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Transtornos Alimentares


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25/10/2017 
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Transtornos Alimentares 
Transtornos Alimentares 
• Os transtornos alimentares mais conhecidos são dois: 
anorexia e bulimia nervosa. 
 
• Afetam principalmente jovens do sexo feminino com 
idades entre 12 e 18 anos. 
 
• Elevada prevalência não só nos países desenvolvidos 
como também nos países de terceiro mundo. 
Essas duas patologias estão intimamente 
relacionadas por apresentarem sintomas 
em comum: uma ideia prevalente 
envolvendo a preocupação excessiva 
com o peso, distorção da imagem 
corporal e um medo patológico de 
engordar. 
 prevalência frutos de um padrão 
cultural ditatorial, modismos alimentares 
e busca incansável pela perfeição. 
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Causas 
• São desconhecidas 
• Factores que contribuem para a desordem: 
– Aspectos: genéticos 
 sociais 
 familiares 
 ambientais 
• Componente 
 
 Biológica Psicológica 
 
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Definição 
• Anorexia  deriva do grego orexis (apetite), 
acrescido do prefixo an (ausência, privação). 
 
• Anorexia nervosa, significa perda de apetite de 
origem nervosa, não é a expressão mais adequada, 
considerando-se que, pelo menos no início do 
quadro, há negação da fome propriamente dita. 
Anorexia 
• Paul Garfmkel (1992) como "inanição 
deliberada e auto-imposta, seguida de uma 
busca implacável pela magreza e por um 
medo mórbido de engordar, levando a sérios 
graus de emagrecimento". 
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Histórico 
• Santas católicas  apontadas como os primeiros 
casos de anorexia  o jejum difundido pela Igreja no 
início do século XIX  "anorexia religiosa”. 
 
• A primeira descrição médica de anorexia nervosa 
aparece simultaneamente na Inglaterra por William 
Gull (1925) e Ernest Lasègue (1925) na França. 
• O início do quadro clínico ocorre frequentemente a 
partir da elaboração de uma dieta, em que o paciente 
inicia a restrição de grupos alimentares, eliminando 
aqueles que julga mais calóricos. 
 
• Essa restrição alimentar aumenta progressivamente, 
com diminuição do número de refeições, podendo 
evoluir drasticamente, até o jejum. 
 
• O paciente tem como meta emagrecer, cada vez mais, 
desejando a todo custo ficar cada vez mais magro. 
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DIAGNÓSTICO 
• Segundo o DSM-IV - TR (Manual Diagnóstico e 
Estatístico dos Transtornos Mentais - IV com Texto 
Revisado) da American Psychiatric Association. 
 
• Classificação de Transtornos Mentais e do 
Comportamento da Classificação Internacional de 
Doenças – CID. 
DIAGNÓSTICO 
• anorexia nervosa: 
 recusa em manter o peso corporal ideal ou acima do 
peso mínimo para idade e altura 
medo intenso de ganhar peso ou tornar-se obeso, 
mesmo se abaixo do peso ideal; 
 distúrbios de imagem corporal 
 amenorréia em mulheres pós-menarca (ausência de, 
pelo menos, 3 ciclos menstruais consecutivos). 
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Dois subtipos para AN: 
• Restritivo  há apenas a restrição dietética 
como forma de perder peso. 
 
• Compulsivo/purgativo ocorre ingestão 
excessiva de alimentos seguida de vômitos e 
uso de laxativos e/ou diuréticos. 
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TESTE DE ATITUDES ALIMENTARES (EAT-26) 
Nome:__________________________________________ 
Idade:_____________Peso:_____________Altura:____ 
EAT ® David M. Garner & Paul E. Garfinkel (1979), David M. Garner et ai (1982). 
,v?. 2 Teste de Atitudes Alimentare 
TESTE DE ATITUDES ALIMENTARES (EAT-26) 
Nome:__________________________________________ 
Idade:_____________Peso:_____________Altura:____ 
 
Por favor, responda às seguintes questões: Sempre 
Muitas 
vezes 
Às 
vezes 
Poucas 
vezes 
Quase 
nunca Nunca 
1. Fico apavorada com a ideia de estar engordando. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
2. Evito comer quando estou com fome. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
3. Sinto-me preocupada com os alimentos. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
4. Continuar a comer em exagero faz com que eu 
sinta que não sou capaz de parar. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
5. Corto meus alimentos em pequenos pedaços. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
6. Presto atenção à quantidade de calorias dos 
alimentos que eu como. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
7. Evito, particularmente, os alimentos ricos em 
carboidratos (p. ex., pão, arroz, batatas etc.). 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
8. Sinto que os outros gostariam que eu comesse 
mais. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
9. Vomito após comer. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
10. Sinto-me extremamente culpada depois de 
comer. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
11. Preocupo-me com o desejo de ser mais magra. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
12. Penso em queimar calorias a mais quando me 
exercito. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
13. As pessoas me acham muito magra. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
14. Preocupo-me com a ideia de haver gordura em 
meu corpo. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
15. Demoro mais tempo para fazer minhas refeições 
do que as outras pessoas. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
16. Evito comer alimentos que contenham açúcar. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
17. Costumo comer alimentos dietéticos. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
18. Sinto que os alimentos controlam a minha vida. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
19. Demonstro autocontrole diante dos alimentos. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
20. Sinto que os outros me pressionam para comer. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
21. Passo muito tempo pensando em comer. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
22. Sinto desconforto após comer doces. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
23. Faço regimes para emagrecer. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
24. Gosto de sentir meu estômago vazio. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
25. Gosto de experimentar novos alimentos ricos em 
calorias. 
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
26. Sinto vontade de vomitar após as refeições. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 
EAT ® David M. Garner & Paul E. Garfinkel (1979), David M. Garner et ai (1982). 
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Sintomas 
 Esfera alimentar: 
• Recusa em ingerir alimentos ricos em hidratos de 
carbono e gorduras 
• Apresentam apetite “caprichoso” de poucos alimentos 
ou até mesmo de um único alimento 
• Medo intenso e inexplicável de engordar 
• Perdem o senso crítico em relação ao seu esquema 
corpóreo 
• Tem dificuldade em comer em locais públicos 
 
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Outras áreas do comportamento além da alimentar: 
 
• Grande cuidado com organização 
• Senso de responsabilidade apurado 
• Interesse especial pelo valor nutritivo da cada alimento 
• Passam grande parte do tempo a melhorar as condições 
nutricionais dos seus familiares 
• Preocupação excessiva com o corpo pode ser confundido com 
vaidade 
• Passam horas mirando o espelho 
• Submetem-se a exercícios físicos excessivos 
• Diminuem as horas de sono 
• Isolamento social e dificuldade para namoros e vida sexual 
Quadro Clínico AN: 
• Aspecto geral: desaparecimento dos caracteres 
sexuais secundários, abdome escavado, fácies 
profundas, apatia, escápulas bastante 
aparentes; 
 
• Pele e anexos: coloração amarelada 
(hiperbetacarotenemia) presença de pelugem 
fina (lanugo) no rosto, nuca e costas; 
 
 
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Quadro Clínico AN: 
Alterações cardiológicas: arritmias, parada cardíaca 
nos casos graves, pulso lento, temperatura e pressão 
arterial diminuídas, diminuição da circulação 
periférica (extremidades frias). 
 
 
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Quadro Clínico AN: 
• Alterações hematológicas: anemia, leucopenia, 
dificuldades com a coagulação; 
 
• Alterações gastrintestinais: motilidade gástrica 
modificada, pancreatite, alterações de enzimas 
do fígado; 
 
• Alteraçõesendócrinas: hipotireoidismo, 
amenorréia, osteoporose; 
 
• Alterações odontológicas: desgaste dentário 
(excesso de vômitos). 
Tratamento 
 
• Ideal Equipe interdisciplinar com ampla 
comunicação entre a equipe. 
 
• Transtorno de Conduta  Base do 
tratamento é psiquiátrico. 
 
• Tratamento Integral: Acompanhamento 
clínico e nutricional 
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Tratamento 
• Acompanhamento semanal 
 
• Objetivo é avaliar a interrupção da perda de peso e 
melhora dos sinais de subnutrição em casos de anorexia 
nervosa: 
• frequência cardíaca 
• aumento dos índices antropométricos 
• exames laboratoriais (como albumina, ferro, potássio e vitaminas 
etc.) 
 
Normalizar o padrão da dieta 
Recuperar a percepção de fome e saciedade 
 
Tratamento 
• É necessário lembrar que o paciente deve ser 
pesadocom avental ou roupas íntimas, 
dificultando possíveis sabotagens que 
representem ganho de peso irreal, como, por 
exemplo, esconder objetos pesados embaixo 
da roupa. 
 
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Alimento Peso Problemas mais 
Profundos: 
 
 - Insegurança 
 - Sensação de falta de controle 
 - Inadaptação social 
 - Necessidade contínua de ser aceita pelos outros 
 - Compulsões 
 - Depressões 
 
Tratamento é prolongado – requer paciência e perseverança. 
 
Internações  Casos mais graves 
• O registro alimentar é um instrumento simples e de baixo custo, que pode 
auxiliar no acompanhamento das orientações nutricionais e avaliação da 
alimentação do paciente, proporcionando estratégias de intervenção 
dietética. 
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Assistência Nutricional AN: 
• Ajudar anoréxico a mudar de idéia acerca do 
alimento. 
• Nutricionista + Paciente + Psicoterapia 
(Fundamental) 
• Deterioração Física determina a necessidade de 
internação ou não. 
• Razões para internação: desmaios, força 
insuficiente, debilidade muscular e outros. 
Assistência Nutricional AN: 
» Em geral é possível a alimentação por via oral. 
» Dietas líquidas altamente nutritivas são empregadas se o paciente não 
aceita alimentos sólidos. 
» Alimentação Parenteral e/ou enteral  Casos em que há riscos de 
vida, mas normalmente não são necessárias. 
» Dietas compostas por alimentos aceitos pelo paciente e moderado em 
Carboidratos, Proteínas e Lipídeos. 
 
Objetivos: 
 ingestão gradualmente e  gasto = Equilíbrio +. 
 
– Em pacientes ambulatoriais  estabelecer hábitos alimentares normais. 
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Preparação para o tratamento de AN 
• Motivação: Paciente vencer o problema alimentar + 
reconhecimento da necessidade de ganhar peso. 
• Tratamento deve ser individualizado 
• Detalhada história dietética 
• História do peso 
• Padrão do exercício atual 
• Existência ou não de condutas purgantes 
Passos: 
 
• Avaliação 
• Determinar VCT da dieta 
• Distribuir % de macronutrientes, verificar as recomendações 
de micronutrientes e a necessidade de suplementação. 
• Elaborar o plano de alimentação adequado 
• Incrementar gradativamente o conteúdo calórico de acordo 
com as expectativas de ganho de peso 
• Formular o plano de manutenção. 
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Conteúdo calórico inicial: 
• TMB (peso atual, altura, idade, sexo) 
 
• Comparar com ingestão dietética atual: 
 
- Se VCT (baseado na TMB) é 250 a 300Cal mais que a 
ingestão é pouco provável que a paciente aceite + 
Calorias que a TMB. 
 
- Se VCT (baseado na TMB) é menor que a ingestão um 
acréscimo de 250 a 300 Cal pode ser mais apropriado. 
 
• Cuidado: conteúdo energético muito grande pode 
levar o paciente sentir-se oprimido e resistir a mudança 
e a síndrome de realimentação. 
Conteúdo calórico inicial: 
• Inicialmente o objetivo é deter a perda de peso e regularizar 
os hábitos alimentares. 
 
• Jejum ou semi JejumTMB  Este pode ser superestimado 
 VCT=TMB pode deter a perda de peso. 
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Elaboração do Plano: 
 
• Incluir alimentos de cada grupo. 
 
• Incrementar gradativamente o número e tamanho de 
porções. 
 
• Procurar respeitar preferências alimentares. 
 
• Pesar/medir os alimentos  Ingerir as quantidades 
adequadas. 
 
• Orientar que paciente pode comer + e nunca – do que 
estabelecido no plano alimentar. 
 
• OBS.: Melhora da constipação  regularidade das 
refeições; início poderá ocorrer diarréia, distensão 
abdominal e dores no estômago. 
Progressão da Dieta 
 
• Individualizada 
•  200Cal/semana nas primeiras etapas do tratamento. 
 
Expectativas do ganho de peso: 
 
• Deter a perda de peso no início e depois ganho paulatino de 
peso  Considerado tratamento satisfatório. 
 
• Alertar ao paciente que rápido ganho de peso pode ocorrer 
em função: 
- retenção de água 
- retenção de eletrólitos 
-  glicogênio no fígado e no músculo 
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Considerações em relação à perda de peso: 
 
• Nas perdas discretas de P (80% PI) 
Tratamento psicológico mais estímulo nutricional ao consumo 
alimentar 
 
• Na desnutrição moderada (65-80% PI) 
 Acréscimo de 250-500 Kcal/dia 
 Pode necessitar de suplementos 
 
• Na desnutrição grave (abaixo de 65% PI) 
 Poderá necessitar de internação e avaliação da necessidade 
de SN: 
 Repercussão psicológica do SN 
 A realimentação não deve ser forçada 
Manutenção de peso: 
• Quando paciente chega ao peso objetivo. 
 
• Estabelecer níveis calóricos adequados à 
manutenção, pode usar registros alimentares para 
ajudar nos ajustes necessários do VCT. 
 
• Enfoque educativo: moderação, variedade, 
regularidade das refeições. 
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Bulimia Nervosa 
Definição 
• Bulimia deriva de bou (grande quantidade de) ou 
de boul (boi) e limos (fome), designando "fome 
raivosa" ou "fome de comer um boi". 
 
• Compreende surtos de ingestão maciça e compulsiva 
de alimentos, seguidos de vômitos e abuso de 
laxantes e/ou diuréticos. 
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Histórico 
• A bulimia nervosa é bem mais recente, 
descrita pela primeira vez pelo psiquiatra 
inglês Gerald Russel (1979), Casper (1983). 
• Tipicamente o paciente começa a sentir uma 
vontade de comer incontrolável e, ao deparar-
se com a geladeira, “devora” tudo. Sente-se 
depois culpado e até mesmo mal estar físico 
em razão da quantidade ingerida de alimentos 
ocorrendo-lhe a idéia de induzir o vômito para 
não engordar. 
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DIAGNÓSTICO 
• Bulimia nervosa: 
 
• Compulsão alimentar que pode ser caracterizada por comer, 
em período de 2 horas, grande quantidade de alimentos. 
 
• Sentimento de perda de controle alimentar durante o 
episódio. 
 
• Comportamento compensatório para prevenir o ganho de 
peso (vômitos auto-induzidos, abuso de laxantes e/ou 
diuréticos, enemas ou outras drogas, jejum ou exercícios 
excessivos). 
 
• Compulsão alimentar e comportamentos compensatórios 
podem ocorrer 2 vezes por semana, por, pelo menos, 3 
meses. 
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Dois subtipos para BN: 
• Purgativo, pela presença de vômitos ou abuso 
de laxativos, diuréticos e enemas. 
 
• Não-purgativo, se ocorrer jejum ou exercícios 
físicos excessivos. 
Quadro Clínico BN: 
• hipertrofia bilateral nas glândulas parótidas, dando a 
impressão de fácies de lua-cheia; 
 
• sinal de Russel: esfoliação no dorso do dedo médio, devido ao 
hábito de introduzi-lo na garganta para forçar vômitos; 
 
• desgaste dentário: excesso de suco gástrico aumentando a 
acidez bucal, provocando maior número de cáries; 
 
 
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Quadro Clínico BN: 
• desequilíbrios hidroeletrolíticos: hipopotassemia, 
hipomagnesemia nos pacientes; 
 
• como fadiga, fraqueza e apatia devido à desidratação; 
 
• estomatite angular e lábios quebradiços (exposição frequente 
ao suco gástrico); 
 
• alternância de jejum; 
 
• medo exagerado de engordar. 
 
PossívelEsquema Etiológico da BN: 
OBESIDADE e/ou ALTERAÇÃO PSICOLÓGICA 
 Dieta 
 
PERDA DE PESO 
Transgressão 
 
PRAZER DA INGESTA AUMENTADA DE ALIMENTOS HIPERCALÓRICOS 
 
Sentimento de culpa  desconforto físico  Dor abdominal, 
 Cefaléia 
 Náuseas 
  
“PURGAÇÃO” 
(Indução ao vômito, laxantes diuréticos, excesso de exercícios, jejum) 
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• Normalmente os bulímicos estão 
próximos ao seu peso normal, mas têm 
medo de ganhar peso. 
 
• São incapazes de lidar com frustações e 
tentam aliviar suas tensões com 
empazinamento e purga. 
 
 
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Tratamento 
• Quando o paciente é portador de bulimia 
nervosa, deve-se atentar particularmente para 
os sintomas gastrintestinais: 
• avaliação do desgaste dentário 
• sinal de Russel 
• desequilíbrio hidro-eletrolítico (sódio, potássio, cálcio e 
magnésio) 
Assistência Nutricional BN: 
• Tratamento similar aos do anoréxicos  
Aceitam trabalhos individuais e em grupos. 
 
• Internação: às vezes quando ocorre 
irregularidades renais, séricas e perda de 
líquidos. 
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Paciente de BN deve aprender a comer. 
• Nutricionista é o membro da equipe multidisciplinar que deve se 
ocupar disso. 
 
• Intervenção Inicial: Elaborar um plano de alimentação adequado 
às características de cada paciente. 
 
• Objetivos: 
– Melhorar hábitos alimentares para evitar excessos de apetite e purga 
– Normalizar o peso em caso de excesso 
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Tratamento BN: 
• 1º estágio 
• prescrição alimentar 
• educação nutricional 
• orientações quanto ao uso de laxantes e diuréticos 
• entrevista junto com familiares e amigos 
• atividades alternativas 
• acompanhamento psicológico 
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Tratamento BN: 
• 2º estágio 
• introdução de alimentos rejeitados 
• reestruturação cognitiva do controle de peso 
• treinando resolver os problemas (psicólogo) 
Tratamento BN: 
• 3º estágio 
• manutenção das mudanças 
• auto-reestruturação psicológica 
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Características do planejamento alimentar 
para BN: 
 • Especificar os alimentos de acordo com os objetivos 
• Normocalórica - Calorias suficientes para manter peso ideal 
• Normoglicídica restringindo-se açúcares simples. CHO: mínimo 
50% VCT 
• Normoprotéica 
• Normolipídica 
• Normal em fibras 
• Fracionamento: 4 a 6 refeições  reeducar:  percepção da 
sensação de fome e saciedade. 
• Incluir preferências alimentares do paciente. 
• Alimentos temidos são incluídos de forma consensual com o 
paciente. 
• Maior volume de líquidos para repor perdas através de 
vômitos, diuréticos e laxantes 
Transtorno da compulsão 
alimentar periódica 
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COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS ASSOCIADAS 
AOS TRANSTORNOS ALIMENTARES 
• Na prática clínica observa-se que os transtornos alimentares 
se apresentam muitas vezes associados com outras doenças 
psiquiátricas. 
 
É descrito a associação com: 
• Abuso e dependência de drogas e álcool (12-40%) 
• Síndromes depressivas (50-75%) 
• Transtornos ansiosos como fobia social e transtorno obsessivo 
compulsivo (15-35%) 
• Transtornos de personalidade (40-75%) 
Definição 
• Transtorno da compulsão alimentar periódica 
 É caracterizado por hiperfagia possui 
relação direta com a obesidade. 
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Vigorexia 
Vigorexia 
• A Vigorexia, mais comum em homens, se 
caracteriza por uma preocupação excessiva em 
ficar forte a todo custo. 
• Apesar dos portadores desses transtornos serem 
bastante musculosos, passam horas na academia 
malhando e ainda assim se consideram fracos, 
magros e até esqueléticos. 
• Uma das observações psicológicas desses 
pacientes é que têm vergonha do próprio corpo, 
recorrendo assim aos exercícios excessivos e à 
fórmulas mágicas para acelerar o fortalecimento, 
como por exemplo os esteróides anabolizantes. 
 
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1. Preocupação exagerada com o próprio corpo; 
 
2. Distorção da Imagem Corporal; 
 
3. Baixa auto-estima; 
 
4. Personalidade Introvertida; 
 
5. Fatores sócio-culturais comuns; 
 
6. Tendência a automedicação; 
 
7. Idade de aparecimento igual (adolescência); 
 
8. Modificações da dieta. 
Características Comuns da Anorexia e da Vigorexia:

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