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atividade 9 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E ALTAS HABILIDADES

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CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA – CESAP.
ROSELI DA ROCHA OLIVEIRA
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, VITÓRIA - 2020
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E ALTAS HABILIDADES/SUPER DOTAÇÃO
A Deficiência Intelectual é um transtorno de desenvolvimento que tem por característica um nível cognitivo baixo, além de dificuldades significativas na vida diária, como autocuidado, segurança, comunicação e socialização. 
Pessoas com deficiência intelectual – DI – podem processar as informações mais lentamente, ter dificuldade na comunicação, nas habilidades cotidianas e com conceitos abstratos. A deficiência intelectual pode ser causada por uma condição genética, problemas na gravidez e no parto, doenças e fatores ambientais. 
A DI atinge em torno de 3 a 4% das crianças, que apresentam comportamentos abaixo do esperado para a sua idade cronológica, dificuldades de adaptação, na aprendizagem – demoram mais tempo para aprender o conteúdo – e em muitas situações do cotidiano por não conseguirem compreender sinais ou situações sociais.
Vale ressaltar que, um estudante com deficiência intelectual não tem idade mental diferente da idade cronológica, nem é menos inteligente que outras do seu entorno. Ele é, apenas, diferente, como todos os outros. Com algumas características que se sobressaem, talvez. Mas é importante lembrar que na educação inclusiva a diferença é reconhecida como algo positivo e cada um tem o direito de ser como é. 
Para Vygotsky, a condição humana não á dada pela natureza, mas construída durante todo um processo histórico-cultural pautado nas interações entre o sujeito e o meio. Ou seja, os aspectos biológicos não são determinantes. Segundo ele, o desenvolvimento de qualquer pessoa, com deficiência ou não, depende das oportunidades de aprendizagem e das relações que estabelece.
Para o psicólogo, o foco do educador deveria estar sempre nas possibilidades e não nos déficits dos estudantes. Suas limitações, segundo ele, poderiam representar potenciais motores de desenvolvimento. Esse é apenas um dos aspectos presentes em sua teoria que são reafirmados atualmente pela neurociência. Em contraposição à ideia de que o ser humano é imutável, o que reduz expectativas no que diz respeito às possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento de alunos com deficiência, Vygotsky partia do princípio de que todos nós e o ambiente em que vivemos estamos em permanente cinesia. A neurociência confirma, reconhecendo a capacidade de transformação de qualquer organismo e de qualquer ser humano. Os trabalhos do psicólogo e a neurociência também concordam que a capacidade intelectual não é estática, mas dinâmica, podendo, portanto, evoluir. E que isso só pode acontecer a partir das relações intra e interpessoais que se dão mutuamente.
A escola nesse sentido assume um papel primordial nesse processo, extrapolando o compromisso com a aprendizagem dos estudantes, devendo assumir também responsabilidade na promoção do desenvolvimento de sua capacidade intelectual. Principalmente no que se refere aos alunos com deficiência intelectual, considerando que o foco, na escola, é a aprendizagem.

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