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Abacate Toxina: Persina Sintomatologia: Em cães pode causar vômito e diarreia, pássaros e roedores podem desenvolver congestão, dificuldade respiratória e transtornos cardíacos. Tratamento: Não há um tratamento específico. Tratamento sintomático e de suporte. Açúcar Sintomatologia: Principal sintoma da intoxicação aguda é a diarreia osmótica. A longo prazo pode levar a obesidade, diabetes e problemas dentários. Tratamento: evitar alimentos ricos em açúcar e utilizar tratamento de suporte para a diarreia. Alho e cebola Toxina: dissulfídeos ou compostos sulfurados. Contém substâncias que causam danos à superfície das hemácias ocasionando seu rompimento, e resultando no corpúsculo de Heinz. A cebola possui mais concentração de compostos sulfurados do que o alho, portanto, é mais tóxica. Sintomatologia: São característicos da anemia hemolítica: anemia, hemoglobinúria em animais gravemente afetados, dispnéia, vômito, diarreia, letargia, prostração e inapetência. Tratamento: Transfusão de sangue, suplementação de ferro, eritropoietina recombinante e retirada de cebola ou alho da alimentação. Batata Toxina: glicoalcaloides e oxalatos. Sintomatologia: Convulsões, tremores e arritmias cardíacas em cães e gatos. Tratamento: não permitir o acesso ao alimento. Café, chocolate e chá Contém alcalóides da família das metilxantinas, entre eles a cafeína, a teofilina e a teobromina. O chá e o café contém cafeína, enquanto o chocolate , teobromina e grande porcentagem de açúcar. Sintomatologia: Problemas digestivos ( diarreia com ou sem sangue e vômitos), desidratação, excitabilidade, inquietude, distúrbios cardíacos ( taquicardia, hipertensão ou hipotensão), crises convulsivas e morte. Tratamento: Introdução do vômito ou lavagem gástrica com carvão ativado em até 2 horas após a ingestão contraindicado se o animal estiver deprimido ou comatoso); mais de uma lavagem em casos de grandes quantidades ingeridas, fluidoterapia, monitoração cardíaca e controle das convulsões e agitação, e é bom colocar um cateter para manter a vesícula urinária vazia, e o animal fica internado até a recuperação. Cogumelos Toxinas: Amanitina, giromitrina, orelanina, muscarina, ácido ibotênico, muscimol e coprine. Sintomatologia: Os sintomas podem começar com 20 min a 8 horas após a ingestão. Insuficiência renal e hepática, dor abdominal, delírios e alucinações, vômitos, diarréia, convulsões e morte. Tratamento: Introdução do vômito ou lavagem gástrica com carvão ativado em até 24 horas da ingestão, tratamento sintomático e de suporte. Fermento Toxina: álcool etílico. Sintomatologia: abdômen distendido, incoordenação motora, desorientação, estupor, vômito e depressão respiratória. Em casos extremos, coma ou convulsões e morte devido a intoxicação alcoólica. Tratamento: sintomático e de suporte. Geralmente fluidoterapia aquecida associada com ornitil, enema de lactulona, dimeticona, controle de temperatura com colchão térmico e oxigenioterapia. Lactose (leite) Toxina: alguns cães e gatos não tem a enzima lactase suficiente para digerir o leite e seus derivados. Sintomatologia: diarreia. Tratamento: retirada da fonte de lactose e, se necessário, terapia de suporte se houver desidratação oriunda da diarreia. Louro e noz moscada Toxina: ácido cianídrico Sintomatologia: tremores, convulsões, danos no sistema nervoso e até a morte. Tratamento: sintomático e de suporte. Macadâmia, nozes e amendoim Toxina: não está muito bem esclarecida. No caso do amendoim, normalmente o que se observa é reação alérgica grave, tal qual nos humanos. Sintomatologia: fraqueza, depressão, vômito, ataxia, tremor, hipertermia, dores abdominais e mucosas pálidas Tratamento: Lavagem gástrica em até 2h após a ingestão, enema, fluidoterapia e outras medidas de suporte necessárias para cada caso Ovo Toxina: avidina Sintomatologia: O consumo constante e crônico de ovo cru pode acarretar deficiência de biotina e induzir transtornos de pele e pelos, além de ser perigoso pela possível presença de Salmonela Tratamento: suplementação e evitar o consumo. Peixe cru Sintomatologia: desenvolvem deficiência de tiamina, apresentando perda de apetite, trem ores e convulsões em casos mais graves. Tratamento: suplementação e evitar o consumo. Cloreto de sódio (Sal) A ingestão de grandes quantidades de sal pode levar à sede e micção excessiva, além de intoxicação pelo íon sódio, causando desequilíbrio eletrolítico. Toxina: Cloreto de sódio. Sintomatologia: Vômito, diarreia, depressão, tremores, elevação de temperatura corpórea, convulsão e pode levar o animal a óbito. Tratamento: Não existe tratamento específico. Torna-se obrigatória a remoção imediata de alimento ou água tóxicos. Inicialmente, o acesso à água fresca deve ser restrito à pequena quantidade em intervalos regulares, pois o acesso ilimitado pode causar aumento no número de animais intoxicados. Nos casos avançados, os animais podem ser incapazes de beber água, sendo necessário administrá-la por sonda gástrica. Faz-se tratamento de suporte e de gastrinterite e se administram líquidos isotônicos, quando há desidratação. Existindo evidência de edema cerebral, pode ser necessário administrar um hipertônico injetado por via parenteral (dextrose). Pode-se utilizar a hemogasometria para corrigir o equilíbrio eletrolítico. Uvas e passas Animais que ingerem uvas ou passas podem desenvolver aumentos séricos de ureia e creatina, segundo estudos realizados. Sintomatologia: Vômito, diarreia, anorexia, fraqueza e letargia. Alguns animais desenvolvem necrose tubular renal. Tratamento: O tratamento para animais intoxicados com uvas e uvas passas é de suporte, incluindo a indução à emese e o uso de carvão ativado, lavagem gástrica. Recomenda-se fluidoterapia agressiva por pelo menos 48 horas, para a reposição da hidratação e o suporte da função renal. Além disso, deve-se fazer a monitoração para sobrecarga de fluido e, se necessário, a administração de furosemida ou manitol para o reestabelecimento do débito urinário. Xilitol É um adoçante natural encontrado nas fibras de muitos vegetais, incluindo milho, framboesa, ameixa, entre outros. Também pode ser extraído de alguns tipos de cogumelo. É extensamente usado em gomas isentas de açúcar para a fabricação de doces, balas etc. Em humanos, o xilitol não afeta os níveis de açúcar no sangue, mas em cães aumenta gravemente os níveis séricos de glicose. Toxina: Xilitol. Sintomatologia: Ataxia e crises convulsivas em 30 minutos após a ingestão de xilitol, que pode durar várias horas e, em alguns casos, podem ser fatais. Tratamento: O tratamento da intoxicação por xilitol deve ser de suporte, ou seja, tratam-se as alterações ocasionadas pela hipoglicemia, como fluidoterapia e reposição de eletrólitos. Também é possível o uso de tratamento preventivo aos danos hepáticos com o uso de hepatoprotetores. Ionóforos Os Ionóforos são assim chamados por sua prioridade transportadora de íons, sendo capazes de formar complexos lipossolúveis com cátions e mediar seu transporte através das membranas lipídicas. Toxina: Monesina, Lasalocid, Maduramicina, Narasina, Salinomicina etc. Sintomatologia: Bovinos: Os sinais iniciam em 24h com dosagens elevadas, mas poderão demorar até cinco dias para aparecer e se caracterizam por recusa de alimento, seguida de diarreia, tremor, fraqueza, taquicardia e atonia ruminal. O animal pode morrer nesse estágio por insuficiência cardíaca aguda. Os que sobrevivem um dia ou dois desenvolvem insuficiência cardíaca congestiva, que se manifesta por edema no peito, repleção das jugulares, ascite, fezes líquidas, dispneia e taquixardia. Ovinos: o quadro secaracteriza por recusa do alimento, estase ruminal, hiperestesia, tremores musculares especialmente na cabeça, supressão do reflexo pupilar à luz, decúbito e convulsões. Suínos: intoxicação pela montesina causa dispneia, anorexia, ataxia, paresia, miogloburinúria, cianose, diarreia, timpanismo e prurido. Equinos: anorexia, febre e urina vermelha ou escura devido à lesão muscular. Os músculos cardíacos e esqueléticos são acometidos e, na maioria dos casos, é o miocárdio que ceia a síndrome mais evidente. Tratamento: Não há antídoto para intoxicação por ionóforos. O que pode ser feito é um tratamento suporte baseado na utilização de óleo mineral para impedir uma maior absorção pelo intestino, soroterapia com fluidos isotônicos endovenosos para combater a desidratação e o choque hipovolêmico e minimizar possíveis danos renais. Ureia A ureia é um sal gralulado leitoso, subproduto das refinarias de petróleo, utilizado como aditivo alimentar para ruminantes com o intuito de fornecer amônio para a síntese de proteína microbiana. É ofertada como substituto proteico de baixo custo. Toxina: Ureia. Sintomatologia: Dor abdominal intensa, tremor muscular e cutâneo, incoordenação, fraqueza, dispneia, mugidos intensos, dejeções frequentes, endurecimento das patas dianteiras e salivação excessiva. Tratamento: Deve ser realizado o quanto antes e consiste na diminuição do pH e/ou esvaziamento ruminal. A diminuição do pH deve ser feita com ácido acético (vinagre) em doses de 0,5 a 1L para ovinos e 4L para bovinos, se repetidas até a recuperação do animal. Quando o animal já se apresenta em decúbito, recomenda-se ruminotomia para esvaziamento ruminal. Botulismo Botulismo: É uma intoxicação típica, provocada pela ingestão de toxina produzida pelo Clostridium botulinum. As condições favoráveis à produção da toxina são anaerobiose e putrefação. As fontes comuns de intoxicação por ruminantes são carcaças e ossos em pastos (associadas à deficiência mineral), água parada, silagem mal preparada e cama de frango. Em animais de companhia é comum o histórico de consumo de lixo. Toxina: Botulínica Sintomatologia: Há interferência na liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, com desenvolvimento de paralisia flácida que pode ser fatal (parada respiratória). Os animais mesmo que totalmente paralisados estão consciente. Tratamento: Caso seja viável, tratamento de suporte para manutenção do animal até que a toxina seja desnaturada e deixe de agir. Há possibilidade da aplicação do soro hiperimune (Botulin C-D, Vencofarma). Para o controle da enfermidade é fundamental a vacinação, especialmente a bovinos e práticas de medidas de controle (manejo de carcaças, suplementação mineral, preparo adequado de silagem e manejo de reservatório de água). Tétano Tétano: O microrganismo produz a toxina a partir de um foco no organismo do animal. O Clostridium tetani penetra por meio de contaminação de ferimentos, em particular os que facilitem o desenvolvimento de anaerobiose (perfuro- cortantes profundos ou purulentos). Toxina: Tetanolisina e tanoespasmina Sintomatologia: A tetanoespasmina age no sistema nervoso central, bloqueando as sinapses inibitórias das contrações musculares. O quadro que se instala é de paralisia espástica. A gravidade do quadro (localizado ou generalizado) depende da quantidade de toxina produzida. Em geral, quadros com período de incubação mais longo tendem a ser menos graves. Os animais afetados entram em acidose metabólica rapidamente, devido a produção maciça de ácido lático na musculatura contraída. Tratamento: A limpeza de feridas com água oxigenada, a vacinação rotineira em equinos e humanos, que permite uma imunidade de longa duração. O tratamento baseia-se em controle e reversão a toxina não ligada (soro antitetânico), promover relaxamento muscular, remover e destruir a fonte de toxina (limpeza de feridas visíveis e antibioticoterapia) e tratamento sintomático (correção do equilíbrio hidroeletrolítico (Cloreto de sódio 0,9%), alimentação parenteral e redução de estímulos). O soro hiperimune (antitoxina) em situações de risco (cirurgias de emergência ou ferimentos ocasionais) também é utilizado com frequência, tanto em equinos como em humanos. Carbúnculo hemático Carbúnculo Hemático: É uma doença com caráter superagudo ou agudo, septicêmico hemorrágico, causada pelo Bacillus anthracis. Acomete mais vertebrados domésticos e silvestres, principalmente herbívoros e é zoonose. Tem ocorrência esporádica no Brasil, mas também se dá em forma de surtos que podem ser graves. Toxina: O agente produz três potentes exotoxinas: Fator I (edema), Fator II (protetor) e Fator III (letal). O B. anthracis na sua forma vegetativa é sensível a pasteurização, aos desinfetantes comuns e a putrefação, enquanto os esporos resistem por anos em meio ambiente. Sintomatologia: Em animais enfermos a depleção de oxigênio, choque secundário, aumento da permeabilidade vascular, insuficiências cardíacas e respiratória. O nível plasmático de toxina aumenta rapidamente, junto com o número de microrganismo. Em seguida ao óbito, há derramamento de sangue não coagulado pelos orifícios naturais e desenvolvimento de rigor mortis precoce. A temperatura no cadáver continua aumentando e há grande formação de gás. Tratamento: O controle baseia-se em vacinação sistêmica em áreas endêmicas, diagnóstico rápido e eficiente, isolamento e tratamento dos doentes, destino adequado de carcaças suspeitas, desinfecção rigorosa e quarentena de rebanhos suspeitos. A vacinação deve ser utilizada após confirmação laboratorial do Bacillus anthracis ou segundo critérios adotados pela defesa sanitária animal da região. Para o tratamento utiliza-se soro anticarbunculoso para neutralizar a toxina liberada pelo bacilo, geralmente combinado com antibióticos como penicilina. Salmonelose Salmonelose: Em saúde pública, a salmonelose tem grande importância pela ocorrência de surtos ocasionados pelo consumo de alimentos de origem animal contaminados. A quantidade de microrganismos e a virulência da cepa determinarão o aparecimento ou não de sinais clínicos. As principais espécies de salmonella de interesse em medicina veterinária são: S. Typhimurium (em todas as espécies animais), S. abortus equi (equinos), S. cholerasuis (suínos), S. typhisuis (leitões), S. dublin (bovinos) e S. abortus ovis (ovinos). Toxina: Todas possuem atributos de virulência que potencializam a agressão ao hospedeiro, como motilidade dirigida por quimiotaxia (flagelos), antígenos de superfície (aderência e sobrevivência intracelular), fímbrias (aderência), endotoxinas (responsáveis pela febre), enterotoxinas (LT e ST) , citotoxinas, plasmídeos e enzimas ferroquelantes. A habilidade de aderir penetrar nos enterócitos é fundamental para o início da enfermidade. Sintomatologia: Todas as espécies animais são sensíveis. As vias de transmissão para animais mais comuns são alimentos e água contaminados por fezes, componentes de ração como farinha de carne, ossos e peixe, administração de resto de alimentação humana e esterco de galinha. Os principais sintomas da enfermidade são, apatia, anorexia, perda de peso, anemia, diarreia, vômito, perda de apetite. Tratamento: As salmonelas facilmente adquirem resistência aos antibióticos por meio de plasmídeos que podem ser transmitidos a outros gêneros de enterobactérias. Ciprofloxacina (cães/gatos 5 – 15mg/kg), ampicilina (cães/gatos-SC/IV/IM- 10 -22mg/kg/ ORAL 22mg/kg), sulfametoxazol- trimetoprima (cães/gatos- 15 – 30mg/kg). Colibacilose Colibacilose: Escherichia coli é um habitante natural dos intestinos delgado e grosso de todos os mamíferos, pertencentes à família Enterobacteriaceae. Sintomatologia: Podem causar diarreia, mastite,endometrite, cistite, nefrite, pneumonia e septicemia, entre outras possibilidades. Septicemias e endotoxemia por E.coli costumam ser graves e não necessitam de diarreia como quadro inicial. Tratamento: Hidratação (Cloreto de sódio 0,9%), sulfametoxazol (cães/gatos 15 – 30mg/kg), ciprofloxacina (cães/gatos 5 – 15mg/kg). Aflatoxinas Aflatoxinas: São metabólitos secundários produzidos por fungos toxigênicos do gênero Aspergillus, como as espécies Aspergillus flavus, A. parasiticus e A. nomius. São amplamente encontradas em matérias-primas de alimentos para animais, em especial nos cereais, como milho. Toxina: São conhecidos, atualmente, 17 compostos similares designados pelo termo aflatoxina, porém, os principais tipos de interesse médico-sanitário são identificados como B1, G1, B2 e G2, sendo que a AFB1, além de ser a mais frequentemente encontrada em cereais, é que apresenta maior poder toxigênico. Sintomatologia: Irá depender de diferentes fatores, incluindo sua concentração, a duração da exposição, a espécie, o sexo, a idade e a condição de saúde dos animais. Na forma aguda os sinais clínicos incluem anorexia, desidratação, icterícia, ascite, hematêmese, hematoquezia e hemorragias difusas nas serosas. Nas formas subaguda e crônica há, também, retardo no crescimento e imunossupressão. Tratamento: Excluir da dieta todo alimento suspeito e uma alimentação segura deve ser instituída. E a suplementação com colina, metionina e n-acetilcisteína pode ser benéfica. Fumonisinas Fumonisinas: As fumonisinas são metabólitos tóxicos produzidos por Fusarium verticillioides. Seu potencial para causar intoxicação é considerável pois são micotoxinas geralmente encontradas no milho que pode fazer parte da formulação de rações para pequenos animais. Sintomatologia: Essas micotoxinas já foram envolvidas em casos de edema pulmonar em suínos e leucoencefalomalácia em eqüinos, e não há relatos em pequenos animais. Tratamento: Retirada do alimento suspeito, inserir uma nova dieta. Anticoagulantes Os rodenticidas anticoagulantes correspondem aos compostos cumarínicos e os derivados indandiônicos, que diferem entre si pela estrutura molecular e pelo potencial de ação toxicológica.O cumacloro foi a primeira molécula a ser comercializada com 900 g/kg. Com o passar do tempo as populações de roedores foram ficando resistente e começaram a desenvolver molécula mais potente. O brodifacoum é comercializado na dose de 0,27g/kg. Sintomatologia: Distúrbios hemorrágicos, causando mucosas pálidas ou cianose, anemia, taquicardia e taquipneia que podem aparecer com 2 a 5 dias após a ingestão dependendo da quantidade ingerida. Sinais inespecíficos de inapetência e letargia. Tratamento: Devem ser induzidos a terem êmese, entretanto se o animal não vomitar a isca, é indicada lavagem gástrica (ingestões recentes). O carvão ativado é útil em ingestões recentes. Deve-se administrar vitamina K por via subcutânea na dose de carga (5 mg/kg). Após 6 a 12 administrar mais 1,5 a 2,5 mg/kg por via oral ou subcutânea, dando continuidade por via oral a intervalos de 12 horas, por no mínimo 14 dias. Fluoroacetato de sódio Fluoroacetato de sódio: São substâncias hidrossolúveis, insípidas e extremannte tóxicas para roedores, seres humanos e outros mamíferos. Pode ser encontrado também como princípio ativo de algumas plantas tóxicas existentes no Brasil, como Arrabidea bilabiata e Palicourea maregravii, conhecidas como “erva-de-rato” ou “cafezinho”. Sintomatologia: Os animais intoxicados incialmente apresentam sinais gastrintestinais, como vômitos e defecação com ou sem diarreia. Os sinais neurilógicos estão associados à midríase bilateral, irresponsiva à incidência de luz direta, convulsões, ataxia, hiperexcitabilidade. Aparecimento de arritmias, geralmente os cães apresentam hipertermia e os gatos desenvolvem hipotermia. Tratamento: A estabilização do paciente com o controle de convulsões ou da hiperexcitabilidade deve ser com anticonvulsivantes como benzodiapínicos ou barbitúricos. Oxigenoterapia se houver quadros dispneicos ou taquipneicos. A fluidoterapia com solução Ringer simples ou com lactato. Estabilização da temperatura com mantas. Gliconato de cálcio a 10% nas doses de 130mg/kg, IV ou 1mL/kg, IV, lentamente, em bolus a cada 1 a 2 horas. Além disso, terapia de suporte antibióticos de amplo espectro, durante 7 dias. Estricnina É altamente tóxico, sintetizado a partir de um alcaloide extraído de uma árvore encontrada no sudeste da Ásia. Seu uso é proibido no Brasil, sendo anteriormente utilizado como princípio ativo em medicamento de ação analéptica ou estimulante circulatório. Além de pequenos animais serem sensíveis, as espécies equinos, bovinos e suínos também são. Sintomatologia: Alterações de comportamento, hiperexcitabilidade em respotas a estímulos externos, como luz e barulho, além de tremores, mioclonias e hipertermia. Sinais neurológicos como rigidez muscular e espasticidade dos membros. Tratamento: Manter o animal em um local com pouca iluminação direta, silencioso e com poucos estímulos externos. Lavagem gástrica com solução salina e carvão ativado, para o relaxamento muscular é aconselhável o Robaxin, na dose de 150 mg/kg, IV. Além disso, a fluidoterapia intravenosa com solução fisiológica 0,9% ou Ringer lactato de sódio. Referências ETTINGER, S.J.& FELDMAN,E.C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. FEITOSA, F.L.F. Semiologia Veterinária: A arte do diagnóstico, 3. ed., São Paulo: Roca, 2014, 627p. GARNER, R. J. Toxicologia Veterinária. 3a. ed. Zaragoza, Espanha: Acribia, 1975. 470p. GFELLER, R.W.; MESSONNIER, S.P. Manual de Toxicologia e Envenenamentos em Pequenos Animais. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2006. 376p. GILMAN, A.C.; GOODMAN, L.S.; RALL, T.W.; MURAD, F. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 7a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1987. JONES, L.M.; BOTH, N.H.; McDONALD, L.E. Farmacologia e Terapêutica em Veterinária. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1983. JONES, T.C.; HUNT, R.D.; KING, N.W. 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