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adaptar-se às novas situações, buscar soluções para as dificuldades encontradas e é claro também, aperfeiçoar os conhecimentos, atualizar-se, transformar-se. Diante disso, o planejamento, o desenvolvimento de um plano de ações, constantes reuniões pedagógicas, são algumas táticas que ajudam no desenvolvimento de soluções e melhoramento do ensino. Porém não existe uma fórmula mágica ou uma resposta absoluta que resolva os embates encontrados pelos profissionais da educação, por isso a escola deve sempre caminhar ao encontro de novas estratégias e melhorias para poder desempenhar seu papel que é o de abrir as portas para o conhecimento. Diante do exposto, surge a pergunta: qual papel deve ser desempenhado pelo supervisor escolar? Entre os muitos pontos de vistas e fundamentações teóricas dos estudiosos referentes ao papel desempenhado pelo supervisor destacam-se o compromisso com o desenvolvimento pleno do aluno, o exercício da cidadania, a qualificação para o trabalho, assegurando sempre a qualidade do ensino ofertado e formação humana das futuras gerações. Na perspectiva de Rangel(1988), planejar, acompanhar, coordenar e controlar são algumas das ações que o supervisor de ensino deve desenvolver na sua prática profissional bem como atuar no processo ensino aprendizagem, elaboração da proposta pedagógica e avaliação. O objetivo principal visa a qualidade do ensino e para tanto é necessário a busca constante de novas técnicas, métodos e situações que potencialize a aprendizagem do aluno. Atualmente a escola compreende uma aprendizagem completa, pois além dos conteúdos curriculares abrange também a formação cidadã. Tornou-se então um espaço de reflexão, liberdade e diálogo, deixando no passado os aspectos que de certa forma oprimiam os alunos, um aprender mecânico, decorado e sem abertura para um pensamento crítico, agora é substituído por incentivo às novas formas de pensar, favorecendo uma curiosidade a qual vai em busca de respostas para as indagações, inquietações, abrindo o caminho das percepções, onde o aluno se apropria do conhecimento. Assim sendo, o processo de ensinar requer comprometimento tanto do professor quanto do supervisor que devem caminhar lado a lado para que de fato a aprendizagem ocorra. Frente a isso, problematizar, discutir, avaliar e acompanhar junto ao corpo docente a realidade das famílias locais, as condições de aprendizagem de cada discente, os conteúdos a serem desenvolvidos em sala, são algumas formas que o supervisor encontra para fazer a ponte entre a escola e a comunidade, com o intuito de adequar, agregar e aprimorar estruturas que permitam o desenvolvimento do ensino e da pratica docente. No contexto sociopolítico, o supervisor é visto como um líder, aquele que está à frente, buscando a integração e participação de todos. Aquele que estimula o conhecimento, que faz as mediações voltadas à aprendizagem, instiga, questiona e motiva. A importância do seu trabalho está diretamente relacionada à leitura da escola, sua missão é buscar juntamente com o professor maneiras de fazer interação entre comunidade e o espaço escolar. O supervisor tem sua ação voltada à dar assistência ao professor, de maneira comprometida, sendo responsável em promover a interação entre teoria, planejamento e prática, tendo como objeto de trabalho a aprendizagem do aluno, o que só vem a acontecer através da ação do professor, por isso o trabalho deve ser feito em conjunto, como um time. Nessa perspectiva, seu papel baseia-se então no seu objeto de trabalho o que requer de sua parte envolvimento e engajamento em busca de melhorias, adaptações, e aperfeiçoamento do ensino. A imposição de limites pelos professores e o enfrentamento dos problemas, devem fazer parte do seu cotidiano, pois isso faz parte do educar. As políticas adotadas norteiam as práticas. Assim sendo, a formação dos profissionais da educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação Educacional na área da educação básica será feita em curso de graduação em pedagogia de acordo com o artigo 64 da Lei 9394/96. Em conformidade com o artigo 61 da mesma Lei, tais profissionais “devem atender os objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando.” Com relação ao Art. 206. da Constituição Federal de 1988, o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I. Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber III. Pluralismo de ideais e de concepções pedagógicas IV.Respeito à liberdade e apreço à tolerância Neste contexto é tarefa do supervisor garantir que a escola cumpra seu papel. Para Wittmann e Franco (1998:27) a administração da educação é um conjunto de normas e diretrizes que regem a prática e/ou atividades. Pois hoje a administração e a prática educativa caminham juntas. As linhas de ação que norteiam as práticas são estabelecidas pelas políticas tais como as Leis e orientações. A criação de planos de ação (Planejamento) deve obedecer às diretrizes para assim garantir sua concretização. A gestão executa o plano de ação e é semelhante à administração que é uma crítica da operacionalização de uma linha de ação e garante a qualidade do processo educativo e inclui gestão, políticas, planejamento e avaliação. Existem algumas tendências com relação ao trabalho do supervisor, entre as quais se destacam quatro: a primeira é a evolução do ensino altamente estruturada e previsível, pois hoje o supervisor tem condições de programar e planejar juntamente com a equipe pedagógica suas ações para uma intervenção pedagógica eficiente; a segunda é eliminar a teoria prática, evoluir para os cenários mais conceitualizados e compreensivos, incentivando a pluralidade de idéias, levando em conta os conhecimentos prévios dos alunos; a terceira é tornar a escola em um local de influência, de valorização da aprendizagem do aluno e garantir a transmissão do conhecimento ao discente; a quarta é deixar pra traz a impessoalidade e mostrar empatia, comprometimento, envolvimento com o aprender, ensinar e conviver. Diferente de anos atrás, hoje a escola possui maior quantidade de alunos e um dos fatores responsáveis é o aumento obrigatório de mais um ano na grade curricular, com o intuito de dar mais tempo aos alunos de se apropriar do conteúdo, de aprender no seu tempo. Atualmente a escola tem seu olhar voltado para todos, calcada na igualdade, aberta à comunidade, diferente de antigamente que a escola preparava para a elite, estimulava a competitividade e era seletiva. Nesse perspectiva, faz sentido perguntar-se: a escola está exercendo corretamente seu trabalho? O Professor, o aluno e demais atores estão felizes na escola? A aprendizagem está acontecendo de fato? O supervisor deve estar atento a estas perguntas e intervir sempre que necessário, dando subsídios, desenvolvendo estratégias para que a escola seja um local de conhecimento voltado para a comunidade. A supervisão na escola reflexiva é baseada em algumas características fundamentais tais como: realidade profissional, acesso à realidade, objeto de formação, metodologia de formação, interação pessoa e grupo, função supervisava e avaliação. Dessa forma trabalha em cima de estratégias, agindo de forma investigativa, para a resolução dos problemas, visando o desenvolvimento profissional dos professores. RELATÓRIO SOBRE A PALESTRA DE ESTÁGIO CURSO DE PEDAGOGIA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS (ICH) Estagiário(a): Vanusa Pereira da Silva RA.: 1948175 Tel.: (44) 9.9753-8986 Polo: Toledo/PR Turma: Pedagogia Total: 20 horas Palestra: (X) O OrientadorEducacional na sua prática profissional ( ) O Supervisor de Ensino na sua prática profissional ( ) O Gestor Educacional na sua prática profissional ( ) O Pedagogo Empresarial na sua prática profissional Então afinal, qual é o papel do orientador educacional na sua prática profissional? Contextualizando vemos que existe uma diferença entre a escola de hoje e a escola que os profissionais da educação estudaram. Hoje a escola se tornou um local de mediação do conhecimento, valorizando a vivencia dos alunos, diferentemente da escola de outrora a qual se colocava como detentora de todo o conhecimento onde o professor era quem sabia tudo e o aluno não sabia nada. Diante disso cabe ao orientador saber que o momento atual exige o desenvolvimento de várias competências e não mais os conceitos decorados visando atrelar a teoria à prática. Assim sendo, existe um incentivo por parte do Estado às escolas que oferecem ensino técnico, pois o ensino tradicional ainda é focado em conteúdos. Nos dias atuais, a educação precisa ser interdisciplinar, propiciando ao discente a construção do conhecimento dentro das interações, pois existe uma necessidade de se trabalhar em equipe. Numa mesma escola, encontram-se várias gerações e cada uma delas exerceu ou exerce um papel fundamental dentro da sociedade e cada uma delas vem de um contexto de tempo diferente. O mundo moderno vive em constantes transformações, no entanto as mudanças acontecem de maneira lenta quando o assunto é educação; educação essa que ao invés de transformar a sociedade é modificada por ela num processo inverso do que deveria ser. É inegável que ainda existe um desprestígio social com relação ao profissional que atua na área da educação, o que reflete na sua remuneração, no reconhecimento do seu trabalho, por isso gostar do que faz e fazer com amor é o que traz toda a diferença na vida profissional do professor, do educador infantil, do orientador educacional, etc. O orientador educacional é a ponte entre a escola e a sociedade por isso precisa saber que as famílias mudaram e diferente do passado não é baseada mais apenas em pai, mãe e filho(s), hoje existem muitas formas de constituição familiar como, por exemplo: Apenas a mãe e o filho(s) ; avós e neto(s); pai e filho(s); tios e sobrinho(s) e ainda pais adotivos, pais gays, entre muitas outras, enfim, é preciso respeito e entendimento que o mundo mudou e as pessoas também. O importante é que o orientador educacional tenha um olhar atento sobre as influencias de comportamentos do aluno que são desencadeadas pela convivência em família, pois muitas vezes as mesmas exercem um papel negativo, estimulando no aluno sentimento de remorso e inferioridade. O desenvolvimento da criança e sua faixa etária requerem um olhar atento do orientador escolar, pois cada fase necessita de uma atenção e maneira de agir adequada, por isso é tão importante estudar as teorias do desenvolvimento, pois elas irão nortear e organizar e assim dar sentido aos fatos do desenvolvimento infantil. Desta feita, quando se percebe algum comportamento incomum é possível encaminhar essa criança à um tratamento ou acompanhamento de acordo com seu quadro, de forma que é possível reverter alguns se não muitos problemas. No Brasil a maioria dos professores não possui curso superior, exercendo sua função baseados apenas no antigo magistério e isso poder ser considerado um dos fatores que afetam o desempenho escolar da criança. Sendo assim, um ponto importante na função do orientador é saber que algumas habilidades são imprescindíveis para a entrada da criança na suas respectivas séries, por isso a necessidade de formação continuada do corpo decente com o objetivo de melhorias no ensino, de forma que o aluno possa se desenvolver adequadamente e não apenas passar pra série seguinte correndo o risco de sofrer as consequências no futuro quando precisará passar por provas como, por exemplo, o Enem. A geração Z ou @ é a geração dos alunos de agora. Cada faixa etária requer atenção e formas de entendê-las. É preciso atenção por parte do orientador com relação as perdas de entes queridos do circulo de relacionamento do aluno. Quando isso ocorre faz-se necessário ter a sensibilidade de lidar com essa situação, pois a criança a partir dos 6 ou 7 anos já começa a entender o que é a morte. A puberdade também é outra questão que precisa de cuidado. Cada vez mais, a idade das meninas diminui com relação à primeira menstruação, no Brasil 7% das garotas menstrua pela primeira vez na faixa etária dos 7 aos 10 anos. Tudo tem ligação com os processos midiáticos e alimentares. Essa puberdade precoce pode acarretar mudanças de comportamento, pois uma menina mesmo com estrutura corporal de uma moça, ainda pode ter um pensamento de criança (de acordo com sua idade), por tanto o papel do orientador é sempre estar a par desses problemas que podem vir a ocorrer. A adolescência vai além de mudanças físicas, passa por um momento de busca e construção da identidade social de aceitação do outro e de si mesmo. Desperta sentimentos críticos sobre regras e leis, desencadeia conflitos de convivência a qual o individuo precisa se sentir incluso em um grupo e muitas vezes é aí que entra a questão do bullying que é quando não se aceita e ressalta os “defeitos” do outro de forma pejorativa. Entre os adolescentes o bullying tem maior incidência sobre a homossexualidade, raça e classe social. Com a fase da adolescência pode ocorrer também uma sobrecarga com relação a escolha da profissão, já que existe uma cobrança por parte da sociedade com relação ao sucesso profissional, pode ocorrer ainda um abuso do consumo de bebidas, transtornos alimentares como bulimia ou anorexia, sexualidade precoce, hipomania, enfim, são muitos pontos que o orientador escolar precisa levar em consideração para poder desenvolver estratégias de solução do problema. Planejamento, raciocínio e controle são as três áreas do cérebro que estão em constante desenvolvimento e por volta dos 21 anos estão formadas. Elas são responsáveis por organização, preferências e impulsividade. Consequentemente na adolescência por sofrerem um ajuste, interferem no humor e atitudes do aluno. Pedagogia e tecnologia podem ser concorrentes dependendo da situação. Hoje, 19 milhões de pessoas têm acesso às redes sociais, sendo que 14 milhões estão na faixa de 12 a 29 anos. E o que se percebe que muitas vezes o adulto ou adolescente sente muito mais prazer em estar nas redes do que conviver socialmente, praticar uma atividade física ou uma leitura. Uma forma de contribuir com processo de aprendizagem é dar voz ao aluno, é ouvindo o que ele tem à dizer, e valorizar seus conhecimentos. Mas de quem é a responsabilidade nesse processo de ensino? O primeiro responsável seria administração pública da esfera municipal, estadual e federal. Em consonância à uma gestão de qualidade, uma liderança jovem. Envolvimento com a promoção do conhecimento. Agindo de maneira ética, sem predileções. A formação contínua, conhecimento sobre tecnologia e uso da mesma a favor do ensino. Trabalho em equipe e colaborativo com valorização dos múltiplos saberes, para fazer a diferença sendo um agente formador e transformador. O momento atual requer do orientador educacional, um trabalho contextualizado, de acordo com a realidade da comunidade local, para assim desenvolver formas de contribuir para o desenvolvimento pessoal do aluno. E para tanto deve trabalhar em parceria com o professor, atuando no planejamento e na proposta pedagógica. Ele deve ser alguém que escuta, dialoga e orienta. Diferente do professor o orientador não tem um currículo para seguir, pois seu trabalho visa a formação permanente do individuo levando em conta os valores, atitudes e moções.Muitas escolas não dispõem de coordenador em sua equipe pedagógica, no entanto outro profissional deve desempenhar tal função. Desta feita, quanto maior o comprometimento dos profissionais da educação, maior representatividade possui a instituição de ensino.