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ÔMEGAS Ômega-3 são ácidos graxos poli-insaturados, comumente encontrados em peixes considerados de água fria (por exemplo salmão, atum, sardinha, bacalhau), pode ser encontrado também em óleos vegetais, sementes de linhaça, nozes e alguns tipos de vegetais. O mesmo é caracterizado assim porque apresenta a primeira dupla ligação no carbono 3 a partir do radical metil (CH3). Desempenha funções como a regulação do sistema cardiovascular e efeito inibidor sobre diversas doenças. Os principais tipos de ômega 3 são o ácido α-linolênico (ALA), ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). O ácido graxo ALA são provenientes de sementes oleaginosas e óleos vegetais, já os ácidos EPA e DHA são encontrados em peixes como sardinha, salmão, truta ou óleos de peixes e algas. Um questionamento que existe sobre a diferença entre ingerir ômega 3 proveniente da linhaça e o ômega 3 proveniente de pescados. Os ômegas 3 presentes em pescados é o EPA e o DHA, estes desempenham efeitos positivos como diminuição do risco de doenças cardíacas, redução da pressão sanguínea, melhor aprendizagem, melhora nos aspectos cognitivos e memória, propriedades anti-flamatórias, prevenção de processos trombóticos entre outros. O ômega 3 ALA encontrado na linhaça, ele é utilizado pelo nosso organismo como precursor do EPA e DHA, primeiramente o ALA é convertido em EPA pelas enzimas dessaturases Δ5 e Δ6, sendo essa elongado para DHA. São convertidos em uma porcentagem variável de 5-10% para EPA e 2-5% para DHA. Um dos fatores que influenciam nas rotas metabólicas de conversão do ALA é a ingestão insuficiente de energia, zinco, magnésio, cobre e das vitaminas B3, B6 e C. Os eicosanoides formam uma família de moléculas biológicas sinalizadoras muito potentes que apresentam meia-vida curta e, por isso, agem de forma local (ação autócrina) ou nos arredores das células pelas quais são produzidos (ação parácrina) (LEHNINGER; NELSON, COX, 2006; MARTIN, 2006). Eles têm ação nos diversos tecidos do organismo, desencadeando uma ampla faixa de respostas fisiológicas, tais como broncoconstricção, contração vascular, agregação plaquetária e respostas inflamatórias e imunes. O ácido eicosapentaenoico (EPA; 20:5 ômega-3) é um dos precursores dos eicosanoides. No citoplasma, o EPA livre sofre modificações químicas que levam à incorporação de oxigênio na molécula. Esta reação pode ser catalisada por três grupos de enzimas distintas: cicloxigenases (COX), lipoxigenases (LOX) ou citocromo P450 monoxigenases, a fim de formar prostanoides -prostaglandinas (PG) e tromboxanos (TX), leucotrienos (LT), lipoxinas (LX), ácidos hidroxieicosatetraenoico (HETE), ácidos hidroperoxieicosatetraenoicos (HPETE) e ácidos epóxieicosatrienoico (EETs). Os eicosanoides que se originam a partir do EPA apresentam efeitos anti- inflamatórios, portanto, potencialmente protetores no caso de enfermidades em que a resposta imune compreende a etiologia do quadro, como na asma, artrite reumatoide, psoríase, síndrome nefrótica, doença inflamatória intestinal, entre outras. Referências AGUIAR NETO, Wanderlino de Sousa et al. Um breve levantamento bibliográfico sobre os ácidos graxos ômega-3 e suas características. 2018. CHAVES, Mariana Pinto. Efeitos da suplementação do ácido graxo alfa-linolênico (ALA) no metabolismo e no estresse do retículo endoplasmático em tecido adiposo visceral de obeso grau III. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. GOMES, Tamara Kelly de Castro; OLIVEIRA, Suzana Lima. O papel dos ácidos graxos essenciais no perfil de eicosanoides e sua repercussão na resposta imune. Nutrire, v. 35, n. 1, p. 167-186, 2010.
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