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Mucosite, Xerostomia, Cárie de Radiação, Alterações no Paladar e Osteorradionecrose

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Mucosite
O que é?:
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A mucosite oral refere-se a lesões eritematosas e ulcerativas na mucosa oral observadas em pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia em campos que envolvem a cavidade oral. As lesões são frequentemente muito dolorosas e comprometem a nutrição e a higiene oral, bem como o aumento do risco de infecção local e sistêmica. A mucosite também pode envolver outras áreas do trato gástrico; por exemplo, mucosite gastrointestinal que pode se manifestar com diarréia. Assim, a mucosite é uma complicação altamente significativa e, às vezes, limitante da dose da terapia contra o câncer.
Tratamento:
Ainda não existem tratamento efetivos para a mucosite, porém o laser de baixa frequência tem sido bastante empregado com o objetivo de analgesia da dor e inflamação local. Alguns tipos de analgésicos e anestésicos tópicos são utilizados para diminuir o desconforto desencadeado pela lesão.
Implicação clínica:
A mucosite oral apresenta-se inicialmente como eritema da mucosa oral, que frequentemente progride para erosão e ulceração. As ulcerações são tipicamente cobertas por uma pseudomembrana fibrinosa branca. As lesões geralmente curam dentro de aproximadamente 2 a 4 semanas após a última dose de quimioterapia estomatotóxica ou radioterapia. Em pacientes, a resolução da mucosite oral geralmente coincide com a recuperação de granulócitos. 
Prevenção: 
Em grande parte das pessoas que realizam o tratamento oncológico apresentam sinais de mucosite oral. Evitar alimentos salgados, ácidos, apimentados e/ou qualquer alimento que promove a descamação da mucosa oral podem contribuir para a prevenção das lesões. É recomendado manter a higiene oral, com o objetivo de evitar a proliferação de microrganismos patogênicos. Não é aconselhável utilizar enxaguantes bucais com álcool, pois tal substância causa irritação na mucosa oral podendo desencadear mucosite.
Xerostomia
O que é?:
Uma condição em que as glândulas salivares não produzem saliva suficiente para manter a boca úmida. Boca seca é muitas vezes devido ao efeito colateral de certos medicamentos ou problemas de envelhecimento ou como resultado da radioterapia para o câncer. Dificilmente, a xerostomia pode ser causada por uma condição que afeta diretamente as glândulas salivares.
Tratamento:
Prescrição de saliva artificial (Kin Hidrat, SaliForm, Bucalsone) pode ajudar pacientes com xerostomia manter a boca úmida. Outra alternativa é alterar os medicamentos que causam boca seca. Se o médico acredita que a medicação é a causa, poderá ser ajustado a dose, ou prescrito um outro medicamento que não cause xerostomia.
Implicação clínica: 
Secura ou sensação de viscosidade na boca, saliva espessa e fibrosa, dificuldades respiratórias, dificuldades ao falar, mastigar e engolir, dores de garganta, língua seca e fissurada, alteração no paladar e problema na estabilidade de próteses removíveis. 
Prevenção: 
Ingerir alimentos que induzam a produção de saliva, não realizar a automedicação, evitar bebidas alcoólicas, beber água regularmente e não fumar. 
Cárie de Radiação
O que é?:
A radioterapia na região da cabeça e pescoço causa xerostomia e disfunção das glândulas salivares, o que aumenta drasticamente o risco de cárie dentária e suas sequelas. Também afeta os tecidos duros dentais, aumentando sua suscetibilidade à desmineralização após o tratamento. Cárie de radiação é um tipo de cárie dentária de rápida progressão e altamente destrutiva. Esse tipo de cárie e outras alterações do tecido dentário podem aparecer nos primeiros três meses após a radioterapia.
Tratamento:
O tratamento restaurador da cárie radioterápica não é uma boa opção, pois deve-se considerar que o substrato dentário alterado e um ambiente bucal hostil podem comprometer a ligação dos materiais adesivos. Cimento de ionômero de vidro têm se mostrado uma alternativa melhor às resinas compostas. Muitos profissionais optam pela extração dos dentes afetados ou até mesmo a extração dos dentes da região que receberá radiação antes mesmo de iniciar o tratamento de radioterapia.
Implicação clínica: 
Maior incidência em região cervical, abrange um grupo de dentes ou a boca toda (devido a xerostomia), tecido dental mais amolecido e apresenta falhas em procedimentos restauradores com resina composta.
Prevenção: 
Higiene bucal adequada, uso de dentifrícios fluoretados, uso de salivas artificiais e visitas periódicas ao dentista.
Alterações no Paladar
O que é?:
Dificuldades na diferenciação de alimentos devido à falta de sabor (ausência de gosto). As causas da alteração no paladar variam do resfriado comum e sinusites a condições médicas mais graves que envolvem o sistema nervoso central ou também durante e após tratamentos antineoplásicos. Reações alérgicas, língua fissurada e infecções no trato respiratório e auriculares também podem ser algumas das causas. O paladar prejudicado também pode ser um sinal de envelhecimento normal. Estima-se que cerca de 75% das pessoas com mais de 80 anos tenham paladar prejudicado.
Tratamento: 
Não existem tratamentos comprovados na literatura que podem melhorar as alterações no paladar, porém bochechos com bicarbonato de sódio antes das refeições para neutralizar o paladar, higiene adequada e suplementos de sulfato de zinco podem ajudar a melhorar as alterações no paladar. No caso de lesão nervosa uma microcirurgia para reconstrução do nervo lesionado poderá resolver.
Implicação clínica:
Ausência (augesia), diminuição (hipogeusia) ou distorções (disgeusia) no paladar e gosto amargo ou metálico persistente, desencadeando uma perda ou falta de apetite e emagrecimento. 
Prevenção: 
Não fumar (principalmente cachimbos) e/ou usar drogas, evitar queimaduras bucais, evitar a automedicação, manter uma higiene bucal adequada, manter os níveis de vitamina B12 e zinco adequados e não mascar tabaco.
Osteorradionecrose
O que é?:
Osteorradionecrose é a morte óssea devido à radiação que danifica os vasos sanguíneos. É um efeito colateral raro que se desenvolve algum tempo após o término da radioterapia óssea. Geralmente ocorre em mandíbula ou maxila. Comumente encontrada em mandíbula devido ao suprimento sanguíneo limitado. Há também um risco maior de desenvolvimento de osteorradionecrose se um exame odontológico e os reparos dentários necessários não forem feitos antes da radioterapia. Pessoas com má higiene bucal também correm maior risco. 
Tratamento:
Os tratamentos para osteorradionecrose são bastante limitados e vêm sido estudado outras possibilidades de tratamentos. A cirurgia para remoção da lesão e procedimento mais comum empregados. Estudos com oxigenoterapia hiperbárica estão demonstrando resultados satisfatórios.
Implicação clínica: 
Dor, inchaço, úlcera bucal, trismo, abertura bucal anormal, perda de sensação completa na área, apinhamento dental, fístula na região e exposição óssea.
Prevenção:
Manter uma higiene bucal adequada, realizar exames odontológicos antes e após realizar a radioterapia, manter uma dieta saudável com baixo teor de açúcar e evitar lesões em mucosa jugal, língua, palato e gengivas.
Referências: 
Antunes AC. Cárie de radiação: Up date.
Bonan PRF, Lopes MA, Alves FA, Almeida OP. Aspectos clínicos, biológicos, histopatológicos e tratamentos propostos para a mucosite oral induzida por radioterapia: revisão da literatura.
Brasil. Ministério da Saúde; Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Incidência de câncer no Brasil. Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil – Rio de Janeiro: INCA, 2015.
Cardoso MFA, Novikoff F, Tresso A, Segreto RA, Cervantes O. Prevenção e controle das sequelas bucais em pacientes irradiados por tumores de cabeça e pescoço.
Grimaldi N, Sarmento V, Provedel L, Almeida D, Cunha S. Conduta do cirurgião-dentista na prevenção e tratamento da osteorradionecrose: revisão de literatura.
Haveman C, Huber M. Xerostomia management in the head and neck radiation patient.
Leopold D. Disorders of Taste and Smell.
Santos RCS, Dias RS, GiordaniAJ, Segreto RA, Segreto HRC. Mucosite em pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioquimioterapia.
Vieira DL, Leite AF, Melo NS, Figueiredo PTS. Tratamento odontológico em pacientes oncológicos.

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