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Leishmaniose tegumentar americana


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DERMATO – LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
AMERICANA 
 LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – GT 2 – P 6 
 
DERMATO – LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 
INTRODUÇÃO - LEISHMANIOSE 
 Doença causada por protozoários 
parasitas do gênero Leishmania; 
 Transmissão: picada de e mosquitos 
flebotomíneos; 
 Apresenta-se de 2 maneiras: 
leishmaniose tegumentar (cutânea, 
muco-cutânea) ou visceral; 
 No Brasil: L. brasilienses, L. guyanensis, 
L. lainsoni, L. shawi, L. naiffi, L. 
amazonensis; 
 Apresentam 2 formas: 
 Amastigota (homem e animais 
parasitados): encontrados nos 
infiltrados inflamatórios no 
interior dos macrófagos; 
 Promastigota (vetores e 
culturas): flagelados, móveis, 
tamanhos variáveis. 
 Mosquitos flebotomíneos (birigui, 
mosquito-palha...): 
 Lutzomia (principal, + comum); 
 Psycodopygus (L. brasiliensis); 
 Phlebotomus. 
 Shawi: reservatórios são macaco, 
preguiça e quati; 
 Naiffi: reservatório é tatu; 
 Outras regiões do país: cão, cavalo, 
mulas; 
DEFINIÇÃO 
 Doença infecciosa, não contagiosa, de 
evolução crônica, que atinge a pele e, 
às vezes mucosas; 
 Causa: protozoários do gênero 
Leishmania; 
 Transmissão: picada de flebotomíneo 
fêmea infectada, o qual regurgita o 
parasita juntamente com a sua saliva. 
EPIDEMIOLOGIA 
 ↑ no mundo: desmatamento e 
urbanização; 
 Produz lesões cutâneas e mucosas; 
 A forma mais frequente é causada 
pela L. brasilienses; 
 Doença estável: 20.000 novos 
casos/ano; 
 Perfil epidemiológico: 
 Silvestre: áreas de vegetação 
primária; 
 Ocupacional ou lazer: 
exploração desordenada da 
floresta e derrubada de 
matas, atividades 
agropecuárias e ecoturismo; 
 Rural ou periurbana: áreas 
próximas as florestas ou 
matas onde houve adaptação 
do Vetor ao Peri domicílio. 
FORMAS CLÍNICAS 
 Leishmniose cutânea localizada; 
 Leishmaniose cutâneo-mucosa; 
 Leishmaniose cutânea difusa. 
PATOGENIA 
 Forma cutânea e cutânea-mucosa: 
forte resposta imune celular, produção 
de citoquinas Th1, ativação dos 
macrófagos, intenso dano tecidual e 
raros parasitos; 
 Forma cutâneo difusa: ausência de 
imunidade celular, produção de 
citoquinas Th1 e inativação dos 
macrófagos, resposta Th2. 
CLASSIFICAÇÃO 
 Leishmaniose cutânea localizada: 95% 
dos casos. 
 As lesões cutâneas são 
similares nas várias formas de 
leishmanioses tegumentares; 
 Período de incubação de 1 a 4 
semanas (pápula eritematosa 
múltipla ou única); 
 Geralmente em área exposta 
(ponto de inoculação); 
 Adenopatia regional e 
linfangite; 
 Lesão típica: úlceras com 
contornos circulares, bordas 
altas e infiltradas, em moldura 
 
DERMATO – LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
AMERICANA 
 LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – GT 2 – P 6 
 
DERMATO – LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 
de quadro, fundo com 
granulações grosseiras, cor 
vermelho vivo, podendo estar 
coberto por exsudato seroso 
ou sero-purulento. 
Geralmente indolor; 
 Podem haver lesões em várias 
fases de evolução; 
 Pode ocorrer satelitose; 
 Podem evoluir para 
cicatrização e cura espontânea 
(6 a 15 meses); 
 Placas vegetantes-verrucosas 
ou sarcoídeas, infiltradas; 
 Leishmaniose recidivante: é 
caracterizada por recorrência 
no local original da úlcera, 
geralmente num período de 2 
anos e frequentemente na 
borda da lesão; 
 PLECT: 
 Paracoccidiodomicose; 
 Leishmaniose tegumentar; 
 Esporotricose; 
 Cromomicose; 
 Tuberculose cutânea. 
 Leishmaniose cutâneo-mucosa: 
 Forma Cutânea tratada 
erroneamente ou não tratada; 
 As lesões mucosas podem 
aparecer precocemente; 
 Geralmente surgem 1 a 2 anos 
após o início da infecção; 
 Disseminação hematogênica; 
 Eritema + infiltração do septo 
nasal: processo ulcerativo; 
 Mucosa das faces laterais das 
asas do nariz e elementos 
contíguos; 
 Destruição do septo: nariz de 
Tapir ou Anta; 
 Área ao redor: edema, eritema 
hipertrofia nasal; 
 Ordem de acometimento: 
nariz, palato duro, faringe, 
laringe; 
 Envolve: lábio superior e 
inferior, palato, gengivas, 
língua, faringe e laringe; 
 Na cavidade oral: lesões 
úlcero-vegetantes com 
granulações grosseiras; 
 Separações por sulcos: Cruz da 
espundia ou escomel; 
 Leishmaniose cutânea difusa: 
 Múltiplas lesões; 
 Sintomas gerais: febre, 
calafrios, mialgias (durante 
período de disseminação); 
 Surge semanas após lesão 
inicial ulcerada; 
 As lesões podem chegar a 
centenas; 
 Pápulas, nódulos e ulcerações 
ou queiloidianas; 
 Comprometimento de 
mucosa; 
 Agentes: L. amazonensis (mais 
comum) e L. braziliensis; 
 É forma encontrada em 
imunodeprimidos (deficiência 
da resposta Imune Celular – 
Th1); 
 Imunocompetentes: provável 
cepas mais virulentas de L. 
braziliensis; 
 Assemelha-se a MH 
Virchowiana. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Exame parasitológico de fezes: 
 Coloração: Wright, Leishman 
ou Giemsa; 
 Quase sempre + em lesões 
recentes e – em lesões 
tardias; 
 Baixo custo e propicia 
diagnóstico de certeza; 
 Sensibilidade: 15 a 70 %; 
 Especificidade: 99%. 
 Exame histopatológico: 
 
DERMATO – LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
AMERICANA 
 LARA DAYANE DE MEDEIROS LEITE – GT 2 – P 6 
 
DERMATO – LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 
 Formas recentes: encontro das 
leishmanias (HE/ não necessita 
do Giemsa); 
 Lesões tardias: rara, mas pode 
ser encontrada. 
 Reação de Montenegro: 
 Recurso mais utilizado; 
 Aplicação intradérmica de 0,1 
a 0,3 ml de solução fenolada de 
leptomonas (formas 
promastigotas) na 
concentração de 2 a 3 milhões 
por ml; 
 Leitura feita 48 a 72 h; 
 Reação +: pápula maior que 5 
mm de diâmetro; 
 Sensibilidade e especificidade 
próximas de 100% (S – 85 a 
97% e E – 75 a 90%); 
 Reação pode ser negativa até 1 
ou 2 meses do início da 
doença, em imunodeprimidos 
e na leishmaniose tegumentar 
difusa e visceral; 
 Continua + após cura da 
doença. 
TRATAMENTO 
 Glucantime: 
 Maior atividade e menos 
toxicidade. 
 
 
 Pentamidina: 
 Alternativa entre e a glucamina 
e a Anfotericina B; 
 Bons resultados na 
leishmaniose cutânea pela L. 
guyanensis; 
 Dose: 4 mg/kg; 
 3 aplicações IM com intervalo 
de 2 dias; 
 Anfotericina B desoxicolato ou 
convencional: 
 Indicada a formas resistentes à 
terapia antimonial; 
 Controles de função renal e 
cardíaca; 
 Droga de escolha na 
GRAVIDEZ. 
 Anfotericina B lisossomal: 
 Alto custo; 
 É eficaz e menos tóxica que a 
anterior; 
 Indicada para formas graves e 
resistentes. 
TRATAMENTO COMPLEMENTAR 
 Eletrocirurgia e criocirurgia + 
medicamentos: 
 Lesões verrucosas: curetagem 
e eletrocoagulação; 
 Nitrogênio líquido. 
 Cirurgia corretiva: sequelas cicatriciais 
pós tratamento. 
PROFILAXIA 
 Leishmaniose domiciliar ou peri 
domiciliar: inseticidas anti-flebótomos: 
 Proteção com tela; 
 Eliminação de reservatórios 
 Leishmaniose selvática: 
 Repelentes; 
 Proteção com roupas; 
 Evitar entrar na selva no fim do 
dia ou de noite. 
OBS.: leishmaniose tegumentar difusa. 
Tto: não há terapia efetiva; Glucamina, 
anfotericina B e pentamidina- regressão 
parcial com recidivas após suspenção

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