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ENOFILIA E PRÁTICAS DE SOMMELIER Webconferência II Professor(a): Amanda Vogas Varietal: vinho produzido com cepa única. Assemblage: mistura de diferentes 5pos de uva no processo de produção de um vinho, ao contrário do que ocorre com os varietais, nos quais se u5liza uma única cepa. TIPOS DE VINHO A videira pertence a família vitaceae, tendo como seu membro mais importante a vinha europeia ou vitisvinífera. Cultivada a mais de 5.000 anos. PRINCÍPIOS A VIDEIRA A uva, que é a matéria-prima do vinho, é o fruto da Videira (ou vinha), cuja classificação botânica é a seguinte: ORDEM: Ramnidea FAMÍLIA: Vitacea SUB-FAMÍLIA: Ampelidea GÊNERO: Vitis SUB-GÊNERO: Euvitis ESPÉCIES: Vitis vinifera, V. rupestris, V. aestivalis, V. labrusca, V. riparia, V. cinerea, etc. VITIVINICULTURA O gênero Vi5s. Influência na qualidade do vinho. Castas Viníferas O Gênero Vi/s Espécies Ø Vi/s vinifera Ø Vi/s rupestris Ø Vi/s labrusca Cada uma dessas espécies possui muitas variedades, denominadas cepas ou castas. As uvas que originam os melhores vinhos são da espécie Vi/s vinifera de origem européia, que possui inúmeras castas, como a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Chardonnay, etc. As demais espécies são americanas e, em geral não são adequadas para a elaboração de vinhos, prestando-se mais como uvas de mesa. Essas espécies também possuem muitas variedades, cujos melhores exemplos no Brasil são a Niagara e a Isabel que até a década de 80 eram as únicas castas u5lizadas na elaboração dos vinhos brasileiros. O CICLO DA VIDEIRA NO BRASIL 1. PERÍODO DE REPOUSO Estende-se, em geral, de abril a julho e nessa fase ocorre "hibernação" da planta que perde as folhas e entra e latência. Durante essa época, são feito o plan5o e a enxer5a das plantas novas e/ou a adubação e a poda seca das plantas velhas. 2. PERÍODO DE CRESCIMENTO Vai, aproximadamente, de agosto a dezembro. Durante esse período faz se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas, a floração e a produção e a circulação de seiva (observada quando se corta um galho: ela escorre e é chamado o choro da videira ou Lacrima Vi5s). O CICLO DA VIDEIRA NO BRASIL E FORA 3. PERÍODO DE ELABORAÇÃO Estende-se por volta de dezembro a março e nela há a formação e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas. É a fase da colheita, sendo a das uvas brancas mais precoces (dezembro a janeiro) e a das 5ntas mais tardia (fevereiro a março). OBS: Nos países europeus, situados no hemisfério norte, esses períodos ocorrem em épocas diferentes (repouso: dezembro a março; crescimento: abril a julho; elaboração: agosto a novembro). CLIMA, SOLO, UVA E ENÓLOGO: 4 FATORES CONTRIBUEM PARA O RESULTADO FINAL DE UM VINHO �Por que alguns vinhos são tão diferentes uns dos outros? Mesmo quando são produzidos com as mesmas uvas, as mesmas técnicas e em uma mesma região. �A maneira como a uva é cultivada e colhida, assim como as práticas enológicas utilizadas, fazem com que os vinhos tenham cores, aromas e sabores diferentes. �O clima de uma determinada região, a quantidade de chuvas, composição do solo, relevo e altitude, também são fatores que contribuem para o resultado final de um vinho. FATORES DE PRIVILÉGIO INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DO VINHO Natureza Ø Técnica vi5cultural Ø Vinificação Natureza • Clima • Solo • Pragas • Doenças INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DO VINHO Clima • Temperatura média • Insolação • Precipitações • Umidade Condições climá5cas ideais. Uma linha imaginária chamada equador divide os hemisférios Norte e Sul. O hemisfério Norte inclui a América do Norte, a América Central, a Europa, a Ásia con5nental e parte da Oceania. Cerca de metade da África e uma pequena parte da América do Sul também estão no hemisfério Norte. O resto da África, a maior parte da América do Sul, quase todas as ilhas do sul da Ásia, toda a Austrália e grande parte da Oceania, além da Antár5ca, estão no hemisfério Sul. ZONAS ENTRE 30 E 50 GRAUS DE LATITUDE PARALELOS DO VINHO Muitos são os fatores que influenciam a produção de vinhos de qualidade, mas a la5tude onde são feitos é um aspecto a ser considerado. A videira é planta que necessita de um descanso no inverno, reunindo forças suficientes para produzir as uvas no verão. O clima temperado é ideal para termos as estações do ano bem definidas e para o processo natural da planta trazer os melhores resultados. Tal clima é encontrado entre os Paralelos 30º e 50º. Com as possibilidades tecnológicas de hoje, os paralelos 30º e 50º não são mais obrigatórios para a obtenção de uma boa vide, todavia o cul5vo da uva e a fabricação de vinho não são processos tecnológicos apenas. As videiras cul5vadas entre os paralelos 30º e 50º ainda são as melhores matérias- primas para a arte de vinificar, por isso os chamo de paralelos do vinho. HEMISFÉRIO NORTE A Europa encontra-se quase toda compreendida entre os paralelos do vinho (Hemisfério Norte). O extremo Norte da África e o Oriente Médio também estão compreendidos. A Europa é consideravelmente mais quente que a América nos mesmos paralelos em função do grande ciclo de correntes marí5mas, que carregam para leste o calor mais equatorial do Caribe (Golfo do México) e em direção ao Atlân5co Norte. Na Europa Central planta-se mais baixo, evitando que as al5tudes tornem o clima frio demais. O frio em excesso pode atrapalhar o ciclo vegeta5vo da planta e piorar o resultado final. Já no sul da Itália e de Portugal, procura-se regiões mais altas exatamente para diminuir os efeitos do calor mediterrânico, aqui Paralelo 40º Norte. Um exemplo é o Alentejo, com as vinícolas valorizando as terras mais altas. HEMISFÉRIO NORTE Na América do Norte, que não recebe influência do aquecimento de uma corrente marí5ma tão importante, as regiões vinícolas concentram-se entre os paralelos 30ºN e 40ºN. No pacífico ainda se planta um pouco mais ao Norte até em função também das correntes oceânicas, mas os californianos, vinhos mais famosos mundialmente, estão na faixa mais ao sul. A diferença que a corrente marí5ma do golfo faz na Europa fica mais evidente quando comparamos os Ice Wines. São vinhos doces produzidos em regiões bem frias e o congelamento é desejado. No leste canadense, onde as águas quentes e suas consequências não são sen5das, os Ice Wines são feitos próximos do paralelo 40ºN. Já na Alemanha, fazem-no perto do paralelo 50ºN, ou seja, bem mais ao Norte. A Ásia Oriental não tem tradição histórica na produção e no consumo de vinho, mas note que a China está quase toda entre nossos paralelos. De fato, começam as noucias da vinicultura chinesa melhorando de qualidade e aumentando a quan5dade produzida. HEMISFÉRIO SUL O paralelo 30ºS passa sobre o extremo sul brasileiro, deixando Chile, Argen5na, Paraguai e Uruguai ao sul. A campanha gaúcha é a única região brasileira que se encontra exatamente nele. Com excessão dos vinhos da Patagônia, os demais vinhos de qualidade americanos estão ao norte do paralelo 40ºS. Na África do Sul, planta-se no paralelo 30ºS e ao sul dele até o con5nente terminar no Cabo. Na Austrália, a cultura se desenvolve no extremo sul também, sempre abaixo do 30ºS. O 40ºS passa exatamente sobre a Nova Zelândia. Há menos áreas con5nentais no Hemisfério Sul que no Norte. Some-se a isso também as grandes influências climá5cas antár5cas na zona temperada. Concluo, portanto, que a maioria absoluta do que é produzido no Hemisfério Sul concentra-se numa faixa ainda mais estreita do que no Hemisfério Norte, entre os paralelos 30ºS e 40ºS por duas razões bem simples, clima mais frio e menor quan5dade de terra. DESAFIO NO BRASIL: QUASE TUDO FORA DOS PARALELOS DO VINHO Bons vinhos nacionais são feitos na Serra Gaúcha. Em Santa Catarina, nas regiões de al5tude, também se buscam vinhos de excelência. A Serra Gaúcha é responsável por espumantes de qualidade internacional, o produto brasileiro mais interessante. Fica evidente, porém, a necessidade de subir a al5tudes maiores para conseguir clima mais parecido com o temperado.No Vale do São Francisco, o mérito fica para o clima árido e a irrigação ar5ficial. É por meio do controle do regime de água das plantas que definem os processos de produção de uva e descanso. Comercialmente, é bem viável, pois são muitos os que afirmam ser possível subverter o ciclo anual das videiras para maior produção de uvas. • Noites frias e dias quentes o ideal para a videira. • Regiões com clima mais frio costumam originar vinhos com sabor mais ácido. • Regiões com clima mais quente tendem a originar vinhos com sabor mais maturado. • O clima temperado é o ideal para o desenvolvimento das uvas. Na América do Sul, por exemplo, as uvas são colhidas do sul da Argen5na e do Chile ao sul do Brasil. TEMPERATURAS MÉDIAS NÃO INFERIORES A 10 GRAUS Ganho de açúcar na fruta. As uvas recebem a quan5dade necessária de luz solar e calor, elas gradualmente vão reduzindo seu níveis de acidez e aumentando seu níveis de açúcar. Em regiões de clima frio, por exemplo, é muito provável encontrarmos vinhos: ØMajoritariamente brancos (uvas brancas se adaptam melhor ao clima frio) ØRefrescantes ØDe acidez elevada ØDe menor teor alcoólico Já em regiões de clima quente, é provável encontrarmos vinhos: ØMajoritariamente 5ntos ØDe acidez moderada ØDe maior teor alcoólico EXPOSIÇÃO A LUZ SOLAR Com a al5tude, devido a ação dos raios UV a uva reage e para se proteger a casca engrossa e fica mais escura. Ganho de Coloração, Tanino e aroma nos vinhos. ALTITUDE ENTRE 300 E 600 METROS INCIDÊNCIA DE SOL • A videira suporta a terra bem seca e se beneficia dela. • Além da luz solar o do calor, a produção da videira também é influenciada pelo volume e distribuição de chuvas durante todo o ano. • Chuvas intensas no período de colheita podem prejudicar a qualidade das uvas, fazendo com que os níveis de açúcar sejam menores e o risco de fungos aumente. BAIXO ÍNDICE DE PRECIPITAÇÕES Amplitude térmica é a variação de temperatura entre o dia e a noite. Regiões com grande amplitude térmica são ideais para o cul5vo da videira. O calor durante o dia é benéfico para que a uva amadureça corretamente, enquanto o frio da noite permite que a videira descanse, retendo maior acidez e frescor nas uvas. Isto faz com que produtores de regiões mais quentes busquem terrenos de al5tude – onde as noites são mais frias – conseguindo um ideal equilíbrio entre a temperatura do dia e da noite. AMPLITUDE TÉRMICA E ALTITUDE • Matéria prima de qualidade. PRINCIPAL Folhas da Vi5s labrusca (americana) e Vi5s vinífera (européia) Em nosso estudo, vamos nos ater às uvas da espécie “Ví5s vinífera”, que possuem inúmeras castas, adequadas à produção de vinhos, enquanto a “Ví5s labrusca” produz uvas mais adequadas ao consumo “in natura”. Ciclo VegetaOvo da Videira Ø Repouso Ø Crescimento Ø Elaboração/Formação de reservas BROTAÇÃO Fonte: Atlas Mundial do Vinho – H.Johnson e J.Robinson – Ed.Nova Fronteira Fonte: Atlas Mundial do Vinho – H.Johnson e J.Robinson – Ed.Nova Fronteira RAMIFICAÇÃO Fonte: Atlas Mundial do Vinho – H.Johnson e J.Robinson – Ed.Nova Fronteira FLORAÇÃO BOTÃO FLORAL Fonte: Atlas Mundial do Vinho – H.Johnson e J.Robinson – Ed.Nova Fronteira INFLORESCÊNCIA FLOR FLORAÇÃO FLOR Fonte: Atlas Mundial do Vinho – H.Johnson e J.Robinson – Ed.Nova Fronteira FRUTIFICAÇÃO Fonte: Atlas Mundial do Vinho – H.Johnson e J.Robinson – Ed.Nova Fronteira REPOUSO CHORO MANIPULAÇÃO Modernamente, são u5lizadas diversas técnicas para garan5r que as vinhas provenientes de matrizes saudáveis, garantam a mesma qualidade. Por isso as sementes não são u5lizadas para o cul5vo, mas sim as mudas. Essas mudas são plantadas para produzir raízes próprias ou enxertadas em um rizoma (muda enraizada de uma outra espécie selecionada especialmente para um determinado 5po de solo resistente a seca, ou a nematoides, por exemplo. As sementes são usadas apenas para experimentos com novos cruzamentos. Quanto mais jovem a vinha, mais leve e menos su5l o vinho. Seu auge na produção de uvas adequadas a um bom vinho, acontece entre 5 e 6 anos de idade. Seu declínio se dá aos 25-30 anos. Em meados do século XIX uma grande praga debateu-se sobre os vinhedos europeus, que foram atacados pelo inseto conhecido como “Filoxera”, (Phylloxera Daktulosphaira Vi/foliae), de origem americana. É um inseto hemíptero (pica e suga) e ataca as plantas por sua raiz, sugando todos os nutrientes e, consequentemente, matando a planta. Os vinhedos da França e demais países europeus foram devastados totalmente, comprometendo a produção de vinhos. Mais tarde descobriu-se que a espécie americana vi/s labrusca, era resistente à ação do inseto e desde então a espécie é usada como “cavalo” para enxerto das vinhas produtoras da espécie vi/s vinífera, o que resgatou os vinhedos europeus e tornou-os resistentes ao inseto. MUDAS ENXERTADAS • Resistentes à Phyloxera • Seleção clonal MUDAS ENXERTADAS Análise Sensorial ANÁLISE SENSORIAL Degustar é um ato lógico e racional, em que aliamos a SENSIBILIDADE ao CONHECIMENTO, para determinar as caracterís5cas de um vinho. Para degustar é preciso: • Taça adequada • Água mineral • Pão branco • Balde de Descarte • Ficha de Avaliação O QUE É REALMENTE, DEGUSTAR UM VINHO? A degustação, como técnica que é, não deve ser u/lizada como meio de exibição ou de demonstração de dotes excepcionais, por indivíduos que são os responsáveis pela imagem pouco lisonjeira que os verdadeiros conhecedores de vinho têm. Deve-se degustar um vinho em local adequado, com boa iluminação e livre de odores, tomando-se o cuidado de servir o vinho em taças adequadas (padrão ISO/INAO, encontráveis nas boas lojas de vinhos) e na sua correta temperatura de serviço. Arthur Azevedo – ABS/SP Etapas da Degustação Exame Gusta5vo Exame Olfa5vo Exame Visual ANÁLISE VISUAL Exame Visual Inclinando a taça em 45°, Analisar: Limpidez e Transparência Lágrimas – a quan5dade é indica5va do teor alcóolico e a velocidade da descida, da densidade Intensidade de cor – Claro ou Escuro Tonalidade da cor - Brancos: Verdeal – Amarelo-Palha – Amarelo-Ouro – Âmbar - Tintos: Púrpura – Rubi – Granada – Tijolo – Âmbar Halo Aquoso A diferença de tonalidade, revela o grau de maturidade do vinho. Quanto mais largo for o halo aquoso (anel periférico ou “língua do vinho”), mais velho é o vinho. ANÁLISE OLFATIVA Numa tenta5va de facilitar a análise olfa5va dos vinhos, poderíamos dividir teoricamente os aromas em: Primários - seriam os originários da própria uva, Secundários - os originados do processo fermenta5vo e do amadurecimento em madeira (carvalho), Terciários - os originados do envelhecimento na garrafa e também conhecidos por bouquet. ANÁLISE OLFATIVA EXAME OLFATIVO Tipos de Aromas Florais: rosas violetas, jasmins, acacias, etc. Frutados: cassis, cerejas, ameixas, pêssegos, limões, etc. Especiarias: pimenta, cravo, canela, alcaçuz, noz-moscada, etc. Animais: caça, carne, pelo molhado, couro, etc. Vegetais: palha, grama, feno, cogumelos, chá, fumo, etc. Minerais: vulcânico, petróleo, pedra de isqueiro. Balsâmicos: resina, pinho, eucalipto, baunilha, etc. Químicos: fermento de pão, enxofre, esmalte de unha, cola, etc. EmpireumáOcos: associados a calor e fogo – alcatrão, tostado, café. Outros: chocolate, charuto, mel, etc. É notória a dificuldade de se encontrar palavras adequadas para descrever as complexas e efêmeras sensações olfa5vas que emanam de um copo de vinho. Para aumentar esta dificuldade, deve-se ressaltar que o aroma de um vinho está em constante evolução, mudando suas caracterís5cas com rapidez desde o momento em que é colocado no copo. Estes aromas também mudam se forem avaliados com o copo em repouso ou logo após uma breve agitação. Desta forma, numa degustação, deve-se freqüentemente reavaliar os aromas do vinho, captando- se estas mudanças. EXAME OLFATIVO Da mesma forma que a cor, os aromas do vinho oferecem pistasde seu caráter, origem e história. De uma maneira muito genérica e simplista poderíamos dizer que: a) Nos vinhos jovens predominam traços de flores e frutas frescas ou vegetais, que evoluem com o envelhecimento do vinho para os aromas de frutas mais maduras, secas ou em geléia. b) Nos vinhos mais envelhecidos predominam aromas animais ou de decomposição. c) Nos vinhos brancos predominam aromas de flores brancas e amarelas ou de frutas brancas ou amarelas: maçã, pêra, abacaxi, melão, pêssego, maracujá, lírio, jasmim branco, etc. d) Nos vinhos /ntos percebemos aromas de flores ou frutas vermelhas: rosa, violeta, morango, cereja, framboesa, amora, groselha. e) Os aromas Spicos das diferentes variedades de uvas e porque não, até de algumas regiões vinícolas, podem ser reconhecidos em determinados vinhos. A única maneira de se iden5ficar com rela5va facilidade os complexos aromas que os vinhos apresentam é se rea5var nossa imensa capacidade de reconhecer os aromas existentes na natureza. Em outras palavras, temos que formar nossa memória olfa5va. Isto se faz de forma sistemá5ca e criteriosa, prestando atenção aos aromas existentes na natureza e no ambiente, procurando guardá-los na memória. Isto requer tempo e disciplina, além de muita dedicação no treino das técnicas de degustação. Em se tratando de vinhos, acredito que não será di�cil treinarmos com afinco e porque não dizer, com grande prazer. Roda de Aromas EXAME GUSTATIVO Sensações Gusta?vas Doce SalgadoÁcido Amargo Açúcar – Seco ou Doce? – Sensação de doçura provocada pelos açucares residuais. É a primeira sensação percebida pela língua. Acidez – É a soma de todos os ácidos: os da uva e os provenientes da fermentação. DA UVA: Cítrico, Tartárico e Málico DA FERMENTAÇÃO: Acé5co, Lác5co e succínico Ela provoca SALIVAÇÃO e é ESSENCIAL em todos os 5pos de vinho. Amargor e Adstringência – São sensações ligadas aos taninos. É percebida como secura na entrada da boca, pela coagulação da saliva. São bons indicadores da qualidade do tanino. Quanto maior for o amargor e a adstringência, pior será a qualidade do tanino Salgado – É uma sensação raramente percebida no vinho, senão como um defeito. ANÁLISE GUSTATIVA ANÁLISE GUSTATIVA Equiíbrio dos vinhos: •Doçura •Álcool •Taninos •Acidez ÁLCOOL Importante elemento da estrutura do vinho. Provoca sensação de queimação nas mucosas. Provoca efeito pseudo-térmico. Tem par5cipação relevante no corpo do vinho. CONCENTRAÇÃO DE SABOR É como o vinho se apresenta no meio da boca. É medido pelo sabor de frutas (brancas ou vermelhas), que o vinho apresenta na boca. É um elemento importante para determinar o tempo de guarda do vinho. CORPO DO VINHO É a sensação de peso que o vinho exerce sobre a língua. Depende diretamente do extrato sólido e do teor de álcool. Pode ser leve, médio ou encorpado. FASES DO VINHO NA BOCA 1 – ATAQUE Álcool, taninos, acidez e açúcar residual, se equilibrando e se moldando à boca, criando um impacto inicial. 2 – EVOLUÇÃO Desenvolvimento do vinho na boca ou no meio da boca. Momento de percepção dos aromas (retrogosto) 3 – FINAL Final de boca com persistência aromá5ca intensa e sensações finais O que senRmos na boca? Sensações Gusta5vas Sensações Tácteis Corpo Equilíbrio Aroma de boca Persistência aromá5ca Sensações finais O equilíbrio gusta5vo é o resultado da complexa interação entre as substâncias que formam a estrutura do vinho, isto é, álcool, taninos, açúcares, extrato e ácidos. No caso dos vinhos brancos devemos analisar a relação entre os açúcares (se o vinho for doce) e o álcool, que conferem maciez ao vinho, em contraposição à acidez presente no mesmo. No caso dos vinhos 5ntos, os elementos a serem apreciados são a acidez, os taninos e o álcool. Quanto mais correta e equânime for a relação entre os elementos, melhor será o equilíbrio e a harmonia do vinho analisado. Equilíbrio do Vinho
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