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Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

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↪ Doença inflamatória pélvica
● Definição
A doença inflamatória pélvica (DIP)
é uma infecção do trato genital
feminino superior (acima do orifício
interno do colo do útero),
envolvendo útero, tubas e ovários.
Pode afetar também o peritônio e os
órgãos abdominais adjacentes.
A DIP pode incluir quadros de
endometrite, miometrite, salpingite,
ooforite, abscesso tubo-ovariano e
peritonite pélvica.
● Epidemiologia
É frequentemente encontrada em
mulheres jovens com atividade
sexual desprotegida (sem uso de
métodos de barreira). Infelizmente,
os dados brasileiros são escassos e
incompletos para termos uma
amostra real da prevalência dessa
doença em nosso território. Além
disso, ainda é subdiagnosticada.
Uma questão muito importante é
com relação às sequelas que a DIP
pode deixar, como a gestação
ectópica e quadros de infertilidade,
além de dor pélvica crônica.
Mulheres que já tiveram um episódio
de DIP têm chance de 12% a 15% de
ter gravidez ectópica no
futuro. A taxa de infertilidade é de
12% a 50%, aumentando com o
número de episódios.
● Agentes etiológicos
Infecção POLIMICROBIANA
(gram - e + e anaeróbios)
- Neisseria gonorrhoeae
- Chlamydia trachomatis
● Fatores de risco
Por ser uma IST (para a maior parte
dos casos), ter atividade sexual sem
proteção (métodos de barreira) é um
dos principais fatores de risco.
Alguns estudos mostram uma
prevalência maior em adolescentes,
pacientes com baixo nível
socioeconômico, multiplicidade de
parceiros sexuais, antecedentes de
outras ISTs, parceiro atual com
uretrite e quadros
imunossupressores.
● Quadro clínico
Os sintomas mais frequentes são:
- Dor pélvica: aguda ou
insidiosa.
- Corrimento vaginal:
purulento, com ou sem odor
fétido.
- Disúria e dispareunia:
presentes principalmente em
casos insidiosos e crônicos.
- Náuseas e vômitos: surgem
quase sempre quando há
acometimento peritoneal
(abscessos tubo-ovarianos).
- Febre e calafrios: é um
sintoma inespecífico,
relacionado à presença de
abscesso.
- Metrorragia: presente
particularmente em 1/3 das
pacientes, sendo as mais
acometidas as jovens e com
envolvimento endometrial.
- Astenia.
- Dor à mobilização uterina e
palpação dos anexos.
- Tensão abdominal nos
quadrantes inferiores do
abdome, distensão abdominal
e ausência ou diminuição dos
ruídos hidroaéreos.
● Diagnóstico
Em geral, o diagnóstico da DIP é
CLÍNICO. Tradicionalmente, baseia-se
na presença de três critérios MAIORES
(dor abdominal infraumbilical ou dor
pélvica, dor à palpação dos anexos, dor
à mobilização do colo do útero) + um
critério MENOR (febre, corrimento,
massa pélvica, leucocitose, PCR ou
velocidade de hemossedimentação
(VHS) elevadas, mais de 5 leucócitos p/c
de imersão em secreção de endocérvice,
comprovação laboratorial de infecção
cervical por gonococo e clamídia ou
micoplasma), ou na presença de apenas
um critério ELABORADO (evidência
histopatológica de endometrite,
abscesso tubo-ovariano ou em fundo de
saco de Douglas em US ou RM, VLSC
com evidências de DIP).
● Diagnósticos diferenciais
Podem ser ginecológicos ou não:
- Gestação ectópica
- Apendicite aguda
- Infecção do trato urinário
- Litíase ureteral
- Torção anexial
- Rotura de cisto ovariano
- Endometriose
- Mioma degenerado ou torcido
- Diverticulite
● Tratamento
DIP é Coisa Do Mal
- C = Ceftriaxona
- D = Doxiciclina
- M = Metronidazol
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
É uma complicação da DIP, causada
por uma infecção ascendente pelo
trato genital, com ascensão de
gonococo e clamídia pelo orifício
interno do colo do útero, sendo
capaz de alcançar a cavidade
peritoneal; caracteriza-se por
abscessos na superfície hepática. A
fase aguda dessa síndrome é
marcada pela presença de exsudato
purulento visível na cápsula de
Glisson, ausência de aderências ou
acometimento hepático.
Já na fase crônica existirão
caracteristicamente aderências em
“corda de violino” entre a parede
abdominal anterior e a superfície
hepática. O quadro
clínico da paciente é determinado
por dor pleurítica à direita e dor em
hipocôndrio direito.

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