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01. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS - PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO

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Natallie Alves de Almeida 
natalliealmeida@yahoo.com 
(85) 9.8846.6548 
PROCESSO CIVIL 
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS - PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEITO 
 
É a fase ou processo que visa a 
satisfazer o credor, possuidor 
de um título executivo judicial 
ou extrajudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODALIDADES 
 
1. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: tem por finalidade a execução de títulos judiciais, listados no artigo 515 do CPC (LIVRO I 
DA PARTE ESPECIAL, A PARTIR DO ART. 513). 
Art. 515 CPC. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não 
fazer ou de entregar coisa; 
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título 
singular ou universal; 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
VII - a sentença arbitral; 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; 
X - (VETADO). 
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido 
deduzida em juízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGRA: FASE DENTRO DE UM PROCESSO 
EXCEÇÃO: PROCESSO NOVO, INDEPENDENTE DO INICIAL; 
PARA OS TÍTULOS JUDICIAIS: 
a) Sentença Penal condenatória; 
b) Sentença arbitral; 
c) Sentença estrangeira homologada pelo STJ 
d) Decisão interlocutória estrangeira – STJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. EXECUÇÃO AUTÔNOMA: Título Extrajudicial, artigo 784 do CPC e leis especiais (LIVRO II DA PARTE ESPECIAL). Sempre por novo 
processo (PETIÇÃO INICIAL). 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; 
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos 
advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; 
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; 
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; 
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como 
taxas e despesas de condomínio; 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos 
créditos inscritos na forma da lei; 
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou 
aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos 
atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; 
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. 
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 
O art. 771 do CPC manda aplicar ao cumprimento de sentença, no que for 
compatível, as disposições da execução de título extrajudicial. 
 
Art. 771 CPC. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em 
título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que 
couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos executivos 
realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos 
efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva. 
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições 
do Livro I da Parte Especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO 
SÃO APLICÁVEIS AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“NULLA EXECUTIO SINE TITULO” (CPC, arts. 783 e 803, I) 
É impossível o início de um processo de execução sem que haja título executivo 
(seja judicial ou extrajudicial). 
Art. 515 CPC. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de 
acordo com os artigos previstos neste Título: I - as decisões proferidas no 
processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, 
de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; (...). 
Art. 783 CPC. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título 
de obrigação certa, líquida e exigível. 
Art. 803 CPC. É nula a execução se: 
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e 
exigível; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÁXIMA EFETIVIDADE (CPC, art. 797) (CPC, arts. 774, 840, etc.) 
A proposta é que a execução se dá em benefício do credor e, portanto, todas 
as regras do CPC relacionadas à execução devem ser interpretadas em favor 
do credor, pois ele é o detentor do título executivo (presume-se que esteja 
correto). 
 
Art. 797 CPC. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar 
o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que 
adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados. 
Parágrafo único. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada 
exequente conservará o seu título de preferência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Só vê como litigante de má-fé o devedor: 
Art. 774 CPC. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: 
I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem 
exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus”. 
O art. 840, por sua vez, fala do depositário (pessoa que cuida do bem penhorado na pendência da execução). A 
regra é que o bem não deve ficar com o devedor, para que ele sinta, desde logo, o peso da execução: 
Art. 840 CPC. Serão preferencialmente depositados: (...) 
II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre imóveis urbanos, em poder do 
depositário judicial; (...) 
§ 1º: No caso do inciso II do caput, se não houver depositário judicial, os bens ficarão em poder do exequente. 
(...).MENOR SACRIFÍCIO DO DEVEDOR (CPC, art. 805) 
(CPC, arts. 891, 833/834, 916, etc.). 
O princípio do menor sacrifício somente incidirá após o atendimento à regra da 
máxima efetividade (está subordinado a este). 
 
Art. 805 CPC. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o 
juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. 
 
Assim, o artigo acima somente será aplicado caso o meio menos gravoso for 
igualmente vantajoso para o credor. Novamente, é o credor que deve ter a 
preferência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 805 CPC, parágrafo único. Ao executado que alegar ser a 
medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios 
mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos 
atos executivos já determinados. 
Art. 891 CPC. Não será aceito lance que ofereça preço vil. 
Parágrafo único. Considera-se vil o preço inferior ao mínimo 
estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado 
preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por 
cento do valor da avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 833 CPC. São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de 
elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as 
pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas 
ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional 
liberal, ressalvado o § 2º; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou 
úteis ao exercício da profissão do executado; 
VI - o seguro de vida; 
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena 
propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social; 
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; 
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; 
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, 
vinculados à execução da obra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 834 CPC. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, 
os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis. 
 
Art. 916 CPC. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito 
do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do 
valor em execução, acrescido de custas e de honorários de 
advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido 
pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas 
de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATRIMONIALIDADE (CPC, art. 789) 
 
Art. 789 CPC. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros 
para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em 
lei. 
 
Desde o Direito Romano, passamos por um processo de humanização do 
direito civil sendo que ele é regido pela regra da patrimonialidade: o que 
paga as obrigações é o patrimônio e não o corpo do devedor, por exemplo. 
Exceção à regra da patrimonialidade: execução de alimentos, que admite a 
prisão civil do devedor, sendo um resquício de execução pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS (CPC, arts. 139, IV e 536, § 1º) 
 Regra geral (artigo 789), o devedor responde pelas dívidas com seus bens e não com o seu corpo, salvo nas 
hipóteses excepcionais, como na execução de alimentos. No entanto, parcela da doutrina defende que no 
novo modelo de processo civil, é perfeitamente possível ao juiz aplicar medidas indutivas visando obter bens 
para o cumprimento da dívida (as medidas indutivas persistem enquanto o patrimônio não aparecer). 
Exemplos: restrição da CNH ou bloqueio de cartões de crédito. 
 
Tais medidas não são pena, pois só elas duram até que o patrimônio apareça e não podem ser aplicadas se 
não houver patrimônio. Note que tais medidas devem ser humanizadas. 
Art. 139 CPC. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: 
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para 
assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; 
Art. 536, §1º CPC. Para atender ao disposto no caput , o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a 
imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o 
impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPECIFICIDADE DA EXECUÇÃO (perdas e danos como exceção) (CPC, art. 499) 
Há três grandes espécies de execução, seja de título judicial ou extrajudicial. 
EXECUÇÃO DE PAGAR QUANTIA. 
EXECUÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER. 
EXECUÇÃO DE ENTREGAR OU DAR. 
 
Em todas elas, é empregado o modelo da especificidade, principalmente nas obrigações de fazer, não 
fazer e de dar (CPC, art. 536), ou seja, deve-se buscar a satisfação da obrigação de acordo com sua 
“modalidade”. Apenas há conversão da obrigação em perdas e danos se o credor quiser ou se não houver 
mais nenhuma forma de cumprir a obrigação original. 
Art. 536 CPC. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não 
fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de 
tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. 
 Art. 499 CPC. A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se 
impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA (CPC, arts. 776 e 520, I) 
 O exequente responde pelos danos causados ao executado, independentemente de culpa. Assim, se 
ao final do processo de execução, concluir-se pela inexistência da obrigação, o credor, ainda que não 
tenha tido a intenção de prejudicar o executado, responderá pelos danos causados. Previsão legal: 
 
Art. 776 CPC. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a sentença, 
transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a execução. 
 Art. 777 CPC. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé ou de 
prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios autos do processo. 
 
O ressarcimento tramitará nos próprios autos do processo de execução (CPC, art. 777). 
 Exemplo: imagine um cumprimento provisório de sentença com base no art. 520 do CPC, de modo 
que há bloqueio de bens do devedor. Ao final, o TJ diz que o devedor não deve nada – o exequente 
deverá pagar perdas e danos para o executado por esse período em que teve seus bens bloqueados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA-FÉ E PROBIDADE PROCESSUAL (CPC, arts. 772, 774 e 777) 
 Trata-se de umprincípio geral do processo, mas, no âmbito da execução, ele possui especialidades, pois há três dispositivos específicos para 
disciplinar a temática. Os artigos 772 e 774 estabelecem providências para cumprimento do dever de boa-fé: 
 Art. 772, CPC. O juiz pode, em qualquer momento do processo: 
I - ordenar o comparecimento das partes; 
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça; 
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos 
e dados que tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável. 
 Art. 774, CPC. Considera-se atentatória à dignidade da justiça [litigância de má-fé qualificada] a conduta comissiva ou omissiva do executado 
que: 
I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade 
e, se for o caso, certidão negativa de ônus. 
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito 
em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de 
natureza processual ou material. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO (CPC, art. 775) 
 
Ninguém é obrigado a executar. Portanto, a opção pelo cumprimento de sentença ou pela 
execução, regra geral, é apenas e exclusivamente do exequente. A regra, então, é que a 
execução depende da vontade do credor. De acordo com o art. 775, o exequente poderá, 
após o início da execução ou do cumprimento de sentença, optar por desistir (não está 
renunciando, apenas desistindo temporariamente). 
A desistência poderá incidir sobre toda a execução (ou cumprimento de sentença) ou, 
ainda, de apenas alguma medida executiva (ex.: desiste da penhora do carro, mas não do 
Bacenjud): 
 
Art. 775, CPC. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma 
medida executiva.

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