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TÉCNICA OPERATÓRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Fios cirúrgicos e agulhas, nós e suturas cirúrgicas - Tomaz FIO CIRÚRGICO • Usado para: suturas, contenções de estruturas anatômicas, fixações, nós, pontos e suturas • Características do fio ideal o Resistência à tração e torção o Calibre fino e regular o Mole, flexível e pouco elástico o Ausência de reação tecidual o Fácil esterilização o Custo baixo 1. Estrutura física MONOFILAMENTAR: cada fio é composto de um único filamento compacto. MULTIFILAMENTAR: cada fio é composto por vários filamentos trançados ou torcidos entre si. 2. Origem: NATURAIS: naturais (seda, categute); vegetal (algodão, linho), mineral (aço). SINTÉTICA: náilon (poliamida); dacron (poliéster); polipropileno (piolefina); a´cido poliglicólico (polímero); polidioxanona (polímero). 3. Assimilação pelos tecidos ABSORVÍVEIS: o fio é reabsorvido com o passar do tempo, por fagocitose ou hidrólise. INABSÓRVÍVEIS: o fio não se modifica ou se modifica muito pouco com o tempo. • Determinado em milímetros e expresso em zeros • menor calibre: n° 12 -0 “doze zeros” (diâmetro de 0,001 a 0,01mm) → usado com microscópio para visualização! • maior calibre: n° 3 (diâmetro de 0,6 a 0,8mm) 12–0 11–0 10-0 9-0 8-0 7-0 6-0 5-0 4-0 3-0 2-0 0 1 2 3 Flexibilidade: coeficiente de fricção (↑ atrito ↑ dificuldade de manuseio) + força tensil e elasticidade + rigidez Visibilidade no campo operatório: cor preta, branca Reação tecidual • reação de antigenicidade e alergenicidade • intensidade da reação depende do hospedeiro e do material do fio • potencial para multiplicação bacteriana deve ser baixo • fio = corpo estranho: leucócitos → macrófagos e fibroblastos → tecido fibroso com inflamação crônica → encapsulamento do fio Capacidade de esterilização AUMENTO DO CALIBRE TÉCNICA OPERATÓRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Capilaridade: capacidade do fio de captar e absorver líquidos ao longo do fio; capilaridade mulfilamentar > monofilamentar Força tensil: é a quantidade de peso necessária para a ruptura do fio; o ideal é que seja alta Elasticidade: capacidade do fio de recuperar a forma e o comprimento original após o estiramento (↑ elasticidade ↑ memória do fio) Manuseio • relacionado com a rigidez do fio • relacionado ao coeficiente de fricção → deslizamento • de preferência mais mole e com baixo coeficiente de fricção FIOS E SUTURAS AGULHAS DE SUTURA • Haste fina polida de aço inox • Projetada para penetrar e transpassar tecidos • Leva através dos mesmos fios de sutura • Ideal: o Deve ser adequada para cada tecido o Estável quando presa no porta agulha o Conduzir o fio de sutura com mínimo de trauma o Ser resistente e flexível o Ser esterilizável e resistente à corrosão TÉCNICA OPERATÓRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Nos modelos A e B, há dificuldade para colocar o fio durante a cirurgia, por isso, não são usados. Nos modelos C e D, basta pressionar o fio contra o olho para que este se encaixe. O modelo E é uma agulha verdadeiramente atraumática: ponta e corpo cilíndricos e fio de mesma espessura e já aclopado na agulha. TÉCNICA OPERATÓRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Agulhas bem curvas são ideais para “espaços apertados”, como a cavidade abdominal. As agulhas retas e semi retas são boas para superfícies. O movimento de tração do fio deve acompanhar a curvatura da agulha. NÓ CIRÚRGICO: entrelaçamento ordenado feito com as extremidades livres do fio cirúrgico. O objetivo é a união das extremidades livres (os bordos da ferida/do corte) e a sua fixação. Partes: alça + seminó de contenção + seminó de fixação + seminó de segurança PONTO CIRÚRGICO: segmento de fio compreendido entre duas ou mais passagens dele nos tecidos. É a união de diferentes nós. É a unidade da síntese. SUTURA CIRÚRGIA: é o ponto ou o conjunto de pontos aplicados nos tecidos. É a união das bordas de uma ferida. Objetivos: união das bordas para rápida cicatrização + fixação + sustentação. • Alta resistência à ruptura • Ótima aceitação pelos tecidos (escolher o fio ideal para cada tecido!) • Flexíveis e maleáveis • Manter a fixação até completado o processo de cicatrização TÉCNICA OPERATÓRIA | Victória Ribeiro de Medeiros Quanto à sequência de pontos: separado ou contínuo Quanto à profundidade: superficial (pele, subcutâneo, aponeurose) ou profundo (abaixo da aponeurose: vísceras, ossos, nervos, tendões, vasos) Quanto aos planos anatômicos: uma sutura específica para cada plano separadamente ou uma sutura total (abrange várias camadas) Quanto à finalidade: estética, fixação, hemostasia... Quanto à posição das margens: “para fora” (vasos sanguíneos, é importante evitar irregularidades da parede interna!) ou “para dentro” (intestino)
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