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05 - Competências atribuídas ao TCU pela Constituição

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Prof. Erick Alves 
 Aula 02 
 
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Controle Externo para AUFC TCU 
 
 
 
Aula 02 
Controle Externo para TCU 
Auditor Federal de Controle Externo 
Prof. Erick Alves 
Prof. Erick Alves 
 Aula 02 
 
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Controle Externo para AUFC TCU 
Sumário 
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................2 
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 3 
COMPETÊNCIAS ATRIBUÍDAS AO TCU PELA CONSTITUIÇÃO .................................................................... 4 
COMPETÊNCIAS DO ART. 71 DA CF ............................................................................................................................ 4 
COMPETÊNCIA DO ART. 72, §1º ............................................................................................................................... 50 
COMPETÊNCIA DO ART. 74 §2º ............................................................................................................................... 51 
COMPETÊNCIA DO ART. 161, PARÁGRAFO ÚNICO ....................................................................................................... 52 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS .......................................................................... 56 
QUESTÕES COMENTADAS DA BANCA CESPE .......................................................................................... 60 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 70 
GABARITO .............................................................................................................................................. 83 
RESUMO DIRECIONADO .........................................................................................................................84 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 86 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Erick Alves 
 Aula 02 
 
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Controle Externo para AUFC TCU 
Apresentação 
Nesta aula, vamos estudar o seguinte item do edital do último concurso de Auditor do TCU: 
CONTROLE EXTERNO: Competências atribuídas ao TCU pela Constituição. 
Este livro digital em PDF está organizado da seguinte forma: 
 Teoria permeada com questões, para fixação do conteúdo – estudo OBRIGATÓRIO, págs. 4 a 59; 
 Bateria de questões comentadas da banca organizadora do concurso, para conhecer a banca e o seu 
nível de cobrança – estudo OBRIGATÓRIO, págs. 60 a 69; 
 Lista de questões da banca sem comentários seguida de gabarito, para quem quiser tentar resolver 
antes de ler os comentários – estudo FACULTATIVO, pág. 70 a 83; 
 Resumo Direcionado, para auxiliar na revisão – estudo FACULTATIVO, págs. 84 a 85. 
 
 
 
 
Você pode ouvir o meu curso completo de Direito Administrativo 
narrado no aplicativo EmÁudio Concursos, disponível para 
download em celulares Android e IOS. No aplicativo, você pode 
ouvir as aulas em modo offline, em velocidade acelerada e montar listas. Assim, 
você consegue estudar em qualquer hora e lugar! Vale a pena conhecer! 
 
Além disso, neste número, eu e a Prof. Érica Porfírio 
disponibilizamos dicas, materiais e informações sobre Direito 
Administrativo. Basta adicionar nosso número no seu WhatsApp 
e nos mandar a mensagem “Direito Administrativo”. 
 
proferickalves 
proferickalves 
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 Aula 02 
 
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Controle Externo para AUFC TCU 
Competências atribuídas ao TCU pela Constituição 
Na Constituição Federal, as competências do TCU estão expressas, fundamentalmente, no art. 71, seus 
incisos e parágrafos. Há, porém, outros dispositivos na Carta Magna que conferem atribuições específicas para 
a Corte de Contas, como o art. 33, §2º, art. 72, §1º, art. 74, §2º e art. 161, parágrafo único. 
Além disso, o STF reconhece a competência do TCU para apreciar, no exercício de suas atribuições, a 
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. 
Nesta aula, vamos estudar tudo isso! 
Competências do art. 71 da CF 
 
 
 
 
 
O caput do art. 71 da CF dispõe: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União, ao qual compete: 
O dispositivo informa que, para auxiliar o exercício do controle externo a cargo do Congresso Nacional, o 
TCU possui competências próprias e privativas, enumeradas nos incisos seguintes, atribuições que, frise-se, 
não podem ser desempenhadas por nenhum outro órgão ou Poder, nem mesmo pelo Congresso. 
Então, compete ao TCU: 
Emitir parecer prévio sobre as contas anuais prestadas pelo Presidente da República 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio 
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
O TCU aprecia – não julga! - as contas anuais do Presidente da República e emite parecer prévio. O prazo 
para emissão do parecer prévio é de até 60 dias a contar do recebimento das contas pelo Tribunal. 
O procedimento é o seguinte1: 
 
1 Lima (2011), com adaptações. 
Leitura obrigatória: 
CF, art. 71 
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Controle Externo para AUFC TCU 
Fonte: TCU 
1. O Presidente da República apesenta ao Congresso, no prazo de 60 dias após a abertura da sessão 
legislativa, as contas relativas ao exercício anterior (CF, art. 84, XXIV); 
2. O Congresso envia as contas para análise do TCU (não há prazo previsto na CF); 
3. No prazo de 60 dias a contar da data de seu recebimento, o TCU aprecia as contas, na forma de um 
parecer prévio, aprovado pelo Plenário do Tribunal, que é enviado ao Congresso; 
4. No Congresso, as contas e o parecer prévio do TCU são considerados pela Comissão Mista de Orçamento 
(CMO) na elaboração do seu parecer, que conclui por Projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 166, §1º, I). O 
parecer prévio do TCU não vincula o parecer da CMO; e 
5. O Plenário do Congresso Nacional julga as contas do Presidente da República ao deliberar sobre o 
referido Projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 49, IX). 
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Assim, por força do art. 49, IX da CF, compete 
exclusivamente ao Congresso Nacional o julgamento das 
contas do Presidente da República. O TCU somente as aprecia 
e emite parecer prévio, enquanto o parecer para julgamento é 
dado pela CMO, na forma de projeto de Decreto Legislativo. O 
Plenário do Congresso Nacional julga as contas do Presidente da República ao deliberar sobre tal projeto de 
Decreto Legislativo. 
As contas prestadas pelo Presidente da República constituem as chamadas contas de governo, de natureza 
política, que propicia uma visão macro do desempenho da economia e das políticas sociais, em confronto com 
as normas constitucionais, legais e regulamentares. 
Contas de governo é o conjunto de documentos por meio do qual o chefe do Poder Executivo submete os 
resultados gerais do exercício financeiro-orçamentário, originados dos seus atos de governo ou atos políticos, 
de sua estrita competência, a julgamento político do Poder Legislativo2. 
Segundo o art. 36, parágrafo único, da Lei Orgânica do TCU, as contas prestadas pelo Presidente da 
República consistirão nos balanços gerais da União e no relatório do órgão central do sistema de controle 
interno do Poder Executivo sobre a execução dos orçamentos de que trata o art. 165, §5º da CF, que são os 
seguintes: 
▪ Orçamento fiscal referente aosPoderes, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
▪ Orçamento de investimento das empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha 
maioria do capital social com direito a voto; 
▪ Orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
Detalhe interessante é que as contas de governo não devem trazer apenas informações sobre a gestão 
do Poder Executivo, mas também dados sobre as atividades administrativas dos demais Poderes, fazendo 
com que o relatório elaborado pelo TCU componha um panorama de toda a Administração Pública Federal, de 
modo a subsidiar o julgamento a ser efetuado pelo Congresso Nacional. Isso porque o Presidente da República 
não presta contas unicamente como chefe de um dos Poderes, e sim como responsável geral pela execução 
orçamentária da União. Tanto é assim que a aprovação política das contas presidenciais pelo Congresso 
Nacional não libera os responsáveis diretos pela gestão financeira das inúmeras unidades orçamentárias do 
próprio Poder Executivo do julgamento de suas contas específicas por parte do Tribunal de Contas, como 
veremos adiante. 
 
 
2 Aguiar e Aguiar (2008, p. 17) 
Quem julga as contas do Presidente da 
República é o Congresso Nacional. 
O TCU apenas emite parecer prévio. 
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Controle Externo para AUFC TCU 
Fique atento!! 
O caput do art. 56 da LRF dispõe que as contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo incluirão, 
além das suas, as dos presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do chefe do Ministério 
Público, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do Tribunal de Contas. Assim, a Lei prevê 
vários pareceres prévios a serem emitidos pelo TCU, um para o presidente de cada órgão. 
Entretanto, o referido dispositivo da LRF encontra-se suspenso, em caráter liminar, pelo STF (ADIn 
2.238-5). Por esse motivo, o TCU, no momento, emite parecer prévio exclusivamente em relação às 
contas do Presidente da República, que são julgadas pelo Congresso Nacional, como previsto na 
Constituição. 
As contas dos presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério 
Público, ao contrário, em vez de serem objeto de pareceres prévios individuais, são efetivamente 
julgadas pelo TCU, por força do art. 71, II da CF e em consonância com a decisão do Supremo. 
Não obstante, o relatório elaborado pelo TCU sobre as contas de governo, que acompanha o parecer 
prévio, contempla informações sobre os demais Poderes e o Ministério Público, compondo assim um 
panorama de toda a Administração Pública Federal. 
Na última revisão do RI/TCU, em 2012, o texto da norma foi adequado à situação ora vigente, 
alterando as referências que fazia às Contas do Governo da República para Contas do Presidente da 
República (ver Título VI, Capítulo II, art. 221 a 229 do RI/TCU). Inclusive, foi revogado o §1º do art. 221, 
que, nos moldes da LRF, dizia que as contas de governo incluiriam, além das contas do Presidente da 
República, as contas dos presidentes dos demais Poderes e do chefe do Ministério Público. 
Dessa forma, o Regimento Interno deixou de referir-se a vários pareceres e passou a considerar 
apenas um parecer prévio, emitido exclusivamente sobre as contas do Presidente da República. 
Segundo o Regimento Interno do TCU, o parecer prévio emitido pelo Tribunal é conclusivo no sentido de 
exprimir se as contas prestadas pelo Presidente da República representam adequadamente as posições 
financeira, orçamentária, contábil e patrimonial em 31 de dezembro, bem como sobre a observância dos 
princípios constitucionais e legais que regem a administração pública federal. Nesse sentido, o parecer prévio 
deve conter registros sobre a observância às normas constitucionais, legais e regulamentares na execução dos 
orçamentos da União e nas demais operações realizadas com recursos públicos federais, em especial quanto 
ao que estabelece a lei orçamentaria anual (RI/TCU, art. 228). 
Para cumprir o prazo de 60 dias previsto na Constituição, o RI/TCU determina que o relatório e o projeto 
do parecer prévio sobre as Contas do Presidente da República serão apresentados ao Plenário do TCU pelo 
relator dentro do prazo de 50 dias a contar do recebimento das contas pelo Tribunal (RI/TCU, art. 223). O 
relator, no caso, é o ministro do TCU encarregado de presidir a análise das contas. Todo ano, na primeira sessão 
ordinária do Plenário do mês de julho, é sorteado o ministro relator das Contas do Presidente da República 
relativas ao exercício subsequente (RI/TCU, art. 155). Assim, no início de julho de 2018, foi sorteado o relator 
das Contas relativas a 2019, que serão apreciadas pelo Tribunal para emissão de parecer prévio em 2020. Vale 
ressaltar que somente ministros titulares podem relatar as Contas do Presidente da República. Os Auditores 
(Ministros-Substitutos) não podem. 
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O relatório elaborado pelo ministro relator, que acompanha o parecer prévio, deve conter informações 
sobre o (RI/TCU, art. 228, §2º): 
▪ Cumprimento dos programas previstos na lei orçamentária anual quanto à legitimidade, eficiência e 
economicidade, bem como o atingimento de metas e a consonância destes com o plano plurianual e 
com a lei de diretrizes orçamentárias; 
▪ Reflexo da administração financeira e orçamentária federal no desenvolvimento econômico e social 
do País. 
▪ Cumprimento dos limites e parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. 
O parecer prévio emitido pelo TCU pode ser pela aprovação, com ou sem ressalvas e recomendações, ou 
pela rejeição das contas. Todavia, embora o parecer prévio seja conclusivo, é meramente opinativo, não 
vinculando o parecer da CMO e muito menos o julgamento a cargo do Congresso Nacional. 
Vale lembrar que, caso o Presidente da República não preste as contas, compete à Câmara dos 
Deputados tomá-las (art. 51, II, da CF). 
Para finalizar o assunto, segue um texto bastante elucidativo acerca da natureza e da finalidade do 
parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas. O texto foca na realidade dos Tribunais de Contas dos Estados, 
mas suas ideias centrais também valem para o TCU: 
 
O parecer prévio emitido pelo TCU sobre as contas do Presidente da República é meramente 
opinativo e, por isso, não vincula o julgamento a cargo do Congresso Nacional. 
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O QUE É O PARECER PRÉVIO3 
De acordo com a ordem constitucional, uma das funções dos Tribunais de Contas dos Estados é 
analisar as prestações de contas dos governos municipais e estaduais e sobre elas emitir parecer prévio. 
O nome “parecer prévio” se justifica pelo fato de ele representar uma posição preliminar do órgão de 
controle externo, a qual deverá, ainda, ser apreciada pelos Parlamentos – Câmaras de Vereadores e 
Assembleias Legislativas, respectivamente. Assim, os TCEs não julgam as contas de Prefeitos e 
Governadores, mas, com base em um relatório específico, contendo a análise sobre as prestações de 
contas dos titulares do Poder Executivo, emitem parecer pela aprovação ou rejeição das contas, o qual, 
necessariamente, será submetido à votação dos representantes do povo. No caso dos municípios, a 
posição do TCE expressa pelo parecer prévio só poderá ser revertida pela Câmara Municipal mediante 
votação de, no mínimo, 2/3 dos seus membros. Quando se tratar de contas estaduais, a reversão poderá 
se dar pela maioria simples dos votos dos Deputados Estaduais. 
No caso do exame das contas do Governo do Estado, o Tribunalde Contas elabora, primeiramente, 
um relatório técnico com apreciação geral e fundamentada da gestão orçamentária, patrimonial, 
financeira, operacional, ambiental, econômica e fiscal do exercício. Esse relatório, que verifica também 
se as operações estão de acordo com os princípios de contabilidade pública e se foram atendidos os 
limites de gastos nas áreas da educação, saúde e pessoal, estabelecidos constitucionalmente, é 
encaminhado ao titular do Poder Executivo para sua manifestação. 
Posteriormente, o Plenário do TCE debate e vota a matéria, aprovando o parecer prévio que será 
encaminhado à Assembleia Legislativa. Caberá aos Deputados Estaduais, então, a aprovação, com ou 
sem ressalvas, ou a rejeição das contas anuais do Governo. Nesse sentido, a análise global da gestão pelo 
TCE, de natureza técnica e informativa, serve de base para o julgamento político-administrativo, cuja 
competência, conforme determina a Constituição do Estado, é do Poder Legislativo. 
 
 
 
3 Retirado do Parecer Prévio sobre as contas do Governador do RS, relativo ao exercício de 2011. Disponível no site do TCE-RS ou clicando 
aqui. 
http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/consultas/contas_estaduais/contas_governador
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Controle Externo para AUFC TCU 
Questões para fixar 
1) TCU – TEFC 2012 – Cespe 
Em observância ao princípio constitucional da independência dos poderes, as contas referentes à gestão 
financeira e orçamentária dos Poderes Legislativo e Judiciário não são incluídas nas contas prestadas 
anualmente pelo presidente da República, sobre as quais cabe ao TCU emitir parecer prévio. 
Comentário: 
O erro do quesito está na expressão “não são incluídas”. Embora o TCU emita parecer prévio 
exclusivamente em relação às contas do Presidente da República, o relatório elaborado pelo Tribunal 
relativo às contas de governo contempla informações sobre a gestão financeira e orçamentária dos 
demais Poderes e o Ministério Público, compondo assim um panorama de toda a Administração Pública 
Federal. Sobre o assunto, vale apresentar informação presente no relatório emitido pelo TCU sobre as 
contas da Presidente da República relativa ao exercício de 2011, disponível no site do Tribunal: 
Registro que o TCU emite parecer prévio apenas sobre as contas prestadas pela Presidente da 
República, pois as contas atinentes aos Poderes Legislativo e Judiciário e ao Ministério Público não 
são objeto de pareceres prévios individuais, mas efetivamente julgadas por esta Corte de Contas, em 
consonância com a decisão do Supremo Tribunal Federal, publicada no Diário da Justiça de 
21/8/2007, ao deferir Medida Cautelar no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 
2.238-5/DF. O Relatório sobre as Contas do Governo da República contempla, não obstante, 
informações sobre os demais Poderes e o Ministério Público, compondo assim todo um 
panorama da administração pública federal. 
Para fins didáticos, vamos ver a justificativa que o Cespe apresentou para a manutenção do gabarito após 
os recursos: 
Recurso indeferido. De acordo com o art. 56, ‘caput’, da Lei Complementar n° 101, de 2000 (Lei de 
Responsabilidade Fiscal), "As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das 
suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do 
Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do 
respectivo Tribunal de Contas". Em Ação Direta de Inconstitucionalidade (n° 2.238-5), o STF 
indeferiu liminar relativa ao art. 56 em julgamento de 12/02/2003, e indeferiu medida cautelar, por 
unanimidade, em julgamento de 08/08/2007, referente ao dispositivo legal mencionado. Assim 
sendo, as contas do Presidente da República incluem toda a gestão do governo federal, abarcando, 
portanto, os Poderes Legislativo e Judiciário. Não é por outro motivo que a Lei Orgânica do TCU 
determina, em seu art. 36, parágrafo único, que as contas do Presidente consistirão nos balanços 
gerais da União e no relatório sobre as leis de que trata o § 5º, do art. 165, da CF. 
Primeiramente, vale destacar que o art. 56, caput da LRF, encontra-se sim suspenso cautelarmente 
pelo STF, ao contrário do que afirma a banca em sua justificativa. É só verificar o trecho do relatório do 
TCU sobre as contas da Presidente da República reproduzido acima, no qual o Tribunal faz referência à 
decisão do Supremo que deferiu a medida cautelar no âmbito da ADI 2.238-5/DF. Ademais, em consulta 
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Controle Externo para AUFC TCU 
ao site do STF, verifica-se que a decisão citada pela banca, proferida em 8/8/2007, que teria indeferido a 
cautelar, foi retificada no dia seguinte, 9/8/2007, confirmando o deferimento da medida e a consequente 
suspensão do art. 56, caput da LRF. Veja: 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04 DE MAIO DE 2000 (LEI DE 
RESPONSABILIDADE FISCAL). MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.980-22/2000. Lei Complementar nº 
101/2000. 
(...) 
XXVI - Art. 56, caput: norma que contraria o inciso II do art. 71 da Carta Magna, tendo em vista 
que apenas as contas do Presidente da República deverão ser apreciadas pelo Congresso 
Nacional. 
(...) 
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, indeferiu a medida cautelar relativamente ao artigo 56, 
caput, e, por maioria, deferiu a cautelar quanto ao artigo 57, ambos da Lei Complementar nº 101, de 
04 de maio de 2000, vencido o Senhor Ministro Ilmar Galvão (Relator), que a indeferia. Votou a 
Presidente, Ministra Ellen Gracie. Impedido o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Lavrará o acórdão o 
sucessor do Ministro Ilmar Galvão, o Senhor Ministro Carlos Britto, que não participou da votação. 
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Eros Grau. Plenário, 08.08.2007. 
Decisão: Fica retificada a decisão proclamada na assentada anterior para constar que, quanto 
ao artigo 56, caput, da Lei Complementar nº 101/2000, o Tribunal, à unanimidade, deferiu a 
cautelar, nos termos do voto do Relator. Ausente, nesta assentada, o Senhor Ministro Eros Grau. 
Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 09.08.2007. 
Portanto, a última decisão do Supremo sobre o assunto confirma a atual suspensão cautelar do art. 56, 
caput da LRF. Não obstante, ressalto que, a meu ver, a questão está mesmo errada, mas pelas razões que 
expus no início desse comentário, e não pela justificativa da banca. 
Gabarito: Errado 
2) TCU – ACE 2005 – Cespe 
O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da 
União, ao qual compete julgar as contas prestadas anualmente pelo presidente da República, em 60 dias 
a contar de seu recebimento. 
Comentário: 
O TCU não julga as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República. De acordo com o art. 71, 
I da CF, o Tribunal deve apreciá-las, mediante parecer prévio, em até 60 dias a contar do seu 
recebimento. O julgamento é competência do Congresso Nacional (CF, art. 49 IX). No âmbito do TCU, 
compete privativamente ao Plenário do Tribunal deliberar sobre o parecer prévio relativo às Contas do 
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Presidente da República (RI/TCU, art. 15, I, “a”). Tal parecer é conclusivo, no sentido da aprovação ou 
rejeição das contas, porém não vincula o julgamento efetuado pelo Congresso. Observe ainda que, no 
plano federal, a comissão mista de senadores e deputados (CMO) também emite parecer sobre as contas 
prestadas pelo Presidente da República (CF, art. 166, §1º, I). 
Gabarito: Errado 
3) TCDF – ACE 2012 - Cespe 
De acordo com a Lei Orgânica do TCDF, é de competência desse tribunal julgar as contas do governador 
do DF e elaborarrelatório sintético a esse respeito, emitindo parecer definitivo, no qual o conselheiro 
relator — antes de se pronunciar sobre o mérito das contas — ordena a citação dos responsáveis. 
Comentário: 
Por simetria com o disposto na Constituição Federal, o julgamento das contas dos Chefes do Poder 
Executivo nas demais esferas de governo compete ao Poder Legislativo local, após parecer prévio 
emitido pelo Tribunal de Contas competente. No caso do Distrito Federal, de que trata o comando da 
questão, o julgamento das contas do governador compete à Câmara Legislativa do DF e não ao TCDF, 
daí o erro. O TCDF, a exemplo do TCU, apenas emite parecer prévio. 
Gabarito: Errado 
4) TCU – AUFC 2011 – Cespe 
Ao julgar irregulares as contas do chefe do Poder Executivo, o TCU, no exercício de suas competências, 
deverá ajuizar as ações civis e penais cabíveis. 
Comentário: 
O quesito está errado. A competência para julgar as contas do chefe do Poder Executivo Federal, ou seja, 
do Presidente da República, é do Congresso Nacional, e não do TCU. O TCU apenas emite parecer prévio 
que subsidia, porém não vincula, o julgamento a cargo do Legislativo (CF, art. 49, IX; art. 71, I). 
Registre-se que o TCU deve representar ao Poder competente quando tiver conhecimento, no exercício 
de sua jurisdição, de abusos sujeitos à ação civil ou penal (CF, art. 71, XI). A apuração e o julgamento de 
tais ilícitos são da competência do Poder Judiciário, estando fora da esfera de atuação do Tribunal de 
Contas. Portanto, o quesito também erra ao afirmar que o TCU “deverá ajuizar as ações civis e penais 
cabíveis”. 
Gabarito: Errado 
5) TCE/RS – OCE 2013 – Cespe 
Cabe ao TCE/RS julgar as contas a serem prestadas anualmente pelo governador do estado e pelos 
prefeitos municipais, nos termos da Lei Orgânica do TCE/RS. 
Comentário: 
O Tribunal de Contas não julga as contas do Chefe do Poder Executivo. Apenas emite parecer prévio. 
Quem julga é o Poder Legislativo, nas respectivas esferas de governo, ou seja, Congresso Nacional 
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(Presidente da República), Câmara Legislativa (Governador de DF), Assembleias Legislativas 
(Governadores dos Estados) e Câmaras Municipais (Prefeitos dos Municípios). 
Gabarito: Errado 
6) TCE/RS – OCE 2013 – Cespe 
O parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo governador do DF à Câmara Legislativa deve 
obrigatoriamente incluir recomendação pela aprovação ou pela rejeição das contas, de acordo com a 
forma prevista em regulamento. 
Comentário: 
A assertiva está correta. O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas a respeito das contas do 
Governador deve ser conclusivo, isto é, deve incluir recomendação objetiva indicando se as contas 
merecem ser aprovadas ou rejeitadas. 
Gabarito: Certo 
7) TCU – AUFC 2013 - Cespe 
São competências do TCU a análise técnico-jurídica e o julgamento das contas prestadas anualmente 
pelo presidente da República e a emissão de pareceres gerais. 
Comentário: 
A questão está errada. Como se vê, esse é um assunto batido nas provas do Cespe. Nos termos do art. 71, 
I da CF, o TCU não julga as contas do Presidente da República, e sim emite parecer prévio. 
Gabarito: Errado 
8) TCU – AUFC 2011 – Cespe 
Caso sejam constatadas irregularidades nas contas do presidente da República, o TCU deverá emitir 
parecer prévio pela rejeição dessas contas, o que tornará o chefe do Poder Executivo inelegível para as 
eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes à emissão da referida peça técnica. 
Comentário: 
A primeira parte do quesito está correta (Caso sejam constatadas irregularidades nas contas do 
presidente da República, o TCU deverá emitir parecer prévio pela rejeição dessas contas...), uma vez 
que, nos termos do RI/TCU (art. 228), o parecer prévio do Tribunal será conclusivo. Entretanto, o parecer 
prévio do TCU, por si só, não torna o chefe do Executivo inelegível, como afirma a parte final do item. 
A decisão sobre a inelegibilidade compete à Justiça Eleitoral. O parecer do TCU é meramente opinativo. 
Gabarito: Errado 
9) TCU – ACE 2005 – Cespe 
De acordo com as normas infraconstitucionais, o TCU tem competência para julgar as contas dos 
gestores da administração federal direta e indireta. Mas, em relação às contas de governo da República, 
o Tribunal deve apenas apreciá-las e emitir parecer prévio, pois cabe ao Congresso Nacional julgá-las com 
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base nos pareceres emitidos pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do 
Congresso Nacional de que trata o art. 166 da Constituição Federal. 
Comentário: 
A competência para o TCU julgar as contas dos gestores da administração federal direta e indireta 
provém da própria Constituição (CF, art. 71, II) e não da legislação infraconstitucional, daí o erro do 
quesito. Da mesma forma, a Constituição determina que o julgamento das contas prestadas pelo Chefe 
do Executivo Federal (contas do Presidente da República) é de competência do Congresso Nacional (CF, 
art. 49, IX), cabendo ao TCU apenas apreciá-las e emitir parecer prévio (CF, art. 71, I). Norma 
infraconstitucional não pode alterar tais competências do TCU e do Congresso. 
Gabarito: Errado 
10) TCU – ACE 2005 – Cespe 
Nos termos da Constituição Federal de 1988, o TCU pode apreciar contas de governo de autarquia 
territorial e emitir parecer prévio. 
Comentário: 
Segundo o art. 33, §2º da CF, as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso 
Nacional, com parecer prévio do TCU. 
Detalhe é que a emissão de parecer prévio sobre as contas do Governo do Território é uma competência 
do TCU somente, não extensível aos demais tribunais de contas. O procedimento é o mesmo que o das 
contas do Presidente da República. O TCU emite parecer prévio, no prazo de 60 dias a contar de seu 
recebimento. O julgamento fica a cargo do Congresso Nacional, após parecer da CMO. 
Gabarito: Certo 
11) TCU – TCE 2007 – Cespe 
O TCU apreciará as contas prestadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, consolidadas às 
contas dos respectivos tribunais, mediante parecer prévio, ao qual caberá recurso, inclusive patrimonial, 
quanto à adequação. 
Comentário: 
A questão está errada. O TCU emite parecer prévio apenas em relação às contas do Presidente da 
República. Todas as demais contas submetidas ao TCU, inclusive as do Supremo Tribunal Federal, 
relativas às atividades administrativas da Suprema Corte, são efetivamente julgadas. 
Ademais, observe que a assertiva fala em “recurso” quanto à adequação do parecer prévio. Nas normas 
de controle externo, não há previsão de recurso contra o parecer prévio emitido pelo TCU, haja vista seu 
caráter opinativo, que não lhe confere capacidade de afetar direito subjetivo de terceiros. 
Gabarito: Errado 
12) TCE/BA – Procurador 2010 – ESAF 
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Cabe exclusivamente ao Congresso Nacional apreciar e julgar anualmente as contas de governo, 
consideradas em seu sentido mais amplo. 
Comentário: 
A exclusividade conferida pela Constituição ao Congresso Nacional refere-se apenas ao julgamento das 
contas do Presidente da República (CF, art. 49, IX). Também as apreciam o TCU, que emite parecer prévio 
(CF, art. 71, I), e a Comissão mista de Senadores e Deputados (CMO), que emite parecer, na forma de 
projeto de Decreto Legislativo (CF, art. 166, §1º, I). Portanto, a palavra “apreciar” torna o quesito 
incorreto. 
Gabarito: Errado 
13) TCU – ACE 2004 – CESPE 
Os tribunais de contas devem emitir parecer prévio, separadamente, sobre as contas prestadas pelos 
chefes do Poder Executivo, pelos presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e pelo chefe 
do Ministério Público.Já sobre as contas dos tribunais de contas, o parecer deve ser proferido pela 
comissão mista de orçamento ou equivalente das casas legislativas estaduais e municipais. 
Comentário: 
A assertiva está de acordo com o texto da LRF. A primeira frase se refere ao caput do art. 56, que foi 
suspenso liminarmente pelo STF, em consonância com a decisão publicada no Diário da Justiça de 
21/8/2007, no âmbito da ADIn 2.238-5/DF. Portanto, à época do certame, era correta a afirmação de que 
os tribunais de contas devem emitir parecer prévio, separadamente, sobre as contas prestadas pelos 
chefes do Poder Executivo, pelos presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e pelo chefe 
do Ministério Público. Contudo, agora, o Tribunal de Contas emite apenas um parecer prévio, relativo às 
contas do Chefe do Executivo, em consonância com a decisão do STF, que é liminar, diga-se de 
passagem, mas está em vigor. Para não haver confusão, vamos alterar o gabarito oficial. 
Vale lembrar, contudo, que o relatório elaborado pelo Tribunal sobre as contas do Chefe do Poder 
Executivo contempla informações sobre as atividades administrativas dos Poderes Legislativo e 
Judiciário e do Ministério Público, compondo um panorama de toda a Administração Pública. 
Já a segunda frase, se refere ao §2º do art. 56 da LRF, que não foi suspenso na referida ADIn. O Supremo 
somente suspendeu o caput do art. 56. Portanto, permanece correto que, sobre as contas dos tribunais 
de contas, o parecer deve ser proferido pela comissão mista de orçamento (CMO) ou equivalente das 
casas legislativas estaduais e municipais, segundo o art. 56, §2º da LRF. 
Gabarito: Errado 
14) TCU – AUFC 2009 – Cespe 
No exame das contas prestadas anualmente pelo presidente da República, o TCU, ao verificar 
irregularidades graves, poderá impor sanções ao chefe do Poder Executivo, sem prejuízo da apreciação 
dessas mesmas contas pelo Congresso Nacional. 
Comentário: 
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O TCU exerce sua função opinativa ou consultiva ao emitir parecer prévio sobre as contas do Presidente 
da República, mas não a sancionatória. O julgamento é competência do Congresso Nacional, na 
qualidade de representante do povo, e possui caráter político. Busca verificar, entre outros aspectos, se 
o Chefe do Executivo cumpriu ou não o programa de governo aprovado pelo Legislativo nos planos 
plurianuais. Em tese, a sanção no caso de rejeição das contas deveria ser imposta pelo povo, nas eleições 
subsequentes. Além disso, a rejeição das contas pode ensejar: 
▪ Abertura de processo de impeachment, nos termos do art. 85 da CF; 
▪ Inelegibilidade do gestor, na forma da Lei Complementar 64/1990; 
▪ Consequências legais no que concerne à prática de atos de improbidade administrativa 
(Lei 1.079/50). 
Todavia, nenhuma dessas sanções é imposta pelo Tribunal de Contas. No parecer prévio emitido pelo 
Tribunal apenas são formuladas recomendações, se for o caso. 
Registre-se que os Tribunais de Contas podem impor sanção aos Chefes do Poder Executivo em outros 
processos de controle externo que não as contas de governo. Por exemplo, se o Chefe do Executivo deixar 
de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) 
nos prazos previstos, o Tribunal poderá multá-lo, por força do art. 5º, I, §§ 1º e 2º da Lei 10.028/20004, já 
que a emissão do RGF é de responsabilidade desse Chefe de Poder, conforme art. 54, I da LRF. Contudo, 
a sanção será aplicada em processo específico, de auditoria ou representação, por exemplo, e não no 
processo que examina as contas de governo para emissão do parecer prévio. 
Outro exemplo são os convênios firmados com a União em que o Chefe do Executivo local (Governador 
e Prefeito) é signatário do ajuste e, nessa condição, contribui, por ação ou omissão, para a ocorrência de 
prejuízo ao erário. No caso, seria instaurado um processo de tomada de contas especial, a ser julgado 
pelo TCU (considerando que os recursos do convênio tenham origem federal), no qual o Chefe do 
Executivo local poderá ser condenado a ressarcir o prejuízo, além de sofrer alguma sanção. 
Gabarito: Errado 
15) TCE/AC – ACE 2008 – Cespe 
As contas anuais do presidente da República são consolidadas e julgadas primeiramente pela Câmara dos 
Deputados e depois pelo Senado Federal. Caso sejam rejeitadas, poderão implicar processo de 
impeachment. 
Comentário: 
As contas anuais do Presidente da República são julgadas pelo Congresso Nacional, e não por suas Casas, 
separadamente (CF, 49, IX) daí o erro do quesito. Não obstante, é correto que, caso as contas sejam 
rejeitadas pelo Congresso Nacional, poderão implicar processo de impeachment (CF, art. 85). 
Gabarito: Errado 
 
4 Lei 10.028/2000 – Lei de Crimes Fiscais: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10028.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10028.htm
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16) TCE/PE – Procurador Consultivo 2004 – Cespe 
Se o TCE/PE considerasse irregulares as contas de um governador, tal fato, por si só, não produziria 
qualquer consequência direta, nem sanção direta. 
Comentário: 
O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas em relação às contas do chefe do Poder Executivo, 
apesar de ser um subsídio importante, possui natureza consultiva, opinativa, isto é, não vincula o 
julgamento a ser efetuado pelo Poder Legislativo. Tampouco resulta em sanção direta. Portanto, o 
quesito está correto. 
Gabarito: Certo 
17) TCU – ACE 2008 – Cespe 
As contas dos dirigentes dos Poderes e órgãos da administração pública federal deverão ser 
encaminhadas, anualmente, ao TCU, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa. 
Comentário: 
As contas dos dirigentes dos Poderes e órgãos da administração pública federal deverão ser 
encaminhadas ao TCU dentro dos prazos definidos em ato normativo do Tribunal (RI/TCU, art. 192). A 
questão procurou confundir o candidato, pois o prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa é o 
prazo de que dispõe o Presidente da República para, anualmente, apresentar suas contas referentes ao 
exercício anterior ao Congresso Nacional (CF, art. 84, XXIV). 
Gabarito: Errado 
18) TCU – ACE 2008 – Cespe 
Na sua missão de apreciação das contas anuais dos dirigentes da República, o TCU emitirá parecer prévio 
específico para cada Poder, inclusive para o Ministério Público Federal, impreterivelmente até a data do 
recesso subsequente ao do recebimento dessas contas. 
Comentário: 
Como já comentado, face à suspensão cautelar do caput do art. 56 da LRF, o TCU, assim como os demais 
Tribunais de Contas, emite parecer prévio exclusivamente em relação às contas do Chefe do Poder 
Executivo. Portanto, em relação às contas anuais dos demais dirigentes da República, o TCU não emite 
parecer prévio, e sim julga. Assim, as contas do dirigente responsável pela gestão administrativa do 
Ministério Público Federal são julgadas pelo TCU e não somente objeto de parecer prévio. Ademais, o 
prazo para o TCU emitir o parecer prévio é de 60 dias a contar de seu recebimento pelo Tribunal, e não 
até a data do recesso subsequente. 
Gabarito: Errado 
19) TCE/BA – Procurador 2010 – Cespe 
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Os tribunais de contas se revestem da condição de juiz natural das contas anuais prestadas pelos chefes 
do Poder Executivo, cabendo-lhes processar e julgar as autoridades competentes. 
Comentário: 
Quem julga as contas dos chefes do Poder Executivo, nas esferas federal, estadual e municipal, é o Poder 
Legislativo, representado pelo Congresso Nacional, pelas Assembleias Legislativas e pelas Câmaras 
Municipais, respectivamente. Não é competência dos tribunais de contas,que apenas emitem parecer 
prévio. Assim, a expressão, “processar e julgar” macula o quesito. 
Gabarito: Errado 
20) TCU – ACE 2005 – Cespe 
A Câmara dos Deputados não detém competência privativa própria no exercício do controle externo. 
Comentário: 
O quesito está errado, pois compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de 
contas do Presidente da República quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias 
após a abertura da sessão legislativa (CF, art. 51, II). 
Gabarito: Errado 
21) TCU – ACE 2005 – Cespe 
Nos termos da Constituição Federal de 1988, o TCU pode apreciar contas de governo de autarquia 
territorial e emitir parecer prévio. 
Comentário: 
Segundo o art. 33, §2º da CF, as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso 
Nacional, com parecer prévio do TCU. Portanto, a emissão de parecer prévio sobre as contas do Governo 
do Território é uma competência do TCU somente, não extensível aos demais tribunais de contas. O 
procedimento é o mesmo que o das contas do Presidente da República. O TCU emite parecer prévio, no 
prazo de 60 dias a contar de seu recebimento. O julgamento fica a cargo do Congresso Nacional, após 
parecer da CMO. 
Gabarito: Certo 
22) TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe 
Uma das incumbências do tribunal de contas do estado é a emissão de parecer prévio sobre as contas de 
prefeito municipal, que deverá ser aprovado ou rejeitado pela câmara municipal, sempre por maioria 
absoluta. Sendo divergente a posição dos vereadores, o parecer do tribunal deixará de prevalecer por 
decisão de três quartos dos membros da câmara municipal. 
Comentário: 
Primeiramente, cabe enfatizar que a competência para emitir o parecer prévio sobre as contas de prefeito 
municipal é do Tribunal de Contas responsável pelo controle externo do Município, o qual, na maior parte 
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dos casos, é o Tribunal de Contas do Estado. Nos Estados da Bahia, Goiás e Pará, todavia, esse parecer 
compete ao respectivo Tribunal de Contas dos Municípios (órgão de controle externo estadual 
responsável pelo controle externo de todos os Municípios do Estado), enquanto que nos Municípios do 
Rio de Janeiro e de São Paulo, o parecer prévio sobre as contas do Prefeito compete ao respectivo 
Tribunal de Contas Municipal. Em todos os casos, o julgamento das contas compete à respectiva Câmara 
de Vereadores. 
Quanto à assertiva, o erro está na expressão “aprovado ou rejeitado pela câmara municipal, sempre por 
maioria absoluta”, eis que o parecer prévio só poderá ser rejeitado por decisão de dois terços dos 
membros da Câmara Municipal, nos termos do art. 31, §2º da CF: 
§2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve 
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara 
Municipal. 
Gabarito: Errado 
 
Julgar as contas dos responsáveis por recursos públicos e dos causadores de prejuízo ao erário 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos 
da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo 
Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
Pelo dispositivo acima, o TCU julga as contas: 
▪ dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, , da administração 
direta e indireta; e 
▪ dos que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário. 
Aqui não se trata apenas de elaborar relatórios ou emitir parecer. Em relação às contas prestadas pelos 
administradores públicos ou pelos que causam dano ao erário, o TCU efetivamente profere um julgamento, 
decidindo se as contas são regulares, regulares com ressalva ou irregulares, com base nos elementos 
apresentados. Nenhum outro órgão ou Poder possui competência para avaliar e julgar a gestão daqueles que 
administram o patrimônio público federal. 
As contas submetidas pelos administradores públicos a cada exercício financeiro para exame e 
julgamento do TCU constituem as chamadas contas de gestão, que proporcionam uma visão pontual da 
gestão levada a efeito pelos responsáveis. Possui caráter estritamente técnico. 
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Contas de gestão é o conjunto de documentos pelo qual os gestores públicos submetem os resultados 
específicos da administração financeira, posta em prática mediante seus atos administrativos de gestão 
orçamentária, financeira, patrimonial e operacional, a exame e julgamento do Tribunal de Contas5. 
Importante ressaltar que se submetem ao julgamento ordinário anual do TCU as contas dos responsáveis 
de toda a Administração Pública Federal, direta e indireta, de qualquer Poder. 
Por sua vez, as contas dos causadores de prejuízo ao erário são ditas contas especiais, de caráter 
eventual, prestadas para apuração de determinado fato que provocou dano ao patrimônio público, 
identificação dos responsáveis e quantificação do prejuízo. Nos casos de contas especiais, além das contas dos 
gestores públicos, também se submetem ao julgamento eventual do Tribunal as contas de entidades privadas 
e de pessoas não vinculadas à Administração Pública que tenham concorrido para dar causa a prejuízo ao 
erário. É o caso, por exemplo, de uma Organização Não-Governamental que receba repasse do Poder Público 
Federal e não destina os recursos para os fins devidos. 
Repare que o TCU julga as contas das pessoas (responsáveis), não as contas do órgão/entidade, nem as 
pessoas em si. As pessoas, por seu turno, são responsáveis pela gestão e pela prestação de contas, respondendo 
pessoalmente por eventuais desvios ou irregularidades e, por isso, podem ser penalizadas pelo Tribunal e, 
ainda, serem chamadas a recompor o prejuízo causado. Com efeito, a responsabilidade do administrador 
relativamente aos atos e fatos de sua gestão é estritamente pessoal, só recebendo quitação após o julgamento 
do Tribunal. 
O conceito de responsáveis que podem ter as contas julgadas é bastante amplo, conforme vemos no 
parágrafo único do art. 70 da CF: 
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, 
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou 
quem, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. 
Assim, responsável é qualquer agente público que tenha atribuição de administrar recursos financeiros e 
patrimoniais de órgão ou entidade; por exemplo: membros de comissão de licitação, membros de órgão 
colegiado que, por determinação normativa, seja responsável por atos de gestão; dirigente de unidade 
administrativa; gerente responsável pela gestão patrimonial; ordenador de despesas etc. 
O conceito compreende, ainda, aqueles que, mesmo não sendo administradores ou responsáveis diretos 
por atos de gestão, possam ter contribuído, por ação ou omissão, para a ocorrência de perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. Inclui-se aí, além de agentes públicos, qualquer pessoa física 
ou jurídica de natureza privada. 
 
5 Aguiar e Aguiar (2008, p. 19). 
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Portanto, todos os administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos têm o 
dever de prestar contas, isto é, precisam demonstrar se a aplicação dos recursos públicos que tiveram sob sua 
responsabilidade foi boa e regular. 
Aqui, pode ser feito um link com a jurisdição do TCU que estudamos na aula passada. As pessoas que 
estão sob a jurisdição do TCU estão sujeitasa ter suas contas apreciadas e julgadas pelo Tribunal, mediante a 
constituição de processos de contas ordinárias, extraordinárias ou especiais, conforme o caso. 
Por fim, vale mencionar a Súmula TCU nº 90, pela qual o parecer prévio, emitido pelo TCU, e a aprovação 
pelo Congresso Nacional das contas anuais do Presidente da República não isentam os responsáveis por bens, 
valores e dinheiros públicos de apresentarem ao TCU as respectivas prestações de contas para julgamento pelo 
Tribunal. Assim, por exemplo, as contas do responsável pelo DNIT estão sujeitas ao julgamento do TCU mesmo 
se as contas do Presidente da República, nas quais foram apresentados e avaliados aspectos relacionados à 
infraestrutura rodoviária do país, já tenham sido aprovadas pelo Congresso. 
A lógica aqui é a seguinte: ao julgar as contas de governo, o Poder Legislativo faz uma análise política, 
verificando, basicamente, se o Chefe do Executivo cumpriu o plano de governo aprovado pelo Legislativo nos 
planos plurianuais, leis orçamentárias e demais normas legais. O Executivo é que faz a gestão geral do 
orçamento, descentralizando créditos e recursos financeiros, inclusive para os demais Poderes. Por isso é que 
as contas de governo apresentam informações sobre toda a Administração Pública, mas o julgamento efetuado 
pelo Legislativo recai apenas sobre o Chefe do Executivo. 
Enquanto o julgamento político das contas de governo está a cargo do Poder Legislativo, o julgamento 
técnico da gestão administrativa de todos os Poderes (inclusive o Executivo), objeto das contas de gestão, é 
atribuição do Tribunal de Contas. 
Assim, por exemplo, o TCU julga as contas do gestor responsável pelo Ministério da Educação, integrante 
do Poder Executivo, assim como julga as contas do gestor responsável pela administração da Câmara dos 
Deputados, independentemente do resultado do julgamento das contas de governo. 
Fique atento!! 
As contas de governo têm como responsável apenas o Chefe do Executivo e possuem caráter 
político, sendo julgadas pelo Poder Legislativo. Já as contas de gestão possuem caráter técnico e têm 
como responsáveis todos os servidores com atribuições administrativas nas unidades da 
Administração Pública, de todos os Poderes, sendo julgadas pelo Tribunal de Contas. 
Os procedimentos e demais características do julgamento de contas no âmbito do TCU será nosso objeto 
de estudo em aula específica do curso. 
 
 
 
 
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Questões para fixar 
23) TCE/PE – Auditor de Contas Públicas 2004 – Cespe 
Se determinada pessoa, ainda que não seja servidora pública, encontra-se na administração de bens da 
União, compete ao TCU julgar atos por ela praticados de que resulte prejuízo ao erário público. 
Comentário: 
A interpretação da parte final do art. 71, II da CF, referente ao julgamento das contas dos causadores de 
dano ao erário, deve ser feita em conjunto com o parágrafo único do art. 70, da seguinte maneira: 
Compete ao TCU julgar as contas de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, 
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, 
ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária e que, satisfazendo essas condições, 
der causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. 
Portanto, conforme a interpretação acima, se determinada pessoa, ainda que não seja servidora pública, 
encontra-se na administração de bens da União, é certo que compete ao TCU julgar os atos por ela 
praticados de que resulte prejuízo ao erário. Perceba que, nesse caso, os fatos determinantes para que a 
pessoa não vinculada à Administração Pública se submeta ao julgamento do TCU são: (i) administrar bens 
da União; e (ii) causar prejuízo ao erário. 
Caso somente a condição (i) fosse satisfeita, a pessoa ainda estaria obrigada a prestar contas dos recursos 
públicos administrados. 
Nesse caso, porém, a prestação de contas ao TCU seria indireta, por intermédio das contas ordinárias do 
órgão da União que lhe repassou os recursos, o qual é responsável por assegurar a boa e regular aplicação 
das verbas repassadas. O TCU não julgaria as contas da pessoa diretamente, pois não havendo dano ao 
erário, não seria instaurado um processo de tomada de contas especial; o Tribunal julgaria apenas as 
contas ordinárias do órgão que transferiu as verbas. 
Gabarito: Certo 
24) TCU – TCE 2007 – Cespe 
Entre as atribuições do TCU, destaca-se o julgamento das contas prestadas pelos administradores 
públicos e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos federais, que demonstrem prejuízo 
ao erário. Conforme o entendimento doutrinário e jurisprudencial, essas decisões vinculam a 
administração pública. 
Comentário: 
A questão está correta. O julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis que 
demonstrem prejuízo ao erário (tomadas de contas especiais) é competência própria e privativa do TCU 
(CF, art. 71, II). Nem mesmo o Poder Judiciário pode reformar um julgamento de contas proferido pelo 
TCU. Essa é jurisprudência do STF: “No julgamento das contas de responsáveis por haveres públicos, a 
competência é exclusiva dos Tribunais de Contas, salvo nulidade por irregularidade formal grave ou 
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manifesta ilegalidade.” Por isso, é correto afirmar que a decisão do Tribunal no julgamento de contas 
vincula a Administração Pública. 
Gabarito: Certo 
25) TCE/AC – ACE 2008 – Cespe 
Considerando que é competência exclusiva do Congresso Nacional julgar as contas dos poderes da União, 
é correto afirmar que as contas do Poder Legislativo, referentes à atividade financeira desse poder, 
devem ser julgadas pelo próprio Poder Legislativo, com parecer prévio do TCU. 
Comentário: 
Ao falar em contas referentes à atividade financeira, a questão se refere às contas de gestão, cujo 
julgamento compete ao TCU, e não ao Congresso Nacional (CF, art. 71, II). Ademais, diante da suspensão 
cautelar do caput do art. 56 da LRF, somente as contas de governo apresentadas pelo chefe do Poder 
Executivo serão julgadas pelo Poder Legislativo. Aliás, vale ressaltar que não existem outras contas de 
governo (por exemplo, “contas de governo do Legislativo” ou “contas de governo do Judiciário”); contas 
de governo são só as apresentadas pelo Chefe do Executivo. As contas dos demais órgãos e autoridades 
de todos os Poderes (que são contas de gestão) serão julgadas pelo Tribunal de Contas. 
Gabarito: Errado 
26) TCU – AUFC 2011 – Cespe 
O julgamento das contas prestadas pelos administradores públicos federais é de competência exclusiva 
do Congresso Nacional. 
Comentário: 
O item está errado, pois o julgamento das contas dos administradores públicos, as chamadas contas de 
gestão, é competência própria e privativa do Tribunal de Contas, nos termos da CF, art. 71, II, não 
podendo ser exercida por nenhum outro órgão ou Poder. 
A única exceção consiste nas contas de gestão de alguns Tribunais de Contas Estaduais, as quais são 
julgadas pelo Poder Legislativo local, nos termos da respectiva Constituição. Um exemplo conhecido é o 
TCDF, cujas contas são julgadas pela Câmara Legislativa do DF. Cabe ressaltar que essa sistemática 
(Legislativo julga as contas do TC) não segue o modelo estabelecido na CF (TC julga suas próprias contas), 
mas sua legitimidade e constitucionalidade foram reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal6. 
Gabarito: Errado 
27) Câmara dos Deputados – Analista 2012 – Cespe 
Cabe ao Congresso Nacional, como órgão titular do controle externo, julgar, em caráter definitivo, as 
contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos. 
Comentário: 
 
6 Ver ADI 1.175-8/DFProf. Erick Alves 
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O quesito está errado, pois a competência para julgar, em caráter definitivo, as contas dos 
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos é exclusiva do Tribunal de 
Contas da União, nos termos do art. 71, II, da CF. O Congresso Nacional, embora titular do controle 
externo, não pode substituir a Corte de Contas nesse mister. 
Gabarito: Errado 
28) TRF/5 – Juiz Substituto 2007 – Cespe 
O controle externo da Administração Pública – contábil, financeiro, orçamentário, operacional e 
patrimonial – é tarefa atribuída ao Poder legislativo e ao tribunal de contas. O primeiro, quando atua 
nessa seara, o faz com o auxílio do segundo, que, por sua vez, detém competências que lhe são próprias 
e exclusivas e que, para serem exercidas, independem da interveniência do Poder legislativo. Como os 
prefeitos municipais assumem dupla função, política e administrativa, ou seja, a tarefa de executar 
orçamento e o encargo de captar receitas e ordenar despesas, submetem-se a duplo julgamento: um 
político, perante o parlamento, precedido de parecer prévio; o outro, técnico, a cargo da corte de contas 
e que pode gerar um julgamento direto com imputação de débito e multa. 
Comentário: 
Essa questão é um resumo do que vimos até aqui sobre controle externo da administração pública no 
Brasil e o julgamento de contas. O detalhe é em relação aos prefeitos, que são julgados duplamente, 
pelas Câmaras Municipais (julgamento político) e pelos Tribunais de Contas (julgamento técnico). 
Diferentemente, na esfera federal e na estadual, o Presidente da República e os governadores somente 
são submetidos ao julgamento político do respectivo Poder Legislativo. 
Com efeito, os prefeitos, diferentemente dos governadores e do Presidente da República, também são 
responsáveis diretos por atos de gestão, ou seja, são ordenadores de despesa. Numa linguagem mais 
clara, eles também "assinam cheques". Veja, por exemplo, uma das competências do prefeito de São 
Paulo, expressa na LO do Município: 
Art. 70 Compete ainda ao Prefeito: 
VI - administrar os bens, a receita e as rendas do Município, promover o lançamento, a 
fiscalização e arrecadação de tributos, autorizar as despesas e os pagamentos dentro dos 
recursos orçamentários e dos créditos aprovados pela Câmara Municipal; 
Esse tipo de atribuição não faz parte do rol de competências dos governadores e do Presidente da 
República. Estes últimos apenas exercem a função de direção superior da administração (assim como os 
prefeitos), consubstanciada na elaboração e coordenação da execução das políticas públicas e programas 
governamentais, cuja prestação de contas é feita mediante as contas de governo, julgadas pelo 
Legislativo. Os prefeitos, por sua vez, além da direção superior da administração municipal, também são 
responsáveis diretos por atos de gestão, como visto acima, cuja prestação de contas é feita mediante as 
contas de gestão, julgadas pelo Tribunal de Contas. Daí o duplo julgamento a que são submetidos. O 
gabarito da questão, portanto, é certo. 
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Ressalte-se, porém, que esse entendimento, perfilhado pela doutrina e pelos próprios Tribunais de Contas, 
não é o entendimento do STF. 
Em 2016, no RE 848.826, o Supremo decidiu que é exclusivamente da Câmara Municipal a competência 
para julgar as contas de governo e as contas de gestão dos prefeitos, cabendo ao Tribunal de Contas 
auxiliar o Poder Legislativo municipal, emitindo parecer prévio e opinativo, que somente poderá ser 
derrubado por decisão de 2/3 dos vereadores. 
Portanto, a jurisprudência atual do STF é no sentido de que o Tribunal de Contas não tem competência 
para julgar as contas dos Prefeitos, em nenhuma hipótese, muito embora alguns atos praticados pelo 
chefe do Executivo Municipal tenham a natureza de atos de gestão. Na visão da Suprema Corte, por 
simetria com a norma constitucional aplicável ao plano federal, o Tribunal de Contas apenas emite 
parecer prévio em relação às contas do Prefeito; o julgamento é competência privativa da Câmara 
Municipal. 
Aproveitando o assunto, vale mencionar que, no mesmo julgado, o STF decidiu que, em caso de omissão 
da Câmara Municipal, o parecer emitido pelo Tribunal de Contas não gera a inelegibilidade prevista no 
artigo 1º, inciso I, alínea “g”, da Lei Complementar 64/1990. Este dispositivo, que teve sua redação dada 
pela Lei da Ficha Limpa, aponta como inelegíveis aqueles que “tiverem suas contas relativas ao exercício 
de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de 
improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, para as eleições que se 
realizarem nos oito anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no 
inciso II do artigo 71 da Constituição Federal”. Para o Supremo, como o parecer do Tribunal de Contas é 
opinativo, ele não seria apto a produzir consequências como a inelegibilidade. 
Gabarito: Certo 
29) CGU – AFC 2012 – ESAF 
As contas de gestão do TCU são julgadas pela(o) 
a) Congresso Nacional. 
b) Câmara dos Deputados. 
c) Tribunal de Contas da União. 
d) Senado Federal. 
e) Supremo Tribunal Federal. 
Comentário: 
O art. 71, II da CF, que trata do julgamento das contas de gestão, preceitua: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e 
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mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
Portanto, quaisquer contas de gestão que envolvam recursos públicos federais são julgadas pelo TCU, 
inclusive as dele próprio, referentes às suas atividades administrativas (contratação de pessoal, aquisição 
de bens etc), cujos responsáveis são os servidores da Secretaria e o Presidente do Tribunal. Por isso, 
correta apenas a alternativa “c”. 
Vale ressaltar que o §2º do art. 56 da LRF, que não foi suspenso pelo STF, determina que a CMO emita 
parecer sobre as contas do TCU. 
§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto no art. 57 
pela comissão mista permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente das 
Casas Legislativas estaduais e municipais. 
Perceba que o Poder Legislativo não julga as contas do Tribunal. A CMO apenas emite um parecer. Os 
gestores do TCU recebem quitação do próprio Tribunal e não do Congresso Nacional. E o TCU não precisa 
aguardar o parecer da CMO para julgar suas próprias contas, pois esse parecer não vincula o julgamento. 
Na verdade, ante a suspensão do caput do art. 56, não tem qualquer função prática. O que acaba 
acontecendo é que o TCU envia suas contas para a CMO quase que a "título de conhecimento". 
Por fim, saliente-se que essa sistemática (TC julga suas próprias contas) não necessariamente é replicada 
nas demais esferas de governo. No DF, por exemplo, as contas do TCDF são julgadas pela Câmara 
Legislativa, conforme disposto na Lei Orgânica distrital. Nesse caso, o TCDF não se pronuncia sobre suas 
próprias contas. Seus gestores recebem quitação da Câmara Legislativa. E o parecer emitido pela 
comissão equivalente à CMO possui uma função mais efetiva, que é subsidiar o julgamento a cargo do 
Parlamento. Como vimos, o STF já apreciou o assunto e não viu problemas. 
Há ainda o caso dos Tribunais de Contas dos Municípios,responsáveis pelo controle externo dos 
municípios do Estado (existentes na BA, GO e PA). Segundo entendimento do STF na ADI 687, tais 
tribunais, por serem órgãos estaduais, devem prestar contas perante o Tribunal de Contas do Estado, e 
não perante a Assembleia Legislativa. Dessa forma, por exemplo, os gestores do TC dos Municípios da 
Bahia devem prestar contas perante o TCE/BA, e não perante o próprio TC dos Municípios da Bahia ou à 
Assembleia Legislativa, e assim sucessivamente. 
Gabarito: alternativa “c” 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art166%C2%A71
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Apreciar, para fins de registro, a legalidade de atos de pessoal 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, 
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, 
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório; 
Os atos de pessoal praticados no âmbito da administração direta ou indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público, estão sujeitos a registro, implicando a apreciação de sua 
legalidade pelo Tribunal de Contas, da seguinte forma: 
O TCU aprecia a legalidade, para fins de registro: 
✓ dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta. 
✓ das concessões de aposentadorias, reformas e pensões. 
 
Porém, o TCU não aprecia a legalidade, para fins de registro: 
✓ das nomeações para cargo de provimento em comissão. 
✓ das melhorias posteriores das aposentadorias, reformas e pensões que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório. 
Apreciar para fins de registro significa que todo ato de admissão de pessoal ou de concessão de 
aposentadorias, reformas e pensões somente se completará com o respectivo registro pelo TCU. Efetuado o 
registro, o ato é confirmado; caso contrário, o ato é desconstituído. Assim, se o Tribunal considerar ilegal a 
aposentadoria concedida a um servidor, por não preencher os requisitos de tempo de serviço, por exemplo, o 
registro do ato será negado e o órgão de origem deverá cessar o pagamento dos proventos. 
Segundo a jurisprudência do STF, os atos sujeitos a registro possuem natureza de atos administrativos 
complexos, que somente se aperfeiçoam com o registro no Tribunal de Contas. Já para parte da doutrina, é ato 
composto, visto que opera efeitos imediatos quando de sua concessão pelo respectivo órgão, devendo o 
Tribunal de Contas apenas ratificá-lo ou não. Porém, o entendimento que prevalece é o do STF. 
O TCU aprecia, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, 
compreendendo as admissões de empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 
da mesma forma que os servidores estatutários, regidos pela Lei 8.112/1990. Aprecia também as admissões em 
caráter temporário, geralmente realizadas por empresas públicas e sociedades de economia mista. As 
nomeações para cargo em comissão e função de confiança constituem a única exceção, sendo dispensadas 
da apreciação pelo TCU para fins de registro em vista da precariedade do vínculo com a Administração, pois são 
de livre nomeação e exoneração. Vale ressaltar, contudo, que tais nomeações somente não são submetidas a 
registro, mas continuam sujeitas às demais formas de fiscalização do Tribunal, como auditorias e inspeções, 
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pois, apesar de serem de livre nomeação e exoneração, devem observância aos ditames constitucionais e 
legais. Na apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, o TCU avalia, fundamentalmente, se foi 
obedecido o princípio do concurso público e se não está havendo acumulação ilegal de cargos. 
Quanto às concessões de aposentadorias, reformas e pensões, o dispositivo somente alcança os 
benefícios que são pagos com recursos do Tesouro Nacional aos servidores públicos federais, civis e militares 
ou seus beneficiários. Assim, o TCU não aprecia as aposentadorias dos empregados públicos das empresas 
públicas e sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta, concedidas à conta do 
Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que obedece a regime específico. 
É desnecessário novo registro se houver melhoria posterior que não altere o fundamento legal da 
concessão do benefício como, por exemplo, se houver aumento dos proventos do aposentado por conta da 
revisão geral de remuneração prevista no art. 37, X da CF, ou por conta da extensão de alguma gratificação 
concedida aos servidores ativos. Entretanto, se, por exemplo, esse mesmo aposentado for beneficiário de 
decisão judicial determinando a revisão do seu tempo de serviço e o consequente recálculo de proventos, houve 
alteração do fundamento do ato concessório, de modo que a renovação do registro torna-se necessária. 
Questões para fixar 
30) TCU – ACE 2005 – Cespe 
O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da 
União, ao qual compete apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das 
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não 
alterem o fundamento legal do ato concessório. 
Comentário: 
A assertiva está correta, pois reproduz literalmente o art. 71, III da Constituição. Por isso é importante 
que os principais dispositivos da legislação sejam lidos durante o estudo, pois não são raras as questões 
em que a banca exige o texto “seco” da Lei. 
Gabarito: Certo 
31) TCU – ACE 2005 – Cespe 
Compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer 
título, na administração direta e indireta, mas essa atribuição não se estende às nomeações para cargo 
de provimento em comissão. 
Comentário: De acordo com o art. 71, III da Constituição Federal, todo ato de admissão de pessoal, a 
qualquer título, da administração direta e indireta, deve ser submetido ao TCU, a fim de que o Tribunal 
aprecie a legalidade para fins de registro. A única exceção refere-se às nomeações para cargos de 
provimento em comissão, que são de livre nomeação e exoneração, e não se sujeitam a registro. 
Gabarito: Certo 
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32) TCE/RO – ACE 2013 – Cespe 
O ato inicial de concessão de aposentadoria de servidor do estado de Rondônia estará sujeito à 
apreciação do TCE/RO, para fins de registro ou exame. 
Comentário: 
O quesito está correto. O Tribunal de Contas aprecia a legalidade, para fins de registro, das concessões 
iniciais de aposentadorias, reformas e pensões na administração direta, autárquica e fundacional, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório inicial. No 
que tange às concessões iniciais, apenas não são submetidas a registro as aposentadorias dos 
empregados públicos da administração indireta concedidas à conta do Regime Geral de Previdência Social 
(empresas públicas e sociedades de economia mista). Como o enunciado fala em “servidor do estado”, 
pode-se entender que se trata de servidor da administração direta, cuja aposentadoria, portanto, está 
sujeita à apreciação do Tribunal de Contas para fins de registro. 
Gabarito: Certo 
33) TCU – ACE 2007 – Cespe 
O Tribunal deContas da União (TCU) aprecia a legalidade do ato concessivo de aposentadoria e, 
encontrando-se este em conformidade com a lei, procede a seu registro. Essa apreciação é competência 
exclusiva do TCU e visa ordenar o registro do ato, o que torna definitiva a aposentadoria, nos termos da 
lei. Entretanto, se, na apreciação do ato, detectar-se ilegalidade, não compete ao TCU cancelar o 
pagamento da aposentadoria, inclusive para respeitar o princípio da segregação. 
Comentário: 
O quesito está correto. Nos termos do art. 71, III da CF, a competência para conceder ou negar registro 
ao ato concessivo de aposentadoria é exclusiva dos Tribunais de Contas, dentro da respectiva jurisdição. 
Para tanto, o Tribunal aprecia se a concessão seguiu ou não os requisitos legais e regulamentares, como 
tempo de serviço, tempo de contribuição etc. Segundo a jurisprudência do STF, o registro pelo TCU 
aperfeiçoa o ato ou, em outras palavras, torna a aposentadoria definitiva. Entretanto, conforme o art. 
262 do RI/TCU, quando o ato de aposentadoria, reforma ou pensão for considerado ilegal pelo Tribunal, 
o órgão de origem é responsável por cessar o pagamento dos proventos ou benefícios no prazo de 15 dias 
contados da ciência da decisão que negou o registro, sob pena de responsabilidade solidária da 
autoridade administrativa omissa. 
Gabarito: Certo 
34) TCU – Auditor 2006 – Cespe 
No ano de 2006, foram encaminhados ao TCU, para fins de registro, atos de admissão de pessoal e 
aposentadoria de magistrados e servidores de um tribunal regional, integrante do Poder Judiciário 
federal. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes. 
Os atos de admissão de pessoal, bem como os atos de concessão de aposentadorias, inclusive de 
magistrados, praticados no âmbito do tribunal regional em questão, devem ser encaminhados ao TCU 
para fins de registro. Entretanto, fogem a qualquer controle exercido pelo TCU as nomeações para cargos 
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de provimento em comissão, bem assim as alterações de aposentadoria que não alterem o fundamento 
legal do ato concessório. 
Comentário: 
O TCU aprecia a legalidade para fins de registro de qualquer admissão de pessoal efetuada no âmbito da 
administração pública, direta ou indireta, de todos os Poderes, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão (CF, art. 71, III). Assim, os atos de admissão de magistrados devem ser 
encaminhados ao TCU para fins de registro, uma vez que são precedidos de concurso público, não se 
tratando de cargo de livre nomeação e exoneração (CF, art. 93, I). 
Entretanto, é errado dizer que as nomeações para cargos de provimento em comissão fogem de qualquer 
controle exercido pelo TCU. Tais nomeações apenas não são submetidas a registro, mas, apesar de serem 
de livre nomeação e exoneração, estão sujeitas a algumas regras, como por exemplo, a impossibilidade 
de nomeação de parentes até 3º grau da autoridade nomeante (Súmula Vinculante nº 13 do STF) ou a 
observância dos limites da LRF para gastos com pessoal. Assim, o TCU pode realizar uma auditoria em 
determinado órgão e verificar se as nomeações para cargos de provimento em comissão estão ou não de 
acordo com a lei. Veja, por exemplo, a recente fiscalização do TCU7 na folha de pagamento do Senado 
Federal e da Câmara dos Deputados que determinou a suspensão de parcelas acima do teto 
constitucional recebidas por ocupantes de cargos em comissão ou funções de confiança. 
Por fim, quanto à impossibilidade de o TCU exercer qualquer controle sobre as alterações de 
aposentadoria que não alterem o fundamento legal do ato concessório, vale mencionar que o Tribunal 
pode rever sua decisão que determinou o registro, dentro do prazo de 5 anos, se verificado que o ato viola 
a ordem jurídica, ou a qualquer tempo, no caso de comprovada má-fé (RI/TCU, art. 260, §2º). Assim, por 
exemplo, se for verificada má-fé, mesmo não havendo alteração no fundamento legal da concessão, o 
TCU poderá, dentre outras medidas, cancelar o registro e aplicar alguma sanção ao responsável. 
Gabarito: Errado 
35) TCE/AC – ACE 2009 – Cespe 
Em conformidade com a CF, os atos relacionados a pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de 
registro ou reexame não incluem: 
a) a admissão de pessoal nas empresas públicas. 
b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público. 
c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta. 
d) a concessão inicial de pensão. 
e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento legal da concessão 
inicial. 
Comentário: 
 
7 http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-25/senado-tcu-manda-suspender-salarios-acima-do-teto-e-devolucao-de-valores-
pagos-mais 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-25/senado-tcu-manda-suspender-salarios-acima-do-teto-e-devolucao-de-valores-pagos-mais
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-25/senado-tcu-manda-suspender-salarios-acima-do-teto-e-devolucao-de-valores-pagos-mais
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A CF atribuiu ao TCU a competência para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão 
de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta (CF, art. 71, III), incluídas então as empresas 
públicas (letra “a”) e as fundações instituídas e mantidas pelo poder público (letra “b”). Ainda que os 
servidores dessas entidades se submetam ao regime celetista, somente podem ser admitidos mediante 
concurso público. A única exceção em relação aos atos de admissão refere-se às nomeações para cargo de 
provimento em comissão (letra “c”), que são de livre nomeação e exoneração. Portanto, a alternativa “c” 
é a resposta da questão. 
Em relação às concessões de aposentadorias, reformas e pensões, os atos apreciados pelo TCU para fins 
de registro compreendem as concessões iniciais (letra “d”), assim como as melhorias posteriores que 
tenham alterado o fundamento legal da concessão inicial (letra “e”). A exceção, no caso, são as melhorias 
posteriores que não tenham alterado o fundamento legal, assim como as concessões que se submetem 
ao Regime Geral de Previdência Social (empregados públicos). 
Gabarito: alternativa “c” 
36) TCE/RS – OCE 2013 – Cespe 
Considere que o titular de um órgão do governo estadual tenha nomeado determinado cidadão para o 
cargo de chefe do seu gabinete. Nesse caso, o TCE/RS não precisa apreciar, para fins de registro, a 
referida nomeação. 
Comentário: 
O cargo de chefe de gabinete, embora não especificado no enunciado, geralmente é de provimento em 
comissão, hipótese que se enquadra na exceção à apreciação para fins de registro dos atos de admissão 
de pessoal. Dessa forma, é correto afirmar que o Tribunal de Contas não precisa apreciar, para fins de 
registro, a referida nomeação. Lembre-se, contudo, de que a nomeação do chefe de gabinete poderá ser 
objeto das demais ações de controle empreendidas pelo Tribunal, como auditorias e inspeções, pois, 
embora não sujeita a registro, deve observar uma série de ditames constitucionais e legais, a exemplo do 
teto constitucional, limites com gastos de pessoal e proibição ao nepotismo. 
 Gabarito: Certo 
37) TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe 
De acordo com o entendimento do STF, seria constitucional lei ordinária estadual que determinasse que 
todos os contratos celebrados entre o governo do estado e as empresas particulares dependessem de 
registro prévio no tribunal de contas estadual. 
Comentário: 
O quesito está errado. Como vimos, o TCU só aprecia, para fins de registro, atos de admissão de pessoal 
e de concessão de aposentadoria. Assim, em observância ao princípio de simetria, lei estadual não pode 
prever o registro prévio de contratos pelo Tribunal de Contas Estadual,