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Módulo 4-Problema 3- Relatório Final

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Aniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
OBJETIVOS 
1- Compreender o que é a demanda programada, 
reprimida e espontânea. 
2- Dirimir as ações preconizadas pelo Ministério da 
Saúde com enfoque na diminuição da Hipertensão 
Arterial. 
3- Entender como funciona a distribuição de 
medicamentos anti-hipertensivos na farmácia 
pública e elencar as consequências da falta dos 
mesmos pelos usuários e interrupção do tratamento. 
4- Identificar quais os serviços que podem sofrer 
melhorias para o acesso e satisfação dos pacientes. 
1-COMPREENDER O QUE É 
DEMANDA PROGRAMADA, 
REPRIMIDA E 
ESPONTÂNEA 
 O acolhimento é uma prática presente em 
todas as relações de cuidado, nos encontros reais entre 
trabalhadores de saúde e usuários, nos atos de receber 
e escutar as pessoas, podendo acontecer de formas 
variadas (“há acolhimentos e acolhimentos”). Em 
outras palavras, ele não é, a priori, algo bom ou ruim, 
mas sim uma prática constitutiva das relações de 
cuidado. Sendo assim, em vez (ou além) de perguntar 
se, em determinado serviço, há ou não acolhimento, 
talvez seja mais apropriado analisar como ele se dá. 
O acolhimento se revela menos no discurso sobre ele 
do que nas práticas concretas. 
DEMANDA ESPONTÂNEA 
 Demanda espontânea é o nome dado para 
qualquer atendimento não programado na Unidade de 
Saúde. Representa necessidade momentânea do 
usuário. Pode ser uma informação, um agendamento 
de consulta, ou uma urgência e emergência. 
 Comparece a unidade inesperadamente, seja 
por problemas agudos ou por motivos que o próprio 
paciente julgue como necessidade de saúde. 
 Deve ser acolhida na atenção básica porquê? 
O usuário apresenta queixas que devem ser acolhidas 
e problematizadas junto ao paciente; A atenção básica 
consegue absorver e ser resolutiva em grande parte 
dos problemas de saúde; criação e fortalecimento de 
vínculos; oportunidade de invenção de novas 
estratégias de cuidado e reorganização dos serviços. 
DEMANDA PROGRAMADA 
 Com intuito de reorganizar o acesso ao SUS e 
dar direcionamento as demandas da população 
adstrita, além de ter como um de seus eixos a 
promoção da saúde e prevenção de agravos por meio 
da longitudinal idade. Para isso as agendas dos 
profissionais são organizadas de forma programada 
com períodos específicos para procedimentos e 
atividades. 
 Demanda Programada, é aquela agendada 
previamente, ou seja, toda demanda gerada de ação 
prévia a consulta, sendo um importante instrumento 
de ação quando se trata de que compõe atenção 
primária em saúde. 
DEMANDA REPRIMIDA 
 Quando nos dirigimos ao centro de saúde para 
consulta, exame, vacina, retirar medicamento ou 
atendimento e não somo atendidos simplesmente 
voltamos para casa e aguardamos o serviço se 
normalizar. Fazer uma estatística desta demanda 
reprimida mostraria a todos que o sistema está nos 
reprimindo. 
Aniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
DIRIMIR AS AÇÕES 
PRECONIZADAS PELO 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
COM ENFOQUE NA 
DIMINUIÇÃO DA 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 O Plano de Ações Estratégicas para o 
Enfrentamento das Doenças Crônicas Não 
Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022, define 
e prioriza as ações e os investimentos necessários 
para preparar o país para enfrentar e deter as DCNT 
nos próximos dez anos. 
 As DCNT são as principais causas de morte 
no mundo, correspondendo a 63% dos óbitos em 
2008. Aproximadamente 80% das mortes por DCNT 
ocorrem em países de baixa e média renda. Um terço 
dessas mortes ocorre em pessoas com idade inferior a 
60 anos. A maioria dos óbitos por DCNT são 
atribuíveis às doenças do aparelho circulatório 
(DAC), ao câncer, à diabetes e às doenças 
respiratórias crônicas. As principais causas dessas 
doenças incluem fatores de risco modificáveis, como 
tabagismo, consumo nocivo de bebida alcoólica, 
inatividade física e alimentação inadequada. 
POLÍTICAS DE DCNT NO BRASIL EM DESTAQUE 
 Organização da Vigilância de DCNT: O 
Brasil vem organizando, nos últimos anos, ações no 
sentido de estruturar e operacionalizar um sistema de 
vigilância específico para as doenças crônicas não 
transmissíveis, de modo a conhecer a distribuição, a 
magnitude e a tendência das doenças crônicas e seus 
fatores de risco e apoiar as políticas públicas de 
promoção da saúde. 
 Política Nacional de Promoção da Saúde: 
Aprovada em 2006, prioriza ações de alimentação 
saudável, atividade física, prevenção ao uso do tabaco 
e álcool, inclusive com transferência de recursos a 
estados e municípios para a implantação dessas ações 
de uma forma intersetorial e integrada. 
 Atividade Física: O Ministério da Saúde 
lançou, em 7 de abril de 2011, o programa Academia 
da Saúde, com o objetivo de promoção da saúde por 
meio de atividade física, com meta de expansão a 4 
mil academias até 2014. Desde 2006, a Secretaria de 
Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde 
apoia e financia programas de atividade física. 
Somente em 2011, há mais de mil projetos em 
andamento em todo o país. 
 Tabaco: O sucesso da política antitabaco é 
um ponto de grande relevância que reflete no declínio 
da prevalência das DCNT. 
 Alimentação: O incentivo ao aleitamento 
materno e à alimentação complementar saudável tem 
sido uma importante iniciativa do MS, ao lado de 
mensagens claras, como o Guia Alimentar para a 
População Brasileira, e parcerias, como a do 
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à 
Fome (MDS) no programa Bolsa Família. O Brasil 
também se destaca na regulamentação da rotulagem 
dos alimentos. Além disso, foram realizados acordos 
com a indústria para a redução do teor das gorduras 
trans e, recentemente, novos acordos voluntários de 
metas de redução de sal em 10% ao ano em alimentos 
industrializados. 
 Expansão da Atenção Básica: A Atenção 
Básica em Saúde cobre cerca de 60% da população 
brasileira. As equipes atuam em território definido, 
com população adstrita, realizando ações de 
promoção, vigilância em saúde, prevenção, 
assistência, além de acompanhamento longitudinal 
dos usuários, o que é fundamental na melhoria da 
resposta ao tratamento dos usuários com DCNT. 
Foram publicados os Cadernos da Atenção Básica e 
guias para o controle de hipertensão arterial, diabetes, 
obesidade, doenças do aparelho circulatório, entre 
outros. 
Aniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
 Distribuição gratuita de medicamentos 
para hipertensão e diabetes: Expansão da atenção 
farmacêutica e da distribuição gratuita de 11 
medicamentos para hipertensão e diabetes. Em março 
de 2011, o programa Farmácia Popular passou a 
ofertar medicamentos gratuitos para hipertensão e 
diabetes em mais de 17.500 farmácias privadas 
credenciadas. Essa medida ampliou o acesso e foram 
atendidos, até julho de 2011, 2,1 milhões de 
hipertensos e 788 mil diabéticos, representando um 
aumento de 194%, comparado com janeiro do mesmo 
ano. 
SOBRE OS PROGRAMAS E AÇÕES 
 Programa Academia da Saúde: Construção 
de espaços saudáveis que promovam ações de 
promoção da saúde e estimulem a atividade 
física/práticas corporais, o lazer e modos de vida 
saudáveis em articulação com a Atenção Básica em 
Saúde. 
 Programa Saúde na Escola: Universalização 
do acesso ao incentivo material e financeiro do PSE a 
todos os municípios brasileiros, com o compromisso 
de ações no âmbito da avaliação nutricional, 
avaliação antropométrica, detecção precoce de 
hipertensão arterial, sistêmica, promoção de 
atividades físicas e corporais, promoção da 
alimentação saudável e de segurança alimentar no 
ambiente escolar. 
 Reformulação de espaços urbanos 
saudáveis: Criação do Programa Nacional de 
Calçadas Saudáveis e construção e reativação de 
ciclovias, parques, praças e pistas de caminhadas. 
 Campanhas de comunicação: Criaçãode 
campanhas que incentivem a prática de atividade 
física e hábitos saudáveis, articulando com grandes 
eventos, como a Copa do Mundo de Futebol (2014) e 
as Olimpíadas (2016). 
ALIMENTAÇÃO 
 Escolas: Promoção de ações de alimentação 
saudável no Programa Nacional de Alimentação 
Escolar. 
 Aumento da oferta de alimentos saudáveis: 
Estabelecimento de parcerias e acordos com a 
sociedade civil (agricultores familiares, pequenas 
associações e outros) para o aumento da produção e 
da oferta de alimentos in natura, tendo em vista o 
acesso à alimentação adequada e saudável. Apoio a 
iniciativas intersetoriais para o aumento da oferta de 
alimentos básicos e minimamente processados, no 
contexto da produção, do abastecimento e do 
consumo. 
 Regulação da composição nutricional de 
alimentos processados: Estabelecimento de acordo 
com o setor produtivo e parceria com a sociedade 
civil, com vistas à prevenção de DCNT e à promoção 
da saúde, para a redução do sal e do açúcar nos 
alimentos. 
 Redução dos preços dos alimentos 
saudáveis: Proposição e fomento à adoção de 
medidas fiscais, tais como redução de impostos, taxas 
e subsídios, objetivando reduzir os preços dos 
alimentos saudáveis (frutas, hortaliças), a fim de 
estimular o seu consumo. 
 Plano Intersetorial de Controle e 
Prevenção da Obesidade: Implantação do Plano 
visando à redução da obesidade na infância e na 
adolescência e à detenção do crescimento da 
obesidade em adultos. 
 Regulamentação da publicidade de 
alimentos: Estabelecimento de regulamentação 
específica para a publicidade de alimentos, 
principalmente para crianças. 
 
CUIDADO INTEGRAL 
 
 Linha de cuidado de DCNT: Definir e 
implementar protocolos e diretrizes clínicas das 
DCNT com base em evidências de custo-efetividade, 
vinculando os portadores ao cuidador e à equipe da 
Atenção Básica, garantindo a referência e 
contrarreferência para a rede de especialidades e 
hospitalar, favorecendo a continuidade do cuidado e 
Aniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
a integralidade na atenção. Desenvolver sistema de 
informação de gerenciamento de DCNT. 
 Capacitação e telemedicina: Capacitação 
das equipes da Atenção Básica em Saúde, expandindo 
recursos de telemedicina, segunda opinião e cursos a 
distância, qualificando a resposta às DCNT. 
 Medicamentos gratuitos: Ampliação do 
acesso gratuito aos medicamentos e insumos 
estratégicos previstos nos Protocolos Clínicos e 
Diretrizes Terapêuticas das DCNT e tabagismo. 
 Hiperdia: Destina-se ao cadastramento e 
acompanhamento de portadores de hipertensão 
arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede 
ambulatorial do SUS; Gera informação para 
aquisição, dispensação e distribuição de 
medicamentos de forma regular e sistemática a todos 
os pacientes cadastrados; Orienta os gestores 
públicos na adoção de estratégias de intervenção; 
Permite conhecer o perfil epidemiológico da 
hipertensão arterial e do diabetes mellitus na 
população. 
 NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da 
Família): Criados em 2008; objetivo de apoiar a 
consolidação da Atenção Primária no Brasil; 
compostos por equipes multiprofissionais que atuam 
de forma integrada com as equipes de Saúde da 
Família (ESF), as equipes de atenção primária para 
populações específicas (consultórios na rua, equipes 
ribeirinhas e fluviais) e com o Programa Academia da 
Saúde. 
 Rede Farmácia Popular: Objetivo de 
oferecer mais uma alternativa de acesso da população 
aos medicamentos considerados essenciais. 
 Campanha Saúde Não Tem Preço: Objetivo 
de disponibilizar, gratuitamente, medicamentos 
indicados para o tratamento da hipertensão, diabetes 
e asma por meio do Programa Farmácia Popular. 
 
Entender como funciona a 
distribuição de medicamentos 
anti-hipertensivos na farmácia 
pública 
 A Assistência Farmacêutica reforça e 
dinamiza a organização dos Sistemas Estaduais e 
Municipais de Saúde, tornando-os mais eficientes, 
consolidando vínculos entre os serviços e a 
população, contribuindo para a universalização do 
acesso e a integralidade das ações. 
 Entendendo a Assistência Farmacêutica como 
parte importante de um Sistema de Saúde e 
componente fundamental para a efetiva 
implementação das ações de promoção e melhoria das 
condições da assistência à saúde da população, o 
Ministério da Saúde — MS, após ampla discussão, 
aprovou, em outubro de 1998, a Política Nacional de 
Medicamentos (Portaria GM N° 3.916/98), 
instrumento que passou a orientar todas as ações no 
campo da política de medicamentos do país. 
 Essa política fortalece os princípios e 
diretrizes constitucionais, legalmente estabelecidos, 
explicitando, além das diretrizes básicas, as 
prioridades a serem conferidas na sua implementação 
e as responsabilidades dos gestores do Sistema Único 
de Saúde — SUS na sua efetivação. As ações 
direcionadas para o alcance desse propósito serão 
balizadas pelas diretrizes a seguir: 
1. Adoção da Relação Nacional de 
Medicamentos Essenciais − RENAME. 
2. Regulamentação Sanitária de Medicamentos. 
Reorientação da Assistência Farmacêutica. 
Aniélly Guimarães 
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Problema 3 
 
 
 
3. Promoção do Uso Racional de Medicamentos. 
4. Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 
5. Promoção da Produção de Medicamentos. 
6. Garantia da Segurança, Eficácia e Qualidade 
dos Medicamentos. 
7. Desenvolvimento e Capacitação de Recursos 
Humanos. 
 ENTRE ESSAS DIRETRIZES, DEFINIU-SE 
COMO PRIORIDADES: 
a. Revisão permanente da Rename. 
b. Reorientação da Assistência Farmacêutica. 
c. Promoção do Uso Racional de Medicamentos. 
d. Organização das atividades de Vigilância 
Sanitária de Medicamentos. 
 A reorientação do modelo de Assistência 
Farmacêutica, coordenada e disciplinada em âmbito 
nacional pelos três gestores do Sistema, deverá estar 
fundamentada: 
I. Na descentralização da gestão. 
II. Na promoção do uso racional dos 
medicamentos. 
III. Na otimização e na eficácia do sistema 
de distribuição no setor público. 
IV. No desenvolvimento de iniciativas que 
possibilitam a redução nos preços dos 
produtos, viabilizando, inclusive, o 
acesso da população aos produtos do 
setor privado. 
 O fornecimento de medicamentos aos 
beneficiários do SUS está previsto na Lei nº 8.080/90, 
artigo 06, inciso I, alínea “d”: 
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de 
atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):1 I - a 
execução de ações: d) de assistência terapêutica 
integral, inclusive farmacêutica; 
 Ao estabelecer que a saúde deve ser integral, 
ou seja, abranger tudo o que é necessário para 
prevenir e curar doenças, o Sistema Único de Saúde 
(SUS) organiza a sua assistência farmacêutica através 
do Decreto Federal nº 7508, que regulamenta a Lei 
Orgânica nº 8080/90. Esta legislação estabelece a 
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 
(Rename), com uma seleção e padronização de 
medicamentos indicados para atendimento de 
doenças ou de agravos pelo SUS. 
 Política Nacional de Assistência 
Farmacêutica (PNAF): Conjunto de ações voltadas 
à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto 
individual como coletiva, tendo o medicamento como 
insumo essencial e visando o acesso e seu uso 
racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o 
desenvolvimento e a produção de medicamentos e 
insumos, bem como a sua seleção, programação, 
aquisição, distribuição, dispensação, garantia da 
qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento 
e avaliação de sua utilização, na perspectiva da 
obtenção de resultados concretos e da melhoria da 
qualidade de vida da população. 
 Portaria 2084, de 26 de outubro de 2005: 
definiu mecanismos e responsabilidades para 
financiamento da Assistência Farmacêutica na 
atenção básica e estabeleceu que o elenco de 
medicamentos para Atenção Básica seria constituído 
por dois componentesAniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
 Componente Estratégico: conjunto de 
medicamentos e produtos, cuja responsabilidade pelo 
financiamento e/ou aquisição é do Ministério da 
Saúde. Estão contemplados os seguintes grupos: 
hipertensão e diabetes, inclusive insulina; asma e 
rinite; Saúde da Mulher; Alimentação e Nutrição e de 
Combate ao Tabagismo. 
 Componente Descentralizado: constituído 
pelo Incentivo à Assistência Farmacêutica Básica, 
financiado com recursos do MS, estados, municípios 
e DF. 
 Os pacientes atendidos no SUS devem receber 
gratuitamente a medicação necessária para o 
tratamento. Para oferecer medicamentos a baixo custo 
para os pacientes atendidos na rede privada, foi criado 
o Programa “Farmácia Popular do Brasil”, onde a 
disponibilização de medicamentos será efetivada em 
farmácias populares, por intermédio de convênios 
firmados com Estados, Distrito Federal, Municípios e 
hospitais filantrópicos, bem como em rede privada de 
farmácias e drogarias. 
 Fármacos utilizados nos cuidados com a 
hipertensão estão disponíveis gratuitamente, seja na 
rede do SUS ou na rede credenciada do programa 
Aqui Tem Farmácia Popular. 
 Com isso, praticamente três de cada quatro 
medicamentos utilizados nos cuidados da hipertensão 
foram obtidos com financiamento do SUS. 
 Dos medicamentos utilizados para os 
cuidados da hipertensão, 56,0% foram obtidos no 
SUS, 16,0% no Programa Farmácia Popular (rede 
própria ou rede credenciada) e 2,3% em outros locais. 
O pagamento do próprio bolso correspondeu a 25,7% 
dos medicamentos utilizados para o tratamento dessa 
condição. 
ELENCAR AS 
CONSEQUÊNCIAS DA FALTA 
DOS MESMOS PELOS 
USUÁRIOS E INTERRUPÇÃO 
DO TRATAMENTO 
 
 Alguns motivos da falta de medicamentos 
✓ Programação inadequada, pois ela 
determina a quantidade a ser adquirida e 
deve levar em conta diversos fatores como 
período do ano, estoque anual, tempo que 
levará para comprar e reabastecer; 
✓ Aquisição insuficiente; 
✓ Armazenamento inadequado e sem 
comunicação com o setor de distribuição e 
a dispensação; 
✓ Falta de farmacêuticos. 
 Como é uma grande demanda de usuários com 
hipertensão, em consequência, um grande uso de 
medicamentos, a falta deles, impede o tratamento 
correto, acarretando riscos para os usuários. A 
pressão alta ataca os vasos que se tornam endurecidos 
Aniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
e estreitados. Se não é controlada, com o passar dos 
anos, os vasos afetados podem entupir ou romper. 
Quando isto acontece no coração, pode causar infarto; 
no cérebro, pode causar o derrame (AVC) ou um 
quadro de demência precoce, pode levar à baixa de 
visão por afetar os vasos do fundo dos olhos e 
paralisação do funcionamento dos rins (insuficiência 
renal). 
 Essa multiplicidade de consequências coloca 
a hipertensão arterial na origem de muitas doenças 
crônicas e, portanto, a caracteriza como uma das 
causas de maior redução da expectativa e da 
qualidade de vida das pessoas. 
 Alguns medicamentos se forem interrompidos 
bruscamente pela falta em farmácias populares causa 
grandes riscos para os usuários, como: 
✓ A suspensão brusca dos anti-hipertensivos 
centrais causa a hipertensão rebote (um 
grande aumento na pressão de forma 
muito rápido). 
✓ Em casos dos betabloqueadores a 
suspensão brusca pode provocar 
hiperatividade simpática, com hipertensão 
rebote e/ou manifestações de isquemia 
miocárdica. 
✓ Em antagonistas dos canais de sódio a 
suspensão brusca causa problema 
cardíaco. 
Identificar quais os serviços que 
podem sofrer melhorias para o 
acesso e satisfação dos 
pacientes 
 
 PMAQ (Programa Nacional de Melhoria 
do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica) 
✓ Objetivo de incentivar os gestores e as 
equipes a melhorarem a qualidade dos 
serviços de saúde oferecidos aos cidadãos do 
território; 
✓ Propõe um conjunto de estratégias de 
qualificação, acompanhamento e avaliação do 
trabalho das equipes de saúde; 
✓ Repasse de recursos do incentivo 
federal para os municípios participantes que 
atingirem a melhoria no padrão de qualidade 
no atendimento. 
✓ O PMAQ insere-se em um contexto no 
qual o governo federal, crescentemente, se 
compromete e desenvolve ações voltadas para 
a melhoria do acesso e da qualidade no SUS. 
Entre as iniciativas, destaca-se o Programa de 
Avaliação para a Qualificação do SUS, que 
possui como objetivo principal avaliar os 
resultados da nova política de saúde, em todas 
as suas dimensões, com destaque para o 
componente da AB. 
✓ Trata-se de um modelo de avaliação de 
desempenho dos sistemas de saúde, nos três 
Aniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
níveis de governo, que pretende mensurar os 
possíveis efeitos da política de saúde com 
vistas a subsidiar a tomada de decisão, garantir 
a transparência dos processos de gestão do 
SUS e dar visibilidade aos resultados 
alcançados, além de fortalecer o controle social 
e o foco do sistema de saúde nos usuários. 
✓ 
 SUS Fácil 
✓ Pacientes que precisam de um leito em 
caráter de urgência e emergência são 
cadastrados no SUS Fácil, sistema estadual 
para busca de leitos. Através do SUS Fácil, o 
hospital envia o laudo do paciente com 
informações sobre o diagnóstico e evoluções 
clínicas. A partir desses dados, médicos 
reguladores avaliam o caso e fazem a busca 
pelo leito hospitalar mais adequado para o 
paciente, visando sempre a unidade com 
melhor capacidade técnica e a proximidade 
com a origem do pedido. Já os pacientes que 
precisam de um procedimento eletivo (que 
não tem caráter emergencial), são cadastrados 
no sistema de busca de leitos do município de 
origem do paciente. 
✓ Mais Médicos 
Com o intuito de diminuir a carência de 
médicos nos municípios do interior e nas periferias 
das grandes cidades do país, áreas prioritárias para o 
Sistema Único de Saúde (SUS), o Programa Mais 
Médicos foi lançado em Julho de 2013, pelo Governo 
Federal. 
✓ Rede Cegonha 
Trata-se de uma estratégia que visa 
implementar uma rede de cuidados para assegurar às 
mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a 
atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao 
puerpério (pós-parto), bem como assegurar às 
crianças o direito ao nascimento seguro e ao 
crescimento e desenvolvimento saudáveis. O 
programa tem a finalidade de estruturar e organizar a 
atenção à saúde materno-infantil no País e será 
implantada, gradativamente, em todo o território 
nacional. 
✓ Saúde Indígena 
Para melhorar o acesso às políticas públicas na 
área da saúde e de educação em saúde para a 
população indígena, o Sistema Único de Saúde (SUS) 
conta com a Secretaria Especial de Saúde Indígena 
(Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, 
responsável por coordenar a Política Nacional de 
Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o 
processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena (SasiSUS). 
✓ Ouvidoria de Saúde 
É o canal que o cidadão formaliza qualquer 
tipo de manifestação sobre o Sistema Único de Saúde 
(SUS). Por meio da Ouvidoria, o cidadão pode fazer 
a solicitação de um serviço; pode denunciar a 
qualidade do atendimento recebido; pode denunciar, 
por exemplo, cobranças indevidas por serviços de 
saúde prestados no SUS; e até mesmo fazer uma 
sugestão. A Ouvidoria é responsável por realizar 
vistoria em órgãos ou entidades públicas, quando 
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Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
houver indício de ilegalidade ou irregularidade na 
prestação de serviço. 
✓ Programa nacional de imunização 
 O Programa Nacional de Imunização do 
Brasil é um caso de sucesso reconhecido 
internacionalmente. Através desse programa algumas 
doenças, como a varíola e a poliomielite (paralisia 
infantil), foram erradicadas. Somadoa isso, foram 
reduzidos casos de morte em decorrência de doenças 
como sarampo, rubéola, tétano, difteria e coqueluche. 
 Outro destaque nacional é o fato de o Brasil 
oferecer gratuitamente todas as vacinas 
recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. 
São mais de 300 milhões de doses anuais aplicadas 
na população. O programa ainda tem como um de 
seus princípios a inclusão social, por isso as vacinas 
são oferecidas a toda a população, sem qualquer tipo 
de distinção. 
 
✓ Prevenção e controle hiv/aids 
 PEP – Profilaxia Pós-Exposição: Essa medida 
tem como objetivo prevenir a infecção pelo HIV após 
exposição ao risco (até 72h) após de contato com o 
vírus, como em casos de violência sexual. 
 
OUTROS 
 
SERVIÇOS DE 
ATENDIMENTO 
MÓVEL DE 
URGÊNCIA (SAMU 
192) 
REDE DE ATENÇÃO 
PSICOSSOCIAL(RA
PS) 
 
SISTEMA 
NACIONAL DE 
DOAÇÃO E 
TRANSPLANTE DE 
ÓRGÃOS 
 
Programa Gestão da Política de Saúde 
- Ações 
Ouvidoria Nacional de Saúde; 
Investimento para Qualificação da Atenção à Saúde 
e Gestão do SUS. 
Programa Ciência, Tecnologia e Inovação no 
Complexo de Saúde 
- Ações 
Ação Inovação e Produção de Insumos Estratégicos 
para a Saúde. 
Programa Atenção Básica em Saúde 
- Ações 
Estruturação da Rede de Serviços de Atenção Básica 
de Saúde; < >Ação Atenção Básica em Saúde Bucal. 
Programa Assistência Ambulatorial e Hospitalar 
Especializada 
http://www.politize.com.br/justica-social-o-que-e/
http://www.politize.com.br/cultura-do-estupro-como-assim/
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Problema 3 
 
 
 
- Ações 
Implantação de Centros de Alta Complexidade em 
Oncologia; 
Estruturação de Unidades de Atenção Especializada 
em Saúde; 
Serviços de Atenção às Urgências e Emergências na 
Rede Hospitalar; 
Atenção Especia zada em Saúde Bucal. 
Programa Segurança Transfusional e Qualidade do 
Sangue e Hemoderivados 
- Ações 
Ação Estruturação dos Serviços de Hematologia e 
Hemoterapia. 
Programa Assistência Farmacêutica e Insumos 
Estratégicos 
- Ações 
Apoio à Estruturação dos Serviços de Assistência 
Farmacêutica na Rede Pública; 
Implantação de Farmácias Populares. 
Programa Aperfeiçoamento do Trabalho e da 
Educação na Saúde 
- Ações 
Formação de Profissionais Técnicos de Saúde e 
Fortalecimento das Escolas/Centros Técnicos; 
Apoio ao Desenvolvimento da Graduação, Pós-
Graduação Stricto e Latu Sensu, em Áreas 
Estratégicas para o SUS. 
Programa Vigilância, Prevenção e Controle de 
Doenças e Agravos 
- Ações 
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e 
Controle de Doenças; 
Imunobiológicos para Prevenção e Controle de 
Doenças; 
Vigilância, Prevenção e Controle da Hanseníase; 
Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue; 
Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública. 
REFERÊNCIAS 
 
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de 
Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o 
enfrentamento das doenças crônicas não 
transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / 
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Departamento de Análise de Situação de 
Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 
 
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. 
Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a 
sua organização / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica - 
Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aniélly Guimarães 
Módulo IV- Abrangências das ações na saúde 
Problema 3 
 
 
 
ANEXO