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Após assistir o vídeo, ler o texto e responder as questões. TEXTO: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA A Proposta Curricular de Santa Catarina/PCSC tem como objetivo a formação integral do sujeito, para isso, as estratégias de avaliação precisam dar conta de diagnosticar se as escolhas metodológicas estão em consonância com tal formação, bem como fornecer os subsídios para eventuais mudanças que precisem ser feitas no percurso. Dado seu caráter formativo, a avaliação contempla pelo menos três etapas: a de diagnóstico, a de intervenção e a de replanejamento. O trabalho de diagnóstico ocorre quando o professor verifica a aprendizagem que o estudante realizou ou não, compreendendo as possibilidades e as dificuldades do processo. A intervenção se dá quando o professor retoma o percurso formativo, após constatar que não houve suficiente elaboração conceitual, e, reorganiza o processo de ensino possibilitando ao sujeito novas oportunidades de aprendizagem. O replanejamento é uma tarefa que se faz necessária sempre que as atividades, estratégias de ensino e seus respectivos resultados se evidenciarem insuficientes. Ao longo do desenvolvimento das três etapas, é fundamental que se considere a sistematização, a elaboração e a apropriação de conhecimentos, na forma de registros, relatos e outros instrumentos como subsídios para a avaliação. Neste âmbito importa que os registros considerem relatos dos sujeitos acerca das suas próprias atividades, sejam elas práticas, teóricas ou lúdicas, bem como outros instrumentos que subsidiem a avaliação (SANTA CATARINA, 2014). Tomando-se esta concepção de avaliação como pressuposto, algumas estratégias são fundamentais ao longo do percurso formativo dos sujeitos/estudantes, entre as quais: i) a escuta dos interesses e de suas expectativas de aprendizagem; ii) a observação das manifestações, das expressões, representações e relações, além do modo como estes compreendem e ocupam espaços e territórios; iii) a ampliação dos repertórios de conhecimentos relativos aos conceitos das áreas e disciplinas/componentes curriculares; iv) o registro de seus avanços e limitações individuais e do processo coletivo (SANTA CATARINA, 2014). Corroborando com a PCSC, o Documento Norteador Avaliação da aprendizagem: concepções e Orientações Metodológicas enfatiza que: http://www.sed.sc.gov.br/professores-e-gestores/16977-nova-proposta-curricular-de-sc-2014 https://drive.google.com/file/d/1Gs5j_TJHisrcK_52bBN0y8R7wqxxun7L/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1Gs5j_TJHisrcK_52bBN0y8R7wqxxun7L/view?usp=sharing A avaliação é parte fundamental do processo de planejamento. Para avaliar, o professor deve ter claros os indicadores que lhe permitam analisar se as metas/objetivos estão sendo alcançadas. É um processo contínuo e não um fim em si mesmo, muito menos um instrumento de punição ou exclusão. Em suma, é um movimento que considera os objetivos propostos e alcançados numa constante (re)elaboração de finalidades, metas e estratégias, com vistas a novas oportunidades de aprendizagem. Possui um caráter essencialmente formativo, devendo ser desenvolvida durante todo o período letivo (SANTA CATARINA, 2019).1 Embora tenha ocorrido o encerramento administrativo do ano letivo de 2020, os processos curriculares não foram encerrados, pois, conforme previsto pelo Conselho Nacional de Educação (Pareceres CNE/CP nº 05/2020 e nº 11/2020), há que se considerar o continuum curricular 2020/2021, no qual a avaliação diagnóstica recebe maior destaque e relevância para o êxito do processo de ensino aprendizagem. O trabalho de diagnóstico ocorre quando o professor verifica o grau de desenvolvimento da aprendizagem do estudante, do trabalho docente e da escola, considerando as potencialidades e dificuldades do processo. Possibilita saber o que deve ser retomado, como e com quem, para que todos possam aprender. Diagnosticar, portanto, é uma ação que ocorrerá durante o percurso, não devendo acontecer ao término do processo de ensino-aprendizagem (SANTA CATARINA, 2019). Avaliação diagnóstica é o ponto de partida para a organização do continuum curricular, por meio dela cada professor/escola irá identificar os objetos de aprendizagem e os conhecimentos essenciais que cada aluno se apropriou e o que falta compreender, para então definir o que precisa ser retomado em 2021. Seguindo a lógica do movimento em espiral enfatizado na Proposta Curricular de SC (PCSC) e no Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (CBTC), quando o professor trabalhar uma habilidade, conceito ou objeto de conhecimento em 2021, deverá buscar os conceitos, habilidades ou objetos de conhecimento trabalhados no ano anterior para auxiliar o estudante no desenvolvimento das aprendizagens. 1 Transcrição do Documento Norteador: Avaliação da aprendizagem. SED, 2019 (Ofício Circular nº 114/2019 de 23/04/2019) http://www.sed.sc.gov.br/documentos/curriculo-base-sc http://www.sed.sc.gov.br/documentos/curriculo-base-sc Os mapeamentos realizados em 2020 (Ensino Fundamental) e os Planejamentos anuais (Ensino Médio), deverão servir de base para professor e escola organizarem a avaliação diagnóstica. Conforme orientado em documento (ORIENTAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM) enviado às CREs, a escola deverá ter uma cópia de todos os mapeamentos e planejamentos realizados pelo seu corpo docente (SANTA CATARINA, 2019).2 No caso de haver novos professores para este ano letivo, estes deverão receber da escola o mapeamento e registros dos planejamentos de aula referentes ao ano de 2020, ponto de partida para o planejamento anual e planos de aula, em 2021. Para avaliar não existe um único instrumento, cada professor deverá definir seus instrumentos de acordo com a sua realidade e o seu planejamento, que podem ser: Testes orais e escritos, com ou sem consulta em material didático; Análise de entrevistas e arguições; Resolução de situações problema e de exercícios; Execução de experimentos ou projetos; Relatórios referentes aos trabalhos, experimentos, pesquisa de campo e estágios; Trabalhos práticos; Autoavaliação; Portfólios; Registros no caderno; Dinâmicas e outros instrumentos que a prática pedagógica indicar. A partir do diagnóstico e da reflexão em torno das constatações em relação à aprendizagem dos estudantes vêm a ação que se materializa no (re)planejamento. Nesse sentido, sugerimos as questões a seguir para auxiliar no debate e reflexão em torno da avaliação diagnóstica na sua turma, área de conhecimento e/ou disciplina/componente curricular. Bom trabalho! QUESTÕES: 1 - Analisando o trabalho realizado em 2020, pontue quais ações/estratégias de avaliação foram exitosas e quais precisam ser reformuladas em 2021? (Obs: EF. utilizar os mapeamentos das habilidades trabalhadas em 2020) 2 - Quais as conexões da avaliação diagnóstica com o planejamento anual do professor? 2 Ofício Circular nº 360/2020 em 09/11/2020 Sobre Orientações da Avaliação da aprendizagem. https://drive.google.com/file/d/1Gs5j_TJHisrcK_52bBN0y8R7wqxxun7L/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1Gs5j_TJHisrcK_52bBN0y8R7wqxxun7L/view?usp=sharing 3 - Quais as conexões da avaliação diagnóstica com a elaboração dos planos de aula do professor? 4 - Que estratégias e instrumentos de avaliação melhor possibilitam ou possibilitarão a avaliação diagnóstica no início e durante o ano letivo de 2021? 5 - Definir, de modo coletivo, quais serão as estratégias e instrumentos a serem utilizadas para diagnosticar os níveis de aprendizagem que necessitarão constar no planejamento anual e nos planos de aula. (Obs: cada escola poderá definir quais estratégias serão utilizadas, se um instrumento padrão para todas as áreas de conhecimento, ou diferentes instrumentos para cada área de conhecimento.)