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DIREITO CIVIL III OBRIGAÇÕES https://goo gl/b2N6UF

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DIREITO CIVIL III – 
OBRIGAÇÕES
https://goo.gl/b2N6UF
AULA 01 – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
◻ BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
◻ GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil: 
obrigações. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. v. 2 [acesso virtual e impresso].
◻ GOMES, Orlando. Obrigações. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007. 
◻ GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. 
11.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. v. 2 [acesso virtual e impresso]
◻ BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
◻ AZEVEDO, Álvaro Villaça. Teoria geral das obrigações: responsabilidade civil. 12. ed. 
São Paulo: Atlas, 2011. [2008, 2004].
◻ DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. 24. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 2
◻ VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos 
contratos. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2013. v. 2 [2004, 2006, 2007, 2009].
 ESTRUTURA DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
DEVEDOR
SUJEITO 
PASSIVO
CREDOR
SUJEITO ATIVO
◻ Obrigações nascem em três fontes principais:
• Lei: ex. ser pai deve pagar o sustento da 
criança (Lei de Alimentos).
• Atos ilícitos: obrigação de indenizar. Ex. danos 
morais e materias (Art. 186 e 927, CC)
 • Contratos: cumprir o acordado. (pacta sunt 
servanda)
◻ Conceito: Complexo de normas que regem as relações 
jurídicas de ordem patrimonial – tem por objetivo a 
prestação de um sujeito em proveito de outro, ou seja, 
vínculos entre credor e devedor.
◻ sujeita-se as obrigações estritamente patrimoniais 
(relação de credor e devedor) que são os reais e 
obrigacionais, diferente de submissão a uma regra de 
conduta (obrigações morais, religiosas, sociais...).
Obrigações Propter Rem
◻ Em certas ocasiões os direitos reais e obrigacionais estão ligados; são 
obrigações que decorrem de um direito real sobre determinada coisa e se 
transmitem automaticamente para o novo titular da coisa a que se 
vinculam.
◻ propter rem se transmitem automaticamente para o novo titular da coisa a 
que se relaciona, ou seja, só existe por ser o obrigado titular do domínio 
(proprietário) ou detentor da coisa (IPVA, IPTU)
◻
◻ “Obrigação propter rem é a que recai sobre uma pessoa, por força de 
determinado direito real. Só existe em razão da situação jurídica do 
obrigado, de titular do domínio ou de detentor de determinada coisa.” 
(Carlos Roberto Gonçalves)
◻ Propter rem : “por causa da coisa”;
◻ Art. 1277, CC: O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de 
fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à 
saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade 
vizinha.
◻ Lei 8245/91, art. 22, VIII.
 Direito das Obrigações X Direito Real
1. DIREITOS DE CRÉDITOS - OBJETO 
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES;
2. SÃO EXERCIDOS CONTRA 
DETERMINADA PESSOA;
3. QUANTO À FORMAÇÃO, 
RESULTAM BASICAMENTE DA 
VONTADE DAS PARTES (PRINCÍPIO 
DO NUMERUS APERTUS)
4. 4. SUJEITOS: CREDOR E 
DEVEDOR;
1. OBJETO DO DIREITO DAS COISAS;
2. RECAEM SOBRE UMA COISA;
3. QUANTO À FORMAÇÃO, TÊM 
ORIGEM NA LEI, E NÃO NA 
VONTADE DAS PARTES (NUMERUS 
CLAUSUS)
4. SUJEITOS: COSTUMA-SE DIZER QUE 
EXISTE APENAS SUJEITO ATIVO, 
PORQUE ESSE É LIGADO À COISA 
(TEORIA REALISTA); OU PARA 
OUTROS, O SUJEITO PASSIVO É 
INDETERMINADO;
5. SÃO PERPÉTUOS: NÃO SE 
EXTINGUEM PELO USO;
DIREITO CIVIL III – 
OBRIGAÇÕES
AULA 02
Classificação das obrigações 
(QUANTO A PRESTAÇÃO)
◻ A prestação será positiva quando o objeto for de dar e fazer e negativa 
quando o objeto for de não fazer.
1. OBRIGAÇÃO DE DAR: atividade de dar, transferir, entregar ou restituir a 
coisa.
2. OBRIGAÇÃO DE FAZER: O foco é a própria atividade do devedor. É a 
prestação do fato, fazer algo.
◻ Fungível (outra pessoa) ou infungível (personalíssima).
3. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
◻ O comportamento do devedor é omissivo. Ele 
deve se abster de praticar determinado ato: 
Ex. não sublocar o imóvel, não fazer barulho a 
partir de determinado horário...
Quanto aos elementos
1. Obrigação simples: todos os componentes são únicos (sujeito ativo, passivo 
e objeto) - SÃO SINGULARES. 
Ex. A entrega a B uma moto.
2. Obrigações complexas ou compostas: multiplicidade de sujeitos ou objetos. 
Ex. A e B entregam a C uma moto. (sujeitos)
Ex. A e B realizam a montagem de móveis para C. (objeto)
• Objeto: conjuntiva (e) ou alternativa (ou);
• Sujeitos: divisíveis ou indivisíveis
3. Obrigações solidárias: mais de um agente. (ativo ou passivo)
Quando a divisibilidade:
◻ Obrigações divisíveis e indivisíveis.
◻ Ex. Condomínio.
Quando ao conteúdo
◻ Obrigações: de meio, de resultado e de 
garantia.
◻ DE MEIO;
◻ DE RESULTADO;
◻ DE GARANTIA.
Quando a liquidez:
◻ Obrigações líquidas: é aquela certa quanto à existência, e determinada 
quanto ao objeto e ao valor 
ex. dívida de R$50.000,00 constante em promissória.
◻ Obrigações ilíquidas: é aquela incerta quanto à existência, e indeterminada 
quanto ao conteúdo e valor.
ex. sentença que condena a reparação de danos cujo valor deverá ser 
apurado.
Quanto a presença ou não de 
elementos acidentais
▪ Obrigação pura ou simples: aquela que não está sujeita 
a condição, termo ou encargo. ex. doação pura.
▪ Obrigação condicional*: aquela que contém cláusula 
que subordina o efeito da obrigação a um evento futuro 
e incerto. ex. doação ao nascituro.
▪ Obrigação modal ou com encargo: aquela onerada por 
um encargo (obrigação recíproca).
Quanto ao momento do 
cumprimento:
◻ Obrigação instantânea ou de cumprimento imediato: ex. compra e venda a 
vista.
◻ Obrigação de execução diferida: futuro. 
ex. pagamento com cheque pós-datado.
◻ Obrigação de execução continuada, periódica ou de trato sucessivo: 
prestações periódicas.
ex. boletos.
✓ Obrigação propter rem;
✓ Obrigações civis;
✓ Obrigações empresariais: próprias da atividade 
mercantil;
✓ Obrigação moral: é aquela em que o débito não existe 
de direito;
✓ Obrigação natural: corresponde a uma obrigação 
moral.
✓ trata-se de um débito sem responsabilidade.
✓ obrigação de dar gorjeta, obrigação de pagar dívida prescrita (205), obrigação de pagar dívida de jogo (814), etc.
Distinção entre responsabilidade e 
obrigação
◻ Cumprida, a obrigação se extingue. Não 
cumprida, nasce a responsabilidade, que tem 
como garantia o patrimônio geral do devedor.
OBRIGAÇÃO
(lei ou vontade das 
partes a partir do fato 
jurídico)
RESPONSABILIDADE
consequência jurídica 
patrimonial do
descumprimento da 
relação obrigacional
Obrigação de dar coisa certa → 
ENTREGAR:
MELHORAMENTOS
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus 
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no 
preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao 
credor os pendentes.
◻ Frutos percebidos: devedor (antes da tradição)
◻ Frutos pendentes (do credor)
◻ Ex. Animal com sua cria.
Obrigação de dar coisa certa → 
ENTREGAR:
◻ PERECIMENTO (TOTAL) OU DETERIORAÇÃO (PARCIAL) - RES PERIT 
DOMINO
• 1. PERECIMENTO (PERDA TOTAL):
• Sem culpa do devedor (art. 234, CC): resolve-se a obrigação, com 
restituição do preço (SE HOUVER ALGUM PREJUÍZO);
• Com culpa do devedor (art. 234, CC): resolve-se a obrigação com as perdas 
e danos mais a restituição do preço. 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do 
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida 
a obrigação para ambas as partes (devolução dos valores); se a perda 
resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas 
e danos.
b) Deterioração da coisa antes da tradição (perda parcial da substância):
• Sem culpa do devedor (art. 235, CC): resolve-se a obrigação com a 
restituição do preço OU abatimento proporcional do preço.
• Com culpa do devedor (art. 236, CC): resolve-se a obrigação com as perdas 
e danos e o recebimento da coisa no estado em que se encontra OU 
abatimentoproporcional no preço.
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor 
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que 
perdeu.
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou 
aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou 
em outro caso, indenização das perdas e danos.
PERECIMENTO:
◻ Sem culpa do devedor: a obrigação se resolve (art. 238, CC). “??”
◻ Com culpa do devedor: resolve-se a obrigação com as perdas e danos 
mais a restituição do preço. (239, CC)
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do 
devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda ( RES PERIT 
DOMINO), e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da 
perda (FRUTOS).
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo 
equivalente, mais perdas e danos.
Obrigação de dar coisa certa → 
RESTITUIR (CREDOR É DONO):
b) Deterioração da coisa antes da tradição (art. 240, CC):
• Sem culpa do devedor: o credor deve aceitar a coisa como se encontra.
• Com culpa do devedor: resolve-se a obrigação com as perdas e danos 
/restituição do preço. 
• Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, 
recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por 
culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.
 
https://www.google.com/url?q=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm%23art239&sa=D&source=editors&ust=1616160919682000&usg=AOvVaw0ov-hTY4tEY7ITq2Dav5kF
DOS MELHORAMENTOS
 Nas obrigações de RESTITUIR (art. 242, CC):
• Pertencem ao credor os que não tiverem sobrevindo a coisa por despesa 
ou trabalho do devedor, sem direito à indenização.
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho 
ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às 
benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo 
modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.
b.1) Devedor de boa-fé: 
• Benfeitorias necessárias e úteis: direito à indenização 
(art. 1219, CC);
• Benfeitorias voluptuárias: se autorizadas, geram direito à 
indenização. Se não, podem ser retiradas; OU 
RETENÇÃO.
b.2) Devedor de má-fé: 
• Benfeitorias necessárias: direito à indenização (art. 1220, 
CC);
• Benfeitorias úteis e voluptuárias: nenhum direito;
• Frutos: deve ressarcir os percebidos e os que, por sua 
culpa, deixou de perceber (art. 1216, CC). 
1.2 Obrigação de dar coisa incerta (art. 243 a 246, CC):
• A obrigação consiste em entregar um bem determinado pelo gênero e 
quantidade, mas que não foi individualizado;
• Ex. 100 sacas de café;
• A incerteza recai sobre o objeto da pretensão, sobre a coisa a ser dada. 
(temporária)
• A determinação da coisa se dá no momento da entrega;
• Não se pode alegar perda ou deterioração;
• A escolha transforma a obrigação de dar coisa incerta em obrigação de dar 
coisa certa (art. 245, CC);
• Na falta de ajuste, caberá ao devedor, que não poderá entregar coisa pior, 
mas não será obrigado a dar coisa melhor (art. 244, CC);
• Caberá Ação de Impugnação da escolha da coisa. 
◻ Execução judicial das obrigações de dar:
a) De obrigação de dar constante em título executivo extrajudicial (art. 784, 
NCPC):
a.1) Coisa certa:
• Citação do devedor para entregar ou depositar em 15 dias;
• Possibilidade de fixação de multa pelo juiz por dia de atraso;
• Recurso de Embargos à Execução no prazo de 15 dias, inclusive para 
apresentar a defesa; 
• Se a coisa não for entregue, o credor terá direito ao recebimento do valor 
da coisa, além das perdas e danos. 
Obrigação de Dar (PRESTAÇÃO 
PECUNIÁRIA)
◻ Obrigação pecuniária é obrigação de entregar dinheiro, ou seja, de solver dívida em dinheiro. É, 
portanto, espécie particular de obrigação de dar. Tem por objeto uma prestação em dinheiro e 
não uma coisa.
Art. 315 do Código Civil que “as dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda 
corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes”;
◻ Distingue-se a dívida em dinheiro da dívida de valor. Na primeira, o objeto da prestação é o 
próprio dinheiro, como ocorre no contrato de mútuo. Quando, no entanto, o dinheiro não constitui 
objeto da prestação, mas apenas representa seu valor, diz-se que a dívida é de valor.
◻ Indenização: dívida de valor;
◻ Art. 317 do Código Civil: “Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier 
desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do 
momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de 
modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação”.
◻ Distingue-se a dívida em dinheiro da dívida de 
valor. Na primeira, o objeto da prestação é o 
próprio dinheiro, como ocorre no contrato de 
mútuo. Quando, no entanto, o dinheiro não 
constitui objeto da prestação, mas apenas 
representa seu valor, diz-se que a dívida é de 
valor.
◻ Indenização: dívida de valor;
2. Obrigação de Fazer (obligatio faciendi): 
art. 247 a 249, CC
São aquelas obrigações cuja prestação se consubstancia em um fazer a ser realizado pelo 
devedor.
◻ Prestação: 
a) Infungível: nos contratos personalíssimos. Não pode ser realizada senão pelo devedor. Ex: artes 
plásticas, esculturas.
b) Fungível: nos contratos em que é possível a execução por pessoa diversa da do devedor. Ex: 
reforma de imóvel. 
◻ Recusa de cumprimento:
a) Se infungível: não sendo possível a execução judicial da obrigação, ela irá se resolver em 
perdas e danos.
b) Se fungível: juiz determina que terceiro execute a obrigação, às custas do devedor, sendo dele 
cobrada, ainda, indenização pelos prejuízos. 
◻ Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que 
recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
◻ Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do 
devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por 
perdas e danos.
◻ Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor 
mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, 
sem prejuízo da indenização cabível.
◻ Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente 
de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois 
ressarcido.
◻ Impossibilidade superveniente:
a) Sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação 
e restitui-se o preço. 
b) Com culpa do devedor: resolve-se com a 
restituição do preço e mais perdas e danos. 
3. Obrigação de Não Fazer ou obligatio non faciendi:
art. 250 e 251, CC
◻ Conceito: 
São aquelas obrigações cuja prestação se consubstancia em um fato omissivo do devedor, ou 
seja, uma abstenção. Ex. não divulgar um segredo, não atormentar vizinhos.
◻ Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne 
impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
◻ Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele 
que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Ex. 
Muro que pode ser demolido
◻ Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
◻ Impossibilidade superveniente:
a) Sem culpa do devedor: resolve-se a 
obrigação. Ex: obrigação de não cortar 
árvore, mas se ela ameaça cair, é necessário 
o corte.
b) Com culpa do devedor: resolve-se com 
perdas e danos.
Das obrigações alternativas
◻ “A obrigação pode ter como objeto duas ou mais prestações, que se 
excluem no pressuposto de que somente uma delas deve ser satisfeita 
mediante escolha do devedor, ou do credor. Neste caso, a prestação é 
devida alternativamente”. ORLANDO GOMES
◻ Conectivo “OU”
◻ Obrigações múltiplas que ao finaltornam-se individualizadas.
◻ Feita a escolha, a obrigação antes complexa torne-se simples.
◻ Direito de escolha: pertence, em regra, ao devedor. Art. 252, se outra coisa não se estipulou.
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. (a 
coisa deve ser individualizada)
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida 
em cada período. (nunca as duas prestações)
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, 
findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a 
escolha se não houver acordo entre as partes.
b. Da concentração (escolha da obrigação)
◻ Concentração é a escolha da obrigação, sem possibilidade de retratação unilateral. Só será 
devido o objeto escolhido, como se fosse o único, desde o nascimento da obrigação ( não 
podendo mais ser exercida o ius variandi (mudar), tornando-se definitiva, salvo estipulado em 
contrário).
◻ Art. 800, CPC.  Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse será 
citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe 
foi determinado em lei ou em contrato.
◻ § 1o Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercer no prazo determinado.
◻ § 2o A escolha será indicada na petição inicial da execução quando couber ao credor exercê-la.
◻ Ação de obrigação alternativa (réu)
◻ Ação consignatória (devedor)
Impossibilidade das 
prestações:
◻ Com culpa do devedor:
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir 
nenhuma das prestações, não competindo ao credor a 
escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por 
último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o 
caso determinar. 
Impossibilidade das 
prestações:
◻ A. Concentra na outra remanescente (sem 
culpa)
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser 
objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o 
débito quanto à outra.
◻ Ex. não fabricar uma das coisas que o devedor se 
propôs a entregar ou o imóvel foi desapropriado.
◻ Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por 
culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com 
perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, 
poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e 
danos.
◻ Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a 
obrigação.
Das obrigações divisíveis e 
indivisíveis
◻ A obrigação será divisível quando o objeto ou a prestação puder ser fracionada.
◻ A obrigação só se exonera com seu cumprimento integral.
◻ Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta 
presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
◻ Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não 
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão 
determinante do negócio jurídico.
◻ A obrigação é indivisível: 
◻ PELA NATUREZA: decorre da indivisibilidade natural: quadro, carteira, mesa.
◻ POR MOTIVO ECONOMICO: quando lhe diminuir o valor: fazenda, sítio (acervo hereditário)
◻ POR VONTADE DAS PARTES: O objeto pode ser fracionado, mas as partes afastam a 
possibilidade de cumprimento parcial determinando que a prestação será indivisível.
Pluralidade de devedores
◻ Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, 
a prestação não for divisível, cada um será 
obrigado pela dívida toda. (cumprir a 
obrigação – um só) mas a propriedade 
permanece com as partes.
◻ Parágrafo único. O devedor, que paga a 
dívida, sub-roga-se no direito do credor em 
relação aos outros coobrigados.
Pluralidade de credores
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá 
cada um destes exigir a dívida inteira; mas o 
devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos 
outros credores.
◻ Pelo art. 261CC na hipótese de um só dos credores receber a prestação 
inteira (indivisível), a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele, em 
dinheiro, a parte que lhe caiba no total.
◻ Ainda no tocante a diversidade de credores diz o art. 262 que se um dos 
credores perdoar a dívida, não ocorrerá a extinção da obrigação quanto 
aos demais. (apenas cota-parte, que deve ser entregue em dinheiro de a 
dívida for indivisível)
◻ EXEMPLO: A, B e C são credores de D sobre um carro avaliado em 
30.000,00. A remitiu a dívida de D. A relação obrigacional de B e C com D 
não foi resolvida, todavia não poderão exigir o carro senão pagarem a ele a 
parte perdoada de 10.000,00.
◻ Prescreve ainda o CC a possibilidade de se perder a qualidade de indivisibilidade quando a 
obrigação se resolver em perdas e danos (dinheiro). [quando o objeto perecer ou deteriorar com 
culpa dos devedores].
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos 
por partes iguais.
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e 
danos.
Das obrigações solidárias (unidade 
de prestações)
◻ É aquela em que, havendo uma multiplicidade de credores ou devedores, 
ou de uns ou de outros, cada credor terá direito a totalidade das 
prestações como se fosse um único credor, ou cada devedor estará 
obrigado pelo débito total, como se fosse um único devedor (CC art. 264). 
◻ È uma exceção a regra de que a obrigação se divide em tantas quantas 
forem os sujeitos.
◻ Art. 264, CC. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre 
mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou 
obrigado, à dívida toda.
◻ Caracteres da solidariedade
◻ Pluralidade de sujeitos - ativos ou passivos: mais de um credor, mais de um 
devedor;
◻ Multiplicidade de vínculos: distinto ou independente o que une o credor a 
cada um dos codevedores solidários e vice-versa.
◻ Unidade de prestação: cada devedor responde pelo débito todo e cada 
credor pode exigi-lo por inteiro;
◻ Corresponsabilidade dos interessados: pagamento da prestação efetuado 
por um dos devedores extingue a obrigação dos demais.
◻ Espécies: solidariedade ativa, passiva e mista.
◻ Art. 266, CC - A obrigação solidária pode ser simples ( uma prestação apenas) ou condicional, ou 
a prazo.
◻ A solidariedade não pode ser presumida, ela decorre da lei ( Ex; artigo 942 ou responsabilidade 
de sócios por dívidas da empresa) ou do contrato (vontade das partes), conforme prevê o artigo 
265 do Código Civil. 
Da solidariedade ativa 
(credores)
◻ Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o 
cumprimento da prestação por inteiro. (responde pela cota de todos)
◻ Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida 
até o montante do que foi pago. 
◻ No caso de falecimento do credor, os herdeiros apenas recebem por sua 
quota. (Art. 270, CC). Não podem receber a totalidade dos valores, como 
era possível pelo falecido.
Distinção: solidariedade e 
indivisibilidade
◻ Ao contrário do que ocorre nas obrigações indivisíveis, convertendo-se a 
prestação em perdas e danos, a solidariedade não desaparece ou seja, 
mesmo que por algum motivo haja conversão da obrigação em perdas e 
danos, subsistirá a solidariedade para todos os efeitos. (art. 272, CC)
A indivisibilidade está no objeto, que é indivisível 
X solidariedade diz respeito aos sujeitos envolvidos.
◻ Causas pessoais e que dizem respeito a um credor, afeta apenaseste. (Art. 
273 e 274, CC). Ex. Lide, atos cometido por erro, dolo, coação..
OBRIGAÇÕES INDIVISÍVEIS X OBRIGAÇÕES 
SOLIDÁRIAS
INDIVISÍVEIS
❖ CAUSA: NATUREZA DA PRESTAÇÃO 
OU ACORDO.
❖ O DEMANDADO NÃO É DEVEDOR 
DO TOTAL, MAS A NATUREZA DA 
PRESTAÇÃO NÃO PERMITE O 
FRACIONAMENTO.
❖ É OBJETIVA (DIZ RESPEITO AO 
OBJETO DA OBRIGAÇÃO)
❖ DESAPARECE COM A CONVERSÃO 
EM PERDAS E DANOS.
SOLIDÁRIAS
❖ CAUSA: A LEI OU O CONTRATO
❖ O CREDOR PODE EXIGIR DE 
QUALQUER DOS DEVEDORES A 
PRESTAÇÃO INTEGRAL PORQUE 
CADA É DEVEDOR DA DÍVIDA TODA.
❖ É SUBJETIVA (RESIDE NAS 
PESSOAS DA RELAÇÃO).
❖ PERMANECE A SOLIDARIEDADE SE 
A OBRIGAÇÃO SE CONVERTER EM 
PERDAS E DANOS.
Jurisprudência sobre o tema:
◻ APELAÇÃO CÍVEL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. SOLIDARIEDADE 
PASSIVA. - O simples fato de o exequente peticionar, requerendo o levantamento da quantia já 
depositada em juízo, não importa em sua renúncia ao recebimento do saldo remanescente, 
devendo a ação prosseguir, até o cumprimento integral da obrigação. - O depósito de metade 
do valor da condenação por uma das empresas executadas não implica no cumprimento da 
obrigação em relação a ela. Isto porque, em face da responsabilidade solidária, o credor pode 
requerer a integralidade do valor da condenação de apenas um dos devedores, com base no 
artigo 275 da legislação civil.
◻ (TJ-MG - AC: 10024081173502001 MG, Relator: Alexandre Santiago, Data de Julgamento: 
21/05/2014, Câmaras Cíveis / 11ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/05/2014)
Solidariedade passiva
◻ Caracteriza-se pela multiplicidade de devedores na qual cada um poderá ser obrigado a 
cumprir a prestação toda. O credor poderá escolher de quem cobrar e o devedor demandado 
não poderá pagar somente a sua parte. 
◻ Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores 
continuam obrigados solidariamente pelo resto.
◻ Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores. (o credor pode escolher contra quem intente a ação, sem 
que afete a qualidade da obrigação)
◻ Em caso de morte do devedor solidário, os 
herdeiros respondem, até as forças da 
herança, pela quota parte que caiba a cada 
um, salvo se for prestação indivisível. (276,CC)
◻ Pagamento parcial e remissão: reduz o 
crédito, mas o perdão não alcança os demais 
devedores. (277, CC).
◻ É ineficaz qualquer ajuste entre devedor 
solidário e credor que agrave a situação dos 
demais co-obrigados (278, CC). Pode alegar 
fraude;
◻ Renúncia da solidariedade que pode ser 
absoluta (a favor de todos os obrigados) ou 
relativa (alcançando apenas um ou alguns – 
responde apenas por suas dívidas) 282CC.
◻ Impossibilitada a prestação por culpa de um dos 
devedores solidários: 279CC
◻ Se a prestação se tornar impossível de ser executada 
por culpa de um dos devedores, todos permanecem 
solidários ao pagamento equivalente. Todavia, pelas 
perdas e danos só o culpado. 
◻ A culpa é tratada pessoalmente não podendo onerar os 
demais.
Regresso:
◻ Assim aquele que pagou a divida toda tem o direito de receber a parte dos 
demais, via ação de regresso.
◻ Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de 
cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos 
a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de 
todos os co-devedores.
◻ Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os 
exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação 
incumbia ao insolvente.
◻ Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos 
devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar. (Ex. 
fiança, que a coisa se destina ao uso de um devedor apenas)
AULA 07: DO PAGAMENTO
◻ Pagar tem sentido mais amplo, não significa apenas entregar dinheiro, 
mas cumprir uma obrigação, adimplir. (obrigação de dar), mas também o 
individuo que realiza uma atividade (obrigação de fazer), ou, simplesmente, 
se abstém (obrigação de não fazer).
◻ O pagamento deve ser realizado no tempo e no modo avençados (princípio 
da pontualidade). 
Importante:
◻ 3) ELEMENTOS DO PAGAMENTO:
◻ vinculo obrigacional
◻ sujeito ativo do pagamento: o devedor 
(solvens), que é o sujeito passivo da obrigação.
◻ o sujeito passivo do pagamento: o credor 
(accipiens), quem é o sujeito ativo da 
obrigação.
A quem deve pagar: devedor ou 
terceiro interessado.
◻ Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, 
se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
(consignação)
◻ Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer 
em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
◻  interessado: o fiador, o herdeiro, o sublocatário 
◻ sub-roga no direito do credor. Ex; o fiador paga a dívida de seu afiançado e 
ganha contra ele direitos de credor. 
Terceiro não interessado:
◻ Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio 
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos 
direitos do credor. (arts. 346 e 349, CC)
◻ Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao 
reembolso no vencimento.
◻ Não ganha as prerrogativas de credor. Se pagar em nome do "amigo" 
trata-se de mera liberalidade.
A QUEM DEVE PAGAR: 
quem paga mal, paga duas vezes.
◻ Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor 
ou a quem de direito o represente.
◻ Represente: representante do credor, seja ele 
legal (pais, tutores), judicial ( administrador 
nomeado pelo juiz) ou convencional (alguém 
recebe poderes para representar o credor - 
mandato)
◻ Credor putativo: Art. 309, CC.
◻ Credor Putativo: art. 309, CC - apresenta como verdadeiro credor.
◻ Teoria da aparência tem a mesma função. Assim, aquele que estiver de 
posse do título (ex. Nota promissória) aparentemente é credor e se o 
devedor de boa-fé a ele fizer o pagamento é válido.
◻ São dois os requisitos:
◻ c) boa fé do devedor;
◻ d) e que seu erro não seja grosseiro, ou seja, seja escusável. Se tinha 
motivos para desconfiar daquele que se apresenta como credor, não 
deverá faze-lo.
A quem deve pagar
Art. 312. Os bens (créditos) objeto de penhora, 
não vale como pagamento.
Objeto:
◻ Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é 
devida, ainda que mais valiosa.
◻ O art. 315 diz que o pagamento deve ser feito em dinheiro em moeda 
corrente pelo valor nominal;
◻ Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas;
◻ No caso de desproporção, pode juiz corrigir as prestações. 
(lesão/onerosidade *). Art. 317, CC
Pagamento: prova – lugar e 
tempo
◻ A prova do pagamento se faz mediante a quitação. Art. 319, CC
◻ Elementos constitutivos da quitação: 320, CC: dados relativos a prestação: 
valor, espécie de dívida, nome do, o tempo e o lugar do pagamento, 
assinatura do credor ou seu representante. Pode ser feita por instrumento 
público ou particular.
◻ Pautado pelo princípio da boa-fé.
◻ Presunções de pagamento:
◻ Presunções de pagamento: 
◻ 1) art.322,cc: Quando o pagamento se referir a prestações periódicas, a 
quitação da última, até prova em contrário, presume-se que todas as 
anteriores forem solvidas.
◻ 2) art. 323, CC: Sendo a quitação do capital sem reserva de juros, estes 
presumem-se pagos. (pois está incluso no valor)
◻ 3) art. 324, CC: A posse do título (comprovante) pelo devedor presume-se 
pagamento, salvo reclamação do credor.
Do Lugar do Pagamento
◻ Despesas com pagamento, seguem em regra com devedor. (Deslocamento) Art. 325, CC.
◻ Art. 327 - Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente ou da lei. (Quesível)
◻ Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
◻ Art. 328.Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a 
imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem.
◻ Art. 329. Ocorrendo motivo grave (??) para que se não efetue o pagamento no lugar 
determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. (caso fortuito ou 
força maior)
◻ Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor 
relativamente ao previsto no contrato.
Do tempo do pagamento:
◻ Em princípio, todo pagamento deve ser efetuado no dia do vencimento da 
dívida. Advertem alguns autores que mesmo tendo o dia 24 horas, costume 
manda que o pagamento seja efetuado nas horas habituais nos negócios 
(horário comercial).
◻ Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada 
época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.
◻ Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento 
da condição. (Ex. quando ocorrer o casamento)
ANTECIPAÇÃO DO 
PAGAMENTO
◻ Nos estritos casos especificados em lei o credor poderá exigir o 
pagamento antes do termo final.
◻ • Insolvência: presume-se um risco ao crédito do credor se for aguardar a 
data do vencimento. Assim, na hipótese de falência ou insolvência civil;
◻ • Bens hipotecados: hipóteses de bens hipotecados ou dados em garantia 
terem sido penhorados por outro credor. ( tem preferência se houver 
hipoteca sobre o imóvel).
DOS PAGAMENTOS 
INDIRETOS
Consignação em pagamento
◻ É, portanto, instrumento colocado a disposição do devedor para que ante um obstáculo ao 
pagamento, possa depositar a prestação devida e libera-se do vinculo obrigacional.
◻ EX.: A deve a B quantia “X” que sem motivo justo se recusa a recebe-lo. O devedor para se 
esquivar dos efeitos da mora e do vínculo obrigacional poderá fazer o depósito extrajudicial ou 
ação de consignação em pagamento.
◻ *OBJETO: obrigações de dar (entregar ou restituir), sendo incompatível com as obrigações de 
fazer e não fazer.
◻ Art. 335. A consignação tem lugar:
◻ I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na 
devida forma; - o credor se recusa a dar quitação especificando o que está recebendo;
◻ II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; (credor 
não buscou)
◻ III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar 
incerto ou de acesso perigoso ou difícil; [Se o credor se tornar desconhecido por ter havido, p.ex. 
sucessão e o devedor desconhecer os herdeiros. Ausente o credor o devedor não sabe a quem 
pagar. Se o local é incerto ou perigoso]
◻ IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
◻ V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
DA IMPUTAÇÃO AO 
PAGAMENTO
◻ O termo imputar significa atribuir, responsabilizar. Assim, quando um 
devedor com dívidas liquidas e vencidas oferece em pagamento capital 
que não é suficiente para quitação de todas, tem ele o direito de escolher 
qual delas pretende extinguir primeiro.
◻ Sempre o mesmo credor;
◻ Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a 
um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se 
todos forem líquidos e vencidos.
◻ A imputação do pagamento pressupõe os seguintes requisitos (CC, arts. 352 e 353): 
1. pluralidade de débitos; 
2. identidade de partes (credor e devedor); 
3. igual natureza das dívidas (fungíveis) – vedação de pagar em dinheiro suprir a entrega de um 
bem; 
4. Líquidas e vencidas;
Dação em pagamento 
(substituição)
◻ “A dação é o acordo de vontades entre credor 
e devedor, por meio do qual o primeiro 
concorda em receber do segundo, para 
exonerá-lo da dívida, prestação diversa da 
que lhe é devida”. Carlos Roberto Gonçalves
◻ O que interessa é a natureza diversa da nova 
prestação. (Dinheiro/bem/prestação de 
serviço)
◻ Requisitos:
◻ existência de uma dívida vencida: pois não há o que solver se não houver débito;
◻ consentimento do credor (expressa, verbal ou tácita): Só terá validade se o credor anuir, posto 
que não está obrigado a receber coisa diversa (313, CC).
◻ Entrega de coisa diversa da convencionada. Deverá ser coisa diversa da res debita (coisa 
devida).
◻ Obs. Não se exige coincidência entre o valor da coisa recebida e o quantum da dívida.
◻ Se o credor for evicto (perder) da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação 
primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros. (359)
Da Novação (arts. 360 à 367, CC) 
animus novandi
◻ “Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior. É a 
substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira.” Carlos 
Roberto Gonçalves.
◻ É uma nova obrigação, sem mera transformação e contornos.
◻ Ex. quando o pai, para ajudar o filho, procura o credor deste e lhe propõe 
substituir o devedor, emitindo novo título de crédito
◻ A novação não produz, como o pagamento, a satisfação imediata do 
crédito (não satisfatório). O credor não recebe a prestação devida, mas 
apenas adquire outro direito de crédito ou passa a exercê-lo contra outra 
pessoa.
Requisitos da novação:
◻ a existência de obrigação anterior (obligatio novanda) – que não seja nula ou extinta art. 367, CC.
◻ a constituição de nova obrigação; A novação pode recair sobre o objeto e sobre os sujeitos, 
ativo e passivo. Não há novação quando se verifiquem alterações secundárias na dívida, como 
exclusão de uma garantia, alongamento ou encurtamento do prazo, estipulação de juros etc.
◻ animus novandi (intenção de novar, que pressupõe um acordo de vontades). Manifestação 
expressa;
Obs. É possível novação de obrigação condicional, dívida prescrita, anuláveis.◻ Art. 360. Dá-se a novação:
◻ I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; [por 
exemplo, quando o devedor, não estando em condições de saldar dívida em dinheiro, propõe ao 
credor, que aceita, a substituição da obrigação por prestação de serviços] não é dação!
◻ II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; [Subjetiva]
◻ III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o 
devedor quite com este. [substituição do credor]
◻ Há três espécies de novação: a objetiva, a 
subjetiva e a mista. Na primeira, altera-se o 
objeto da prestação; na segunda, ocorre a 
substituição dos sujeitos da relação jurídica, 
no polo passivo ou ativo, com quitação do 
título anterior; na mista, ocorrem, 
simultaneamente, na nova obrigação, 
mudança do objeto e substituição das partes.
 Sub-rogação
◻ “Ato pelo qual se substitui uma pessoa em lugar de outra. Ato pelo qual o 
indivíduo que paga pelo devedor com o consentimento deste, 
expressamente manifestado ou por fatos donde claramente se deduza, 
fica investido nos direitos de credor” 
◻ sai o credor e entra o terceiro que pagou a dívida ou emprestou o 
necessário para que o devedor solvesse a obrigação.
◻ Exemplo: A é devedor de B, da quantia de 100.000,00 , C é fiador de A e 
paga a dívida para B. Agora, C ganha direitos de credor contra A, essa 
passagem é chamada sub-rogação, ou seja, C sub-roga-se nos direitos de 
credor (B) contra A.
Sub-rogação legal
◻ Decorre da própria lei, sendo prevista no artigo 346 do código Civil.
◻ Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
◻ I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
◻ II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, 
bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de 
direito sobre imóvel; (aquele que paga hipoteca para ter imóvel)
◻ III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser 
obrigado, no todo ou em parte. (fiador, obrigações indivisíveis)
◻ Neste casos, a sub-rogação acontece de pleno direito, não depende da 
vontade das partes.
Sub-rogação convencional
◻ Art. 347, CC. A sub-rogação é convencional: (vontade das partes)
◻ I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe 
transfere todos os seus direitos; (seguradora por exemplo, que pode 
processar a causador do dano)
◻ II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para 
solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado 
nos direitos do credor satisfeito. (quem emprestou torna-se novo credor)
◻ Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos 
os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, 
em relação à dívida, contra o devedor principal e os 
fiadores.
◻ Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não 
poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão 
até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o 
devedor. (até o montante que pagar a dívida). Ex. 
Sofreu uma penhora de 60% do valor da dívida o 
fiador). Sub-roga-se em apenas 60%.
Compensação (art. 368 a 380, CC)
◻ Conceito: é o fenômeno por meio do qual se extinguem obrigações pelo fato de o credor de uma 
delas ter se tornado devedor da outra, e vice-versa. 
◻ débitos mútuos
◻ A compensação, portanto, será total, se de valores iguais as duas obrigações ou parcial, se os 
valores forem desiguais.
◻ Assim, se Tício é credor de Mévio de uma obrigação no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) em 
uma obrigação A, e Mévio é credor de Tício do mesmo valor por força de uma obrigação B, não se 
realiza um duplo pagamento, mas se pode considerar ambos os débitos extintos, desde que 
satisfeitos os requisitos legais.
◻ Espécies: 
1. Legal: por força da lei;
2. Convencional: pela vontade das partes;
◻ A compensação pode ser, também, legal, convencional e judicial. 
◻ A) Da compensação legal: não pode ser declarada de ofício;
◻ Os requisitos da compensação legal, que valem também para a 
compensação judicial, são: 
◻ a) reciprocidade dos créditos (apenas as partes, salvo fiador, art. 371, CC e 
art. 376, CC);
◻ b) liquidez das dívidas (podem der cobradas); 
◻ c) exigibilidade das prestações (vencidas); 
◻ d) fungibilidade dos débitos (homogeneidade das prestações devidas), 
débitos da mesma natureza. Art. 370.
◻ B) Da compensação convencional:
Seguem o princípio da autonomia privada. Dispensando alguns de seus 
requisitos, como, por exemplo, a identidade de natureza ou a liquidez das 
dívidas.
c) Compensação judicial: determinada pelo juiz.
Se o autor cobra do réu a importância de R$ 100.000,00, e este cobra, na 
reconvenção, R$ 110.000,00, e ambas são julgadas procedentes, o juiz 
condenará o autor a pagar somente R$ 10.000,00, fazendo a compensação.
Confusão (art. 381 a 384, CC) 
◻ Conceito: é o fato pelo qual o credor se torna devedor dele mesmo, ou o 
devedor torna-se credor da mesma obrigação. 
◻ Exemplos: 
1) Na sucessão hereditária: o herdeiro era devedor do autor da herança.
2) Dívidas existentes entre noivos que se casam no regime de comunhão 
universal de bens. 
◻ Espécies: 
a) Total: a obrigação se extingue por inteiro.
b) Parcial: somente se extingue parte da dívida (art. 382, CC). 
◻ Art. 383, CC. Se houver credor solidário, permanece o valor remanescente;
 Remissão (art. 385 a 388, CC)
◻ Conceito: perdão concedido ao devedor pelo credor. Pode ser expressa (ex: 
testamento) ou tácita (ex: devolução do título da obrigação).
◻ Requisitos: 
• Capacidade plena do credor e sua renúncia ao crédito;
• Aceitação do devedor;
• Não pode prejudicar direitos de terceiro. 
DA TRANSMISSÃO DAS 
OBRIGAÇÕES
◻ DA CESSÃO DE CRÉDITO E DA ASSUNÇÃO 
DE DÍVIDA (art. 286 a 303, CC)
Podem as obrigações ser transmitidas em 
dois casos: quando o credor transfere a alguém 
seu crédito, hipótese que se denomina cessão 
de crédito, ou quando terceiro se reveste da 
qualidade de devedor, o que se chama de 
assunção de dívida.
Ex. contrato de cessão de direitos possessórios 
ou herança;
Da Cessão de crédito
◻ Cessão de crédito é negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação 
obrigacional, que pode ser onerosa ou gratuita; (art. 286, CC)
Ocorre independente da anuência do devedor;
Nome das partes: (Cedente/Cessionário/Cedido)
◻ O credor que transfere seus direitos denomina-se cedente. O terceiro
◻ a quem são eles transmitidos, é o cessionário. E o devedor é o cedido.
◻ Obs. Pode ser dação em pagamento quando a transferência é feita para pagamento de uma dívida. Quando é 
só crédito, é cessão.
◻ Pode ser onerosa ou gratuita;
◻ Obs. Alguns créditos não podem sofrer cessão: caráter personalíssimo e as de direito de família (direito a nome, a 
alimentos etc.), do benefício da justiça gratuita (Lei n. 1.060/50, art. 10), da indenização derivada de acidente no 
trabalho, do direito à herança de pessoa viva.
DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
◻ Não se exige a anuência do devedor, mas este deverá ser 
notificado da cessão e se declarar ciente em instrumento 
público ou particular (art. 290, CC); (para não invalidar a 
cessão)
◻ Ex. Sub-rogação legal ou convencional;
◻ “Salvo estipulação em contrário, o cedente não 
responde pela solvência do devedor”.
◻ Crédito penhorado: Não se admite cessão de crédito 
que houver sido penhorado e o credor intimado da 
penhora (art. 298, CC). 
◻ Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, 
prevalece a que se completar com a tradição do título 
do crédito cedido.
Assunção de Dívida
◻ Segundo a doutrina, é um negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, 
com anuência expressa do credor, transfere a um terceiro, que o substitui, 
os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua posição na 
relação obrigacional, responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com 
os seus acessórios.
◻ Ex. Dívidas do de cujus; cessão de financiamento para aquisição da casa 
própria.
◻ Art. 299. Éfacultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o 
consentimento expresso do credor*, ficando exonerado o devedor 
primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o 
credor o ignorava.
◻ Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para 
que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio 
como recusa.
◻ Obs. Não se trata de novação subjetiva, pois não acarreta uma 
obrigação nova.
◻ Assunção pode ler liberatória ou cumulativa: se devedor originário 
permanece ou não vinculado.
* No caso difere da cessão de crédito que não precisa da anuência. No caso é 
para garantir a solvência do novo devedor.
DO INADIMPLEMENTO DAS 
OBRIGAÇÕES
◻ Não cumprida a obrigação, responde o devedor por 
perdas e danos, mais juros e atualização monetária 
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado. (art. 389, CC)
◻ Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos 
os bens do devedor. (art. 391, CC)
◻ ** Caso fortuito ou força maior (Art. 393, CC). O devedor 
não responde pelos prejuízos resultantes de caso 
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver 
por eles responsabilizado.
Da Mora
◻ Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor 
que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção 
estabelecer. (Art. 394, CC)
◻ Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, 
constitui de pleno direito em mora o devedor.        (Vide Lei nº 13.105, de 
2015)    (Vigência)
◻ Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante 
interpelação judicial ou extrajudicial.
◻ “Purga-se a mora” devedor e credor (cumprimento) – Art. 401, CC.
https://www.google.com/url?q=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm%23art240&sa=D&source=editors&ust=1616160920650000&usg=AOvVaw2E4gM2epXk-6FeSnlET9Db
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https://www.google.com/url?q=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm%23art1045&sa=D&source=editors&ust=1616160920651000&usg=AOvVaw0siuAzGZWc1v10czcwq9oJ
Perdas e danos
◻ as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele 
efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
◻ Art. 404, CC. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em 
dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais 
regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de 
advogado, sem prejuízo da pena convencional.
◻ As perdas e danos consistem na indenização pelos danos emergentes 
(prejuízos efetivamente experimentados) e pelos lucros cessantes (art. 402, 
CC);
◻ A responsabilidade pelas perdas e danos exige que respondam todos os 
bens do devedor (art. 391, CC). 
Juros: Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou quando não provierem de 
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento 
de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Cláusula Penal: Punição do sujeito que deu causa à inexecução, reforçando-se o vínculo 
obrigacional; Deve ser pactuada concomitantemente à obrigação principal ou após este momento, 
contanto que antes do vencimento (art. 409, CC); Não se admite que o valor da cláusula penal 
exceda o da obrigação principal (art. 412, CC); 
Arras e Sinal (art. 417 a 420, CC):
• Consistem uma fração do pagamento que é antecipada, de natureza 
confirmatória (sinal), ou quando assumem função penitencial (indenização);
• As arras penitenciais ocorrem sempre que as partes, no contrato preliminar, 
concederem-se o direito de se arrepender;
• As arras assumem função de pena convencional pelo arrependimento 
injustificado de uma das partes, fixando-se definitivamente a indenização;

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