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Fermentação Alcoólica 1. INTRODUÇAO É o processo de liberação de energia que ocorre sem a participação do oxigênio (processo anaeróbico) A glicose é o ponto de partida da fermentação Leveduras e algumas bactérias fermentam açúcares, produzindo duas moléculas de ácido pirúvico, que são convertidos em álcool etílico (etanol), com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP A fermentação ocorre no citosol da célula e compreende em duas etapas: • Glicose: conjunto de reações que degradam a glicose até ácido pirúvico. • Redução do ácido pirúvico: conjunto de reações que conduzem à formação dos produtos de fermentação Figura 1: Processo de fermentação alcoolica. Fonte: Só Biologia 2. Empregos da fermentação alcoólica Etanol: fabricação de bebidas alcoólicas CO2: fabricação de pão Recente: fungos para produção de álcool combustível 3. Tipos 3.1 Fermentação do vinho A fermentação do açúcar de uvas é realizada por leveduras (principalmente Saccharomyces cerevisiae) que existem na casca das uvas O co2 liberta-se para atmosfera no decurso da fermentação e a concentração de etanol vai aumentando. O etanol torna-se toxico para as leveduras que atinge uma concentração de cerca de 12% e a fermentação termina. 3.2 Fermentação da cerveja É fabricada com o malte (grãos de cevada seco), materiais ricos em amido (arroz, milho ou sorgo), lúpulo, água e leveduras das espécies Saccharomyces cerevisiae principalmente. 6H12O6 -> 2C2H5OH + 2CO2 + calor Importante para o paladar da cerveja: o fermento produz outras substâncias, em pequenas quantidades, responsáveis pelo aroma e sabor do produto Figura 2 Processo de fermentação da cerveja. Fonte: dortmund.com 3.3 Fermentação alcoólica do pão A fermentação é realizada pela levedura Saccharomyces cerevisiae e a temperatura favorável é de 36°C. A fermentação inicia-se com a adição das leveduras (fermento de padeiro) e termina quando o calor do forno as mata. O calor provoca a expamsão do gás e a evaporação do álcool, o que dá uma estrutura porosa ao pão Figura 3 Fluxograma do processo de produção de pães congelados e pré-assados. Fonte: Rogério Germani Relatório de experimento feito em laboratório 4. Materiais • Uvas • Béquer • Peneira • Almofariz • Pistilo • Garrafa pet • Papel alumínio • Funil • Filtro de papel • Pipeta • Placa de petri • Agua • Fermento biológico • Bexiga • Fita adesiva 5. Métodos de Preparo Para a realização da fermentação alcoólica foi preciso retirar as uvas do cacho, aproximadamente 500g, em seguida as uvas foram colocadas em um recipiente chamado béquer, e com o auxílio de uma peneira foram lavadas em água corrente. Logo após as mesmas foram divididas em pequenas porções e maceradas em um almofariz com o pistilo, até chegarem em uma condição mais líquida, em seguida foram introduzidas as uvas maceradas em uma garrafa pet, forrada com papel alumínio para proteção contra a luz, com um funil e uma pipeta para que não se perdesse o líquido e o bagaço. Para a introdução do fermento biológico, foi utilizado a placa de petri, com água para dissolver aproximadamente meia colher de sobremesa de fermento biológico, utilizando o auxílio da pipeta para mexer o mesmo na placa para acelerar o processo de dissolução. Foram colocados na garrafa as uvas maceradas, o suco extraído, o fermento e 200ml de água para ficar menos concentrado e foi misturado para que pudesse ocorrer a fermentação química. Ao final todo esse processo, a garrafa foi vedada com uma bexiga de ar e fita adesiva. 6. Resultado Foi observado após uma semana de fermentação alcoólica dentro da garrafa que, com a mistura do fermento biológico mais a glicose das uvas, obteve-se a produção de gás carbônico e etanol, que fez com que a bexiga inflasse com o gás produzido. Desse modo concluindo que o resultado da fermentação química foi um sucesso. Figura 4 Resultado do experimento após uma semana. Fonte: arquivo pessoal. Ao retirar a fita adesiva, a bexiga e o papel alumínio foi observado a alteração da coloração do líquido junto com as uvas maceradas, que apresentam agora uma cor rosa claro e marrom, respectivamente, já na superfície havia também uma espuma. O odor da solução já apresenta cheiro de vinho, porém não é possível consumir pela quantidade de fungos concentrado no líquido. A partir desse principio o vinho é submetido a filtragem para retirar os bagaços das uvas e os fungos contidos. Para realizar a filtragem foram utilizados o funil, a pipeta e o filtro de papel, o filtro foi colocado dentro do funil para a primeira filtragem do vinho com o auxílio da pipeta que serviu com instrumento de passagem do vinho pelo filtro de papel para o béquer. Figura 5 Resultado da primeira filtragem Na figura 5, após a primeira filtragem, feita com o auxílio do filtro de papel, observa- se a presença de uma grande quantidade de fungos, o que não permite a ingestão do líquido Figura 6 Resultado da segunda filtragem no microscópio. Fonte: arquivo pessoal. A figura 6 reapresenta a segunda filtragem, ainda é possível observar a presença de fungos, em uma quantidade menor que a filtragem anterior, mas ainda não é recomendado a ingestão do líquido. Figura 7 Resultado após segunda filtragem. Fonte: arquivo pessoal. Como é possível ver na figura 7 a cor do líquido apresenta uma coloração mais clara e rosada que apresentava no início, isso se dá pelo processo de filtragem que foi feito. Figura 8 Resultado da terceira filtragem no microscópio. Fonte: arquivo pessoal. Após a terceira e última filtragem, nota-se que a quantidade de fungos presente diminuiu, após esse processo o líquido já pode ser ingerido, como mostra a figura 8. Figura 9 Comparação quanto a cor. Fonte: arquivo pessoal. Como mostra na figura 9, há uma grande diferença de cor, na garrafa vemos como fica após o processo de fermentação, ainda muito escuro e com cheiro significativo. Já no Béquer, o líquido após três filtragens, encontra-se mais claro e de odor mais fraco. Figura 10 Processo de filtragem. Fonte: arquivo pessoal. 7. Conclusão Foram necessárias três filtragens para obter um vinho mais “limpo” de fungos e de acordo com as mesmas foram obtendo uma coloração rosada mais clara. Com o auxílio do microscópio observou-se que a partir da segunda filtragem o liquido apresentava uma concentração de fungos menor. Ao final da terceira filtragem obteve- se um vinho de coloração mais clara quase transparente, com presença mínima de fungos para assim poder ser apreciado sem acometer nenhuma eventualidade ao organismo humano, e assim avaliado com sabor concentrado de vinho seco. Através do experimento da fermentação alcoólica, foi possível observar as reações químicas ocorridas dentro da garrafa vedada, como os fungos do fermento biológico se mistura com a glicose da uva e assim produz gás carbônico e etanol que resultou em um líquido de cor rosa claro e cheiro próprio da bebida alcoólica. Utilizando o microscópio identificou-se a presença de muitos fungos presentes no líquido que foi submetido a três filtragens para um melhor resultado. Ao final das filtragens obteve- se um vinho com sabor concentrado de aspecto seco e aroma natural da bebida. Referências bibliográficas: Agencia Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/tecnologia_de_alimentos/arvore/CON T000fid5sgie02wyiv80z4s473xsat8h6.html.> Acesso em: 14 jun. 2018. Dortmund. Disponível em: <http://www.dortmund.com.br/fabricacao.php> Acesso em: 14 jun. 2018. Só Biologia. Disponível em: <https://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica3_2.php> Acesso em: 14 jun. 2018.
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