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Farmacologia clínica da hipertensão arterial Manejo terapêutico da hipertensão arterial Redução do volume intravascular Diuréticos Infra-regulação do tônus simpático Antagonistas β adrenérgicos Agonistas α2 Antagonistas α1 adrenérgicos Bloqueadores de canais de cálcio (modulam indiretamente o tônus simpático) Quando ocorre disparos do tônus simpático nos receptores β1 cardíacos (por exemplo) esse receptor, sendo metabotrópico, gera a abertura de canais de cálcio que despolarizam o miócito e o NSA e NAV, aumentando o potencial de condução do impulso elétrico, principalmente do NSA, levando a um aumento da frequência cardíaca e consequentemente aumentando a pressão arterial Β bloqueadores inibem essa despolarização Bloqueadores de canais de cálcio reduzem a despolarização pois impedem que os canais de cálcio amplifiquem o aumento da concentração de cálcio intracelular que determina a força de contração do miócito e a condução do impulso nervoso de NSA e NAV Modulação do tônus do MLV Vasodilatadores diretos Infra-reguladores de tônus simpático (ex: antagonista alfa 1 e bloqueadores), pois atuam direto na musculatura lisa Pietra Rosa TXIX Bloqueadores de canais de cálcio Modulação do sistema RAA IEAC BRA Inibidores diretos de renina Redução do volume intravascular Diuréticos Classes Tiazídicos Poupadores de K+ De alça Usados quando a função renal está alterada Indivíduo pode ter edema ou depuração de creatinina endógena alterada (dependendo do grau) Os diuréticos tiazídicos podem ser associados a IECA, BCC quando necessária a cominação de dois fármacos de classes diferentes ou na associação de um segundo medicamento Os diuréticos tiazídicos são os de primeira escolha para associação Os diuréticos são utilizados principalmente quando o indivíduo não tem uma hipertensão controlada com a monoterapia e é necessária a diminuição acentuada da pressão arterial pois o indivíduo tem um edema associado (ex: furasemida) Os poupadores de potássio são usados conforme a resposta terapêutica do indivíduo Diuréticos tiazídicos Medicamentos Clortalidona (Higroton) Hidroclorotiazida (CLorana) Indapamida (Natrilix SR) Fármaco natriurético mais comumente prescrito Hipótese de efeito Diminuição da volemia Além de levar a diminuição do débito cardíaco causa a diminuição da RVP indiretamente (pode trazer como efeito adverso a taquicardia) Mecanismo de ação Atuam na bomba de Na/Cl no túbulo distal, diminuindo a reabsorção de sódio e cloro, aumentando a excreção de sódio e consequentemente de água Principais efeitos adversos Arritmias cardíacas Devido a diminuição da volemia Hipotensão Alguns indivíduos podem ter efeito exacerbado da diminuição da pressão levando a hipotensão Cefaleia Hipocalemia, hiponatremia Diminuição da absorção de sódio, porém o sódio continua sendo excretado Manifestações alérgicas A estrutura química dos diuréticos tiazídicos são sulfanamidas que para algumas pessoas podem funcionar como alérgenos, levando a reação de hipersensibilidade Contraindicações Hipersensibilidade às sulfanamidas Insuficiência renal grave Exige a função renal ativada (pode acabar sobrecarregando o rim com insuficiência) Doença hepática É metabolizado no fígado Gravidez Atravessa a barreira hematoplacentária Lactação Secretado na forma inalterada Interações medicamentosas relevantes Corticosteroides e AINE Risco de hipocalemia AINE alteram a depuração do diurético tiazídico renal, aumentando a atividade do diurético, aumentando o risco de hipocalemia Corticosteroides atuam como a aldosterona, aumentando a reabsorção de sódio e aumentando a excreção de potássio Furosemida Alterações acentuadas no equilíbrio hidroeletrolítico IECA, BRA Risco de hipotensão de 1° dose Antiarrítmicos de classe III Aumento da cardiotoxicidade dos dois medicamentos Ex: sotalol, amiodarona e bretilio São bloqueadores de canais de potássio, aumentando o período refratário Aumento da cardiotoxicidade por interferir no processo de hiperpolarização AINE Redução do efeito diurético e anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos Por alterar a função de COX 1 e 2, diminuem a taxa de filtração glomerular Diuréticos de alça Medicamentos Furosemida (Lasix) Bumetanida (Burinax) Piretanida (Arelix) Mecanismo de ação Inibem o co-transporte de Na/K/Cl na membrana lumial na porção ascendente da alça de Henle Principais efeitos adversos Hipocalemia Diminui a captação de potássio Geralmente são associados à diuréticos poupadores de potássio para evitar a hipocalemia Hiponatremia Diminui a captação de sódio Hipomagnesemia Efeito secundário O transporte de íons pode estar alterado no néfron devido a taxa de filtração alterada, gerando desequilíbrio hidroeletrolítico: gera hipomagnesemia e hiperuricemia Hiperuricemia Efeito secundário Hipotensão Caibras Desequilíbrio hidroeletrolítico (alteração de cálcio, potássio e magnésio) Cefaleia Devido a hipotensão ou efeito idiossincrásico Contraindicações Hipersensibilidade a sulfonamidas Insuficiência renal com anuria Hipocalemia e hiponatremia Desidratação e hipovolemia Interações medicamentosas Hidroclorotiazida Alterações acentuadas no equilíbrio hidroeletrolítico Aminoglicosídeos Nefrotoxicidade e ototoxicidade IECA e BRA Risco de hipotensão de 1° dose Digoxina Aumento da toxicidade Antiarrítmicos de classe III Sotalol, Bretílio, Amiodarona Aumento da cardiotoxicidade dos dois medicamentos Corticosteroides Risco de hipocalemia Efeito de mineralocorticoide em que estimula a saída de K (simular a função de aldosterona) Diuréticos poupadores de potássio Mecanismo de ação Espironolactona Antagonista da aldosterona Aldosterona aumenta a produção de canais transportadores de Na, a espironolactona atua como antagonista da aldosterona, impedindo sua ação ao se ligar no receptor intracelular, diminuindo a síntese de bombas de Na Ao diminuir a reabsorção de Na diminui a troca de Na e K pela bomba Na/K, diminuindo a excreção de potássio Amilorida + HCZ / Triantereno + HCZ Bloqueadores de transportadores de sódio (bloqueadores diretos) Diminuindo a troca de Na/K Ao impedir a reabsorção de sódio, diminui a troca de Na/K, diminuindo a excreção de K (por essa razão são chamados de poupadores de potássio) Principais efeitos adversos da espironolactona Ginecomastia Aldosterona é um hormônio esteroide que pode trazer consequências de hormônios esteroides (ação hormonal) Como a espironolactona é um antagonista da aldosterona, exerce uma função secundária alterando os processos metabólicos dependentes de ação hormonal Exantema Reação de hipersensibilidade Dispepsia Ação irritativa, pois pode apresentar função de inibição da COX- gástrica levando a quadros de dispepsia Distúrbios menstruais Aldosterona é um hormônio esteroide que pode trazer consequências de hormônios esteroides (ação hormonal) Impotência Aldosterona é um hormônio esteroide que pode trazer consequências de hormônios esteroides (ação hormonal) Letargia Pode ocorrer pela diminuição da pressão arterial Principais efeitos adversos da amilorida e triantereno Hipercalemia e hiponatremia Hipotensão de 1ª dose Contraindicações dos diuréticos poupadores de potássio Hipercalemia IR aguda e anúria Interações medicamentosas relevantes com diuréticos poupadores de potássio Espironolactona IECA, BRA, Amilorida, Triantereno, cloreto de potássio Risco de severa hipercalemia e parada cardíaca Digoxina Aumento da toxicidade da digoxina Sotalol Aumento da cardiotoxicidade dos dois medicamentos AINERedução da eficácia do diurético Risco de hipercalemia e nefrotoxicidade Amilorida e triantereno Diuréticos de alça Alterações acentuadas no equilíbrio eletrolítico Digoxina Aumento da toxicidade da digoxina Sotalol, amiodarona etc. Aumento da cardiotoxicidade dos dois medicamentos AINE Redução do efeito anti-hipertensivo da HCZ Redução da eficácia do DPP IECA, BRA, espironolactona e cloreto de potássio Risco de severa hipercalemia e parada cardíaca IECA e BRA fazem com que ocorra a redução da aldosterona, diminuindo a reabsorção de sódio e consequentemente de potássio Bloqueadores de transportadores de sódio Medicamentos Amilorida +HCZ (moduretic) Triantereno + HCZ (lisan) Mecanismo de ação Bloqueadores diretos dos transportadores de Na, diminuindo a troca de K por Na pois inibe a recaptação de sódio Principais efeitos adversos da espironolactona Ginecomastia Exantema Dispepsia (corticosteroides interferem no metabolismo das COX, diminuindo sua expressão gênica) Letargia (diminuição da pressão arterial Distúrbios menstruais (função de hormônio esteroide) Impotência (função de hormônio esteroide) Contraindicações Hipercalemia IR aguda ou anúria Interações medicamentosas Espironolactona IECA, BRA, Cloreto de potássio Risco de severa hipercalemia e parada cardíaca (quando são associadas a espironolactona a furosemida deve ser obrigatoriamente associada) Digoxina Aumento da toxicidade da Digoxina (espironolactona altera a concentração de K, aumentando a cardiotoxicidade) Antiarrítmicos de classe III Aumento da cardiotoxicidade dos dois medicamentos (espironolactona altera a concentração de K, aumentando a cardiotoxicidade) Amilorida e triantereno Risco de severa hipercalemia e parada cardíaca (aumenta a hiperpolarização dos miócitos e NSA e AV, gerando parada cardíaca) AINE, Orfenadrina (relaxante muscular de ação central de diminuir a contração da musculatura) Redução da eficácia do diurético (a orfenadrina pode alterar o processo de condução de alguns impulsos nervosos, modulando a vasoatividade renal) Risco de hipercalemia e nefrotoxicidade Amilorida e Triantereno Furosemida Alterações acentuadas no equilíbrio eletrolítico Digoxina Aumento da toxicidade da Digoxina Antiarrítmicos de classe III Aumento da cardiotoxicidade, arritmias ventriculares potencialmente fatais e parada cardíaca AINE Redução do efeito anti-hipertensivo da HCZ Redução da eficácia do DPP IECA, BRA, Cloreto de Potássio Risco de hipercalemia Infra regulação do tônus simpático Classes Antagonistas β adrenérgicos (β-bloqueadores): bloqueador de beta 1 Antagonistas α adrenérgicos (α-bloqueadores): bloqueadores de alfa 1 Agonistas α2 adrenérgicos: diminui a liberação de neurotransmissores Bloqueadores de canais de Ca2+: modulação indireta do tônus simpático β-bloqueadores Medicamentos Propranolol (inderal) Atenolol (Atenol) Metoprolol (Selozok) Bisoprolol (Concor) Nebivolol (Nebilet) Carvedilol (Cardilol) – tem atividade tanto beta como alfa bloqueadora Mecanismo de ação Diminui a ativação dos receptores β1-adrenérgicos, diminuindo a entrada de cálcio (receptor metabotrópico), diminuindo a despolarização do NAV e NSA e diminuindo a entrada de cálcio para contração da musculatura estriada cardíaca Efeitos cronotrópicos e inotrópicos negativos Diminuição da frequência cardíaca Diminuição da força de contração Diminuição do débito cardíaco Diminuição da liberação de renina (inibem receptores β1 nas células justaglomerulares do néfron), gerando diminuição da RVP em tratamentos prolongados Controladores da hemodinâmica cardiovascular Ação dos β-bloqueadores Atuam em receptores β1 tanto das células justaglomerulares quanto do coração levando a diminuição do débito cardíaco, diminuição da resistência vascular periférica, acarretando na diminuição da pressão arterial Moduladores do eixo RAA e β-bloqueadores são MODULADORES DA HEMODINÂMICA CARDIOVASCULAR β Principais efeitos adversos dos β-bloqueadores Broncoespasmo, dispneia e sibilos (bloqueio de β2) Letargia e sonolência (por diminuição da PA) Diminuição da libido (atuação no SNC determinando também diminuição da atividade de ativação da ereção) Diarreia (alteração principalmente dos receptores β2 no músculo liso do TGI) Náuseas e vômitos (idiossincrasia) Contraindicações dos β-bloqueadores Asma, DPOC Choque cardiogênico ICC não compensada Bloqueio AV 2° e 3° graus (o β-bloqueador já diminui a velocidade de condução de impulso, aumentando essa diminuição podendo levar a parada cardíaca) Interações medicamentosa Diltiazem, Verapamil Efeitos depressores cardíacos aumentados Anlodipina, Fenlodipina, Nifedipina Pode ocorrer aumento do efeito hipotensor dos β-bloqueadores Agonistas β2 Antagonismo farmacológico Hidróxido de alumínio Redução da absorção dos β-bloqueadores Lidocaína Aumento dos níveis plasmáticos da lidocaína (parada cardíaca) Lidocaína é um antiarrítmico de classe I, quando associado a um antiarrítmico de classe II, como os β- bloqueadores, pode ocorrer parada cardíaca pela diminuição acentuada do impulso nervoso AV principalmente Hipoglicemiantes orais Piora no controle dos níveis glicêmicos Há receptores adrenérgicos no fígado e no tecido adiposo que podem levar a alteração da glicogenólise ou neoglicogênese, dependendo do indivíduo Alguns indivíduos diabéticos podem ter acentuação da hipoglicemia e outros hiperglicemia α- Bloqueadores Medicamentos Prazosin (minipress) Doxazosin (carduran) Terazosin (hytrin) Mecanismo de ação Bloqueadores de receptores α1 do músculo liso vascular, causando diminuição da entrada de cálcio (receptor α1 é metabotrópico abridor de canais de cálcio), diminuindo consequentemente a formação do complexo Ca-CaM, levado ao relaxamento da musculatura lisa Receptores AT1 de angio 2 continuam modulando por meio do receptor ligado a proteína Gq os canais de cálcio (diminui a contração em partes) β β Características farmacológicas dos α-bloqueadores Bloqueio competitivo de adrenorreceptores α1 Diminui a RVP Possui efeitos mínimos no DC, fluxo sanguíneo renal e velocidade de filtração glomerular Principais efeitos adversos Hipotensão postural (prenunciada na 1ª dose) Sedação (hipotensão significativa) Tontura (hipotensão significativa) Dispepsia (bloqueio de α2 intestinal) Congestão nasal (bloqueio de α1 leva a vasodilatação podendo aumentar a secreção nasal) Aumento da frequência miccional (usado em hiperplasias prostáticas benignas) Palpitações (reflexo central, por diminuição da PA nos vasos sanguíneos, levando a ativação dos barorreceptores de seio carotídeo, que levam ao aumento do tônus simpático) Contraindicações Hipersensibilidade o prazosin, doxazosin e terazosin Interações medicamentosas Verapamil e diltiazem (bloqueadores de canais de cálcio) Aumento da hipotensão arterial Sildenafila e tadalafila (usadas para tratamentos de distúrbios de ereção) Hipotensão arterial e pode precipitar infarto do miocárdio β-bloqueadores Hipotensão postural α2-agonistas Medicamentos α-metildopa (aldomet) Clonidina (atensina) Guanabenzo (lisapres) Moxonidina (cynt) Mecanismo de ação Atuam diretamente no receptor α2-adrenérgico (auto-receptor), fazendo com que ocorra diminuição da liberação de neurotransmissor por inibição dos canais de cálcio dependentes de voltagem Diminuem o tônus simpático por diminuir a liberação de neurotransmissor Características farmacológicas dos α2-adrnérgicos (simpaticolíticos centrais) Diminuem a frequência cardíaca Diminuem a contratilidade cardíaca Diminuem o tônus vasomotor Diminui a liberação de reninapor diminuição do neurotransmissor que modula a ação do receptor α1 de angiotensina II (modulam também a hemodinâmica cardiovascular por diminuir a liberação de renina) Efeitos adversos Sonolência e sedação (diminuição do tônus simpático) Boca seca (diminuição do tônus simpático) α α2 Hipotensão postural (diminuição do tônus simpático) Fadiga (diminuição do tônus simpático) Disfunção sexual (diminuição do tônus simpático) Lesão hepática (somente a α-metildopa) Contraindicações Terapia com IMAO (como diminuem a liberação dos neurotransmissores, quando associados a inibidores da monoaminaoxidase pode ter efeito de aumento da meia vida biológica do neurotransmissor – antagonismo farmacológico) Doença hepática ativa (α-metildopa) Interações medicamentosas Outros anti-hipertensivos Aumento da atividade hipotensora Bloqueadores de canais de cálcio Medicamentos Verapamil (dilacoron) Diltiazem (cardizem) Anlodipino (norvasc) Nifedipino (adalat) Felodipino (splendil) Mecanismo de ação Moduladores indiretos do tônus vascular Bloqueio de canais de cálcio tanto do músculo cardíaco quanto do NSA e AV e bloqueio dos canais do músculo liso vascular O bloqueio dos canais controlar tanto a ação da norepinefrina ou epinefrina em α1, quanto controlar a ação da angiotensina nos receptores α1 de angio II Ambos estão relacionados com a abertura de canais de cálcio que levam a despolarização do m. cardíaco e NSA e AV, diminuindo a propagação devido a diminuição do potencial de despolarização com o bloqueio dos canais Características farmacológicas dos bloqueadores de canais de cálcio Efeito cronotrópico negativo (diminuição da frequência cardíaca) Efeito inotrópico negativo (diminuição do volume de ejeção) Vasodilatação arterial Efeitos adversos Edema periférico Síncope Hiperalgesia das gengivas Tontura Rubor facial Contraindicações IAM com congestão pulmonar IC descompensada (principalmente quando há hipertrofia ventricular concêntrica) Síndrome do NSA ou bloqueio AV de 2° e 3° grau Bradicardia acentuada Pressão sistólica inferior a 90mmHg Interações medicamentosas Verapamil e diltiazem β-bloqueadores Aumento dos efeitos hipotensores dos medicamentos (efeito aditivo) AINE Diminuição do efeito do BCC e aumento do tempo de sangramento Amiodarona Aumento dos efeitos hipotensores dos medicamentos (efeito aditivo) Cimetidina Aumento da concentração plasmática do BCC A cimetidina faz com que ocorra a metabolização dos bloqueadores de canais de cálcio levando ao aumento da concentração plasmática (cimetidina é um inibidor de sistema microssomal ou do sistema cíclico) Sidenafila e tadalafila Aumento dos efeitos hipotensores do BCC Anlodipino, nifedipino e felodipino β-bloqueadores Aumento dos efeitos dos medicamentos (efeito aditivo) AINE Risco de hemorragia GI e antagonismo do efeito hipotensor do BCC Amiodorona Pode resultar em bradicardia, bloqueio AV e parada cardíaca Cimetidina Aumento da concentração plasmática dos BCC Sidenafila e tadalafila Aumento dos feitos hipotensores do BCC Vasodilatadores diretos Medicamentos Mono ou dinitrato de isossorbida (monocordi e isocordi) Hidralazina (apressolina) Minoxidil (loniten) Nitroprussinato de sódio (nipride) Mecanismo de ação Mono e dinitrato de isossorbida: são doadores de óxido nítrico que leva a ativação da guanilil ciclase a qual converte GTP em GMPc, que por sua vez ativa miosina de cadeia leve fosafatase (MCL-F) que gera a desfosforilação da miosina de cadeia leve A desfosforilação da MCL gera o relaxamento da musculatura lisa vascular (vasocilatação) Minoxidil Gera diminuição da ativação de canais de cálcio voltagem dependentes pela hiperpolarização por meio da abertura direta dos canais de potássio (efluxo de potássio), gerando a diminuição da formação do complexo Ca- CaM, levado a vasodilatação e diminuição do tônus vasomotor por hiperpolarização Hidralazina Gera hiperpolarização da membrana plasmática pela ativação de canais de potássio e pela inibição da liberação de Ca induzida por IP3 do retículo sarcoplasmático da célula muscular lisa vascular (mecanismo proposto) Nitroprussinato de sódio: podem ser converter espontaneamente em óxido nítrico levando a abertura de canais de K (hiperpolarização) e ao mesmo tempo podem ser convertidos em óxido nítrico que ativam a guanilil ciclase que leva a produção de GMPc que ativa a MCL-F, responsável pela desfosforilação da miosina de cadeia leve, gerando a vasodilatação Efeitos adversos Mono e dinitrato de isossorbida Cefaleia e rubor (por vasodilatação ou hipotensão acentuada) Hipotensão refratária Angina da taquicardia reflexa e palpitações (reflexo do sistema nervoso autônomo por diminuição acentuada da PA, gerando ativação dos barorreceptores de seio carotídeo) Hidralazina Hipotensão Distúrbios do TGI Taquicardia reflexa Palpitações e sintomas de angina (dependentes de concentração) Minoxidil Taquicardia reflexa Retenção hídrica Edema Hipertricose Nitroprussinato de sódio Hipotensão acentuada Taquicardia reflexa Rubor Cefaleia (vasodilatação intensa) Contraindicações Mono e dinitrato de isossorbida Hipotensão grave, choque ou AIM com pressão de enchimento ventricular esquerda baixa Aumento da pressão intracraniana, glaucoma de ângulo fechado, dor anginosa associada a miocardiopatia obstrutiva hipertrófica, anemia grave (cardiopatias, valvulopatias, etc.) Hidralazina LES Hipersensibilidade à hidralazina Aneurisma aórtico dissecante IC com aumento do DC e, devido à obstrução mecânica, taquicardia grave IC do ventrículo direito devido a hipertensão pulmonar Cardiopatia reumática valvar mitral Minoxidil Feocromocitoma Uso como monoterapia Nitroprussinato de sódio Válvulopatia ICC Insuficiência renal e hepática Hipotensão pré-existente Interações medicamentosas Mono e dinitrato de isossorbida Sildenafila e tadalafila Severa hipotensão arterial Pode precipitar infarto do miocárdio Hidralazina, minoxidil e nitroprussinato de sódio Outros agentes anti-hipertensivos Auemnto dos efeitos hipotensores Moduladores do sistema RAA Classes IECA Captopril (capoten) Enalapril (renitec) Lisinopril (prinivil) BRA Lozartana (cozaar) Valsartana (diovan) Canderzatana (atacand) IDR Alisquireno (rasilez) Características farmacológicas IECA Diminuição da RV sistêmica Diminuição de angiotensina II, diminuindo a ativação dos receptores AT1 de angio 2 nas paredes dos vasos Diminuição da secreção de epinefrina (vasoconstritor) via adrenal pela menor conversão de angio II que deixa de atuar nos receptores AT1 de angio II na medula da adrenal Sinergismo com aumento da meia vida biológica da bradicinina que gera a vasodilatação Diminuição dos níveis de aldosterona Aumento da natriurese (leva a uma discreta diminuição da volemia) Diminuição da produção de angio II leva a diminuição da ativação dos receptores AT1 de angio II no córtex da adrenal diminuindo a produção de liberação de aldosterona Aumento dos níveis de bradicinina Vasodilatação Os inibidores de IECA também inibem a enzima inativadora de bradicinina A bradicinina ativa interage com receptores específicos levando a ativação da enzima citoplasmática óxido nítrico sintetase endotelial (eNOS), que gera a formação de nitratos orgânicos a partir da conversão de argilina em citrulina O óxido nítrico ativa a guanilil ciclase, fazendo com que aumente GMPc, que leva a ativação da FML-F, levando a desfosforilação da MCL, gerando o relaxamento da musculatura lisa vascular BRA Diminuição da RVP Bloqueio dos receptores de angiotensina a parede dos vasos Bloqueio dosreceptores de angio 2 na medula da adrenal, diminuindo a liberação de epinefrina Diminuição dos níveis de aldosterona Aumento da natriurese Bloqueio dos receptores de angio 2 no córtex da adrenal, diminuindo a liberação de aldosterona Diminuição do tônus simpático Bloqueio dos receptores de angio 2 na medula da adrenal diminuindo a liberação de epinefrina IDR Diminuição da síntese de angio II Inibição da renina ocorre diminuição da conversão de angiotensinogênio em angio I a qual é substrato metabólico da ECA que converte angio I em angio II Diminuição da RVP Diminuição de angio II para atuar na parede dos vasos e na medula da adrenal Diminuição dos níveis de aldosterona Aumento da natriurese Diminuição da angio II para atuar nos receptores do córtex da adrenal Diminuição do tônus simpático Diminuição da liberação de epinefrina pela diminuição de angio II atuando na medula da adrenal Efeitos adversos IECA Tosse (bradicinina leva a irritação do trato respiratório) Exantemas (hipersensibilidade ao aumento da bradicinina) Hipotensão (sensibilidade do paciente) Hipercalemia (diminuição da aldosterona gera diminuição da excreção de K pela diminuição da reabsorção de Na) Agranulocitose e neutropenia (raro) Angioedema BRA Hipotensão e tontura Diarreia Astenia (relacionada a diminuição da PA) Trombocitopenia (raro) Rabdomiólise (raro) Angioedema Hipocalemia (mesmo mecanismo do IECA) IDR Hipersensibilidade (Rash cutâneo) Diarreia (idiossincrasia) Hipercalemia (diminuição da liberação de aldosterona- mesmo mecanismo dos IECA e BRA) Tosse (pouco comum, pode estar relacionado com uma idiossincrasia) Contraindicações IECA e BRA Hipersensibilidade aos IECA História de angioedema Gravidez e lactação Estenose bilateral da artéria renal IRA IDR Hipersensibilidade ao alisquireno Gravidez e lactação Cuidados especiais Doença hepática grave (relacionada ao metabolismo do fármaco) Doença renal grave (pode levar a um aumento da meia vida do fármaco e comprometimento da função renal) Não possui função renal que possibilita o aumento da taxa de filtração glomerular gerado pela IDR Bloqueio da artéria renal Não possui função renal que possibilita o aumento da taxa de filtração glomerular gerado pela IDR pois diminui a quantidade de sangue que chega ao néfron para a filtração glomerular Hipocalemia ou hiponatremia Gota úrica Interações medicamentosas IECA e BRA Ciclosporina Risco de IRA Diuréticos Risco de hipotensão de 1ª dose AINE Redução do efeito diurético e anti-hipertensivo e natriurético do IECA/BRA (alteram a taxa de filtração glomerular que pode comprometer a função renal) Cloreto de potássio e diuréticos poupadores de potássio Risco de hipercalcemia e parada cardíaca IDR BRA e IECA Hipercalcemia e hiponatremia Diuréticos poupadores de potássio Risco de hipercalemia Amiodarona (antiarrítmico de classe 3, inibidores de canais de potássio), verapamil, diltiazem (antiarrítimos de classe 4, inibidores de canais de cálcio), macrolídeos (antibiótico que inibem a síntese de proteínas que atuam na subunidade 50S do ribossomo), antifúngicos azólicos Aumento discreto da concentração máxima do alisquireno Inibem o CYP 3A4 Anti-hiperlipidêmicos Classes Estatinas: atorvastatina, rossuvastatina, fluvastatina, lavastatina, provastatina e sinvastatina Fibratos Resinas sequestrantes Exetimiba Niacina Análise do perfil lipidêmico para melhor escolha de anti-hiperlipidêmico As resinas sequestradoras de ácidos biliares atuam adsorvendo lipídeos, o que pode causar a diminuição de vitaminas lipossolúveis como a vitamina D Mecanismo de ação Estatinas Inibem competitivamente HMG-CoA redutase, diminuindo a síntese de colesterol e aumento da expressão gênica de LDLr, reduzindo LDL plasmático Ezetimiba Boqueia a captação de lipídeos no TGI, modulando as proteínas transportadoras de lipídeos e colesterol Fibratos Ativação de receptores PPARα Ativação de receptores de ativação de proliferação de peroxissomos, levando a diminuição da síntese de apoA1 e apoA2 dos hepatócitos, aumentando o HDL plasmático Aumento da expressão gênica da lipase lipoproteína dos leitos vasculares, aumentando a captação e oxidação de AG, fazendo com que ocorra a diminuição de TAG plasmático Aumento da β-oxidação de ácidos graxos do hepatócito, diminuindo a síntese de TAG e assim diminuindo triglicerídeos plasmáticos Niacina Atuam no receptor de niacina nos adipócitos, diminuindo a lipase hormônio sensível, diminuindo a β-oxidação de ácidos graxos que reduz os AG plasmáticos, reduzindo por consequência a síntese de VLDL e LDL Resinas sequestrantes Tem ação diretamente no TGI adsorvendo os lipídeos da alimentação, diminuindo a disponibilidade para absorção Principais efeitos adversos Estatinas Hepatotoxicidade e elevação das provas de função heptica Dor abdominal e constipação/ diarreia Náuseas Desmatomiosite Miopatias e rabdomiólise Cefaleia Ezetimiba Elevação das provas de função hepática Miopatia Artralgia e mialgia Dispneia Cefaleia Fibratos Arritmias Elevação das provas de função hepática Mialgia Miopatia e rabdomiólise (quando associados a estatina) Xerostomia Dispepsia Litíase biliar Niacina Rubor e prurido Miopatia Hiperuricemia e gota Resinas Aumento dos níveis de TGL Dispneia e flatulência Náuseas e vômitos Diminuição da absorção de vitaminas lipossolúveis Contraindicações Estatinas Gravidez Lactação Doença hepática grave Ezetimiba Provas de função hepática elevadas Doença hepática grave Fibratos Doença pré-existente da vesícula biliar Disfunção hepática Comprometimento renal grave Niacina Doença hepática ativa Úlcera péptica ativa Sangramento arterial Hipersensibilidade conhecida à niacina Resinas Hipertrigliceridemia Obstrução biliar completa Hipersensibilidade prévia à colestiramina Interações medicamentosas Estatinas Fibratos e ciclosporina Risco aumentado de miopatias e rabdomiólise Diltiazem e verapamil Aumento dos níveis plasmáticos das estatinas com aumento dos riscos de reações adversas Ezetimiba Risco aumentado de transaminases séricas Ezetimiba Fibratos Aumento da concentração sérica da ezetimiba e risco de colelitíase Ciclosporina Aumento dos níveis plasmáticos de ambos os fármacos Estatinas Risco de aumento de transaminases séricas Fibratos Estatinas Aumento do risco de miopatia e rabdomiólise Ezetimiba Aumento da concentração sérica de ezetimiba e risco de colelitíase Niacina Estatinas Risco de miopatia e rabdomiólise
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