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Doenças da orelha média MT, ossiculos da audicao, tuba auditiva e musculos Doenças - Otite média aguda - Otite média aguda recorrente - Otite média de efusão - Otites médias crônicas - Complicações da otite média Otite média aguda Conceito Surgimento rápido se sinais ou sintomas de inflamação do mucoperiosteo da orelha média, de etiologia viral ou bacteriana - Precedido por IVAS na maioria dos casos (transição bacteriana) Fatores de risco Lactentes e crianças pequenas (pico entre 6 a 12 anos) Ambientais: IVAS, creche/escolas, tabagismo passivo, uso de chupeta, aleitamento materno, etc... Hospedeiro: idade, anormalidades no crânio, faciais, predisposição genética, etc... Agentes Vírus: VSR, influenza A e B e adenovírus Bactéria: S. pneumoniae, H. Influenzae e M. catarrhalis Diagnóstico - Otalgia (+ frequente e específica) - Febre (presente ou não) Outros: irritabilidade, diminuição do apetite, vômitos, diarreia e fadiga Otoscopia Diagnóstico - Sinais de alteração da membrana timpânica (translucidez, forma, cor, vascularização e integridade) Achado de maior poder: abaulamento da MT Progressão do quadro: acúmulo de secreção purulenta Tratamento - Analgesia - Antibiótico empírico: Amoxacilina + clavulonato - 850 mg - 7 dias Outros: Amoxacilina, Cefalosporina de 2º e 3º geração (ex: Ceftriaxona) - Drenagem Falha no tratamento: Ceftriaxona - IM - 50mg/kg/ dia por 3 dias Otite média aguda recorrente Conceito Quando os episódios se tornam frequentes: - Presença de 3 ou. mais episódios de OMA em um período de 6 meses ou - 4 ou mais episódios em um período de 12 meses Os episódios devem ter intervalo de tempo, devendo haver melhora da OM entre os intervalos Fatores de risco - Menores de 6 meses - Frequentar creche - Tabagista passivo - Pobre AME - Outro filho com OMA TRATAMENTO Timpanotomia: para inserção de tubo de ventilação Adenoidectomia Vacinação - Previne infecção pelos vírus e bactérias mais prevalentes da etiologia - Pneumococo, Influenza e H. influenza Otite média com efusão Conceito Presença de fluido na orelha média, na ausência de sinais e sinto,as de infecção otológica aguda Efusão da orelha média: reduz mobilidade da MT, formando barreira na condução sonora Fluido: pode ser mudou-se, seroso, sanguinolento, serossanguinolento, purulento ou combinação Classificação Aguda: menos que 3 semanas Subaguda: de 3 semanas a 3 meses Crônica: maior que 3 meses Mais de 50% dos lactentes apresentam um episódio de OME no primeiro ano, e 60% no segundo ano - Mais comum de 6 meses a 4 anos Fatores de risco - Menores de 6 meses - Frequentar creche - Tabagista passivo - Pobre AME - Outro filho com OMA Diagnóstico Suspeição clínica: falta de atenção, alterações comportamentais, dificuldade em acompanhar um conversa em volume normal ou uso de aparelhos de som excessivamente elevado, alterações no desempenho escolar, atraso na fala, problemas de equilíbrio... Otoscopia MT com diminuição da transparência e efusão da OM, com uma colocaram-se aue varia de marrom até um azulado (blue ear drum) e presença de secreção viscosa (glue ear) Testes - Timpanometria comparada a miringotomia (padrão ouro) - Teste auditivo (atraso de linguagem ou deficiência auditiva significativa por mais de 3 meses) Tratamento - ATB Ciprofloxacino - 3 gotas - 3x/dia - 8/8hrs - 7 dias - Corticoesteroides - Insuflação - Anti-histamínico - Descongestionante Cirúrgico: timpanectomia para inserção de tubo de ventilação (1º escolha) Diferença para a OMA: NÃO tem DOR! Otites médias crônicas Conceito Condição inflamatória, infecciosa ou não, associada ou não a perfuração da membrana timpânica e otorréia - Duração maior que 3 meses - Inflamação e alterações teciduais irreversíveis Etiologia - OMA supurativa - OMA necrotizante - Disfunção tubária isolada - Trauma - Tumores - Doenças sistêmicas (granulomatose de Wegenee, histiocitose X) Exceto na otite silente/silenciosa, todas as outras tem perfuração timpânica Perfuração timpânica: paciente de otite média crônica Classificação - Não específica Não coleosteatomatosas: perfuração central, perfuração marginal, retração timpânica Perfuração bonitinha, retração = “tímpano sugado” Colesteatomatosas: colesteatoma primário, secundário e congênito Crescimento da pele em cavidade timpanica ou mastoide, adquirido ou congênito - Alteração de queratina que gera perfurações com descamação “casca de cebola” - cheiro: ninho de rato Colesteatoma geralmente começa epitimpanico - Específica TB, actinomicose, luética e outros.... Otite média com efusão crônica Conceito - Quando a efusão permanece por mais de 3 meses, sem sinais inflamatórios agudos - Essa efusão pode provocar hipoacusia condutiva de leve a moderada, flutuante ou persistente Repercussões na fala, linguagem e aprendizado Diagnóstico - Diagnóstico diferencial entre OMA x OME OME: presença de líquido na orelha com ausência de dor e outros sintomas Formas - Forma silenciosa - Hipoacusia leve e não perceptível pelo paciente - Hipoacusia importante, acompanhada ou não de zumbido ou desequilíbrio Otoscopia Secreção serosa: MT translúcida, que permite a visualização de um líquido na orelha média Secreção mucoide: MT espessa, diminui translucidez e mobilidade e tem aumento da vascularização Perfurações timpânicas - Qualquer quebra na integridade da membrana timpanica - Podem ser centrais ou marginais e benignas ou malignas Deve-se fazer avaliação audiométrica completa Perda auditiva sempre condutiva Tratamento Cirúrgico: Meringoplastia Complicações das OM - Timpanoesclerose - Atelectasia - Perfuração da MT - Erosão ossicular - Perda auditiva condutiva ou neurossensorial Casos clínicos 1- D7 Mulher de 42 anos, refere síndrome gripal com rinorreia persistente clara por 1 semana, seguida de hipoacusia e dor na orelha esquerda, intensa e lancinante. Sem comorbidades, sem uso de medicamentos e sem alergia. Otoscopia: membrana timpanica com edema e eritema, diminuição da transparência e abaulamento na orelha esquerda Diagnóstico? Otite média aguda Etiologias mais comuns? Influenza A, S. pneumoniae e H. influenzae Exames complementares? Não precisa Tratamento? Analgesia e ATB oral Amoxacilina + clavulonato - 850 mg - 7 dias 2- D10 Paciente não seguiu o tratamento de maneira adequada, retornou com alívio da dor, mas diz que tem secreção saindo da orelha Otoscopia: secreção purulenta com a presença de bolhas na orelha esquerda Diagnóstico? Otite média aguda purulenta Mudaria o tratamento? Sim, associação: Ciprofloxacino - 3 gotas - 3x/dia - 8/8hrs - 7 dias 3- D30 Fez o tratamento e voltou 2 semanas depois para. a revisão do ouvido. A única queixa da paciente é que ela não escuta muito bem na orelha esquerda. Otoscopia: perfuração da membrana timpânica Diagnóstico? Perfuração timpânica Tratamento e seguimento? Tratamento: cirúrgico (meringoplastia) - reconstrução da MT Seguimento: avaliação audiológica completa (audiometria tonal e vocal) Anotações da revisão Fisiopatologia da formação do coleastoma (otites crônicas colesteatomatosas) - Problema de queratina, uma perfuração antiga ou uso de ventilação (para drenar a secreção) - Acontece o colesteatoma (pele de camada): migração epitelial, placa de queratina, dobras do epitélio e estrias vasculares - alteração no epitélio da MT Acometimentos da OM: - Trauma - Inflamação - Infecção (específica e não específica) - Tumor (benigno ou maligno) - Mal formação Barotrauma - Paciente gripado, viajou com secreção na orelha - Perda condutiva - Curva B Hemotimpano (sangue na orelha média) OMA x OME Tem secreção retrotimpanica Dor: otite média Sem dor: otite de efusão Os dois vão ter perda condutiva e curva B Otite média Tratamento geral Clínico: ATB, anti-inflamatório, lavagem nasal, corticoides tópicos nasais Cirúrgico: miringotomia (com ou sem tubo de ventilação), adenoidectomia, timpanoplastia, timpanomastoidectomia Profilaxia:vacina influenza (2 a 60 meses), PCV7 polissacaridica 23 e hemofilo B
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