pCO2 arterial. B Blood flow: Um paciente submetido a um trauma de crânio, raquimedular ou ambos pode ter hipotensão arterial de origem medular (alteração no sistema simpático), por sangramento, etc. Esses pacientes devem ter a PA corrigida de qualquer maneira. Manter PAM 85-90 mmHg por 7 dias. Corrigir hipotensão; Cristaloides; Coloides; Sangue; Dopamina/norepinefrina. C Complications: Tratamento precoce e profilaxia para evitar tais condições, pois alteram muito a morbimortalidade desses pacientes com TRM. Desde o início deve-se prevenir, mas elas são muito mais frequentes ao longo dos dias e semanas. Pneumonia: AACP – Temp > 38, leucocitose ou leucopenia, secreções purulentas, hipóxia (2 ou +); Tromboembolismo: Profilaxia com HBPM, camas rotativas, heparina dose-ajustada, HBPM + compressão pneumática. Úlceras de decúbito: Fonte de septicemia, morte. D Descompression: Tratamento cirúrgico. Tração cervical/transcraniano; Cirurgia precoce de descompressão em si. E Extras: Tratamento farmacológico. Não há nenhum guideline ou standart, apenas recomendações. A recomendação é: Corticosteroides NÃO são efetivos para trauma de coluna e aumentam a morbidade, assim como não funcionam para trauma de crânio. O mesmo serve para os gangliosídeos. Metilprednisolona/SoluMedrol; Gangliosídeos. CLASSIFICAÇÃO DE FRANKEL Grau A Completa Ausência de qualquer atividade motora voluntária e de sensibilidade Grau B Incompleta Presença apenas de sensibilidade Grau C Incompleta Presença de atividade motora voluntária, mas com força motora menor que III Grau D Incompleta Presença de atividade motora voluntária, com força motora maior ou igual a III Grau E Normal Exame neurológico normal Artéria que irriga a medula: Artéria espinhal anterior, que corre bem na linha média, no sulco mediano. O feixe piramidal é anterolateral e os feixes sensitivos, cordonais e da sensibilidade profunda são bem posteriores e a sensibilidade é mais lateral. Dessa forma, se houver um trauma com luxação e compressão da artéria espinhal anterior, haverá sofrimento das áreas que são mais ao redor da região irrigada pela artéria espinhal anterior, pois a porção posterior da medula é irrigada pelas artérias espinais posteriores (uma de cada lado). Assim, uma lesão isquêmica traumática da artéria espinal anterior costuma se manifestar por sintomas motores; enquanto que as artérias posteriores dão muito mais lesão isquêmica dos feixes sensitivos. Exemplo: Grau B é o paciente que tem um trauma, luxação ou hérnia de disco que comprima a artéria espinal anterior, com sintomas motores e não sensitivos. A maioria das lesões é motora + sensitiva. CIRURGIAS DE DESCOMPRESSÃO TRAÇÃO CERVICAL/TRANSCRANIANA CIRURGIAS DE TRAÇÃO CERVICAL/TRANSCRANIANO: Se um paciente tem uma luxação da coluna, é porque ela a deslocou. Se ela está deslocada, para se conseguir fazer uma posterior fixação, pra ela não perder seu alinhamento, deve-se realizar a tração cervical ou transcraniana. Utiliza-se um halo com parafusos que se prendem na tábua externa. Uma vez fixado no crânio, o gancho da porção superior é usado com cordas e pesos. O paciente fica deitado na cama, com a cabeceira o mais elevado que os pés, pra ter o contrapeso do corpo, coloca-se uns 4kg ou 5kg e posteriormente o paciente é acompanhado com radiografias, para verificar se a tração está permitindo o alinhamento das vértebras cervicais novamente. É um procedimento frequente, usado apenas para lesões de coluna cervical. CIRURGIA EM SI (PRECOCE) CIRURGIA PRECOCE DE DESCOMPRESSÃO EM SI: Pode-se descomprimir a coluna pela frente ou por trás. Geralmente se escolhe anterior ou posterior de acordo com o tipo de lesão. A laminectomia (abordagem das lâminas por via posterior) ou a abordagem anterior com dissectomia (retirada de um disco), são decididas de acordo com cada caso e sua fisiopatogenia/origem. CIRURGIA DE ESTABILIZAÇÃO CIRURGIA DE ESTABILIZAÇÃO: Denominada artrodese, é um procedimento de fixação da coluna. FISIOPATOLOGIA DA LESÃO MEDULAR LACERAÇÃO LACERAÇÃO: Causas: Semelhantes às do trauma de crânio, como contusão, traumatismo fechado, fratura simples com contusão em baixo, ferimento penetrante por arma branca ou projétil, etc. Fragmentos ósseos no canal medular Medula pode estirar-se até rasgar Hemorragia do tecido medular, swelling e interrupção dos impulsos. Associada a contusão, laceração ou estiramento. A massa cerebral pesa vários quilos, mas o diâmetro latero-lateral da medula é de cerca de 3 cm, então qualquer ferimento tem alto risco de laceração medular completa. A morbidade da lesão medular é maior do que na lesão crânio-encefálica, mas a mortalidade é menor do que na lesão cerebral, justamente pelo volume de tecido de sistema nervoso. Comoção: Similar à comoção cerebral, com alteração temporária e transitória da função medular. Contusão: Dano medular, dano tecidual, extravasamento vascular e “swelling”. Compressão: Pode ser secundária a: Deslocamento das vértebras Herniação de disco intervertebral Deslocamento de fragmentos ósseos vertebrais Swelling do tecido adjacente. SECÇÃO MEDULAR SECÇÃO MEDULAR: Completa: Déficit motor plégico. Coluna cervical; Quadriplegia Lesão cervical; Incontinência; Paralisia respiratória. Incompleta: Déficit motor não completo. Abaixo de T-1; Incontinência; Paraplegia Lesão dorsal/torácica; Incompleta. CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO: Concussão (transitória); Completa (< 5% de recuperação); Incompleta. EXAME NEUROLÓGICO Subtipo Descrição N0 Neurologicamente intacto N1 Déficit transitório N2 Radiculopatia N3 Lesão medular incompleta N4 Lesão medular completa NX Não avaliado LESÃO COMPLETA LESÃO COMPLETA: Ausência total de sensibilidade e motricidade abaixo do nível da lesão. Dependendo do nível da lesão, pode apresen com disfunção autonômica e choque neurogênico principalmente nas lesões cervicais e torácicas altas, pelas cadeias laterovertebrais simpáticas por perto. Bradicardia Noradrenalina+Reposição volêmica Hipotensão; Vasodilatação; Priapismo; Sudorese diminuída/arrepios abaixo da lesão; Poiquilotermia (temperatura corporal igual à temperatura do meio ambiente); Alteração esfincteriana (retenção urinária). LESÃO INCOMPLETA LESÃO INCOMPLETA: Síndrome anterior medular; Brown-Séquard (hemissecção); Síndrome medular central; Síndrome do cone medular; Não-medulares: Síndrome de Horner ou Cauda equina.EXAME NEUROLÓGICO Neurologicamente intacto Lesão medular incompleta Lesão medular completa Ausência total de sensibilidade e ndendo do nível da lesão, pode apresentar-se e choque neurogênico, principalmente nas lesões cervicais e torácicas altas, cadeias laterovertebrais simpáticas por perto. eposição volêmica; Sudorese diminuída/arrepios abaixo da lesão; emperatura corporal igual à Alteração esfincteriana (retenção urinária). medulares: Síndrome de Horner ou Cauda Síndrome de Brown Os feixes são o que importa. De acordo com a lesão, o tipo de lesão e o trajeto da lesão, pode combinação infindável. Os franceses, que foram os maior planeta por 2 séculos, descreveram uma enorme quantidade de lesões medulares, com base nas combinações de alteração de sensibilidade profunda, superficial e piramidal. As alterações podem ser diferentes para a motricidade (corticoespinhal), para a sensibilidade superficial e para a sensibilidade profunda (cordão posterior). As combinações são variadas, de modo que nem sempre a lesão é exatamente proporcional para os níveis distintos de sensibilidade. CHOQUE MEDULAR CHOQUE MEDULAR: neurológica. Reflexos: Tônus retal (pouco realizado no Brasil, mas a ausência de contração anal ao toque retal é um dado objetivo de gravidade em pacientes com trauma raquimedular) Reflexos flácidos abaixo de nível específico. Choque espinhal: abaixo do nível da lesão na área afetada. Diagnóstico de momento, pois é um quadro que o paciente se recupera rapidamente caso se ofereça hidratação ou medicação vasopressora. Flacidez; Anestesia; Perda de movimentos Perda do controle vesical e entérico; Priapismo; Hipotensão secundária à vasodilatação. ESCALA DE FORÇA MOTO ESCALA DE FORÇA MOTORA: 0: Sem contração (paralisia total); 1: Contração muscular visível ou palpável sem movimentação; 2: Movimento ativo com eliminação da gravidade; 3: Movimento ativo contra gravidade; 4: Movimento ativo contra resistência; 5: Força normal. Síndrome de Brown-Séquard Os feixes são o que importa. De acordo com a lesão, o tipo de lesão e o trajeto da lesão, pode-se ter uma Os franceses, que foram os maiores neurologistas do planeta por 2 séculos, descreveram uma enorme quantidade de lesões medulares, com base nas combinações de alteração de sensibilidade profunda, As alterações podem ser diferentes para a motricidade hal), para a sensibilidade superficial e para a sensibilidade profunda (cordão posterior). As combinações são variadas, de modo que nem sempre a lesão é exatamente proporcional para os níveis distintos de sensibilidade. CHOQUE MEDULAR Perda total da função (pouco realizado no Brasil, mas a ausência de contração anal ao toque retal é um dado objetivo de gravidade em pacientes com trauma raquimedular); Reflexos flácidos abaixo de nível específico. Dano medular temporário abaixo do nível da lesão na área afetada. iagnóstico de momento, pois é um quadro que o paciente se recupera rapidamente caso se ofereça hidratação ou medicação vasopressora. Perda de movimentos (paralisia flácida); Perda do controle vesical e entérico; Hipotensão secundária à vasodilatação. ESCALA DE FORÇA MOTORA ESCALA DE FORÇA MOTORA: Fator prognóstico. Sem contração (paralisia total); Contração muscular visível ou palpável sem Movimento ativo com eliminação da gravidade; Movimento ativo contra gravidade; Movimento ativo contra resistência; LOCALIZAÇÃO DA LESÃO LOCALIZAÇÃO DA LESÃO: Testa-se a sensibilidade tátil com um algodão ou passando o dedo e termoalgésica é testada com uma agulha estéril. Começa pelos pés e vai subindo, perguntando se sente ou não sente. Dermátomos: Topografia da superfície corporal e raiz nervosa. Localizações-chave: Base do pescoço: C-3 5º dedo: C-7 Linha mamilar: T-4 Cicatriz umbilical: T-10 5º artelho: S-1 Miótomos: Musculatura e raízes nervosas. Miótomos-chave: Extensão do braço: C-5 Extensão do cotovelo: C-7 Abdução do 5º dedo: T-1 Extensão do joelho: L-3 Flexão do tornozelo: S-1 IMOBILIZAÇÃO PRÉ-HOSPITALAR IMOBILIZAÇÃO PRÉ-HOSPITALAR: Padrão: Não há evidência de tratamento padrão. Recomendações: Não há evidência de recomendações de tratamento. Opções: Sugere-se que todo paciente submetido a trauma de coluna cervical, ou sob mecanismo traumático com potencial de provocar lesão medular deva ser imobilizado no local do acidente e durante o transporte, utilizando-se algum dos métodos disponíveis. Uma combinação de colar cervical rígido e imobilização sobre superfície rígida com fixação (esparadrapo) é bastante efetiva para limitar a movimentação da coluna cervical. O uso consagrada de imobilizar a coluna cervical com sacos de areia e esparadrapo não é recomendado! DIAGNÓSTICO POR IMAGEM EXAMES DE IMAGEM EXAMES DE IMAGEM: Radiografia: Muito usada nas Emergências. Tomografia Computadorizada: Muito usada também e os motivos vocês já sabem. Ressonância Magnética: Raramente é realizada na Emergência, pois raras unidades possui disponível. É um exame mais sofisticado, usado para planejamento cirúrgico. RECOMENDAÇÕES PACIENTES ASSINTOMÁTICOS: Padrão: Avaliação radiológica é desnecessária em pacientes que estejam despertos, sem dor ou hipersensibilidade cervical e que não apresentem lesões traumáticas significativas que prejudiquem a avaliação. PACIENTES SINTOMÁTICOS: Padrão: Radiografias em AP, perfil e trans-oral. A TC está indicada para avaliação de áreas mal definidas ou mal identificadas na radiografia. A imobilização cervical pode ser retirada: Em pacientes despertos, com dor ou hipersensibilidade cervical, com RX e/ou TC normais, após radiografias funcionais normais ou RM normal. Em pacientes torporosos com radiografias e/ou TC normais após exames funcionais normais por fluoroscopia ou RM normal. TIPOS DE LESÕES FRATURA DO ODONTÓIDE FRATURA DO ODONTOIDE: O odontóide faz parte da vértebra C2 e pode ocorrer em 3 localizações. A medula passa bem atrás do odontóide, então mobilidade do odontóide, se não for devidamente cuidado quando tiver fratura, pode produzir lesão da medula alta da transição bulbo-medular. Se não cuidarmos e o paciente estiver bem com uma fratura desse nível, ele pode morrer porque nós não imobilizamos e o odontóide se move contra a medula, provocando uma paralisia definitiva, podendo causar até paralisia do centro respiratório se comprimir o bulbo. FRATURA CERVICAL (C2 FRATURA CERVICAL (C2): Imagem de TC de coluna em corte axial (olhando da cabeça para os pés). O corpo da vértebra está fraturado, mas o canal medular está razoavelmente mantido. Logo, é possível que o paciente tenha uma fratura grave, sem ter lesão medular importante. Se algum traumatismo comprometer por f forame transverso, pode lesar a artéria vertebral, isquemiar a fossa posterior de medula e Pequena fratura da porção anterior da vértebra, que não causa lesão medular e não tem importância clínica, tendo apenas que usar o colar cervical por algumas semanas. FRATURA DO ODONTÓIDE O odontóide faz parte da vértebra C2 e pode ocorrer em 3 localizações. atrás do odontóide, então a mobilidade do odontóide, se não for devidamente cuidado quando tiver fratura, pode produzir lesão da medular. Se não cuidarmos e o paciente estiver bem com uma r porque nós não imobilizamos e o odontóide se move contra a medula, provocando uma paralisia definitiva, podendo causar até paralisia do centro respiratório se comprimir o FRATURA CERVICAL (C2) Imagem de TC de coluna em corte axial (olhando da cabeça para os pés). O corpo da vértebra está fraturado, mas o canal medular está razoavelmente mantido. Logo, é possível que o paciente tenha uma fratura grave, sem ter lesão traumatismo comprometer porfratura o pode lesar a artéria vertebral, isquemiar a fossa posterior de medula e indo a óbito. TC de coluna com deslocamento entre C2 e C3, formando um degrau, que pode produzir uma lesão na medula. Esse paciente precisará de uma tração transcraniana para tentar alinhar a coluna e possível compressão da medula, com posterior cirurgia de fixação, pois se a tração for simplesmente retirada, a coluna escorregará novamente. Fratura- TRM DORSO Fratura-luxação dorsal TRM dorso-lombar – Imagens pré e pós op Pequena fratura da porção anterior da vértebra, que não causa lesão medular e não tem importância clínica, tendo apenas que usar o colar cervical por algumas semanas. TC de coluna com deslocamento entre C2 e C3, formando um degrau, que pode produzir uma lesão na medula. Esse paciente precisará de uma tração transcraniana para tentar alinhar a coluna e evitar uma possível compressão da medula, com posterior cirurgia de fixação, pois se a tração for simplesmente retirada, a coluna escorregará novamente. luxação cervical TRM DORSO-LOMBAR luxação dorsal Imagens pré e pós op de artrodese Trauma dorsal alto com região sem coluna de líquor (sinal de compressão medular) Achado de RM TRATAMENTO MEDIEVAL TRATAMENTO MEDIEVAL: No trauma cervical, os egípcios penduravam os pacientes pelos pés para tentar alinhar a coluna. Já na lesão de coluna dorsal, deixavam o paciente deitado numa cama e sentavam em cima, na tentativa de a vértebra voltar para o lugar. INSTABILIDADE INSTABILIDADE: É a perda da capacidade da coluna, em condições fisiológicas de carga, de manter o relacionamento entre as vértebras, de maneira que não haja dano ou irritação subsequente da medula ou raízes nervosas, e além disso, não exista o desenvolvimento de deformidade incapacitante ou dor durante as mudanças estruturais. Basicamente, quando existe uma fratura da coluna, seja cervical, dorsal ou lombar, a coluna pode se tornar instável pela ruptura de ossos ou ligamentos, provocando dor e sendo um fator agravante da lesão se o paciente não tiver lesão completa. A instabilidade deve ser tratada, promovendo estabilidade, obtida através da artrodese. TRATAMENTO IMOBILIZAÇÃO: Colar filadelfia, usado por exemplo em uma fratura de odontóide, sem sintomas neurológicos. Usa por 3, 6, 8 semanas, acompanhando com RX. REDUÇÃO DE LUXAÇÃO: Tração transcraniana. ESTABILIZAÇÃO: Recomendada para les feita através de artrodese ou halo colete (colete de plástico com velcro que se fixa no crânio do paciente, deixando a coluna cervical imobilizada). DESCOMPRESSÃO MEDULAR: Laminectomia. Trauma dorsal alto com região sem coluna de líquor Achado de RM TRATAMENTO MEDIEVAL No trauma cervical, os egípcios penduravam os pacientes pelos pés para tentar alinhar a coluna. Já na lesão de coluna dorsal, deixavam o paciente deitado numa cama e sentavam em cima, na tentativa de a vértebra voltar para o lugar. É a perda da capacidade da coluna, em condições fisiológicas de carga, de manter o relacionamento entre as vértebras, de maneira que não haja dano ou irritação subsequente da medula ou raízes nervosas, e além disso, não exista o formidade incapacitante ou dor Basicamente, quando existe uma fratura da coluna, a coluna pode se tornar instável pela ruptura de ossos ou ligamentos, provocando dor e sendo um fator agravante da lesão A instabilidade deve ser tratada, promovendo estabilidade, obtida através da artrodese. Colar filadelfia, usado por exemplo em uma fratura de odontóide, sem sintomas neurológicos. Usa por 3, 6, 8 semanas, acompanhando com RX. Tração transcraniana. esões instáveis, é a através de artrodese ou halo colete (colete de plástico com velcro que se fixa no crânio do paciente, deixando a coluna cervical imobilizada). Laminectomia. DESCOMPRESSÃO DESCOMPRESSÃO: Lesões completas: paciente está plégico, porque não vai adiantar nada, visto que o paciente não irá recuperar. Pode, no entanto, realizar estabilização. Compressão medular com déficit incompleto não progressivo: Em pacientes paréticos, que possuem chance de recuperação, a cirurgia é necessária por duas razões (fratura luxação instável ou compressão posterior se tira todas as lâminas de trás para dar espaço para a medula). Descompressão o mais rápido possível (problemas clínicos tem prioridade). Descompressão tardia pode ter benefício. CONCEITO DAS TRÊS CO CONCEITO DAS TRÊS COLUNAS DE DENIS: 1. Coluna Anterior: anterior, parte anterior do corpo vertebral, parte anterior do disco intervertebral. 2. Complexo ósteo posterior do corpo vertebral, ligamento longitudinal posterior, posterior. 3. Posterior: Apófise espinhosa. HALO COLETE Pinos Camada óssea externa Camada óssea interna DESCOMPRESSÃO Lesões completas: Não descomprimir se o paciente está plégico, porque não vai adiantar nada, visto que o paciente não irá recuperar. Pode, no entanto, realizar estabilização. Compressão medular com déficit incompleto não Em pacientes paréticos, que possuem chance de recuperação, a cirurgia é necessária por fratura luxação instável artrodese compressão posterior laminectomia, em que se tira todas as lâminas de trás para dar espaço Descompressão o mais rápido possível (problemas clínicos tem prioridade). Descompressão tardia pode ter benefício. CONCEITO DAS TRÊS COLUNAS (DENIS) CONCEITO DAS TRÊS COLUNAS DE DENIS: Anterior: Ligamento longitudinal anterior, parte anterior do corpo vertebral, parte anterior do disco intervertebral. Complexo ósteo-ligamentar do meio: Parede r do corpo vertebral, ligamento posterior, disco intervertebral Apófise espinhosa. Lesão estável: Quando há lesão de somente um dos três compartimentos. Lesão instável: Quando há lesão de dois compartimentos da coluna, sendo necessário um procedimento de fixação (artrodese). PROGNÓSTICO ESCALA DE DEFICIÊNCIA ASIA (72h): A – Completa: Sem funções motoras ou sensitivas preservadas em S4-S5. B – Incompleta: Função sensitiva preservada abaixo do nível neurológico, estendida para S4-S5. C – Incompleta: Função motora preservada abaixo do nível neurológico. Maioria dos músculos importantes tem força < grau 3. D – Incompleta: Função motora preservada abaixo do nível neurológico. Maioria dos músculos importantes tem força > grau 3. E – Normal: Funções motora e sensitiva normais. PROGNÓSTICO: Lesão medular completa (classe A) após 72h: 10- 15% melhoram. Apenas 3% melhoram para atingir classe D. Classe B após 72h: 54% melhoram para um grau menor de fraqueza muscular. Classe C e D após 72h: 86% irão alcançar função motora útil abaixo do nível da lesão.
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