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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE PROJETOS Fichamento de Estudo de Caso SALVADOR – BA 2019 ROSIANE DO NASCIMENTO MOREIRA Trabalho da Disciplina Gerenciamento de qualidade, Tutor: Prof: Eduardo Moura SALVADOR – BA 2019 FICHAMENTO TÍTULO: Gerenciamento de qualidade CASO: Starbucks: melhorando o serviço ao cliente REFERÊNCIA: YOUNGME MOON, JOHN QUELCH. Harvard Business School u2013 Starbucks: Melhorando o serviço ao cliente, 2006. A Starbucks é conhecida por ser a maior rede de cafés do mundo, e o começo de sua história se deu em 1971, quando Gerald Baldwin, Gordon Bowker e Ziev Siegl abriram um pequeno café no centro comercial Pike Place, em Seattle. Os três eram fanáticos por café, e sua loja era especializada na venda de grãos de café arábica para apreciadores do café puro. Em 1982, Howard Schultz se juntou à equipe de marketing da Starbucks. Uma viagem de Howard para a Itália o deixou fascinado pelo papel desempenhado pelo café expresso na vida social diária dos italianos e, ao retornar para Seattle, Howard convenceu a empresa a servir café expresso, então, única loja da Starbucks. Ele acreditava que ali poderia ser um lugar em que os americanos se sentissem à vontade para tomar um café fora de casa ou do trabalho. Eles dividiram a experiência da marca em três componentes: O café em si, ou seja, a Starbucks vendia para seus clientes o café da mais alta qualidade do mundo; a intimidade com o cliente - A Starbucks oferecia um atendimento diferenciado toda vez que o cliente cruzasse a porta da loja, elementos simples como saber o gosto de um cliente, seu nome ou sua bebida favorita; e, por último, a atmosfera; os clientes entram e querem ficar na loja. A Starbucks adotou uma nova maneira de chamar seus funcionários. Aos invés de chama-los dessa forma, os chamavam de “parceiros”. No início dos anos 2000 eram cerca de 60.000 “parceiros” ao redor do mundo. Uma estratégia para manter seus empregados engajados era pagá-los por hora. Dessa forma, os “parceiros” satisfeitos faziam um bom trabalho e deixavam os consumidores satisfeitos. Além disso, os colaboradores tinham facilidades como planos de saúde, mesmo com pouco tempo de empresa. Tudo isso, gerando sua maior satisfação, que era na faixa de 80% a 90%, um valor bem acima do padrão da indústria. Apesar de, inicialmente, muitos executivos terem dúvidas quanto à ideia de investir na Starbucks, Howard seguiu em frente com a oferta pública das ações, levantando US$ 25 milhões no processo, fazendo com que a Starbucks abrisse mais lojas pelo país. Em 2002, a empresa já era considerada a marca de café especial dominante na América do Norte, sendo que suas vendas haviam registrado crescimento de 40% ao ano, com mais de 5.000 lojas ao redor do mundo para atender cerca de 2 milhões de consumidores individuais. A empresa dava grande importância a vivenciar o café e manter viva essa cultura nacionalmente, e se orgulhava em oferecer o que acreditava ser o café de maior qualidade do mundo, sendo este o primeiro componente da estratégia de experiência de vivência do café. Howard acreditava que a satisfação dos clientes dependia da satisfação dos funcionários, chamados de parceiros pela empresa, portanto, eram oferecidos alguns benefícios aos baristas, e atitudes como estas tornaram a Starbucks a 47ª colocada entre as melhores empresas para se trabalhar, além de ter uma das taxas de rotatividade mais baixas da indústria. A Starbucks acompanhava o desempenho do serviço dos parceiros usando alguns sistemas de medição. Dentre os sistemas, destacou-se o chamado foto instantânea do cliente, que se tratava da visita de um comprador anônimo três vezes por trimestre em todas as lojas para que fossem avaliados alguns aspectos como atendimento, limpeza, qualidade do produto e velocidade do atendimento. Novos produtos eram lançados regularmente, e a Starbucks introduzia no mercado pelo menos uma nova bebida quente a cada fim de ano, coincidindo com as festas. Esse processo de desenvolvimento de uma nova bebida geralmente levava de 12 a 18 meses. Mais importante que o êxito da nova bebida, era a aceitação dos parceiros, já que mais da metade de suas vendas vinham de locais fora das lojas Starbucks. Apesar de a Starbucks ser considerada uma das organizações de marketing mais eficazes do mundo, ela não tinha uma equipe de marketing estratégico. Na empresa havia um grupo de pesquisa de mercado, um de categorias para gerenciar as margens e desenvolver mercadorias, e um de marketing, que desenvolvia os planos promocionais trimestrais. Com essa estrutura organizacional, todos os executivos seniores da empresa eram forçados a assumir responsabilidades ligadas ao marketing. Porém, esse modelo de organização também podia fazer com que tendências de mercado e de clientes poderiam acabar sendo ignoradas, e foi exatamente o que aconteceu com o passar dos anos. Foi constatado que os serviços não estavam de acordo com o propósito inicial, de entregar um serviço de qualidade para os clientes. De acordo com as pesquisas realizadas pela equipe de marketing, para os clientes, a Starbucks estava mais preocupada em ganhar dinheiro em primeiro lugar do que em atendimento. Outra afirmação dos clientes era de que a empresa estava mais preocupada em abrir novas lojas. A equipe também pôde constatar que a base de clientes da empresa estava mudando. Os novos clientes tendiam a ser mais jovens, menos cultos e com uma faixa de renda mais baixa do que a dos clientes tradicionais, diferentemente do perfil histórico de clientes, que seria a mulher abastada, culta, executiva e entre 22 e 44 anos. A solução encontrada para a solução da velocidade no atendimento foi a injeção de um investimento de US$ 40 milhões anuais em suas lojas, o que acrescentaria mais 20 horas de mão de obra por semana, reduzindo, assim, o tempo médio de atendimento para 3 minutos. Day explicou que se a empresa deixasse de enxergar mão de obra como uma despesa, e passasse a vê-la como um investimento no consumidor, o retorno seria positivo. A empresa que sempre se preocupou em ter compromisso com a satisfação total do cliente, percebeu que a ação contribuiria para seu crescimento e aumento das vendas em todas as lojas da rede. LOCAL: Harvard Business School. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: YOUNGME MOON, JOHN QUELCH. Harvard Business School u2013 Starbucks: Melhorando o serviço ao cliente, 2006.
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