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PERIODIZAÇÃO NA MUSCULAÇÃO A periodização é usada desde o Egito e a Grécia Antiga para preparar soldados e posteriormente os atletas para as primeiras Olimpíadas. No final do século XIX, quando deu início aos Jogos Olímpicos da era moderna, por Pièrre de Coubertin, o treinamento passou a ser sistematizado, visando uma elevação do rendimento esportivo. Assim, gradativamente foi sofrendo mudanças ao longo do tempo, sendo desenvolvido por diversos estudiosos. Podendo serem citados Kraevki, Tausmev, Olshanik, Skotar, Shtliest e Murph, kotov, Gorinevski, Grantyn e Letonov. Sendo que esse último em 1950 iniciou os conceitos sobre adaptação biológica, alertando sobre a individualidade no que se refere às adaptações dos processos de treinamento, dividindo a temporada em três ciclos: treinamento geral e específico, forma competitiva e recuperação. 1. CONCEITO: Divisão de treinamentos em períodos de 4 meses a um ano. Algumas literaturas abordam que esse período pode ter uma variação tanto menor quanto maior. Como de 4 a seis anos. Dependendo do objetivo com ciclos de construção da performance. Para cada ciclo foca-se a melhora em força, hipertrofia, definição muscular, transição, regeneração. Visando uma quebra do platô. Uma organização maior das fases de treinamento. Planejamento de treinamento visando atingir um determinado objetivo. Podendo ser: hipertrófico, de força, emagrecimento, desempenho, qualidade de vida, potência, etc. Alterações planejadas das variáveis agudas e crônicas de um programa de treinamento. Portanto para um planejamento, para se ter uma adequada periodização é necessário englobar as variáveis. Tais como volume, intensidade, escolha de exercícios, duração dos períodos de descanso, velocidade do movimento 2. CICLOS DA PERIODIZAÇÃO: • MICROCICLO: Período baseado no objetivo geral do aluno/atleta. Composição total da periodização. Objetivo principal. Formada por mesociclos. Pode abrangir de 6 meses até 4 anos Um bom exemplo é time de futebol, que vai participar de campeonato nacional. Para alcançar o objetivo (a vitória), ele precisa fazer um planejamento (macrociclo) com duração aproximada de um ano • MESOCLICLO: Visam um treinamento mais específico em busca do resultado, determinado objetivo ou aptidão. Seu período compreende, geralmente, entre 4 a 8 semanas com metas determinadas. É constituído de vários microciclos o Introdução – melhorar a eficácia do trabalho específico o Base – aumento das capacidades funcionais, físicas e formação do preparo tático, técnico e psíquico. (volume e intensidade altos) o Preparação e controle – Desenvolvimento da capacidade integral, partindo dos mesociclos anteriores. O treinamento é levado a situações que serão encontradas na competição. (visando uma situação de competição) o Pré-competição – eliminação de falhas que ainda podem ocorrer. Aperfeiçoamento da técnica o Competição – especialidade de cada modalidade. Qualificação e grau de desempenho. Seguindo o exemplo do futebol, o mesociclo entra como a preparação geral. O educador físico irá priorizar os treinos que aumentam as habilidades gerais e motoras dos atletas. • MICROCICLO: Sessões de treinamentos dentro de um determinado mesociclo. Entre 7 a 14 dias, com exercícios direcionados, com variações no treinamento e que precisam ser planejados dentro do contexto do mesociclo. Algumas literaturas colocam que o microciclo pode ter uma duração de um dia, até mesmo de uma semana. Modelos: • choque – intensidade mais elevada – 80% a 100% de carga • condicionante – 80% a 90% de carga • estabilizador – manutenção da forma física – 70% a 80% de carga • recuperativo – carga reduzida para que haja a supercompensação – 60% de carga Seguindo ainda o exemplo do futebol, o microciclo pode entrar como a preparação de um time de futebol durante a semana que antecede uma partida. Nesse momento, o trabalho será direcionado ao jogo contra o adversário. 3. TIPOS DE PERIODIZAÇÃO: • LINEAR: Tem como principal característica, iniciar o treinamento com alto volume e baixar a intensidade. E gradativamente as variáveis são alteradas, reduzindo o volume e aumentando a intensidade. É a mais usada na academia, ideal para alunos novos e intermediários. Sendo feitas a cada 1-4 semanas de treinamento. (aumento de massa magra, redução de gordura corporal, com elevação da força máxima) Uma demonstração desse tipo de periodização pode ser dividida com o treinamento em 4 etapas/semanas, focando em hipertrofia: 1ª semana: fraca (3×12 com uma carga moderada) 2ª semana: forte (3×12 com o máximo de carga que você conseguir) 3ª semana: muito forte (3×12 com o máximo de carga que você conseguir e técnicas de intensidade) 4ª semana: média (3×12 com a carga da 2ª semana, que agora deve representar um estímulo médio) E então inicia-se outro ciclo. • LINEAR REVERSO: É uma variação da periodização Linear. É a menos usual. As variações entre intensidade e volume são semelhantes, mudando o sentido à medida que o programa se segue. Inicialmente começa com um baixo volume e alta intensidade e à medida que o programa progride, ocorre um aumento gradual do volume e uma diminuição da intensidade. (ganho de resistência muscular). • ONDULATÓRIA: Variação regular do volume e intensidade nas sessões de treinamento presente em um ciclo. Variando diariamente ou semanalmente. Aumento e diminuição na intensidade e no volume dentro da mesma semana ou em um período de 7 – 10 dias, dessa forma as variações são mais frequentes sendo efetuadas em períodos mais curtos Com isso adquire um desenvolvimento mais rápido, uma melhora em componente variados e uma possibilidade de variação de estímulos Recomendado para alunos intermediários/avançados. (hipertrofia, resistência, força) • Ondulatória diária: • Ondulatória Semanal: • EM BLOCOS: São estimuladas as habilidades gerais (técnicas, táticas e físicas). Não se trabalha de forma isolada, as habilidades são trabalhadas de forma paralela as outras. Buscando um melhor aproveitamento, existe uma sobreposição entre cada bloco de treino, assim os ganhos do trabalho anterior são aproveitados no próximo. 4. COMPARAÇÕES ENTRE OS TIPOS DE PERIODIZAÇÃO PARA: • AUMENTO DE FORÇA MÁXIMA: Para o aumento de força máxima, a periodização ondulatória mostrou-se mais eficiente que a linear e linear reversa. O motivo pode ser pelo maior estresse neuromuscular causado pela grande variação das cargas. • AUMENTO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR: Para o aumento de resistência muscular, a periodização linear reversa ou a periodização ondulatória são aparentemente as mais eficientes. • HIPERTROFIA MUSCULAR: Quanto à hipertrofia, até o momento, os modelos linear e ondulatório trazem mais resultados que o linear reverso. A participação do aluno/atleta é indispensável para que a periodização tenha um ótimo resultado. Os feedbacks são essenciais, para caso necessário, sejam feitos ajustes ou não. O corpo responde de diversas formas e as vezes diferente ao que foi programado. Portanto o retorno do aluno/atleta, é necessário.