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Laís R. Saad – T9 Sondar e Drenar Utilizados para: V drenar líquidos e ar; V introduzir líquidos por uma cavidade corpórea ou órgão. Cada dreno tem um manuseio e colocação específico, é necessário ficar um rótulo, ao final, para identificação. SONDAS sonda nasogástrica Penetra pelas narinas e tem trajeto para baixo. É contraindicado em fraturas dos ossos da face; obstrução nasofaríngea – nessas situações usar sonda orogástrica -. Indicado para: V descompressão do estomago e intestino delgado; V administração de medicamentos; V nutrição enteral e lavagem gástrica. O paciente deve ser colocado na posição sentada ou decúbito dorsal com a cabeceira à 45º e cabeça fletida. Usar anestésico tópico/lubrificante para a passagem. Orienta-se o paciente a deglutir à medida que passa a sonda através da hipofaringe, pelo esôfago até o estomago. Verifica-se se a localização está correta através da aspiração de conteúdo gástrico ou pela lavagem com 30 a 60ml de ar e auscultando o ruído no quadrante superior esquerdo. Em casos de passagem da sonda para fim de alimentação, SEMPRE pedir radiografia para confirmar da localização. As sondas que são passadas durante o ato cirúrgico devem ter sua posição confirmada pela palpação antes do fechamento do abdome. Complicações: V possibilidade de passagem através da placa cribiforme para o cérebro em paciente com fratura da base do crânio; V podem comprometer o funcionamento do esfíncter esofágico inferior; V associados a refluxo gastresofágico, estenose de esôfago e aspiração brônquica de conteúdo gástrico; V perfurações de esôfago, estomago ou duodedo (raras) causam sequelas graves, como mediastinite ou peritonite; V necrose da pele do nariz; V podem provocar sinusite, bloqueando a drenagem normal do seio; V saída acidental da sonda. P sonda de levin É um tubo de borracha, com a ponta fechada e 4 orifícios. Seu calibre é numerado em escala francesa, cada unidade contem 0,33 mm. P sonda de nelaton É usado em RN, para aspiração traqueal, descompressão da bexiga quando não for necessário deixar um tudo permanente. P sonda de dupla-luz/ argyle salem Ideais para descompressão; apresentam uma faixa radiopaca que é facilmente distinguível nas radiografias de abdômen. sonda nasojejunal Podem ser passadas no leito ou através da floroscopia ou endoscopia, para assegurar a passagem através do piloro (pelo ligamento de Treitz). É necessário administrar metoclopramida EV, 10 min. antes de inserir a sonda. Indicado para: V descompressão do intestino delgado; V administração de medicamentos; V nutrição enteral. Se a sonda NG ou OG estiver posicionada no estomago, colher material aspirado e observar sua cor e pH. Continuar introduzir a sonda até o intestino delgado lentamente. Infundir aprox. 60 ml de ar, lentamente, iniciando na altura de 70-75 cm até a marca de 100cm, para ajudar a abrir o piloro. sonda intestinal longa Utilizadas para intubar o intestino delgado, para tratamento de obstrução provocado por aderências. Podem ser passadas manualmente por ocasião da operação, introduzidas endoscopicamente ou colocadas beira leito. sonda de sengstaken-blakemore Sonda de duplo balão, utilizada para tamponar hemorragia proveniente de varizes gastroesofágicas. Medida salvadora de vida até ser feito derivação portossistêmica intra-hepática transjugular ou intervenção cirúrgica. Não utilizar em suspeita de lesão por Mallory-Weiss, pois existe risco de rotura esofágica. Ineficaz para tratamento de hemorragia por varizes gástricas ou gastropatia portal, pois o balão gástrico tampona apenas a cárdia gástrica. Laís R. Saad – T9 sonda naso-biliar Constituídas de silicone macio, com uma única luz. Drenam colédoco em pacientes que necessitam de descompressão da árvore biliar. Introduzidas utilizando endoscopia e conectadas a um dreno de gravidade. sonda de gastrostomia Chegam ao estomago através da parede abdominal anterior e podem ser alocadas cirúrgica, endoscópica ou radiologicamente. Indicado para: V descompressão do intestino delgado; V administração de medicamentos; V nutrição enteral. As sondas para alimentação têm só uma luz. P por laparotomia (à stamm) Incisão com bisturi no centro da sutura e colocação da sonda Malecot, Pezzer ou Foley, na extensão de 5-6cm, seguida de fechamento de sutura em bolsa. OBS: a recolocação da sonda exige um trajeto maduro para evitar a perda do acesso. O período de maturação varia de 1-2sem, de acordo com cada sonda. O ideal é a sonda ser trocada com utilização do fio guia sob orientação fluoroscópica, para diminuir a possibilidade de mau posicionamento. Os acessos fecham espontaneamente em 1-2 dias. sonda de jejunostomia P à witzel Fixa o jejuno à parede abdominal anterior com pontos cardinais entre seromuscular do jejuno e peritônio parietal, em torno e juntos da sonda. Depois, fixa a sonda à pele com um ponto de fio inabsorvível. sonda urinária P supra-púbica Utilizadas pra drenar a urina em pacientes com obstrução, são passadas através da parede abdominal anterior, por abocath, intracath ou trocanters. P foley (extremidade balonada) De látex ou silicone com ponta balonada, colocadas na bexiga através da uretra e deixada para drenagem por gravidade. DRENOS São utilizados para a remoção de acúmulos anormais no interior da cavidade ou nos permeios da parede abdominal. Há 2 tipos de drenagem: V Profilática: finalidade impedir o acúmulo de secreções; V Terapêutica: destinada para promover a saída de algum material. Na parede abdominal podem ser utilizadas com o objetivo de drenar secreções purulentas (abcessos) ou diminuir espaço morto e eliminar restos de soro, sangue e tecidos. Os drenos são rapidamente circundados pelo intestino ou omento, isolando-os em um trajeto estreito, sinuoso e ineficaz, caso não haja drenagem, por isso, deve-se evitar, quando possível, a drenagem profilática do abdome, e sim realizar uma cirurgia cuidadosa, com boa lavagem e hemostasia da cavidade. Os sistemas de drenagem devem ser: V inócuos e macios; V não irritantes para o tecido; V firmes e resistentes à decomposição; V lisos e de fácil remoção. Os drenos intraperitoneais não devem ser exteriorizados pela incisão, para evitar infecção e não interferir na cicatrização. O orifício de saída deve ser proporcional ao diâmetro do dreno, evitando pressão ou evisceração de vísceras pelo orifício. Esse orifício deve ficar localizado em local de para facilitar a drenagem. Os drenos devem ficar afastados da cicatriz cirúrgica para não atrapalhar nos curativos da ferida operatória. Para evitar fístulas, não deixar o dreno entrar em contiguidade com as linhas de sutura. Sempre ficar o dreno no local de exteriorização. Quanto à FORMA DE AÇÃO, há 3 tipos de dreno: V Capilaridade: a saída de secreção se da pela superfície do dreno, não há passagem de líquido pela sua luz; V Gravitação: dreno de tórax, abdominal, conectados a um frasco ou bolsa; V Sucção: utilizados onde há acumulo de líquido, refazendo vácuo o mesmo faz aspiração passiva. Quanto ao SISTEMA DE DRENAGEM: V Aberto: tem interação com o meio; V Fechado: sem interação (SVD, dreno de Kehr, dreno de tórax). drenos abertos ou laminares P penrose Drena por capilaridade, tem lâmina de látex, oca, flexível e macia, é o mais usado. drenos fechados de aspiração Drenam líquido para uma bolsa coletora, impedindo que a pele se torne macerada. São colocados por ocasião da operação ou no PO, quando há extravasamento continuado, Laís R. Saad – T9 principalmente no local da deiscência anastomótica. Os mais usados são os de silicone, como o de Jackson-Pratt (vários orifícios laterais) e o de Blake, sempre conectados ao Portovac (sistema de aspiração). Os drenos são retirados quando a drenagemtiver diminuído para < 30 ml em 8h. Se o dreno tiver sido colocado após uma anastomose gastrointestinal, deixa-se na posição até que o paciente volte a ter dieta oral. Complicações: V erosão do dreno para estruturas adjacentes; V rompimento do dreno e infecção. drenos em sifonagem ou túbulo- laminares O principal representante é o dreno de SUMP -associação de dreno laminares e de aspiração. Formados por 2 ou 3 drenos tubulares de látex, silicone ou teflon. São múltiplas perfurações colocados dentro de um dreno de Penrose. Funciona por capilaridade e por drenagem ativa.
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